Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa | Jornalista
UMA CANDIDATURA  QUE PERDE O RITMO E MURCHA
02/08/2024
UMA CANDIDATURA  QUE PERDE O RITMO E MURCHA

NESTE BLOG

1)UMA CANDIDATURA  QUE PERDE O RITMO E MURCHA

2)BANDEIRA DO BRASIL NA EMBAIXADA ARGENTINA

3)SÃO CRISTOVÃO  DEIXOU DE SER PALCO DE ESCANDALOS

4)UMA PODRIDÃO DA DESO

 

 

 

UMA CANDIDATURA  QUE PERDE O RITMO E MURCHA

Emilia, uma candidatura muchando? 

 

Emília, a vereadora e defensora pública surgiu candidata  a Prefeita de Aracaju com muita euforia, acreditando tornar-se uma intérprete do clamor popular,  hoje espalhando-se por todo o mundo, tanto em países ricos como pobres, e pondo em risco o próprio conceito de democracia.  Esse inconformismo difuso, se torna  orgânico, e  contesta  aqueles modelos clássicos de sistemas políticos baseados na  existência dos três poderes,  do pluralismo , das eleições livres e do voto soberano.

 A prática da política a cada dia se torna uma atividade mais   complexa, e dos seus atores espera-se que apontem caminhos para o enfrentamento dos desafios que não são poucos, nem simples.

Não é uma tarefa a ser executada pela política nos seus formatos mais rasteiros.

Não se esperaria de Emilia que ela demonstrasse qualquer preocupação com a gravidade do momento que atravessamos, até porque a sua visão politica não vai além do imediatismo.

Mais do que o áspero dia a dia com o qual nos acostumamos, há o cenário imenso de incertezas.  É o planeta que aquece, e se vai tornando hostil à vida. É a Inteligencia Artificial alterando os padrões tradicionais da existência humana, a perspectiva do desemprego, da substituição do operário pelo robô.

Aracaju, não está em outro mundo e é um aglomerado humano sujeito a todas os maus humores, sejam naturais ou humanos.

No caso de Emília pela forma  simplória  que ela adota para transitar   através da  politica corriqueira e miúda, não se poderia exigir dela algo acima do medíocre. Mas ela falhou exatamente naquele bê a bá, que todo iniciante soletra com desenvoltura.

Diante das primeiras pesquisas que lhe davam uma circunstancial liderança, imaginou-se o próprio estuário para aonde convergiriam os insatisfeitos.

Encheu-se  de empáfia e transbordou incoerências  e equívocos.

E agora assiste o murchar rápido das suas pretensões.

O que aconteceu ? Somente isso: ausência de capacidade para liderar, e de incapacidade para entender um cenário muito diferente daquilo que antes imaginara.

Sem ter base partidária, acreditou que, ingressando no PL, o partido do ex-presidente Bolsonaro, teria fartos recursos para a campanha , e receberia integralmente o apoio do bolsonarismo, que não é homogêneo, nem orgânico, e se mostra desconfiadíssimo diante de personagens novas que chegam  querendo ocupar seu terreno entrincheirado, onde um passo em falso faz explodir minas letais de aversões ocultas.

 

O PL sergipano, está sob o comando de Edvan Amorim, um acrobata que, sem ter votos tem dado rendosos  saltos olímpicos pela política. Sendo o maior partido do país entre os mais de trinta ambicionando parcelas do vultoso Fundo Partidário, o PL possui a maior e mais suculenta fatia.

 

 É mais uma animação para essas festanças despudoradas  com o Orçamento Secreto , no qual, agora, o Ministro  do STF Flávio Dino tenta colocar freios de racionalidade.

Edvan   fez uma exigência que não seria descabida, fazer  do seu irmão, o médico e ex-senador Eduardo Amorim o vice na chapa de Emília. Ela  desconversou, tergiversou, e fez do jornalista e vereador Ricardo Marques o seu companheiro de chapa. Ele é um bom vereador, um  cidadão correto, mas, os votos que tem recebido são pessoais, e não transferíveis. 

Eduardo é um médico anestesista extremamente zeloso e

competente, também não foi um senador ausente das suas responsabilidades, portanto, teria condições pessoais para figurar na chapa emiliana. Edvan então resolveu fechar o cofre.

Emília começou a sentir o chão fugindo-lhe dos pés , sem os recursos do Fundo,  tudo agravado com aquele prenuncio de terremoto causado pela defecção do ex-deputado federal João Fontes, que hospedou em sua casa de praia, recentemente, o ex-presidente Bolsonaro ,  com quem  sempre conversa, e deve ter-lhe feito a comunicação de que desceria do barquinho inseguro de Emília. O ex-presidente não teria sinalizado alguma objeção.

João Fontes engajou-se na candidatura de Yandra, a jovem deputada federal, na qual enxerga o que classifica como uma energia que tem feito a diferença em outros jovens como ela, a começar pelo sucesso absoluto do prefeito do Recife, mal chegado aos trinta anos.

 Antes, o senador Laércio Oliveira,  também bolsonarista, já havia antecedido João Fontes, na diáspora, tomando uma outra direção. Encaminhou-se para a candidatura do advogado e ex-secretário de Estado  Luiz Roberto.

Tanto Bolsonaro com sua mulher Michele,  tendo Emilia ao lado, em  reuniões acontecidas em Aracaju,  nada entusiasmados, apenas cumpriam um ritual na sagração de uma candidatura na qual não põem fé. Com a duvida espalhando-se, os bolsonaristas sentiram-se descompromissados, e foram em busca de opções mais consistentes.

 

Sem ter o que festejar, e começando a sentir aquela solidão que prenuncia derrotas, Emilia tenta juntar os fragmentos da sua candidatura em descenso.

Sem o bolsonarismo, com o qual, por não ter ideias próprias, imaginou construir uma improvisada identidade, Emilia perde uma base que se tornaria competitiva, desde que ampliasse alianças, ( o que  tentou desastradamente e sem sucesso fazer) e agora,  isolada, refugia-se no único discurso que consegue elaborar: a critica fácil, sem propostas objetivas, e  deixa exposto a cada dia o seu despreparo e amadorismo, num  instante crucial onde profissionais competentes  vão ocupando a cena.

E os seus prováveis eleitores agora se  perguntam:

“Se ela não consegue sequer conduzir a sua campanha, como iria comandar a Prefeitura de Aracaju? “

 

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BANDEIRA DO BRASIL NA EMBAIXADA ARGENTINA

Nada como um dia depois do outro. A bandeira brasileira na embaixada Argentina em Caracas.

 

 

No prédio da embaixada argentina em Caracas tremula agora a bandeira brasileira.

Millei apressou-se em agradecer ao governo brasileiro a gentileza, e sobretudo a disposição para enfrentar a circunstancia complexa de uma embaixada abandonada onde existiam refugiados, escapando da sanha assassina do gangster-ditador Nicolai Maduro. Não fosse a habilidosa diplomacia brasileira, o rompimento de relações da Argentina com a Venezuela, deixaria um prédio abandonado, que poderia ser invadido pelas forças de repressão do regime, que se desembesta em violências.

O presidente Lula quando fala de improviso, costuma cometer erros graves, mas, quando age, quase sempre corrige ou compensa os equívocos até absurdos.

Lula entendeu que o macio tom sempre adotado pelo Itamaraty , é ideal para o Brasil, país com  uma imagem sem manchas no cenário internacional, sem inimigos, e historicamente cultivando a paz, por isso mesmo com voz autorizada para falar e ser ouvido, tanto por Biden como por Maduro.  Como interlocutor confiável e bem aceito, ele pode contribuir para o encontro de soluções, e reduzir conflitos.

O diálgo por isso deve continuar, apesar da chacina, da exacerbação da força., que causa  o banho de sangue. O gangster-ditador o anunciara caso perdesse a eleição. Ele sabe que perdeu, e por isso jamais exibirá na integralidade as atas da eleição. E por saber que perdeu,  comanda o massacre contra o seu próprio povo, que agora, ele bem sabe, lhe é hostil.

Mas Maduro não  deixará o poder e é com ele que se deverá conversar, queiram ou não queiram, Millei, Biden, porque as petroleiras americanas já estão retornando à Venezuela. A elas o gangster-ditador deu  autorização para explorar o óleo e o gás, que a PEDEVESA, a estatal petroleira  não mais consegue produzir, reduzida à insolvência e sucateamento,o administrada por alguns dos dois mil generais que Maduro criou, para se transformarem em capitães do mato em defesa do regime, que os enriqueceu, e leva à fome os venezuelanos.  Hoje, são mais de sete milhões espalhados pelo mundo, quatrocentos mil somente aqui no Brasil.

De nada adiantam as sanções americanas,  pelo contrário,  elas dão discurso a  Maduro, como deu a Fidel Castro ao longo de sessenta anos.  Restarão os escombros da Venezuela, já existem os escombros visíveis de Cuba que se exaure. Cubanos e venezuelanos, sofrem, nascem e morrem atravessando  ditaduras, mas,  os seus algozes mais devastadores, estão mesmo em Havana e em Caracas, enquanto uma esquerda tal como a Carolina de Chico Buarque,  que na janela não viu o tempo passar, ainda está a pichar nos muros: Cuba Sim Yankees Não. Ou faz reverencias a Maduro, “porque ele é antiamericano”, mas, Gleice, a dirigente do PT sossegou aliviada  quando Biden mandou um general comandante a conversar com generais brasileiros e dizer-lhes que um Golpe de Estado não seria bem recebido na Casa Branca, e haveria consequencias. Iankees Sí........

Não conseguem entender o que grande parte da intelectualidade lúcida do mundo há muito tempo constata: o mundo mudou, ideologias estão sendo rapidamente transformadas em resquícios de museu. Para evitar a hecatombe final, é preciso preservar a democracia, a liberdade de expressão, a tolerância e o diálogo  a nível planetário , antes que as hordas da barbárie renascida, dele se apossem, e acabem de incendiar literalmente o mundo.

 

 Em Caracas a bandeira brasileira na embaixada argentina esvaziada salvou vidas.

Mas o Maduro “ anti-imperialista” que trocou a Pedevesa destruída, pela Chevron endinheirada, e vai fazer retornar a produção aos três milhões de barris, enquanto massacra os manifestantes nas ruas, anuncia que vai construir mais penitenciárias para abrigar os milhares de presos políticos.

E vai ter bilhões de dólares americanos para consumar a tragedia do seu totalitarismo vitorioso.

Não acontecerão mais os famosos “ caracaços “, as enormes manifestações de massa nas ruas da capital venezuelana que por duas vezes na historia derrubaram ditadores, quando o exército recusou-se a continuar a repressão.

Agora Maduro tem os seus dois mil generais movidos por dólares americanos, para matarem até seus filhos, se estiverem entre os que protestam.

 

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SÃO CRISTOVÃO  DEIXOU DE SER PALCO DE ESCANDALOS

Até a praça patrimonio da humanidade estava esquecida.

 

 

Durante  anos seguidos, São Cristovão  estava no centro das notícias sobre escândalos de corrupção; era, dessa forma, manchete constante nos jornais e nas chamadas  principais dos noticiosos de rádio e TV. Na antiga capital da Provincia de Sergipe Del` Rei aconteciam coisas do arco da velha, era uma sequencia desastrosa de absurdos. Sempre aqueles avanços despudorados onde o alvo eram os cofres e a vitima sempre o povo. São Cristovão assemelhava-se   a um Rio de Janeiro em miniatura.

Prefeitos entravam, prefeitos saiam, prefeito eram presos, prefeitos eram soltos e o clima rocambolesco continuava. Era o clímax do peculato impune. Havia um Juiz atento e insistente, Manoel Costa Neto, que não cansava em condenar os autores do festival peculatário. Havia recursos, aqueles processos sempre protelatórios, até que um dia a casa caiu.

Uma eleição mudou tudo. Elegeu-se um economiário Marco Santana, maçom e seguidor de princípios onde a ética se faz presente.. Era na época filiado ao PT, e agiu como se um novo tempo estivesse começando na exausta São Cristovão saqueada.

As finanças  começaram a entrar em ordem, obras foram iniciadas ou concluídas, salários pagos em dia. Enfim, São Cristovão reviveu até o Festival de Arte que havia sido extinto por puro desmazelo.

Pelo interior do município foram surgindo ambientes de negócios, de atividades produtivas diversas, Um deles fica no Quissamã, numa área que fazia parte da Escola Técnica de Agronomia.

Naquele local hoje, existe uma movimentada agrovila. O MST assumiu o controle do terreno e sob orientação do deputado João Daniel , e com emendas dele, surgiram atividades produtivas.

Os terrenos em volta valorizaram e surgem empreendimentos imobiliários, com a facilidade criada por  estradas e transporte fácil.

 São Cristovão saiu da letargia e do conformismo com a roubalheira, a Praça Central que é Patrimonio da Humanidade, mereceu atenção, e mantem,  lustrando, as suas pátinas do tempo.

Quase milagres, quase acontecem.

 

 

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 UMA PODRIDÃO DA DESO

Nesta rua, o fedor de esgoto atormenta a população há dez dias.

 

 As putrefações da DESO são inúmeras, aqui, nos referimos apenas a algumas que emitem um miasmático odor. São os esgotos que refluem e fazem escorrer merda pelas ruas, ou despejam o caldo pestilento no rio Sergipe e  afluentes.Um dos piores continua a feder  intensamente  na Atalaia ( um bairro turístico) e isso na frente de uma igreja católica que tem   frequencia grande de fieis, e há residências ao lado, além dos que passeiam constantemente pelo calçadão, ou trafegam pelo asfalto, todos aspirando o ar  repugnante.

Cenas assim repetem-se por toda a cidade, mas aqui citamos apenas mais uma delas: um esgoto derrama seu conteúdo, ou seja, merda, merda, pela rua coronel Fausto Alves Feitosa, no Conjunto Orlando Dantas. Isso acontece há mais de dez dias e não foram poucas as solicitações levadas a DESO, para que providenciasse o conserto.

Se por acaso estiver exercendo a presidência o engenheiro João Fonseca, é possível que lendo esse texto em forma de denuncia e apelo, ele mande fazer  a obra necessária. Ele é um servidor responsável.

No mais é esperar pela privatização, porque apesar de tão contestada, é impossível que acontecendo venha a reeditar o mesmo desastre que agora ocorre.

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