BRASIL, UM PAÍS CANCELANDO O SEU “CPF” E O SEU FUTURO
(Centenas de milhares de mortos e o presidente se diverte e faz campanha sem máscara)
Diz, o presidente Bolsonaro, quando a polícia mata algum marginal, desde que não seja alguém assim como o miliciano Adriano, que ele e os seus filhos tanto homenagearam : “Cancelaram o CPF".
No caso brasileiro não seria um CPF, mais apropriadamente, tratando-se da identificação de pessoa jurídica, deveria ser o CNPJ. Se um país, ou seja uma Nação, com povo e tudo, necessitasse ter um documento que a identificasse em toda a plenitude dos atos que pratica, das relações necessárias na vida civil. Uma Nação não necessita de CNPJ, mas as instituições que a integram, essas, fazem uso do documento.
O presidente Bolsonaro refere-se com indisfarçável satisfação aos CPFs com frequência sendo “cancelados", isso, faz parte da sua índole infensa a sentimentos humanitários. Com a mesma quase euforia, dedica-se à tarefa insana de cancelar os “CPFs” das instituições.
A era Bolsonaro, com todas as suas pestilências infectantes, é o resultado de uma imensa decepção e revolta da sociedade brasileira com os descaminhos da moralidade pública, que deram ensejo ao “mensalão”, ao “petrolão", ao esvaziamento dos cofres de fundos estatais de previdência, tais como o POSTALIS, e tantos outros, quando a “companheirada” revelou toda a insaciável sede ao pote de ouro.
Lula foi ao extremo da irresponsabilidade pública, nomeando Geddel Vieira Lima para exercer o cargo de Ministro da Integração Nacional, ou o festim impúdico, ofertado aquele que, na Bahia, dizem ter surrupiado o bico de um outro bebê que estava perto dele na Maternidade, e assim começando sua carreira de punguista. Geddel, que ainda usa tornozeleiras, é representado no Planalto pelos seus seus irmãos morais, ou amorais, Ricardo Barros, o líder do Governo, Roberto Jefferson, Waldemar Costa Neto, e tantos outros conspícuos integrantes da facção histórica do peculato. Geddel está temporariamente afastado das “atividades públicas", pela má sorte que teve, quando um vizinho, fofoqueiro, revelou à polícia baiana o apartamento recheado de caixas de dinheiro. Era a própria “caverna de Ali Babá”, ou o "Bunker” onde respeitáveis senhores, sócios de Geddel, protegiam os seus ganhos, resultantes do conluio de todos, na mesma atividade predadora. Nas manifestações pelo impeachment de Dilma Roussef, lá estava Geddel, balançando as papadas flácidas a gritar: “abaixo a corrupção".
Aquela onda “moralista", que vez por outra arrasta a opinião pública, engrossada pela inépcia de Dilma, que não soube amaciar Eduardo Cunha, como hoje Bolsonaro faz com Arthur Lira, foi além do impeachment, e levou ao poder um político "incorruptível", um ex-capitão, má referencia no próprio exército, parlamentar de longa vida (28 anos), e zero realizações; além de falar impropérios e fazer denuncias vazias, que ganhavam repercussão na massa pouco letrada que a ele dava alguma atenção. Mas o medo ou ojeriza ao PT, cristalizou-se, tanto pelos erros que o partido e seus aliados cometeram, como pelas conquistas sociais concretizadas nos mandatos de Lula, e que incomodavam setores da elite brasileira, reacionária ao extremo, tal como aquela socialite colunista da Folha de S. Paulo, que aliás escrevia muito bem, e deixou claro, numa das colunas, a decepção por não poder desfrutar , “comme il faut”, do prazer de circular em Paris, sem ter a surpresa de encontrar passeando nos Champs Elysées, um dos porteiros do edifício luxuoso onde morava.
A indignação desses setores das classes médias e ricas, não se traduz exatamente pelo culto irrestrito aos valores morais que apregoam defender, entre eles, avultando a moralidade pública, que afirmam, como boa dose de razão, ter sido aviltada nos governos petistas. Também, não nasce daquele medo ao comunismo, um dejà vú, hoje sem nenhum sentido, ou, à repugnância diante do que classificam como decadência dos costumes, afetados pela licenciosidade. Esses setores da sociedade, muito mais do que aqueles dos baixos estratos sociais, na verdade, refugiam-se muito mais na hipocrisia, como se estivessem a isolar-se no seu circulo exclusivo, onde sempre há lugar para a prática seletiva de tudo o que lhes causaria horror.
Em resumo: se locupletam, navegam num mar de raros privilégios, dão monumentais calotes, fazem aborto nas melhores clinicas, cheiram, têm overdoses, praticam o sexo de todas as maneiras, e escandalizam-se diante das paradas Gays. Fazem tudo o que mais anatematizam, desde que tudo isso seja resumido a uma espécie de gueto aristocrático, que não pode ser afetado pelo barulho dos bailes funks nas Favelas.
Paulo Guedes, que insulta os trabalhadores, que promete a prosperidade e a libertinagem geral na promiscuidade das atividades especulativas, torna-se o “homem que o Brasil precisava", mas, no instante em que ele fala em taxar lucros, os olhares se tornam enviesados, e ele vai além: quer, efetivamente com a reforma que anuncia, ampliar os impostos já escorchantes, sacrificar as atividades produtivas, para que Bolsonaro tenha na sua bolsa eleitoreira mais dinheiros para livrar-se do impeachment, e, quem sabe, sair do fosso da impopularidade ,onde desce com toda a sua carga escatológica, mas espera emergir bonitinho, para disputar a eleição. Isso, caso a eleição já ameaçada por ele, venha a ser realizada, e com a alternativa catastrófica de ser contestada, e saírem os seus milicianos armados para desafiar o resultado.
Depois de sucessivas maratonas escatológicas, Bolsonaro encontra-se finalmente numa posição complicada, com todas as máscaras de moralidade e amor ao Brasil, caindo-lhe pela face, e revelando o inteiro teor de mais um falsário que subiu a rampa do Planalto.
Se a eleição realmente for realizada, e até lá não estiverem cancelados por Bolsonaro os CPFs das Instituições, que ainda sustentam o Estado de Direito, democrático e pluralista, uma agora bem provável vitória de Lula, se tornaria o sinal aceso para o inicio do pandemônio.
Bolsonaro é um fruto venenoso da insatisfação social, e torna-se agora o criador do tumulto e do caos.
Ele fez ressurgir Lula, pelo desprezo que revelou à civilidade, pela demolição das universidades, pela desatenção aos oprimidos pela miséria; ele banqueteia-se na FIESP e odeia sindicatos; faz afrontas à cultura e à educação; multiplica o preconceito e a selvageria.
Lula passou a ser lembrado, não pelos seus erros, mas, pelo que significaram os seus mandatos, onde ele desempenhou o papel de pai dos pobres e mãe dos ricos. E todos tiveram emprego, e todos ganharam dinheiro, e o Brasil era respeitado internacionalmente. Hoje, é a Nação pária, tal como desejou, verbalizando em soturno discurso, exatamente para diplomatas, aquele energúmeno ministro Ernesto Araújo.
Depois de um mandato onde concentrou-se em criar tumultos, e exercitar um autoritarismo felizmente em parte contido, porque ainda restam instituições cujos CPFs não foram cancelados; quando um país que mais exporta alimentos no mundo, reduziu, nesses dois anos o prato do brasileiro, o grande tema da próxima eleição, se ela vier a acontecer, não será a moralidade pública, que aliás, saiu do léxico já tão desacreditado do atabalhoado presidente: será o botijão de gás, a gasolina, o diesel, a carne, a luz elétrica, o enorme desemprego, a universidade fechando as portas, o mesmo acontecendo com os centros de pesquisa, a cultura dizimada, as minorias ofendidas e humilhadas, os salários comprimidos, enquanto a inflação os corrói, e a grande, a catastrófica mortalidade, causada pela pandemia, da qual ele fez pouco caso, debochou dos mortos, e dos que tentavam salvá-los, garantiu que tudo não passaria de uma “gripezinha”, condenou a vacina, não deu o exemplo vacinando-se, e assustou aos menos esclarecidos, afirmando que as vacinas fariam gente se transformar em jacarés, ou, no mínimo, aos homens, os fazendo falar fino.
E, nesse terreno, ninguém supera em discurso, poder de convencimento e empatia o metalúrgico sem um dedo.
Apenas uma pergunta: caso o Vice- Presidente Hamilton Mourão estivesse à frente do governo, o Ministério da Saúde teria sido ocupado por quadrilhas em disputa, sem que disso o presidente tomasse conhecimento para adotar imediatas providencias, acionando a Polícia Federal e os órgãos de controle?
Por isso, o próprio Vice-Presidente Hamilton Mourão, general quatro estrelas, é um dos CPFs, que, praticamente, o capitão motociclista quase já cancelou.
LIVRO: A CASA LILÁS - MEMÓRIAS DE UM CRIME
O livro do jornalista e escritor Luiz Eduardo Costa, a história do famoso Crime da Rua de Campos e das circunstâncias político-sociais de Sergipe, do Brasil e do Mundo, está a venda no Quiosque do GBarbosa da Francisco Porto e nas Livrarias Escariz da Avenida Jorge Amado e dos Shoppings Jardins e RioMar.
INFORME DESO
1º Leilão Público da Deso acontece em modalidade exclusivamente eletrônica
O reaproveitamento de materiais contribui com o compromisso de sustentabilidade da Companhia
A Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, realizou no último dia 11 de junho, o “1ºLeilão Público” na modalidade exclusivamente eletrônica com transmissão ao vivo e recebimento de lances pelo site: www.rjleiloes.com.br. Foram leiloados 46 lotes dentre eles: hidrômetros, veículos, pneus e sucatas. Os recursos adquiridos no processo serão reinvestidos em ações estratégicas da empresa.
Os bens em Leilão estavam à disposição dos interessados para serem vistos e examinados no período de 7à 10 de junho, por agendamento, nos locais indicados no Edital, respeitando os protocolos sanitários de combate ao Covid-19.
RESULTADOS
De acordo com a Gerência de Compras e Almoxarifado – GCAL, o 1º Leilão da Deso teve um resultado muito importante. Sem dúvida alguma é a forma ideal para a eliminação de objetos inativos da Companhia onde foi possível a participação de quaisquer interessado em adquirir de forma on-line os bens obsoletos e de recuperação antieconômica da Deso, sendo que o resultado desse Leilão é de grande importância, pois com os valores obtidos nas vendas dos bens, poderá ter um reinvestimento em ações estratégicas em benefício da população Sergipana.
Ao realizar o Leilão buscou-se aproveitar e/ou reciclar materiais como: ferro, alumínio, cobre e plásticos proporcionando benefícios ao meio ambiente. Desta forma, a Companhia mantém seu compromisso com a sustentabilidade na redução da poluição, na reutilização de materiais provenientes de recursos naturais e da diminuição da quantidade de materiais destinados aos aterros sanitários atendendo assim de forma sinérgica alguns Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.