Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
TEXTOS ANTIVIRAIS (84)
18/12/2021
TEXTOS ANTIVIRAIS (84)

AQUELA LANCHA FESTIVA NAVEGANDO NO GUARUJÁ

O "governo" derrete e o presidente passeia.

 

Neste sábado, 18 de dezembro, o presidente Bolsonaro desfrutava daquelas amenidades, restritas, apenas, à uma parcela ínfima dos 212 milhões de brasileiros, entre os quais, pelo menos, 30 milhões estão enfrentando as agruras da fome. Navegava numa lancha singrando as águas convidativas num recanto VIP do Guarujá, litoral paulista. Claro, o presidente não foi eleito para compartilhar com os que sofrem a desgraça coletiva. Ele, tal e qual outro qualquer brasileiro tem o direito ao lazer, a momentos de descontração, ao convívio afável com os seus amigos, entre os quais se incluem, preferencialmente, uns personagens, digamos assim, estranhos, ou esquisitos. Isso, diz respeito apenas a ele, e ninguém iria imiscuir-se nos seus gostos ou preferências pessoais. 

O presidente, um homem não afeito à leitura, é um estranho ao mundo da cultura, do conhecimento, não aprecia o convívio com intelectuais, com pessoas que se dedicam a pensar, e a tentar compreender melhor o Brasil e o mundo. 

O presidente faz pouco caso de tudo isso, ou sente até uma comichão incômoda ao ouvir, forçosamente, alguma exposição ou diálogo a respeito de temas que escapam, por inteiro, ao seu precário e hermético aparato de discernimento. Mais ainda, se abordarem os problemas sociais, que na sua visão tacanha, sequer existem, ou são propositalmente desvirtuados.

Ele é um improvisador populista, que enxerga no elevado mandato exercido, pouco além de um momento oportuno para auferir  todas aquelas vantagens pessoais, das quais julga-se com o pleno direito de desfrutar, e de propiciar à sua família; nada constrangido com as mansões de alto luxo às margens do Paranoá, ou, diante dos resultados rápidos das empresas do seu filho 04, facilitados por uma simbiose degenerada entre o pessoal e o público. Aqui, são apenas detalhes, coisas mais visíveis, bem distantes de outras manobras, nos altos escalões da República. Passam, esses joguinhos inocentes, por orçamentos secretos, privatizações, e jogadas magistrais de alguém ao qual ele entregou o comando da economia, o seu "Posto Ipriranga”.  Paulo Guedes  é aquele que veio, por algum tempo, passear pelo território de um país um tanto desconhecido por ele, mas, tendo o cuidado precavido de deixar  os seus dólares resguardados bem longe, lá num Paraíso Fiscal, a salvo do derretimento do Real, e da inflação devastadora.

O presidente, como já foi desenhado pelo  general Hamilton Mourão, nosso vice-presidente, é um militar que, não ultrapassando a graduação inicial de Tenente, foi bem preparado sob o aspecto físico, mas, perdendo a oportunidade de aprimorar o intelecto, por ter estacionado no início da tumultuada e curta carreira. Essa não foi a frase exatamente dita pelo Vice-Presidente, que é comedido e elegante, mas, na essência, a definição ficou bem clara, abordando a fragilidade intelectual do tenente, que se tornou capitão em decorrência da reforma, conseguida para evitar uma desonrosa baixa do Exército.

Em 2018, o povo brasileiro andava tão desencantado, tão distante da esperança, que acabou dando ouvidos a um discurso mal-alinhavado, até absurdo, de um deputado quase desconhecido, que, tendo 28 anos na Câmara Federal, se dizia livre da corrupção; e justamente pelo seu anódino anonimato, fazendo-se acreditar como alguém distante dos nossos vícios e pecados veniais  ou mortais, vicejando, robustos, na própria sociedade brasileira, e mais ainda nas instituições.

O povo brasileiro, embora desconhecendo quase completamente a obra do escritor espanhol Miguel de Cervantes, um dos que iluminaram o Renascimento, ingênua e credulamente, identificou Bolsonaro como uma espécie de cavaleiro da ordem e da justiça, um tanto desengonçado, boçal e delirante, mas, presumivelmente honesto, seria ele então o nosso Dom Quixote de La Mancha atemporal e desfigurado, cujas falhas e desatinos poderiam ser amenizadas pelo próprio povo, que nele confiou, e se dispunha a fazer o papel jocoso do escudeiro Sancho Pança, a quem faltava a leitura, mas lhe sobrava o senso da realidade.

Os eleitores do capitão, que não eram exatamente bolsonaristas, até porque essa é uma definição imprecisa e incompleta, como são todas as definições que tentam enquadrar o fascismo, foram constatando, com o passar do tempo, que os mitos não existem, e, sendo mitos, não passam de ilusões. E entenderam que ele estaria, embora quixotesco, muito longe de ser o cavaleiro andante, impetuoso reparador de erros e amenizador de desatinos. Por falar na obra magistral de Cervantes, o capitão aqui em foco, melhor se identificaria com o açougueiro, em uma das suas novelas intitulada El Colóquio de Los Perros.

E então, descobrem os eleitores que é preciso retornar ao seio tranquilo da política, construída sem ímpetos, sem bravatas ou    arroubos, sem a negação de si mesma. 

Não se glorifica o político, mas é essencial que se faça a política, e  que se entenda como será possível transformá-la, com civilidade e democracia, num instrumento eficaz da ação social e coletiva.

Bolsonaro, a quem faltam alguns “parafusos” de contenção e equilíbrio, julgou-se capaz de mudar o Brasil à base de coices. E saiu a desferi-los. Ameaçou, esperneou, gritou, xingou, soltou pornografias, usou a caneta da forma mais desbrida , tentou desacreditar a tudo e a todos. E acabou fracassando fragorosamente. Então, se foi aninhar no regaço acolhedor daquilo que ele classificava como a “velha política”. Nela encontrou a salvação pessoal, e o passaporte para as suas tratantadas, mas o Brasil real, profundo, humano, sofrido e também resistente, ele esqueceu, e até o desprezou. Imaginou , naquele seu populismo tacanho, que  comer pastel com caldo de cana, ouvindo o coro: mito, mito, mito, lhe asseguraria a popularidade para reeleger-se, meta a qual agarrou-se desde  o momento em que foi eleito em 2018, já pensando em 2022.

Agora, com os “parafusos” já desparafusando completamente, ele resolve investir contra o seu próprio governo, incluindo no rol dos seus ataques e desatinos a ANVISA, ou seja, a ciência brasileira, na qual ele não acredita, e se esforça para desmoralizar.

E ouve a resposta dura e necessária do presidente da instituição o contra-almirante Antônio Barra Torres, que é também cientista, solidarizando-se com os seus colegas afrontados e ameaçados pelo “desparafusado”: “Não é tempo de violência, não é tempo de sentimentos menores”.

Desde o dia 1º de janeiro de 2019, temos vivido um tempo de violência boçal, e de sentimentos menores  e corrosivos.

Por isso, os chefes militares já esfregaram na cara do capitão a nossa Constituição; o STF, o Congresso Nacional, já lhe deram um basta, embora, no Legislativo, ele sempre encontre parcerias, até para os “orçamentos secretos”.

Mas o capitão continua displicentemente  gozando dos seus tempos alargados de lazer, passeando, sorridente e satisfeito pelas águas do Guarujá.

Se quisesse honrar o seu cargo de presidente, ele já teria embarcado numa outra lancha, uma daquelas, artilhadas,  da Marinha ou da Polícia Federal, que navegam, infelizmente em reduzida quantidade, pelos rios desamparados da Amazônia. Poderia ter ido ver de perto as 300 dragas e barcaças formando uma  inusitada esquadra fluvial, roubando o ouro existente no leito do caudaloso Madeira.

 Um cenário desses só mesmo na grandiosidade generosa  do Brasil, onde há ouro até sobrando, e também ausência total de ideias para aproveitá-lo em sintonia com o interesse público 

Se ele tivesse olhos para ver, e intelecto para compreender aquela cena surreal, constataria: Primeiro, que ali estava uma demonstração eloquente da ausência de governo em Brasília. 

Segundo, que ali estava, também, a prova eloquente da potencialidade incomum, talvez única no mundo, de um país rico e gigantesco que, se racional e inteligentemente aproveitada nos levaria rapidamente a figurar entre as cinco maiores potências econômicas do mundo. Se ao cérebro do capitão movido por mesquinharias ou sentimentos menores, fosse possível chegar a lucidez, ele desembarcaria da lancha, daria a mão à palmatória do Vice, general Mourão;  convocaria os governadores da Amazônia, conclamava aos ambientalistas e empresários nacionais; aos países estrangeiros que aqui podem investir, para que se fizesse um projeto inovador de desenvolvimento sócio- econômico para a Amazônia, sem esquecer, antes, de ampliar e fortalecer o trabalho da PF, mandando explodir de uma vez só todas as dragas e barcaças, e assim, simbolizando o fim do seu deletério  conúbio de interesses eleitoreiros e pecuniários com os criminosos que saqueiam nosso maior patrimônio, alguns deles refestelados  tranquilos e impunes, no âmago das instituições nacionais.

Mas o capitão que nos deu por desgraça esses tempos de sentimentos menores, prefere passear de lancha nas águas do litoral paulista, onde também, despreocupada, vagueia uma parte  restrita da nossa elite empresarial, que enriqueceu muito nesses três anos, seletivamente beneficiada pelos favorecimentos do governo, à custa do sangue, suor e lágrimas do povo brasileiro.  

 

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UM GLOBAL CHEGANDO PARA RESPIRAR SERGIPE

 

Jaime Monjardim disse a Belivaldo que Sergipe lhe surpreendeu 

 

Jaime Monjardim, não bastando o próprio nome que o faz famoso e respeitado, tem ainda a credencial de ser filho de Maysa, aquela cantora que uniu a voz maviosa a um sentimento cálido de poética melancolia. O comandante da dramaturgia da Globo esteve em Aracaju, e foi visitar o local onde Maysa Monjardim Matarazzo fez uma das suas raras apresentações no nordeste. Foi aqui, no espaço da antiga Legião Brasileira de Assistência, onde hoje está localizada a Secretaria de Ação Social na rua Santa Luzia. O espaço nos fundos do prédio era amplo, e nele se projetavam jardins e novas construções. Foi então aproveitado, isso em 1957, para a grande récita da cantora, então quase no auge da sua fama. Maysa foi a musa dos anos quase ocupados  pela bossa – nova, e celebrizou a musicalidade da “fossa”. Um sentimento de solidão, de perda e ausências, as angústias da própria vida, e, com isso, marcou a sua presença no espaço artístico e intelectual brasileiro, e se fez ouvida no exterior, principalmente na França, onde o existencialismo buscava traçar  com a arte e os costumes, novas sendas por onde transitassem as ansiedades de um tempo. A carreira artística de Maysa, como depois contou o próprio filho na série  da Globo que dirigiu, se fez à revelia da própria família e do marido, um dos Matarazzo, então,  o maior e mais sólido grupo econômico do país.

Mas a veia artística de Maysa não lhe permitia renunciar ao sonho de traduzir suas emoções pela música, e, sem isso, sem os palcos, sem o rádio, a iniciante TV, sem cantar, a vida lhe seria incompleta. 

Descobriu-se então a fórmula: ela faria os seus shows, mas, seriam todos beneficentes. 

Naquele ano de 1957, o segundo da clarificante era de Juscelino Kubitschek, servia em Aracaju, um tenente-coronel que andou querendo , como lacerdista ferrenho, sublevar quartéis contra  JK. O Ministro da Guerra Teixeira Lott, inflexível na defesa da legalidade e da Constituição, mandou servir em Aracaju, na 19ª Circunscrição de Recrutamento, onde ficaria, burocraticamente instalado  sem armas, e bem longe dos burburinhos golpistas da Capital Federal. O militar era Menezes Côrtes, um homem extremamente cordial, e que rapidamente fez na então bisonha Aracaju, um largo círculo de amizades, e foi, também, protagonista de diversas ações principalmente filantrópicas. Manteve contatos no Rio e conseguiu para Aracaju a apresentação de Maysa, que se fez em benefício do SAME, o Serviço de Assistência à Mendicância, criado pelo bispo Dom José, e que retirou das ruas de Aracaju os mendigos, e lhes deu teto e comida.

Dizem os lobos que é preciso uivar para a lua.

Naquela noite, onde na plateia havia ternos, coletes, vestidos longos, e também o plenilúnio, Maysa cantava em Aracaju num espaço ao ar livre. E ela, encantada, “uivou” para a lua.

 A cena, guardadas as proporções, poderia ser comparada aquela outra de Maria Calas interpretando Casta Diva, quando, no Mar Egeu espelhando a lua, se calaram as ondas que marulhavam, se fez silêncio absoluto no Iate de Aristóteles Onassis, com máquinas e luzes desligadas por ordem dele, em homenagem à sua Diva, que ele também quis retirá-la dos palcos, para cultivar a vaidade do exclusivismo. No seu iate, entre outros, estava também Winston Churchill.

Jaime Monjardim, foi ao sertão sergipano, o acompanhou o Secretário de Turismo Sales Neto. No dia seguinte, recebido pelo governador Belivaldo Chagas, Jaime externava a boa surpresa de no trajeto até Canindé do São Francisco e visitando em Poço Redondo a Grota do Angico, não ter avistado uma só casa de taipa e palha. Nesse particular, ele ressaltou que Sergipe contrastava com outros locais que ele visitará no nordeste, e onde a extrema pobreza o deixou constrangido. 

Jaime, alem de artista é empresário criativo, e enxerga longe, por isso observou também os nossos extensos milharais e a evidência das transformações causadas pela economia do leite, que se notam mais intensamente em Nossa Senhora da Glória, sede de grandes e pequenos laticínios, e anotou, com satisfação, os números obtidos pela produção leiteira no distrito de Santa Rosa do Ermírio, município de Poço Redondo.

Belivaldo aproveitou a deixa e fez ao executivo global uma síntese do programa que lançara três dias antes em Glória, direcionando cem milhões de reais, para incentivo entre outras coisas à cadeia produtiva do leite, à ampliação dos recursos hídricos, e transferência de renda aos mais pobres.

Depois, antes de retornar ao Rio, Jaime percorreu  os 17 quilômetros da nova Orla, sendo informado sobre a instalação ali, do Memorial aos Náufragos, e dos eventos programados para o próximo ano, quando, em agosto, completam-se oitenta anos da tragédia dos torpedeamentos nas praias de Sergipe e Bahia, o que levou o governo brasileiro a declarar guerra ao Eixo nazi-fascista, Alemanha- Itália e Japão.

A presença de Jaime Monjardim em Sergipe,  por tudo que ele é e representa,  torna-se uma boa notícia para o nosso estado.

 

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O CONSELHEIRO E O PROCURADOR

 

Moacyr Mota e Carlos Alberto Souza, agora aposentados são bons exemplos de servidores públicos.

 

Aposentaram-se, faz poucos meses, o Procurador de Justiça Moacyr Motta e o Conselheiro do Tribunal de Contas Carlos Alberto  Souza. Aos que percorrem sem nódoas a vida pública, e contribuem para que se aperfeiçoem às instituições às quais pertencem, nesses tempos de coisas insólitas, em que o acerto se torna erro, e o certo se entende como errado, e tanto se invertem valores, alguns, até, que fazem parte inseparável da nossa história, é imprescindível que se fale sobre méritos, quando efetivamente eles existem.

Quando esses méritos inexistem, logo se pode  recorrer à palavra puxa-saquismo, essa espécie de substantivo adjetivado, que bem invalida o “encômio” ou “encomenda”,  e assim também desnuda a pura sabujice. 

Dito isto, fica bem melhor falar sobre pessoas depois que elas se afastam do poder que exerceram, no caso desses dois, por um alentado espaço de tempo.

Já  tornou-se uma chatice dizer que não há pessoas insubstituíveis, mas algumas terminam sendo. Nada disso. A presença humana nos cargos,  é transitória como a vida e assim deve ser. Quanto mais se encurta a ideia de vitaliciedade tanto melhor.  Ministros do Supremo, por exemplo, não deveriam ser vitalícios, o mesmo valendo para os Ministros dos demais Tribunais Superiores.

Mas essas observações aqui são até despiciendas, para não dizer impróprias.

Falemos então sobre Carlos Alberto e Moacyr Motta.

Os dois, ao longo do tempo, foram fundamentais, tanto para a nova configuração do Ministério Público, no caso de Moacyr após a Constituição de 1988, num trabalho iniciado pelo Procurador depois desembargador Pascoal Nabuco.  

Em relação ao Tribunal de Contas, que chegou aos 50 anos após criado pelo governador Lourival Baptista, Carlos Alberto sempre foi entre os conselheiros o que melhor conhecia e dominava o seu ofício, e por ele passa uma boa parte do processo de modernização, agora consolidado. Carlos Alberto deu ao cargo de Conselheiro uma característica pedagógica, demonstrando, sempre, que ensinar e prevenir eram ações  muito mais efetivas e menos custosas aos cofres públicos do que simplesmente punir.

Carlos Alberto, contudo, manteve bem alinhados o seu senso pragmático e a sua concepção de justiça.

Sem alongamento no desfilar de méritos, a Moacyr Motta se poderá atribuir um momento ímpar, quando se deu a inflexão da ousadia quadrilheira que se apossou de  Canindé do São Francisco, e ele, com apoio de todo o Colégio de Procuradores, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas, da Polícia sergipana, alcançou a meta de sanear o município após a intervenção comandada pelo Procurador Fernando Matos, homologada pelo governador Albano Franco, e a presença nas ações do então Juiz e hoje desembargador Diógenes Barreto, e do Promotor Público hoje desembargador Luiz Mendonça.

Moacyr Motta e Carlos Alberto, mesmo sendo cabalmente admitido que ninguém é insubstituível, farão falta, ainda que substituídos à altura, tanto ao Ministério Publico como ao Tribunal de Contas.

 

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O TRIBUNAL DE JUSTIÇA E A CULTURA

 

O desembargador Edson Ulisses presidiu a solenidade de entrega de medalhas, onde entre os agraciados estava o rijo decano Murilo Mellins, o nosso maior memorialista.

 

Tradicionalmente, o Tribunal de Justiça de Sergipe local de pessoas cultas, têm exercido um importante papel na valorização da cultura, no estímulo às artes, na busca da integração da sociedade ao que se faz na literatura, na ciência e no conhecimento de uma forma geral. E, ainda mais, se tem mostrado altivo em todos os momentos em que se faz ameaçada a liberdade de expressão, sem a qual a cultura perde sentido e forma.

O desembargador Edson Ulisses, que presidiu a solenidade e comanda o Judiciário sergipano é um escritor, um consagrado pesquisador das raízes populares e valorização da etnias, ele mesmo, um  exemplo de exaltação constante às suas origens entre o povo Xocó, a mais resiliente  entre as tribos apegadas aos seus costumes e à sua história.

Quinta–feira dia 16 o desembargador Edson Ulisses reuniu o Tribunal para uma sessão memorável de exaltação aos que fazem a cultura, dedicando-se à literatura, à pesquisa histórica, às artes, ao folclore, ao jornalismo, e assim foram entregues medalhas a várias personagens, intelectuais, artistas, personagens do mundo da cultura. O momento desta homenagem não poderia ser mais emblemático, quando sobre a cultura desencadeia-se a fúria dos energúmenos, e a eles ou a ele, é preciso resistir.

Merecem aplausos o desembargador Ulisses, todos os seus pares e os servidores do Poder Judiciário, como Sayonara Viana, entre outros.

O ato cresceu em conteúdo com a palestra feita pelo professor Jorge Carvalho sobre o intelectual, jornalista, jurista e historiador sergipano Armindo Guaraná. Jorge falou em nome dos homenageados, também.

 

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INFORME PUBLICITÁRIO

GESA e GCAL, da Deso, são premiadas com selo e troféu por boas práticas em sustentabilidade
Evento organizado pelo Movimento Nacional ODS/Sergipe, reuniu diversas empresas sergipanas e reafirmou o trabalho desenvolvido pela Companhia de Saneamento

A Rede ODS Brasil é uma articulação de diversos atores sociais que tem por objetivo a implementação da Agenda 2030 das Nações Unidas. Com base nisso, aconteceu na última quinta-feira, 16, o “Encontro Estadual ODS 2021”, que tem como objetivo geral implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas organizações, socializar, preparar e municipalizar os ODS em todos os municípios do Estado de Sergipe. A Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso foi contemplada, através da Gerência Socioambiental e Gerência de Compras e Almoxarifado, com o Selo ODS e o troféu por boas práticas em sustentabilidade.

O evento é organizado pelo Movimento Nacional ODS/Sergipe, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe - UFS. Além de discutir a Agenda 2030 e seus objetivos, o evento premiou, por meio do Selo ODS, aqueles que trabalham com a Agenda 2030 em Sergipe. Na ocasião, a coordenadora estadual do Movimento Nacional ODS, Sandra Sena, ressaltou o papel do apoio mútuo entre as organizações públicas e privadas com as ações realizadas. “Trabalhar com desenvolvimento sustentável é desafiador. As instituições que foram contempladas com o selo e o troféu estão de parabéns por criarem projetos voltados para os ODS”, disse.

De acordo com a Diretoria de Gestão Corporativa, a Deso está alcançando suas missões socioambientais, e está presente nesse ato de celebração as ações da ODS, onde temos uma Agenda para 2030. A empresa está recebendo o selo de qualidade, onde demonstra uma busca para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com as unidades da GESA e GCAL. É uma conquista e reconhecimento, em uma demonstração que a Companhia faz em termos de sustentabilidade. A Deso está sempre se reafirmando nesse cenário.

Para a Gerência Socioambiental, a premiação mostra que a equipe está integrada e contempla o reconhecimento de todos. Muitos setores já possuem boas práticas de ODS, e para a GESA é gratificante, assim como para toda a força de trabalho, principalmente para o programa “Livro Liberdade para a Alma”, que é tocado pela colaboradora Cristina Santana, juntamente com o pessoal contratado. É um sucesso, aliado ao reconhecimento através da comunidade interna e externa, além disso, as melhorias nas práticas do programa “Saneamento Expresso”, que a cada ano está sendo readequado e ampliado em ações e atendimentos.

Segundo a Gerência de Compras e Almoxarifado, a união da equipe faz toda diferença nos resultados. São em torno de dez projetos em andamento, e aproveitando a premiação, foi lançada uma revista eletrônica da ODS GCAL. Praticar a ODS é humanizar as relações, e principalmente na pandemia. A gerência possui uma horta orgânica, uma farmácia viva, espaço de criatividade, onde foram apresentadas lives no auge da pandemia, um projeto com máscaras de tecidos, entre outros. A Deso está fazendo seu papel social, melhorando a relação com a sociedade.

Acesse o link abaixo e conheça a Revista Eletrônica desenvolvida pela GCAL sobre os ODS.

http://online.anyflip.com/ceyih/ystp/mobile/index.html

 

Deso conquista “Quíron de Bronze”, no Prêmio Nacional da Qualidade do Saneamento – PNQS, Ciclo 2021
Cerimônia aconteceu, em Campinas, no interior de São Paulo e é considerada o “Oscar do Saneamento”

A Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, através da Gerência de Compras e Almoxarifado – GCAL, foi a vencedora do “Quíron de Bronze”, no Prêmio Nacional da Qualidade do Saneamento – PNQS, Ciclo 2021, na categoria AMEGSA (As Melhores de Gestão do Saneamento), Nível I. A cerimônia de premiação, juntamente com o Seminário de Benchmarking, aconteceram em Campinas, interior de São Paulo.

De acordo com a diretoria de Gestão Corporativa da Deso, é um reconhecimento que contribui com o desenvolvimento da empresa. O PNQS é um prêmio que colabora muito com a evolução das empresas de saneamento, na busca da inovação e de novas práticas que atendam todas as partes interessadas do processo. É mais uma premiação, referente ao Ciclo 2021 e que com certeza fortalece ainda mais a Companhia.

Para a gerência de Compras e Almoxarifado da Deso, é um momento de muito orgulho para todos que compõem a GCAL. É o reconhecimento nacional de que a empresa está no caminho certo, na busca pela excelência dos processos, servindo de grande estímulo para buscarmos sempre a melhoria contínua, tendo ênfase em uma gestão com foco nas pessoas e servindo de referência para as demais unidades da Companhia.

Os processos principais (comprar, receber, armazenar e distribuir) sofreram mudanças significativas após ingressarmos como participante do PNQS, agregando valor as atividades, pois começamos a ter um olhar aguçado e clínico em nossa gestão interna, com a expertise na aplicação das ferramentas de qualidade. Dessa forma, está sendo mensurado a maturidade em alinhar o Planejamento Operacional para atingir os objetivos e metas. Sem dúvida alguma, o PNQS faz com que aconteça uma adaptação as mudanças, tirando o máximo para alcançar as oportunidades de melhorias. Assim, a GCAL é uma unidade em constante mutabilidade para atender melhor as necessidades das partes interessadas, seja ela os clientes, fornecedores, direção ou sociedade. 

EXPECTATIVAS

Mesmo em um período pandêmico, os processos não pararam. Com base nisso, a GCAL durante os últimos três anos conseguiu uma constante melhoria. Foi possível focar no principal ativo que é a força de trabalho, mantendo-os em sintonia com a missão da Deso. Agora o norte da gerência é a assertiva de Thomas Edison “Se existe uma forma de fazer melhor, descubra-a” e é desta forma que em 2022, a GCAL será submetida a outras premiações e qualificações, que serão um estímulo para a inovação e a busca incansável pela excelência, mostrando que é possível sim, mantermos uma empresa pública, eficiente e de qualidade.

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