Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa | Jornalista
TEXTOS ANTIVIRAIS (15)
15/05/2020
TEXTOS ANTIVIRAIS (15)

A CARTA MOFINA 15

Os empresários sergipanos, pelas suas entidades representativas, dirigiram uma carta aberta ao povo sergipano na qual alinhavam suas críticas às providências tomadas pelo governo do estado em relação à pandemia, e, mais ainda, à forma como vem sendo feita a prevenção através do isolamento social.

Insistem os empresários na tese de que a economia será ferida de morte caso perdure a paralisação da economia. São compreensíveis as angustias que não afetam apenas o empresariado.

O documento, na sua essência, não passa de uma cartinha mofina, restrita apenas, aos problemas no espaço pequeno do diminuto Sergipe.

No caso específico, o buraco é mais embaixo, ou, mais exatamente, no Palácio do Planalto. O grande erro foi direcionar a carta ao povo sergipano. Daí, ser um documento mofino, sergipanizado, quando deveria abranger todos os aspectos da questão no plano nacional, sem deixar de reconhecer sua amplitude planetária.

Faz algum tempo, os homens de negócios autodefiniam-se como Classe Produtora. Era uma denominação excludente, e até arrogante, porque tratava de forma desprimorosa o restante da sociedade. E os outros seriam improdutivos?

O ideal seria, quando todos, indistintamente, de Bill Gates à pessoa que retira o lixo da calçada dele, se reconhecessem respeitosamente como trabalhadores.

O capitalismo é um sistema dinâmico, capaz de transformar-se e fazer adaptações de acordo com as circunstancias, por isso resistiu, pôde assistir o desabar fragoroso dos seus mais acirrados adversários. A queda do Muro de Berlim é, até hoje, o momento mais emblemático dessa supremacia demonstrada, e tudo isso em decorrência de um fator: a liberdade de iniciativa.

Hoje não há mais classe produtora, existem empreendedores. E empreendedorismo pressupõe capacidade para enfrentar risco, capacidade para inovar, fazer transformações. Tudo isso exige, sobretudo, busca constante do conhecimento, atualização com o mundo, sintonia com a modernidade, arejamento da visão política.

No começo da década dos anos setenta, veio a Aracaju um investidor paulista de grande destaque, Roberto Teixeira da Costa. Ele estava interessado em analisar a possibilidade de projetos na área mineral.

Jacó Charcot Pereira Rios era o Secretário Executivo do CONDESE, governo Paulo Barreto, e designou duas pessoas para acompanharem o empresário, uma delas era o major R/1, Djalmir Tavares Queiroz. Manhã cedo, na entrada do Hotel Pálace, os dois conversavam com o empresário e o concessionário do Pálace, José Lazar, aguardando a chegada de um automóvel para irem a São Cristovão. Do outro lado, na calçada da Praça Serigy, passava um cidadão que parecia vindo do Mercado, e levava um balaio na mão. Lazar o chama, ele chega, e então o hoteleiro o apresenta ao investidor. Meio desajeitado, ele tentava acomodar uma galinha que cacarejava dentro do balaio, a não soube dizer nada mais do que um encabulado muito prazer.

O cidadão era o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe FIES, o honrado e simples senhor Eziel Mendonça, dono de uma padaria de subúrbio. Nem é preciso acrescentar que ali acabava-se o interesse do empresário por Sergipe.

Aliás, a FIES já teve um outro presidente, o também honrado e simples cidadão, Idalito Oliveira, que se sentia incomodado quando um jornalista sergipano escrevia referindo-se a ele: “o industrial Idalito Oliveira.” Ele era dono de uma salina, que não mais produzia sal, como todas as demais de Sergipe. Mas, compondo os representantes que elegem o presidente da FIES, ainda deve estar na lista o Sindicato da Indústria do Sal, e mais um outro, o Sindicato da Industria do Óleo e do Azeite, apesar de, há muito tempo, terem fechado as fábricas do óleo de algodão e do coco, e Sergipe nunca ter produzido azeite, nem mesmo o de dendê. Essas observações são ligeiramente feitas, apenas, para registrar que houve, nos últimos anos, um considerável avanço. Surgiram lideranças representativas, e ações inovadoras.

O protagonismo social que tem o sistema S é importante. Nisso, destacou-se na Fecomércio, e liderança empresarial, o deputado Laércio Oliveira.

Uma iniciativa importante na área empresarial foi o Núcleo de Desenvolvimento, uma espécie de brain storm criado pelo engenheiro e empresário Joaquim Ferreira; também, nesse dias de pandemia, ações emergenciais, lideradas pelo empresário Juliano César Faria Souto, e outros.

Todavia, essa carta ao povo sergipano, é um documento que em nada ajuda, em nada contribui para diminuir as angústias que a nossa população atravessa; em nada favorece a manutenção de um diálogo com o governo do estado. Se pretendiam o reinicio de um diálogo que se afirma interrompido, a carta deveria ser dirigida ao próprio governante. O povo já sofre demais, já se desilude demais, e no quesito abertura total da economia, não parece muito afinado com esse propósito, e isso as pesquisas de opinião maciçamente demonstram.

Há também uma assinatura abrindo o documento, e que causou surpresa: a do deputado Laércio Oliveira, compartilhando críticas à condução da política econômica, do governo. É bom lembrar que o deputado indicou todos os dirigentes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, a começar pelo competentíssimo secretário Jose Augusto Carvalho. Há pouco tempo o deputado festejava os sucessos na área da política do gás, da qual ele teve responsabilidade direta na formulação, que até viabilizou o anúncio feito esta semana de que a FAFEN, hibernada, será posta a funcionar ainda este ano pela empresa arrendatária, a Unigel. Um fato também a estranhar, foi a live feita pelo Secretário em exercício da SEDETEC, o empresário e muito bem sucedido lobista, Marcelo Menezes. O Secretário de estado interino, considera absurda a manutenção de hospitais públicos destinados ao tratamento do Coronavirus, segundo ele, ociosos, isso, dito no instante em que a pandemia cresce em Sergipe.

A Carta é mofina, porque não trata de revelar ao povo quais os verdadeiros motivos que agravam a epidemia, e ampliam as agruras do empresariado. Quais as providências concretas que saíram do governo federal, para assistir o pequeno e o médio empresário? Qual o banco público que já liberou financiamentos a juros compatíveis com o momento? Onde anda a medida destinada a segurar os empregos? O Ministro do Turismo há quase dois meses prometeu cinco bilhões para o setor. Qual o empresário da área turística de Sergipe que viu a cor desse dinheiro?

O BANESE, por sua vez, já dispõe de quinhentos milhões para atender o empresariado sergipano. É pouco, mas o tamanho de Sergipe não permite mais. Foram feitos também ajustes na área tributária, emergenciais. O fechamento de empresas, sabem os empresários, também afeta o governo que, sem receita, não terá como manter a polícia funcionando para proteger a sociedade, os hospitais com leitos e equipamentos aparelhando-se para esta emergência cruel.

O momento é realmente de desespero. Pior do que o coronavírus é o outro vírus, o da insensatez bolsonarista que contamina o país, e ainda encontra espaço largo no meio empresarial.

Nesta sexta feira 15, Bolsonaro completa 500 dias de governo, ou de pandemônio.

Qual um só dia dessas cinco centenas, em que o país não foi surpreendido por uma excentricidade, uma gaiatice, uma agressão, uma estupidez, uma pornografia verberada pelo descompensado chefe da Nação?

Nesse tempo, ele criou conflitos, insultou governadores, agrediu poderes, desacatou artistas, intelectuais, até chefes de Estado de países com os quais até então mantínhamos laços fraternos de amizade.

Nesta sexta feira 15, no topo da pandemia, quando ultrapassamos a cifra aterrorizante das 14 mil mortes, Bolsonaro perde, irresponsavelmente, o Ministro da Saúde, o segundo em menos de um mês.

Cometendo o crime de exercício ilegal da medicina, ele quer impor ao país a aceitação da cloroquina como medicamento indispensável para a cura do coronavírus. Qual o interesse que o move? Seria a saúde do povo no meio dessa “gripezinha”, como ele caracterizou o Covirus 19?

O negócio dos fármacos é um dos mais rentáveis no mundo. Não estaria por trás dessa cloroquina, o interesse pessoal de um dos seus filhos?

Aquele que seria o esteio moral, como antes Bolsonaro definia Sérgio Moro, já foi defenestrado, no auge de mais um dos seus surtos de temores conspiratórios.

No exterior, a imagem do Brasil ao longo desses 500 dias foi inteiramente devastada. As principais publicações internacionais da área econômica apontam Bolsonaro, como um tresloucado.

Qual o grande investidor que se sentirá atraído a desenvolver projetos no Brasil de Bolsonaro, aquele já caracterizado como Napoleão de Hospício?

É evidente não há segurança em relação ao controle do vírus, os governadores e prefeitos fazem o que podem num ambiente onde o Ministério da Saúde entrou em colapso, e desde a saída de Mandetta, tudo perdeu o rumo.

O presidente declara guerra aos governadores, acirra o conflito, e não tem projeto para a pandemia, nem, muito menos, para a recuperação econômica.

Aliás, essa recuperação econômica não se fará, se não tivermos um homem sensato à frente do governo. A crise não é apenas brasileira, e muito menos sergipana. Ela é global. E é preciso que, sensatamente, busquemos uma aproximação proveitosa com todos os países, sem esses delírios ideológicos do neonazismo que o guru de Bolsonaro e seus filhos turbulentos extremistas querem ressuscitar.

Este não é um clima onde possam vicejar boas iniciativas, onde surjam ideias, onde finalmente ressurja o bom senso.

Antes de fazer Cartas Abertas ao povo sergipano, por melhores intenções que tenham os empresários, e eles certamente delas estão repletos, melhor seria meditar com mais isenção sobre o cenário que atravessamos.

A Carta, evidentemente, gerou mágoas no governador Belivaldo, ele poderá até ter se expressado em algumas entrevistas com uma dureza que poderia ser evitada. A situação que atravessamos exige uma dose bem maior de tolerância, de desprendimento, também de transigências virtuosas.

Nesse instante gravíssimo, nessa quadra preocupante, onde só afloram incertezas, empresários e executivos não podem ficar distanciados, ou, o que é pior, agindo como antagonistas. Sergipe necessita da união de todos. O deputado Laércio Oliveira é importante na base de apoio, mas ele estaria talvez, cometendo um equívoco político, que poderá também representar prejuízos para Sergipe, e até para os seus projetos políticos pessoais, se, além da aproximação institucional com o governo federal, que é positiva, vier a se deixar contaminar pelo vírus devastador do bolsonarismo.

Há momentos na vida politica de uma Nação em que se torna imprescindível, moldar ou remodelar as convicções, controlar as ansiedades, e blindar-se com a coragem cívica.

A Carta Aberta, nessas circunstancias, é ineficaz, até anódina. Os empresários sergipanos poderiam assumir uma vanguarda histórica, se assinassem um documento, até em nome dos seus próprios interesses, e da sobrevivência da Nação, pedindo a renúncia de Bolsonaro, e a posse constitucional do vice-presidente, general Hamilton Mourão.

Com certeza não seria uma Carta Mofina.

Nesse clima de desatinos que vivemos, não há como resistir íntegro, por mais novos quinhentos dias.

LEIA MAIS: (Transcrevemos na íntegra a Carta Aberta ao povo sergipano dos empresários e a resposta do governador Belivaldo Chagas)

CARTA ABERTA AOS SERGIPANOS

O SETOR PRODUTIVO DO ESTADO DE SERGIPE, representado pelas entidades abaixo listadas, responsável por mais de 300 mil empregos diretos, MANIFESTA A SUA PROFUNDA INSATISFAÇÃO pela ausência de um plano estruturado de combate ao Covid-19 que proteja, de forma clara e objetiva, a saúde dos sergipanos e a economia do nosso estado.

Desde o início dessa crise, os empreendedores sergipanos, a duras penas, acreditando na suposta redução dos impactos da pandemia, têm acatado as medidas de prevenção e combate à propagação do vírus, impostas pelo Governo do Estado, em especial as de isolamento social e suspensão de atividades, mesmo observando que tais medidas não vêm surtindo o efeito propagado. Os empresários, de forma a contribuir com a sociedade sergipana, somaram esforços para a compra de respiradores para atender a população, a doação de equipamentos hospitalares, o fornecimento de máscaras e outros equipamentos de proteção para os profissionais da saúde, além de campanhas de conscientização através de parcerias com a iniciativa privada, no sentido de melhorar a estrutura de saúde neste momento de pandemia.

Também foram apresentadas pelo setor produtivo, ao Governo do Estado, à Prefeitura de Aracaju e demais prefeituras, uma série de sugestões para a retomada das atividades econômicas, de forma gradativa e com medidas de proteção a colaboradores e o público em geral. No entanto, apesar de toda disposição dos empresários para o diálogo, o Governo de Sergipe implementou e, em seguida, revogou medidas de flexibilização sem apresentar qualquer justificativa técnica, demonstrando total falta de planejamento e prejudicando ainda mais diversos setores da nossa economia, elevando o desemprego, que hoje já atingiu milhares de pessoas em todo o Estado, além da falta de previsibilidade faz com que as empresas não consigam manter seus colaboradores. Vale destacar que se ações mais concretas voltadas para apoiar às empresas, durante a travessia dessa pandemia, bem como se os poderes públicos continuarem deixando indefinidamente os empresários às escuras, sem nenhuma previsibilidade sobre a retomada das atividades econômicas, infelizmente esse oceano de incertezas gerará ainda mais a destruição de dezenas de milhares de empregos. Vários setores da economia estão sendo vistos como os grandes vilões propagadores do vírus pelos governantes e órgãos fiscalizadores, será que terá de acontecer uma grave depressão social e econômica para que escutem a nossa voz? Poderá ser tarde demais! Quando teremos uma resposta? O fato é: a situação atual traz profunda insegurança à sociedade em geral, aos empresários, colaboradores, informais e autônomos, fazendo-se necessária a apresentação urgente de um Plano de Expansão da Estrutura de Saúde para atendimento às vítimas do COVID-19, simultaneamente com um Plano de Retomada das atividades econômicas, com o objetivo de salvar vidas e preservar empregos. Se um diálogo mais efetivo não for feito urgentemente, priorizando as pautas apresentadas nesta carta, isso custará a prosperidade de vários anos do futuro dos sergipanos, até que se consiga superar essa tragédia que se abaterá sobre TRABALHADORES e EMPRESÁRIOS do nosso querido estado.

Assinam, Laércio Oliveira Presidente da Federação do Comércio do Estado de Sergipe, Breno Pinheiro França Presidente do Sindicato das Empresas Atacadistas do Estado de Sergipe, Marco Aurélio Pinheiro Presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris de Sergipe Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe, Ivan Sobral Presidente da Federação de Agricultura do Estado de Sergipe, Edivaldo Cunha Presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas de Sergipe, Eduardo Prado Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe, Joaquim da Silva Ferreira Coordenador do Fórum Empresarial de Sergipe, Paulo do Eirado Superintendente do SEBRAE/SE, Alberto Almeida Presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju, Gleide Selma Santos Presidente do Sindicato das Empresas Contábeis, Antônio Carlos Franco Sobrinho Presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis em Sergipe, Augusto Carvalho Presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Sergipe, Renir Damasceno Presidente da Federação das Escolas Particulares de Sergipe, Celso Hiroshi Presidente da Associação Empresarial das Indústrias do Município de Nossa Senhora do Socorro, Geraldo Majela Presidente da Associação Sergipana das Empresas de Obras Públicas e Privadas, Lincolin Amazonas Presidente da Associação É de Sergipe, Murilo Melquiades Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe, Daniela Mesquita Presidente da Associação Empresarial de Turismo: Sergipe Destination, Saulo Emidio dos Santos Presidente da Associação de Lojistas do Shopping Jardins.

*Nota do Governo de Sergipe sobre Carta Aberta enviada por empresários

Não é verdade que não existe um plano estruturado para combater a Covid-19 que proteja a saúde das pessoas. Esse plano existe e teve construção antes mesmo do registro de primeiro caso no estado, prova é a ampliação de novos leitos de UTI e de enfermaria, dos protocolos e da regulação que foram implementados para atender os casos provenientes do coronavírus. 

Não é verdade que o isolamento social não tem surtido efeito. Caso as medidas de isolamento não fossem tomadas pelo Governo do Estado no início da pandemia, Sergipe estaria com números de infectados e hospitalizados muito mais alarmantes do que os atuais. 

Não é verdade que não houve diálogo com os representantes do setor produtivo, mas a reivindicação apresentada ao governador na ocasião foi de uma isenção de ICMS que causaria um prejuízo aos cofres públicos de quase R$ 900 milhões, ou seja, algo impensável para um governo que precisa honrar seus compromissos com servidores públicos, fornecedores, repasse para os Poderes e para os 75 municípios, entre outras responsabilidades. 

Com relação aos respiradores que eles alegam que compraram, pelo que consta, ainda não chegaram em Sergipe, e nem um será disponibilizado para o sistema de saúde do Governo do Estado ou de Prefeituras, mas para os Hospitais Cirurgia e Universitário, porém temos certeza que irão ajudar o sistema de saúde como um todo. 

O que a carta aberta dos empresários chama de recuo de abertura de alguns setores sem justificativa técnica, por parte do Governo do Estado, aconteceu exatamente o contrário. 

O Governo, de forma responsável, estava preparando uma abertura ainda maior contendo outras atividades, além das que já estão abertas atualmente, mas devido à orientação dada por cientistas da Universidade Federal de Sergipe, técnicos da Secretaria de Estado da Saúde, e cientistas de renome internacional, o governador decidiu, por bem, acatar a orientação da ciência, algo que ele vem fazendo desde o início dessa crise. O governador sempre disse que caso fosse preciso recuar nas medidas para preservar vidas, faria sem problemas. 

Desde o início da pandemia, o Governo do Estado vem realizando estudos para permitir que uma série de setores estejam com suas portas abertas nas diversas áreas, a exemplo de lojas de produtos essenciais (supermercados, atacadistas, farmácias, açougues, postos de gasolina), lojas específicas em ruas (óticas, oficinas, material de construção, auto peças), hotéis, pousadas, escritórios de contabilidade e advocacia, construção civil, indústria, atividades agrícolas, incluindo as feiras para dar escoamento à produção rural, entre outras atividades, que foram amplamente divulgadas. 

Com relação a ações concretas para ajudar empresas, que a carta dos empresários alega que não existem, o Governo do Estado ressalta que além de uma série de adequações de ordem tributária que facilitaram a vida das empresas, o Governo intermediou junto ao Banese, linhas de crédito em condições especiais de prazos e taxas de juros, em valores que chegam a R$ 500 milhões para capital de giro e investimentos. 

O Governo do Estado informa que todo o setor de Desenvolvimento Econômico da administração pública estadual é comandado por representante do setor produtivo que indicou o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, e os presidentes e corpo técnico de empresas coligadas, a exemplo da Codise, Sergipetec. 

Por fim, o Governo do Estado informa que trabalha com responsabilidade, confia na competência do setor de saúde e reafirma a existência do plano para combater a Covid-19 em Sergipe. Além disso, repudia a forma como a carta coloca essa questão como se houvesse irresponsabilidade e incompetência nessa gestão.

Com relação à retomada e abertura das diversas atividades econômicas em nosso estado, o Governo do Estado possui uma estratégia, mas entende que neste momento de crescimento da curva de novos casos de contaminação e óbitos, não é adequado sua divulgação e lançamento.

INFORME PUBLICITÁRIO

Deso orienta o uso consciente da água e reforça canais de atendimento em períodos de pandemia

Uma das armas mais eficazes no combate ao Covid-19 é a água, por isso a Companhia de Estado de Saneamento de Sergipe – Deso alerta para o consumo consciente, e vem trabalhando dia e noite para que a água chegue às torneiras dos sergipanos.

O trabalho nas estações de tratamento, laboratórios, as equipes de manutenção, vazamentos e desobstrução de esgotos continuam na quarentena. A Deso reforça que a população também pode fazer sua parte. Na medida do possível, economizar água nesse período em que ela tem que chegar para todos os cidadãos pois, com a quarentena, muitos estão em casa e aumenta o consumo, atitudes simples fazem toda a diferença nesse momento.

Para serviços emergenciais o telefone é o 0800 079 0195, pela internet acesse www.deso-se.com.br/agenciavirtual

Como posso fazer para ajudar?

- Desligue o chuveiro enquanto passa o shampoo e se ensaboa;

- Reutilize a água da lavagem das roupas (para da descarga por exemplo);

- Mantenha a torneira fechada enquanto escova os dentes;

- Mantenha a torneira fechada enquanto ensaboa os pratos;

- Use regador para molhar as plantas;

- Atente para vazamentos visíveis e ocultos;

- Atente para o fechamento de torneiras (não deixar pingando);

- Use a máquina de lavar na sua capacidade máxima.

Pandemia faz Deso prorrogar prazo para conclusão de obras em Itabaiana

Com o intuito de preservar a vida dos trabalhadores, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) prorrogou para o próximo mês de julho, o prazo para a conclusão das obras de micro e macrodrenagem que vêm sendo executadas em Itabaiana. Inicialmente, os serviços seriam concluídos no final deste mês, mas em virtude do novo coronavírus, muitos funcionários que são do grupo de risco precisaram ser afastados das funções, o que impactou na redução da produtividade em cerca de 30%.

Com a pandemia, foi necessário uma readequação para atender às orientações das autoridades de saúde. Além do afastamento dos funcionários que pertencem ao grupo de risco, uma série de outras ações foram adotadas para que não sejam colocadas em risco a vida de todos os envolvidos.

A empresa está atenta e, na medida do possível, aumentará o número de contingente de operários trabalhando, simultaneamente, em várias frentes de serviço. Não pode negligenciar com a saúde dos trabalhadores e nem com a população, mas, na certeza que, em breve, todos os itabaianenses comemorarão os resultados dessa importante ação que vem sendo executada no município.

Serviço prejudicado – Em nota pública divulgada no último sábado, um dia após os diretores e funcionários da Deso acompanharem in loco os problemas causados pelas fortes chuvas que caíram no município, a Deso já havia explicado o motivo pelo qual o prazo estava sendo prorrogado.

Na nota, a empresa, também, manifestou solidariedade a todos os itabaianenses e ressaltou que, assim como a comunidade, a Deso também tem sido vítima desses alagamentos, uma vez que todo o serviço de drenagem e esgotamento que vem sendo realizado está sendo prejudicado, da mesma forma como prejudicados estão comerciantes e moradores.

A obra de macro e microdrenagem está sendo executada na perspectiva de trazer solução para um problema que historicamente, conforme relatos de moradores e comerciantes, sempre ocorreu na cidade, gerando sérios danos a empresários e a comunidade em geral.

As últimas inundações ocorreram em parte das ruas cujos serviços ainda não foram concluídos. Diferentemente de outras épocas, os trechos onde os canais estão plenamente finalizados, não houve registro de alagamento, exatamente, em função da eficiência do serviço.

A Deso vem agindo sempre de acordo com as autorizações previamente emitidas pela Prefeitura Municipal de Itabaiana, bem como todas as exigências técnicas e legais de uma obra desse porte. A Deso tem compromisso e responsabilidade com a qualidade de vida e bem-estar da população e fará tudo o que for possível para entregar essa obra, totalmente, finalizada até o mês de julho, garantindo-lhe uma vida mais tranquila.

 



 


 

 

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