Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa | Jornalista
TEXTOS ANTIVIRAIS (99)
14/06/2022
TEXTOS ANTIVIRAIS (99)

 

ENTRE TERRAS SECAS OU ENXARCADAS

As vezes o sertão vira mar.

 

Não são poucos os que ainda teimam em não acreditar nas mudanças climáticas resultantes do aquecimento global, e as mudanças ocorrem com surpreendente velocidade, às vistas de quem quiser enxergá-las. No semiárido, na vastidão dos cerrados,   que, no oeste nordestino misturam-se às caatingas, rios que foram até caudalosos, agora são intermitentes. O São Francisco se encolhe. Nascentes secam, e as chuvas escasseiam, ou se despregam das nuvens de forma assustadora, como acontece agora, em Pernambuco, em Alagoas, na Bahia. Aqui em Sergipe  não causaram inundações catastróficas, mas, neste mês de junho às terras estão enxarcadas; de tal forma, que inviabilizam o preparo para o plantio do milho. Relata o agrônomo e quase meteorologista amador, José Dias, criador de gado em Nossa Senhora das Dores: até o dia dez, seu pluviómetro acusou mais de 200 mm, e os tratores de quem planta milho pelo agreste e sertão, estão afundando no lamaçal.
Sempre existiram as secas, longas estiagens, e as trovoadas do verão que faziam transbordar barragens e rios, mas isso acontecia quase como exceções, entre largos espaços de normalidade. Trovoadas eram frequentes no verão, agora,   acontecem neste mês de junho.
Há muito o que ser observado, estudado, analisado à luz do conhecimento e da experiência que acumulamos, e há aquela constatação evidente de que é preciso traçar protocolos rígidos, a serem seguidos de agora em diante. Um ítem teria de ser fielmente obedecido: conter o desmatamento, não só na Amazônia, mas em todos os biomas brasileiros. No semiárido nordestino, quando desaparece a caatinga, nas partes mais castigadas do solo onde a erosão acelera, o sal vai branqueando a terra. É o nascer de desertos, e isso já acontece em grande escala.
Agora, as terras enxarcadas, tornam impossível o plantio, no que seria a única oportunidade para fazê-lo.
Além daquelas dificuldades que fazem parte do cenário brasileiro, e outras, como a que se expande agora, gerada por desatinos, quem lida e resiste no campo, plantando ou criando, terá de acostumar-se ao clima cada vez mais incerto. Mas todos já se vão adaptando, por terem uma enorme capacidade de sofrer e não desesperar-se. Se um ano foi ruim, o outro também,  o terceiro será melhor, e o essencial é não deixar de plantar, com a esperança renovada de colher, e não tendo como acalmar a histérica impaciência dos bancos, ainda não satisfeitos com os juros colossais que praticam.
Isso tanto vale para nossa numerosa e diversificada agricultura familiar, que fatura em reais e tem seus insumos dolarizados, como para o portentoso agronegócio, precificando seus produtos em dólar, mas, tendo de enfrentar, além de outros óbices complexos, o descalabro do nosso calamitoso sistema de transportes.
Então, o sucesso no campo resulta da resiliência, da pertinácia de quem com ele se dispõe a conviver. E, se possível, de sobreviver.
Debaixo de sol que queima, e também debaixo de chuva intensa que enxarca o chão e apodrece a semente, quem labora no campo rejeita a acomodação, e afasta o pessimismo.
Com toda essa enxurrada de problemas, podem apostar: Sergipe ainda vai ter uma boa safra de milho, e aumentará a produção do leite.
Imaginem, se houvesse em Brasília gente tratando menos de eleição, e mais preocupada com quem, pelo Brasil afora, luta para produzir! Do trabalhador ao empresário.

 

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DA VACA DE 50 LITROS AOS PILOTOS DE DRONE

Alguém poderá imaginar que são imagens trocadas. Mas não: são instalações da pecuária leiteira em Santa Rosa do Ermírio, Poço Redondo Sergipe.

 

Se alguém disser que um hectare de terra no mais ressequido ponto do município sertanejo de Poço Redondo pode  aproximar-se dos cem mil reais, se imaginará, logo, que o autor do “disparate” poderia ser um bom candidato a disputar vaga num torneio de patranhas.
Mas, o que estamos afirmando aqui, é exatamente isto: um hectare de terra, em área por sinal ressequida de Poço Redondo, para ser adquirida necessitará um desembolso de algo superior a quinze mil dólares.
No local exato onde esses hectares são assim valorizados,   ninguém, que deles seja dono, estaria disposto a vendê-los.
Calçando alpercatas, esses, agora ricos, chegaram por volta dos anos setenta, queriam criar bodes. Compraram lotes relativamente pequenos, iniciaram a lida com os caprinos, e se aventuraram a criar vaquinhas de leite, quase pés-duros.  
Nos seus terrenos, os que foram pioneiros, hoje, ao lado de filhos e netos, manejam instalações do que existe de mais atual em pecuária leiteira.
No entorno, há milhares de hectares onde plantam palma, e no inverno, mesmo com reduzida chuva, semeiam o milho, ainda que seja apenas no mês de junho. Utilizam intensamente um composto eficiente de esterco e fertilizantes. Assim, há produtores que acumulam silagem para o rebanho suficiente para três anos de completa estiagem.
Drones, já realizam o trabalho de pulverização de defensivos agrícolas, e fazem também o acompanhamento técnico da evolução do plantio, para as correções necessárias. Além dos aproximadamente três mil trabalhadores, técnicos, vaqueiros,   operadores de máquinas, e de equipamentos de ordenha, há emprego para quem opera drones.
O professor Oldai nasceu lá mesmo, preferiu o magistério, mas acompanha, com entusiasmo, a trajetória fascinante da pequena comunidade, onde se expande uma classe média rural, e há alguns com suas contas bancárias bem recheadas. Oldai incentivou sua jovem esposa Elaine, que é técnica, a montar um escritório de projetos e assessoria, e faz um diagnóstico sem devaneios utópicos de futurólogos, apontando para um horizonte de 10 anos, tendo Santa Rosa do Ermírio como polo, e alcançando uma produção girando em torno de 500 mil litros diários de leite.
Que ninguém suspeite de exageros. Hoje, já se chega próximo dos 200 mil litros/dia.
Um só produtor, Zé do Poço, cara simples, sem vaidades nem arrogâncias, junto com a família chega a mais de 30 mil litros diários, e tem um rebanho de leiteiras girolandas alcançando produtividade capaz de equiparar-se às melhores holandesas.
E não para de investir em modernização.
Dois laticínios, o Natville, em muito maior quantidade, e o Betânia, instalados em Nossa Senhora da Glória, compram toda a produção. O preço varia de R$2,20 a R$2,50.
Fazendo-se um cálculo a grosso modo, verifica-se que pelo menos 400 mil reais giram diariamente em Santa Rosa do  Ermírio.
Caso os produtores decidam ir além do indispensável fornecimento aos grandes laticínios, poderiam tentar agregar valor, não só com o tradicional queijo e manteiga. Percorrendo “as mil e uma utilidades” que tem o leite, tal e qual o petróleo, fariam surgir um Polo Industrial inovador, incluindo outros produtos, alguns, relacionados à química fina, que importamos, e mais a ração básica, para a instalação paralela da suinocultura. Com esse leque inovador, não haveria limites para o Polo Industrial de Santa Rosa do Ermírio. 
Para o sertão sergipano, sem dúvidas, o leite é o nosso “petróleo branco”, com a característica especial de que, com ele, a riqueza  se dissemina, e se transforma em instrumento eficaz de redução da fome e da desigualdade.
A cadeia produtiva perpassa municípios, só Porto da Folha tem mais de 40 pequenos laticínios. Um programa de melhoria genética posto em prática há quatro anos, tem levado “sangue bom” a pequenos rebanhos. Agora, o governador Belivaldo   reativa um programa social relevante: a distribuição de leite com as gestantes e lactantes. Isso sintoniza com algo essencial: a redução da mortalidade infantil, e a proteção da mulher. Por outro lado, estimula o negócio do leite.
Mas, chegamos ao ponto essencial em torno do qual girou este comentário.
Como fazer crescer a produção leiteira em Santa Rosa do Ermírio onde não há rios perto, nem açudes. Sabendo-se que só uma vaca bebe, no mínimo, sessenta litros de água por dia? 
No verão, são dezenas de caminhões transportando água. A distância a ser percorrida é grande, os caminhões enchem os canais da COHIDRO em Canindé do São Francisco. Percorrem, indo e voltando, mais de 60 quilômetros. Trabalham em conjunto nas épocas de seca as Prefeituras e os governos estadual e federal, neste caso, com a participação do Exército. Alguém precisa fazer um cálculo dos dispêndios atuais, e um outro sobre quanto custaria uma adutora do São Francisco até Santa Rosa do Ermírio, aduzindo água bruta, sem receber o tratamento químico que a encarece, e desnecessário quando não é para consumo humano. 
Aqui, temos, até insistentemente, tratado desse projeto, e das perspectivas que abrirá para a expansão do Polo Santa Rosa do Ermírio. Aliás, é a única forma de assegurar sustentabilidade àquela hoje importante bacia leiteira.
O que falta para ser concretizada a adutora do nosso “petróleo branco”?
Em primeiro lugar a demonstração da sua viabilidade técnica e econômica; em segundo o projeto de engenharia; e o terceiro e decisivo: a vontade política para assegurar recursos.
Essa vontade política, no momento traduzida em intenções, parece agora já delineada. O governador Belivaldo terá tempo ainda para mandar elaborar o projeto, seu sucessor o concretizaria.
Até agora, prometem empenhar-se pela Adutora do Leite, o pré-candidato ao governo Fábio Mitidieri, que tem demonstrado muita afinidade com o sertão; o possível pré-candidato ao Senado André Moura, da mesma forma um outro possível pré-candidato Jackson Barreto, ainda o pré-candidato Valadares Filho; os pré-candidatos à federal Heleno Silva, Gustinho Ribeiro, João Daniel, Eliane Aquino, Luiz Roberto, Márcio Macedo, Luiz Fernando, Chiquinho Gualberto. A estadual: Junior Chagas,  Jorginho Araújo, Luciano Bispo, Jeferson Andrade, José Carlos Machado, Zezinho Sobral, Chico do Correio, e outros que irão se somando à ideia.
O Secretário da Agricultura, Zeca da Silva, entusiasmado com  a produção sergipana de leite, vê com bons olhos a adutora do nosso “petróleo branco”. 
Dessa forma, tudo faz crer que não faltarão recursos destinados à obra. Seria tão importante para o sertão, quanto tem sido o Projeto Califórnia, em Canindé. Uma, entre tantas ousadias, saídas da cabeça fértil do visionário João Alves Filho.

 

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CEZAR LOBÃO MOREIRA O “CADETE” AOS 75 ANOS

Cezar Lobão um Promotor de Justiça que não esqueceu a disciplina militar.


Nos tempos em que a rua de João Pessoa era uma síntese e metáfora da vida aracajuana, ali, tudo o que era notícia na sociedade acontecia em carne e osso.
Jovens que lograram aprovação nas Academias Militares, e se tornaram cadetes, quando em férias, costumavam passear fardados naquela artéria central, onde ainda havia o footing vespertino nas calçadas. Os pais costumavam acompanhá-los, e, certamente, poucos teriam estufado o peito com tanto orgulho como o fizeram, o servidor público e exímio violonista João Moreira, com o filho Augusto Cezar Lobão Moreira, e um outro, o destacado comerciante José Arivaldo Prudente, com o filho Joseluci Prudente.
Cezar, seguindo os passos da mãe, a professora catedrática de História Universal Maria Augusta Lobão Moreira, era, desde criança um compulsivo leitor, fascinado com grandes personagens, onde os vultos de militares que escreveram parte da História brasileira o fascinavam, e assim, a carreira das Armas tinha, para ele, a chancela intelectual de uma escolha coerente.
Há um termo com o qual os militares definem o entusiasmo dos jovens candidatos ao oficialato: “vibrador”.
Os professores e os seus colegas de turma logo o identificaram como um “vibrador”. Augusto Cezar fez 75 anos neste sábado, dia 11, e permanece o mesmo cadete “vibrador”. Alimenta os sonhos de um Brasil desenvolvido, socialmente justo, com status geopolítico, projeção no mundo, e Forças Armadas tendo capacidade dissuasória, correspondente ao que seremos, quando canalizarmos todas as energias para um projeto de país, aquele  sonhado por tantas gerações. E ainda irrealizado.
Ter capacidade militar, sempre entendeu Cezar, não significa querer guerras, mas, com certeza, é o melhor meio de evitá-las.
O cadete “vibrador” não fez carreira, não concluiu a Academia. Problemas de saúde o afastaram. Plenamente recuperado, voltou a outra Academia, dessa vez a Faculdade de Direito. Nasceu uma outra forte e definitiva vocação. Tornou-se Promotor Público. Soube manejar com inteligência, discernimento e convicção   outras “Armas”, aquelas que o Direito confere aos seus operadores: a força do argumento fundamentado na razão, o que significa o exercício das Leis.
O cadete nunca esqueceu do Exército, por sua vez o Exército acompanhou e avaliou as suas ações, daí o recebimento de tantas comendas, entre elas a maior que a Força concede.
Nesses 75 anos, no aluno da AMAN, no Promotor de Justiça, nunca faltaram largos espaços a serem preenchidos com a vibração cívica do cadete.

 

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A TRAGÉDIA NO JARÍ E OS ESTADOS PARALELOS

O indigenista e o jornalista inglês. Mais duas vítimas do Estado Paralelo na Amazônia?


O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, com ênfase e responsabilidade, denunciou a existência de um Estado Paralelo no Brasil. Ele referia-se ao que sucedeu na Amazônia, e ao desaparecimento e morte do cidadão brasileiro, o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Don Phillips.
Quando Bolsonaro assumiu a presidência em 2019, o Brasil tinha  identificado, apenas, um Estado Paralelo, aquele, instalado nos morros cariocas, onde se misturam o tráfico e as milícias. Tem crescido pelos equívocos do Estado legal em saber combatê-lo ao lado de ações sociais, e de uma nova e realista visão sobre o crucial e sempre irresolvido problema das drogas. De uma coisa já se tem a comprovação prática: a inutilidade daquele “tiro na cabecinha”, anunciado pelo juiz que se tornou político, desastrado e corrupto, o breve Witzel.
O Estado Paralelo é uma excrescência sempre conduzida por bandidos de variadas espécies, desafiando o Estado, mas em algumas circunstâncias, tornando-se até a base podre de sustentação política de quem representa o Estado Legal.
Na Amazônia, o Estado Paralelo não está resumido apenas ao Vale do Jarí.
O delegado da Policia Federal, posto à margem pelo atual governo, Alexandre Saraiva, faz gravíssimas denúncias. Ele chega a afirmar: pela Amazônia se estendem os tentáculos de uma “Holding do Crime”. E ele cita o nome dos deputados federais, senadores e outras autoridades que participam desse Estado Paralelo, que tem poder de vida e morte sobre a população da região imensa. É algo gravíssimo, um permanente atentado à segurança e à soberania do Brasil. Garimpeiros ilegais,  desmatadores, grileiros, todos, direta ou indiretamente foram estimulados, e agora, sentindo-se empoderados e impunes,  juntam-se a todas as facções criminosas. Difícil combater um Estado Paralelo que se espalha por mais de 4 milhões de quilômetros quadrados.
Mas há ainda outros Estados paralelos. Um deles tem até receita própria: o orçamento secreto. É comandado por Artur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, o partido que abriga o presidente da República e candidato à reeleição.
Nesse fatiamento do Estado Brasileiro entre facções, surge também aquele Estado Paralelo do poderoso Ministro Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que acumula inimagináveis poderes.
Um outro a ser considerado com incontido espanto é o Estado Paralelo, dentro do qual operam os filhos do Presidente.
A Nação, o Estado Brasileiro não irão ser ser dissolvidos em Estados Paralelos, mais dias menos dias, eles irão desaparecer, e salva-se o Brasil, que, por contingência histórica e geográfica, sempre tem sido maior do que o fundo dos poços onde insensata e absurdamente tentam jogá-lo.

 

INFORME PUBLICITÁRIO 

Governo do Estado e Deso assinam ordem de serviço para ampliação da adutora do Alto Sertão
Além de Pinhão, serão beneficiados os municípios de Frei Paulo, Pedra Mole e Simão Dias, com um investimento de R$ 80 milhões

O Governo do Estado, através da Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, assinou nesta segunda-feira, 20, ordem de serviço para ampliação da adutora do Alto Sertão, no trecho T2, que passa por Simão Dias, beneficiando aproximadamente 66 mil  pessoas, com investimento de quase R$ 80 milhões. O objetivo é de melhorar o abastecimento nas cidades de Frei Paulo, Pedra Mole, Pinhão, Simão Dias e região.

Pinhão é um dos lugares que mais sofrem com o abastecimento de água. Uma obra que foi feita há trinta anos e precisa desse reforço, que é a duplicação da Adutora do Alto Sertão, em Nossa Senhora de Aparecida, passando por Pinhão e até Simão Dias. Portanto, é água do São Francisco chegando até Simão Dias. Para esses investimentos, foi preciso ampliar a captação no rio São Francisco, em Porto da Folha, além de duplicar a estação de tratamento. São mais R$ 23 milhões que está sendo investindo nessa região de Porto da Folha, para que possa ser feita não só a tubulação, como também ampliar a oferta de água tratada para que consiga chegar aos municípios de Pinhão e Simão Dias. É a obra mais importante dos últimos 30 anos para o município de Pinhão, porque é uma região conhecida como ponta de rede, e com isso, será resolvido definitivamente os serviços de abastecimento da região.

Governo de Sergipe 

Essa é uma obra muito importante para a região. Com isso, está sendo reforçado o sistema de captação de água, a partir de Porto da Folha. Atualmente são três adutoras sendo reforçadas nessa região: a adutora do Alto Sertão, Adutora Sertaneja e Adutora do Semiárido. Especificamente em relação à adutora do Alto Sertão, será duplicada a partir das proximidades de Nossa Senhora Aparecida e com isso, haverá um reforço no abastecimento d’água nos municípios de Frei Paulo, Pedra Mole e Pinhão e sendo ampliada e assim, levando água do São Francisco para o município de Simão Dias. Nessa ordem de serviço estão sendo investidos R$ 80 milhões e mais cerca de R$ 80 milhões, que já estão investidos no reforço dessas adutoras. As obras já estão sendo executadas e os recursos estão totalmente garantidos. Portanto, é melhoria na qualidade de vida das pessoas. 

Ampliação

A obra faz parte do programa de ampliação dos sistemas da Deso, que montou uma estratégia para melhor atender as cidades do Sertão do estado, com investimento total de R$ 177.760.284,00. Para isso, também está sendo realizada a duplicação da estação de tratamento e bombas da adutora do Semiárido (2ª Etapa da adutora do Semiárido), que se interliga, no município de Nossa Senhora da Glória, aos demais sistemas integrados do Sertão: às adutoras Sertaneja e Alto Sertão.

Com isso, haverá um aumento da produção, de 300 l/s para 530 l/s, a partir das intervenções de troca das bombas e melhoramento do Sistema Elétrico da Captação e Estações Elevatórias, além da construção de Estação de Tratamento de Água (ETA) em Porto da Folha. O custo é de R$ 23.447.127,00. Também está sendo ampliada a adutora do Alto Sertão, no trecho de Nossa Senhora da Glória, Torre T2 Ribeirópolis/Moita Bonita. O investimento desta intervenção é de R$ 74.390.000,00.

A moradora de Pinhão, Palmira Nunes da Conceição, é uma das que sofrem constantemente com irregularidade no abastecimento. “A nossa situação é muito difícil. A gente tem uma cisterna e vai racionando a água como pode”, contou. Da mesma maneira, revelou a moradora Eugênia da Conceição Santos. “Difícil para lavar pratos, lavar o banheiro e até cozinhar. Passamos dias sem água. A nossa expectativa e que tudo melhore com essa obra”, disse.

Duplicação da Adutora do Piauitinga

Para reforçar ainda mais o abastecimento de água em todo o estado, já está em fase de testes a duplicação da Adutora do Piauitinga. O Sistema de Abastecimento de Água Integrado Piauitinga (Adutora do Piauitinga) vai levar água para cerca de 170 mil pessoas dos municípios de Lagarto, Salgado, Simão Dias e Riachão do Dantas, beneficiando as regiões Sul e Centro-Sul. A obra contou com um investimento de cerca de R$ 85 milhões.

A estação de captação de água fica no município de Estância e a nova estação de tratamento localiza-se em Salgado. A obra de ampliação da Adutora do Piauitinga conta com adutoras, uma captação, uma Estação de Tratamento de Água (ETA), uma Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT), um reservatório de distribuição com capacidade de 2.000 m³ e 14.436 ligações prediais.

Apresentação teatral de cordel promovida pela Deso chega em Laranjeiras
“Romeu e Julieta querem água pra casar” é uma adaptação do clássico da literatura de Shakespeare e irá percorrer comunidades de todo o Estado de Sergipe 

A Escola Municipal “Alcino M. Prudente”, localizada no município de Laranjeiras foi o primeiro público externo a receber a apresentação da peça teatral, “Romeu e Julieta querem água pra casar”, promovida pela Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, através da Diretoria Comercial e Financeira, juntamente com o Atendimento Social, com o intuito de mobilizar a população, através de uma mensagem leve, divertida e informativa. A apresentação que reúne grandes nomes do teatro sergipano, em um texto de fácil entendimento sobre a história da Deso, o “Programa Tarifa Social”, economia de água e sustentabilidade, é totalmente direcionada para as comunidades sergipanas.

Além dos alunos, professores e a diretora da Escola, Ana Maria de Oliveira, estavam presentes também, o pessoal do escritório da Deso de Laranjeiras, que puderam acompanhar toda a apresntação. De acordo com o Atendimento Social da empresa, com a estreia da peça para o público externo, criou-se uma oportunidade de observar que os expectadores, neste caso, crianças e adolescentes, ficaram bastante atentos durante toda a apresentação e que o conteúdo abordado foi apreendido de forma lúdica, divertida e leve. Eles serão grandes fontes para o repasse de informações com os pais, e que isso seja repercutido no aumento do cadastramento de famílias de baixa renda do município no Programa Tarifa Social e no uso mais racional da água.

Programa Tarifa Social

Em que condições o cliente poderá solicitar a tarifa social?

•    Estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cad Único) e com cadastro atualizado; 
•    Ter renda da família residente no imóvel de até 1/4 salário-mínimo por pessoa; 
•    Ser consumidor monofásico de energia elétrica com média mensal de consumo de até 120kwh/mês; 
•    Estar devidamente cadastrado como proprietário ou usuário do imóvel em que pleiteia o benefício; 
•    Estar com imóvel cadastrado na categoria residencial; 
•    Estar cadastrado em apenas uma matrícula na DESO; 
•    Nãopossuirdébitospendentes; 
•    Preencher questionário socioeconômico, disponibilizado pela DESO. 

O que fazer para solicitar a tarifa social?

•    Dirigir-se a uma das Lojas de Atendimento ou acessar a Agência Virtual

Quais documentos devem ser apresentados?

•    RG e CPF do titular da conta; 
•    Preencher e assinar o formulário “Questionário Socioeconômico para Cadastramento de Tarifa Social”. No caso das solicitações realizadas pela Agência Virtual o referido questionário deverá ser preenchido virtualmente. 

Cópia de:

•    Conta de energia elétrica atual do imóvel; 
•    Comprovante de renda da família (ex: contracheque, carteira de trabalho, extrato bancário de recebimento de aposentadoria, BPC ou Auxílio Brasil, etc); 

OBS: Não sendo possível comprovar a renda familiar, poderá ser realizada entrevista semiestruturada e/ou visita domiciliar por Assistente Social da DESO para análise e parecer da situação socioeconômica, tendo por base a utilização de indicadores sociais.
 

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