(Jony Marcos, deputado federal por Sergipe)
Quer o deputado Jony Marcos que o governo brasileiro siga o exemplo de Donald Trump e reconheça Jerusalém como capital única e indivisível de Israel.
O deputado Jony é Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, um dos ramos do copioso tronco luterano. Conhece, assim, a amplitude da Reforma Protestante na Europa católica e feudal, e seus efeitos irradiados pelo resto do mundo a partir do século XVI, quando começava a primeira globalização, fruto do capitalismo nascente, e em busca de mais comércio, mais crédito, mais juros, mais lucros, mais mercados.
Para isso teria de superar as limitações do feudalismo e os preconceitos da nobreza, dos quais a Igreja Católica Romana, se beneficiava. Como sempre arguindo com base em interpretações da Bíblia, a nobreza e o clero romano justificavam os seus privilégios, e para mantê-los voltavam-se contra tudo que não fosse à renda proveniente da terra, o direito dos barões. O protestantismo, segundo Max Weber, seria a base espiritual que fortaleceria a expansão do capitalismo.
Lutero era um frade agostiniano em cuja cabeça prevaleciam a alma e o pensamento germânico, isso, séculos antes da formação unificada de um só país, a Alemanha. Ao contrário de outros reformadores, como Calvino, ele não pretendia inicialmente levar a sua reforma a outras partes do mundo. Imaginava uma Igreja reformada que retirasse dos povos alemães a influencia absoluta do Papado.
Para isso, criou o Deutsch Kateschismus, que nas missas era recitado pelos fieis, na própria língua, suprimindo-se o latim. Lutero chegou a afirmar referindo-se a Roma: ¨Tomaram-nos um terço do nosso patrimônio. Expulsemos da Alemanha todas as legislações, instituições, costumes, práticas, cerimônias e idiomas que não são nossos¨.
O espírito nacionalista estava embutido inicialmente no protestantismo luterano, e a essa característica juntava-se também uma outra, que era a repulsa à predestinação, segundo a qual ¨nobreza, clero, povo e miseráveis¨ existiam por ser assim a vontade divina.
Sendo um luterano, o pastor deputado Jony Marcos, é, com efeito, um homem pragmático. Mesmo que apenas apegado à doutrina da sua própria fé, sem nenhuma concessão a outras visões teológicas, outras concepções filosóficas, ou mesmo uma abertura essencial para o mundo real que nos cerca, ele deveria reconhecer o erro calamitoso que cometeu ao dizer que o governo brasileiro deveria reconhecer a cidade de Jerusalém como capital de Israel.
Os prejuízos materiais, as consequências políticas arrasadoras para o Brasil, seriam incalculáveis, caso viéssemos a imitar a atitude que só a cabeça ególatra de um ensandecido como Trump, ou de uma elite ortodoxa, belicosa e fanática de Israel, que difere dos próprios sentimentos humanistas do povo judeu, insistem em admitir como se fosse à correção de uma injustiça histórica.
Em Jerusalém três religiões monoteístas se encontram. Duas portentosas: a muçulmana e a cristã, que representam a crença, os valores e a esperança de algo em torno de mais de 3 bilhões e meio de habitantes deste planeta.
A outra, a judaica, é bem menor, (menos de 20 milhões) mas responde pela identificação e até mesmo a sobrevivência de um povo, os judeus, vítimas de todas as barbaridades resultantes da desgraça do ódio unindo-se ao preconceito.
Para uma população mundial que ultrapassa os sete bilhões, as três religiões, juntas, seriam majoritárias diante das outras, que cultuam deuses variados, pela China, Índia, Japão, África.
Não são apenas politeístas, são animistas, ateus, poucos, agnósticos, tantos, mas, humanos todos, certamente mais humanos do que aqueles que os enxergam com algum desprezo ou ironia.
A terra, este planeta errante e certeiro, é, enfim, a nossa terra santa, que a nós caberia protegê-la, preservá-la, fazê-la, toda, um grande cenário, se possível verde, de paz, de entendimento, de harmonia.
Assim, a questão de Jerusalém se torna bem mais complexa, do que podem supor aiatolás ou rabinos, padres ou pastores, porque transcende o campo especifico das religiões e abrange a totalidade das preocupações humanas sobre a capacidade que teremos para desarmar exércitos e mentes, e finalmente colocar a paz como objetivo maior.
O Brasil, país que dá ao mundo exemplos de convivência fraterna de todas as raças, perderia essa característica quando optássemos por uma controversa preferência a favor de Israel, ignorando o mundo árabe, ignorando a razão que prevalece em todo o mundo, menos, agora, na Casa Branca.
O Brasil é responsável em parte pela decisão da ONU que transferiu a Palestina do domínio britânico, para ser repartida entre judeus e palestinos. Há em Tel-Aviv um monumento em homenagem ao nosso chanceler Osvaldo Aranha.
Entre os palestinos o Brasil merece respeito, aqui está em Brasília instalada uma representação do Estado Palestino, que, aliás, não existe, porque entre judeus e palestinos nunca se chegou a um entendimento.Não será avançando sobre Jerusalém, e de lá expulsando os palestinos que ocupam a área da mesquita venerada de Al-Acksa, que se dará um passo em direção à paz.
Por mais de mil anos, os judeus espalhados pelo mundo quando se encontravam faziam a saudação: ¨Leshana Abaa Birushalaym¨. ¨No próximo ano em Jerusalém¨. Desde a guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupa uma parte de Jerusalém, que foi tomada da Jordânia e anexada. Mas está preservada a área das mesquitas e da igreja do Santo Sepulcro. Ali estão às três religiões, e ali devem permanecer. Se a razão prevalecesse, Jerusalém poderia tornar-se para o mundo o exemplo maior de tolerância e ecumenismo, sendo administrada por um conselho indicado por muçulmanos, judaicos e cristãos.
Assim, Pastor Jony, ao invés da guerra teríamos a paz, que os judeus chamam ¨shalom¨, os árabes dizem: ¨salam¨. Nisso, ficam bem próximos. Afinal, são primos.
Um dia, em Jerusalém, Pastor Jony, quando as visões mesquinhas desaparecerem, a paz poderá ser cantada em todas as línguas, e por todos os credos religiosos.
Tente, deputado Jony, como representante do povo brasileiro, e não apenas sionista, contribuir para que isso aconteça, tornando-se aberto para entender tanto a israelenses como a palestinos. Em nome dos interesses brasileiros Vossa Excelência não poderá ter outra posição.
Não o elegemos para que defenda outros interesses.
Publicidade:
DAS UVAS COLHIDAS AGORA AO CANAL SEM DATA CERTA
(O senador Valadares, e o deputado federal Valadares Filho)
Começaram, felizes produtores a colher desde o dia 9, os primeiros frutos dos parreirais que plantaram. Isso, nos perímetros irrigados Califórnia em Canindé do São Francisco e Jacaré-Curituba em Poço Redondo e Canindé. Dessa forma, Sergipe, ainda que em modestíssima escala volta a produzir uvas de mesa.
Quando inaugurou a primeira etapa do projeto, o primeiro irrigado em Sergipe, o governador João Alves, como sempre inflando o otimismo, disse que ali nascia um novo projeto Petrolina e que Sergipe se tornaria um exportador de uvas. O Califórnia, deu certo, está funcionando, todavia precisando encontrar cultivos mais rentáveis, como é o caso da uva. Nessa primeira safra os frutos ainda estão um tanto tímidos, mas essa, explica o produtor Sidrack, é a característica da primeira safra. Dai em diante as uvas se tornarão mais vistosas. Doces, já são.
Colhem-se uvas apenas em quatro lotes, dois no Califórnia, dois no Jacaré-Curituba. A produtividade e a qualidade das uvas são consideradas boas pelos técnicos que acompanham tudo, desde a plantação. Passando pelo crescimento, adubação, poda, aplicação de defensivos. Cultivar uvas não é coisa das mais fáceis. Exige técnica, dedicação, trabalho.
Poderiam uns cinquenta ou mais lotes estar agora produzindo, mas a oportuna, porem modesta emenda conjunta do senador Valadares e do deputado federal Valadares Filho, foi suficiente apenas para os quatro lotes.
Antes do plantio é preciso armar as linhas de arame sustentadas por troncos de eucalipto, para que sobre elas espalhem-se os ramos das videiras.
Os que plantaram e agora colhem as uvas são produtores felizes, afinal, tem no sertão árido a água disponível, assistência técnica, da EMBRAPA, COHIDRO e CODEVASF, das duas prefeituras, graças a uma emenda parlamentar, sem a mediocridade da partidarização, na forma sugerida pelo engenheiro-agrônomo Paulo Viana.
O modelo utilizado foi o melhor possível, porque ignorou preferências ou conveniências políticas , e juntou União, Governo e municípios.
Caso o senador e o deputado houvessem adotado esse mesmo modelo e destinado a projetos no semiárido, os 300 milhões que talvez inadvertidamente destinaram ao duvidoso Canal de Xingó, teríamos seguramente resultados positivos e abrangentes. O Canal de Xingó é uma obra federal, bem próxima de duas outras semelhantes: O Canal do Sertão em Alagoas (projetado há mais de 30 anos) e a transposição iniciada em Pernambuco, prevista para ser concluída em 4 anos e já chegando aos 15.
O semiárido sergipano pode tornar-se uma área livre do tormento da seca, e produtiva. Com 300 milhões se faria ali uma revolução, ampliando-se a oferta de água, criando-se uma nova economia baseada na pecuária leiteira, na criação de pequenos animais, no cultivo de plantas xerófilas, melhorando-se a infraestrutura para o turismo.
Canindé é hoje o segundo destino turístico de Sergipe. No Cânion de Xingó existe uma flotilha de excelentes barcos que transportam mais de 200 mil turistas por ano. Seriam necessárias algumas ações para melhoria de estradas vicinais de acesso, áreas de lazer, iluminação de estradas, tratamento do lixo urbano, sistema de esgotamento sanitário.
Seriam gerados com 300 milhões de reais mais de mil empregos.
Talvez, tanto o senador como o deputado possam ainda corrigir o erro e refazerem a emenda destinando-a a projetos no semiárido que seriam combinados entre eles, as prefeituras e o governo do estado. Seria, além de tudo, uma demonstração de sensatez, ausência de individualismo e também de prioridade ao interesse público, sem discriminações de ordem politico-eleitorais, mesquinharias das quais tanto Valadares pai como Valadares filho, devem estar bem distantes.
Os prefeitos, os vereadores, as pessoas sofridas do semiárido sergipano, de todo o nosso estado, poderiam usar as redes sociais, o telefone, para solicitarem, implorarem quase, que a emenda dos 300 milhões tenha um melhor destino, no caso o nosso semiárido.
Os telefones funcionais e e-mails do senador e do deputado:
Senador Valadares: (61) – 98116-4746
antoniocarlosvaladares@senador.gov.br
Deputado Valadares Filho: (61) – 98119-4040
dep.valadaresfilho@camara.leg.br
OS ABALOS NO CENÁRIO DA ELEIÇÃO DO ANO 18
Nunca houve mesmo uma eleição com características tão confusas e previsões tão complicadamente imprecisas. Não se sabe ainda com certeza quais serão os candidatos aos cargos majoritários, muito menos aos proporcionais.
Além de dificuldades de ordem política a superar em todos os partidos, tanto na situação como na oposição, há um alfanje da morte política provocada por insuficiência de ficha limpa a ameaçar muitos candidatos à reeleição.
Para o governo já tem indicação partidária tornada pública, o vice-governador e Secretário da Casa Civil Belivaldo Chagas. Tem trânsito livre, sem ficha limpa a ameaçá-lo. Com certeza, e convicção não se poderá afirmar garantindo que o governador Jackson Barreto se desincompatibilizaria mesmo para concorrer ao Senado. Também tem trajeto livre, sem ameaça de ficha limpa.
Na oposição persiste a dúvida sobre quais os candidatos ao Governo ou ao Senado, tudo girando em torno dos senadores Valadares, Eduardo Amorim e do deputado federal André Moura.
Enquanto isso o candidato Dr. Emerson, médico e vereador de Aracaju, vai surgindo bem nas pesquisas para o governo, o que não acontece ainda com o ex-deputado federal Mendonça Prado, recentemente lançado na disputa pelo Olímpio Campos, que aliás hoje nem é mais palácio, tornou-se Museu. O advogado João Fontes continua insistindo por espaços nas emissoras de rádio, tentando ganhar pontos na disputa pelo Senado.
Entre esses não há pela frente a lei da ficha limpa. Os três não estão preocupados em contratar advogados. Só na Assembleia de Sergipe são 18 ou 20 parlamentares a depender de decisões judiciais. Entre os três senadores, um está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal. Na Câmara Federal temos três deputados envolvidos em processos.
Ações deflagradas pelo Ministério Público e a Justiça atingiram a jornalista Ana Alves, presidente do DEM, e que começava a despontar com chances de conseguir uma cadeira na Câmara Federal.
O ex-deputado federal, engenheiro José Carlos Machado, um dos nomes de maior destaque no cenário político sergipano, foi acusado pelo Ministério Público por alegadas irregularidades na Prefeitura de Aracaju, quando exercia o cargo de Vice-prefeito.
Já o ex-deputado Heleno Silva, ex-prefeito de Canindé, foi denunciado também pelo Ministério Público. Foram apontadas supostas irregularidades na compra através do programa que beneficia pequenos agricultores familiares, de alimentos para a merenda escolar.
Heleno já aparece em pesquisas como o candidato ao Senado Federal com maior potencial de intenções de votos. Ele afirma que ainda não foi notificado, mas seu advogado Manoel Luiz, especialista em direito eleitoral já analisa as acusações e os efeitos que poderão ter na eleição de 18.
Tanto Ana como Machado, já prestaram depoimento e declararam que não foram os responsáveis pelas nomeações de contratados onde teriam sido identificadas irregularidades. A depender da rapidez como andem os processos poderão concorrer sem obstáculos, o que poderia acontecer desde que não são condenados, mas agora a dimensão exata da lei da ficha limpa ainda é objeto de discussões.
Em resumo: o horizonte é cinzento.
UM ESPAÇO LIVRE EM VOLTA DA RODOVIÁRIA
(Via pública no entorno da Rodoviária Velha)
A rodoviária Velha no centro mais movimentado da cidade era moderníssima quando foi inaugurada no final do governo Luiz Garcia. Tinha linhas leves, no estilo Oscar Niemayer, vidros em profusão, espaços livres. Havia de inicio um restaurante que se tornou ponto movimentado, e o prédio embora pequeno, serviu perfeitamente durante mais de 15 anos para suportar a demanda dos ônibus que faziam o transporte interestadual e para o interior sergipano. Em torno surgiram prédios, intensificou-se o comércio com grandes lojas e um supermercado, o trânsito foi ficando complicado.
Menos de vinte anos depois, no governo José Rolemberg Leite, inaugurou-se a Nova Rodoviária. Tinha porte compatível com a movimentação crescente da cidade, em plena expansão da nossa era do petróleo. Da mesma forma que a outra, recebeu o nome do governador que a fizera. A Rodoviária Nova, evidentemente foi ficando velha, e, não só isso, sumindo da paisagem urbana, embora ainda usada por uma parte das linhas intermunicipais. Desapareceu quase, tornando-se também difícil o acesso a ela em virtude do atropelo de um comércio ambulante que foi ocupando todos os espaços, inclusive uma das ruas laterais, e quase inviabilizando um terminal de transporte urbano, construído num dos lados do quadrilátero do qual a rodoviária era o centro.
Junto com o aglomerado criado em torno dos destroços em que praticamente transformou-se o antes vistoso prédio do Hotel Pálace de Aracaju, também construído no governo Luiz Garcia, e tinha salões primorosos, pontilhados por obras de arte, formou-se uma floresta de mal-ajambrados quiosques. Dos escombros ninguém poderá prever o destino, mas do tumultuado comércio ambulante lá instalado, que faz inclusive fecharem lojas no térreo do prédio, ainda em uso, já se sabe que a Prefeitura de Aracaju começará a tomar providencias.
Em tempos de recessão, desemprego e fome acentuando-se, botijão de gás ultrapassando os 80 reais, qualquer medida desse tipo terá de cercar-se de todas as precauções necessárias para que não venha a agravar a desgraça social do desemprego. Nem um metro de espaço livre conquistado pela cidade, justificaria um emprego perdido entre os ambulantes.
Mas o Prefeito Edvaldo Nogueira adotou os cuidados indispensáveis no caso da Rodoviária, que ficou livre do pandemônio do transito caótico, da insegurança maior ainda, havendo diálogo entre os ambulantes e a área social da Prefeitura. Todos estão comercializando seus produtos agora em áreas de mercados municipais. Se o mesmo ocorrer em relação ao caos instalado no entorno do desmoronante Hotel Pálace de Aracaju, a cidade subirá um pontinho.
A ROMARIA À BRASÍLIA DO ROMEIRO JACKSON
(Jackson Barreto, governador de Sergipe)
Jackson virou romeiro. Sua ¨Juazeiro¨ de esperanças e lutas para vencer o desalento é a Brasília, no planalto central, onde tudo se decide, ou nada se decide, a depender de várias coisas, de circunstancias diversas, de afinidades políticas, basicamente. A romaria se faz em busca de algo que é muito simples, corriqueiro até: um empréstimo tomado pelo estado, o primeiro nesse tempo de governo de JB, que passa dos cinco anos, visto que ele assumiu dia 3 de dezembro de 2013, um dia após a morte de Marcelo Déda.
Déda se fez também um romeiro em busca da esperança de um empréstimo, ao qual Sergipe tinha pleno direito, capacidade para assumi-lo condições plenas para liquidá-lo, mas enfrentava a miséria política que se instalou na Assembleia, então comandada do lado de fora por Edvan Amorim. Quase morrendo, Déda quase se ajoelhou aos pés do senador Amorim, apontando para os jovens que se formavam em noite de festa no Instituto Luciano Barreto, associou os resultados do PROINVEST a benefícios que Sergipe teria em obras que ele, Déda, não mais iria ver, ou inaugurar.
Naquele momento qualquer resistência se tornaria desgastante para quem a fizesse, e o empréstimo saiu. O que tem de obras em Sergipe deve-se aqueles recursos, que foram, aliás, cortados, reduzidos quase drasticamente, enquanto em Alagoas a Assembleia de lá aprovava rapidamente um PROINVEST duas vezes maior. De lá para hoje o Governo de Alagoas já contraiu outros empréstimos.
Mas o de agora em busca do qual JB peregrina, é de pouco mais de 400 milhões, a ser assinado com a Caixa Econômica Federal, que faz coisas do gênero todos os dias para municípios e estados. Não há dessa vez obstáculos políticos visíveis colocados em frente das portas da Caixa, onde as coisas transcorrem normalmente. A burocracia, porém é estafante, e a romaria se faz indispensável. Com tudo pronto agora, todo um programa de recuperação das rodovias de Sergipe fica a depender da liberação dos recursos. Se isso não acontecer como está normalmente previsto e acertado, ai então se poderá dizer que ¨forças ocultas¨ teriam agido no Planalto.
E não há nada mais identificável de que ¨forças ocultas¨. Até o momento só fizeram críticas ao empréstimo, preocupados que estariam com a inadimplência que projetam para Sergipe, os senadores Valadares e Eduardo Amorim. E o fizeram de forma intensa em várias manifestações. Já o deputado André Moura, o poderoso em Brasília, disse que não fazia objeções e manifestou-se favoravelmente.
LÁ SE FOI A REFORMA DE TEMER PELO RALO DOS 35 PARTIDOS
(Temer empossa Carlos Marun como Ministro)
Um país que tem 35 partidos é absolutamente ingovernável. E quando esses partidos na sua maioria são comandados por notórios picaretas, formados em grande parte por outros idênticos, que por eles se elegem, ai a coisa se complica tanto, que se faz necessário tirar da Câmara para fazer Ministro alguém como esse Marun, figura estranhamente bizarra, a tresandar cafajestice por todos os poros. Só um ser assim desaparelhado de qualquer tipo de mecanismo de contenção ética, poderia servir para o desempenho em um cargo como o de Ministro de Articulação Política.
Se faz grave injustiça quando se diz que o tempo agora é de compra de parlamentares. Não é só isso, o tempo é de compra escancarada de tudo o que significar apoio para deter as ações da Justiça, do Ministério Público, da Polícia Federal, também, da boa vontade da grande mídia, aliás, um trabalho já realizado com inexcedível sucesso. Já aparecem até ancoras de programas televisivos, apresentadores, fazendo quase declarações de amor ao governo.
A reforma da previdência frustrou-se agora, mas tudo leva a crer que venha a ser feita no inicio do próximo ano. A conspiração do mercado financeiro está em curso, à bolsa vai fingir que desaba, as expectativas ruins sobre o futuro da economia irão se multiplicar, o apocalipse será desenhado à perfeição.
Vale, contudo, um questionamento sobre a rapidez com que se deve proceder a tal reforma, mal construída, pessimamente explicada, e diante de uma enorme contrariedade da sociedade.
Se houvesse menos Maruns, menos Geddeis, menos Padilhas, menos Moreiras, menos Jucás, o chefe deles todos já estaria convencido de que a melhor decisão seria deixar qualquer tipo de reforma, qualquer anunciada privatização para que sejam tratadas analisadas e apresentadas de forma transparente à sociedade, isso, em um próximo governo que desfrute de um mínimo de apoio popular, que merça a confiança da sociedade e se capacite a fazê-las, sem que sobre ele recaiam as suspeitas a respeito de malas em vias de encherem.
DO PERU AO BRASIL
(Pedro Pablo Kuczynski, presidente do Peru)
Entre o Peru, país também altamente contaminado pela corrupção e o Brasil, existe agora um elo que nos une. É o traço deixado pela Odebrecht, nos quais aparecem as digitais nítidas de tantos chefes de estado, de tantos poderosos. No Peru, o presidente de lá também está sendo acusado de receber propina da empreiteira.
Mas há uma nítida diferença de procedimento entre o caso peruano e o brasileiro. Lá o presidente não se voltou contra as instituições do Estado que o acusavam. Preferiu fazer a sua defesa e anunciou que vai enviar ao Ministério Público a autorização prévia para que investiguem as suas contas bancárias.
Fica então no ar a pergunta bôba? Por que Temer não imita o colega peruano?
52 MILHÕES DE BRASILEIROS ESTÃO ABAIXO DA POBREZA
O Banco Mundial liberou um relatório que é espantoso, aterrorizante mesmo em relação ao Brasil. Temos agora, depois do acelerado crescimento da pobreza e do desemprego nos últimos três anos, um devastador panorama de miséria absoluta. São 52 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza, aquele limite critico que o Banco Mundial estabelece para a partir dele, 220 reais por mês, classificar como miserável um ser humano.
Trata-se de um quadro social alarmante, que deveria gerar uma mobilização do governo da sociedade, para discuti-lo com amplitude, e para ele buscar soluções. Quem sabe, bater às portas de alguma instituição clamando por algum empréstimo providencialmente urgente, já que estamos quebrados, embora haja disponibilidade para compra de parlamentares e corrupção de consciências.
Estamos quase em véspera de eleições gerais, para presidente, principalmente. E o que se discute? Se a Justiça deixará um candidato concorrer, se um outro ganhará o sinal verde do mercado financeiro para tornar-se candidato?
Enquanto isso a Polícia Federal comprova que no dia exato em que o Ministro Fachim autorizou as buscas no gabinete e residência do deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel e sócio das malas, dispararam inúmeros telefonemas dos ministérios e do Planalto para o parlamentar, inclusive um, proveniente do Ministério da Justiça.
Num ambiente assim, um personagem sinistro se movimenta e vai captando apoios dos insatisfeitos, dos desesperados, dos revoltados, dos ingênuos ou desinformados, e já se coloca como um troupier à frente de batalhões em movimento, espalhando vídeos de péssimo gosto pelas redes sociais. E mais ainda, exibindo-se com um fuzil na mão.
Desde quando tragédias sociais, morais, econômicas, foram resolvidas com tropas em marcha? E se nem mesmo temos tropas para colocá-las em marcha, o que estão a querer então? Que os fuzis desçam dos morros? Aliás, eles já estão descendo mesmo.
E os 52 milhões de brasileiros morrendo de fome, o que iremos fazer com eles?
Fuzilá-los?
JORNALISTA PAULO COSTA E O INTEGRALISMO EM SERGIPE
(Paulo Costa, jornalista e promotor público)
(Texto de Gil Francisco, jornalista, pesquisador e professor universitário)
O Sergipe-Jornal (órgão independente e noticioso) dirigido pelo promotor público e jornalista Paulo Costa (1912-1961), adquire em 1944 com o jornalista Mário Cabral. Recolhido ao cárcere pelo Interventor Augusto Maynard Gomes (1886-1957) em 1945 de forma brutal, injustamente e incomunicável, jogado num cubículo de nº 140 da Penitenciária do Estado, por discordar da linha editorial do jornal, publicou em suas páginas matutina uma série de artigos contra o Integralismo no Brasil e especificamente em Sergipe.
Polêmico e combativo defensor das causas populares, presença das mais importantes do jornalismo sergipano contemporâneo, basta ler a serie de artigos que publicou no Sergipe-Jornal entre julho e agosto de 1945 uma série de vinte artigos intitulados Em torno da Nova Organização do Judiciário, ou o resultado da viagem que realizou em 1948 pelo Baixo São Francisco, outra série de cinco artigos intitulados Temas Sanfranciscanos. Homem corajoso que enfrentou várias polêmica travadas com o Diário de Sergipe (1945) sobre os Fascistas do Judiciário. Uma seleção de seus artigos, foi organizada em 2012 por mim para o seu centenário de nascimento, intitulado Paulo Costa, crônicas do Sergipe-Jornal, mas infelizmente o livro encontra-se inédito e poderia está presente nas salas de aulas dos cursos de Comunicação Social, de várias universidades. Vejamos o que Paulo Costa diz sobre a Exposição Anti-Integralista, organizada pelos estudantes do Grêmio Cultural “Clodomir Silva”, órgão de Atheneu:
Integralismo no Poder
Está sendo bastante visitada a Exposição Anti-Integralista de Sergipe.
Dia e noite, regurgita o amplo salão, cheio de gente ansiosa, de pessoas de todas as ideias, ansiosas por verem de perto as provas materiais dos crimes cometidos pelos fascistas brasileiros.
E lá estão, em verdade, as provas mais irrefutáveis.
Os dúbios, os vacilantes, os incrédulos, encontrarão provas bastantes das criminosas façanhas integralistas, todas elas levadas a efeito de acordo com o plano internacional do eixo Berlim-Roma-Tóquio, agora destruído pelo valor e pelo poderio das armas aliadas.
Vestidos de camisa verde os integralistas conspiravam contra a Pátria. Tramavam contra a sua soberania e auxiliavam o processamento do Estado Novo autoritário.
A penúria a que chegamos o desassossego em que vivemos a insegurança que todos sentem, ameaçados instante a instante por monstruosos e revoltantes decretos ditatoriais, tudo se deve a Plínio Salgado e seus comparsas, mercadores e vendilhões das nossas liberdades mais elementares.
Ao tempo em que conspirava contra a Nação, recebendo armas do estrangeiro, transigindo com potência europeia, o integralismo promovia visitas e manifestações do Presidente da República, e lhe levava, pelos fundos do Palácio Guanabara, pelos atalhos e pelos becos onde oram os criminosos, o material jurídico, filológico e político com que se forjaria depois de célebre Carta de 10 de novembro de 1937, tão fascista quanto a Italiana, se bem que com ligeiras adaptações às nossas diferenças sociais e climática.
A Exposição tem o mérito de fazer ver os que não querem ver, os que têm medo de abrir os olhos, bem abertos, diante das nossas realidades políticas.
Lá está a mostra a ligação de levar à convicção os espíritos menos atilados.
Também lá se encontram as provas mais positivas da ação antipatrióticas, anticristã e desagregadora da corja fascista fantasiada de camisa verde oliva.
Uma coisa, no entanto, não se vê ainda na exposição.
Fatos e coisas do Estado Novo: - relatos em franco funcionamento, o jogo do bicho em atividade, mesas forradas de verde com fichas espalhadas em números amarelos dourados, fotografias de crianças abandonadas mendigando pelas ruas, de lares visitados pela fome graças a escassez do salário mínimo das vítimas do câmbio negro, dos responsáveis pela inflação que esbagaça os pequenos orçamentos domésticos, e, na fonte desse cenário, que serve perfeitamente de fundo de cena, mais terrível balbucia administrativa, pigmeus transformados em gigantes usando e abusando do poder de governar contra o povo, tomando empresas jornalísticas, matando estudantes em praça pública, espaldeirando mulheres nas proximidades do Catete, prendendo os que lhe são contrários, ajudando a Nação a ficar mais pobre do que nunca.
O Estado Novo, ditatorial, é criação dos integralistas, através da ciência e do erudito Plínio Tombola.
Como concepção integralista por tanto, como filho legítimo ou natural de uma ideologia fascista, mais hoje mais amanhã haveremos de colher elementos para com eles completar qualquer exposição anti-integralista.
E tantos vão ser esses elementos, que o difícil há de se encontrar-se o local, para a exposição.
Os crimes do Estado Novo, os seus deslizes, os seus descalabros, dão material para Exposições sucessivas...
Por enquanto, porém, ainda é proibido apresentá-los de público.
Há muitos integralistas no Poder.
Vigiando, fiscalizando, jurisdizendo, e, o que é pior, policiando os verdadeiros democratas. 1
Outro artigo assinado por Paulo Costa publicado no Sergipe-Jornal:
Fora o Integralismo!
Jamais se acreditaria pudesse renascer algum dia no Brasil o famigerado integralismo.
Ramos do fascismo italiano, filho dileto do nazismo hitlerista, organização internacional de desrespeito à sabedoria popular, doutrina de força, de saque e de compressão, dele já se bastou a nossa gente com as cenas sanguinolentas do covarde massacre de Anchieta e do malogrado “putch” contra o Palácio Guanabara.
Vivem ainda, bem vivas na memória dos brasileiros, as arruaças e as correrias dos façanhudos camisas verde do Brasil.
Aqui mesmo, em Sergipe, logo após o golpe de 10 de novembro, foram eles os detratores, a perigosa Gestapo de que a policia local se serviu para trancafiar e hostilizar elementos democráticos, hostis à cartilha do “anauê” e do “sigma”.
Aqueles dias tormentosos já se foram.
As batidas integralistas de casa em casa, delatando, mentido, espionando, com a conivência de muita gente importante, tiveram afinal o seu termo, desmascaradas e jungidas, pela onda da democracia que avassalou o mundo.
Mas, nem por isso se extinguiram os seguidores do sigma.
Desvestidos da camisa verde, sem “sigmas” e sem “anauês”, cheios de ambição e desejo de conquista , eles se infiltraram nas diversas camadas da sociedade e da pública administração, nos sindicatos, nas organizações classistas , nos postos de responsabilidade, e continuaram, no Estado Novo, cópia servil do estado fascista italiano, servindo ao integralismo, solapando as instituições democráticas, ajudando os navios corsários do “eixo”, vendendo aos nazistas os planos brasileiros de defesa continental, traindo a Pátria nos momentos mais graves da sua existência, fiéis ao ouro de Berlim e à desmedida ambição do poder.
Tal a grande tarefa que os integralistas desempenharam nesses longos sete anos do regime totalitário.
Tal a missão que ainda hoje desempenham, buscando a socapa, a volta de Plínio Salgado ao Brasil, a adesão dos “verdes” à determinada corrente política, debaixo de diferentes uniformes partidários.
Quando as forças democráticas se congregam, quando um só pensamento de Paz procura ajuntar os homens nessa vasta terra de Santa Cruz, surgem eles, os integralistas, numa solerte tentativa de desagregação nacional.
A imprensa brasileira está denunciando, em títulos garrafais, as démarches políticas para o ressurgimento do integralismo.
Se verdadeira a denuncia estamos face-a-face de um perigo, de um tremendo perigo de proporções catastróficas.
A volta do integralismo ao Brasil significa o repúdio e a desonra, o opróbio e a derrocada dos nossos mais comesinhos sentimentos de patriotismo e de dignidade cívica.
E, também, um desmentido da nossa adesão à Carta do Atlântico, e, mais que tudo isso, um ultraje e uma afronta, às nossas gloriosas forças expedicionários.
Que foram elas fazer nas duríssimas refregas de Monte Castelo e de Castel Nouvo?
Porque se batem, na Europa, os nossos irmãos, os nossos filhos, e os nossos pais?
Que estarão conquistando, para o nosso futuro, à custa de tanto sangue e de tanto sacrifício, as vitoriosas armas brasileiras?
Batem-se os nossos heróis pela Democracia, pela Liberdade e pela Justiça, contra os fascismos de todos os matizes, contra Hitler e seus sequazes, contra as ditaduras civis e militares.
Estão lutando, e continuarão a lutar, invictos e destemerosos contra o nazismo alemão, o fascismo italiano, o niponismo de Hiroito, o salazarismo de português , o franquismo hispanhol e o integralismo brasileiro.
Colunas avançadas da Democracia, as nossas forças expedicionárias, o nosso Exército de Caxias, jamais admitiriam a reimplantação do integralismo no Brasil.
Serão baldadas todas as manobras.
Serão frustradas todas as tentativas nesse sentido.
No Brasil não há mais lugar para as ideias totalitárias.
Elas são um capitulo da Desgraça do passado.
Todos queremos Democracia, governo do povo, pelo povo e para o povo, sem chefes improvisados e oportunistas, sem Tribunais de exceção, sem “dipes” e sem “deipes” para amordaçar o jornalismo e a cultura.
O momento não admite a reimplantação do integralismo.
Quebrando o “eixo” Roma-Berlim despedaçado o pacto anti-Komintern, mais e mais nos aproximamos de Londres, de Washington e de Moscou, em caminho para a Conferência da Paz, onde não se assentarão, absolutamente, os que porventura transigirem, oficialmente ou as escondidas, com as ideias totalitárias responsáveis pela deflagração dessa guerra que tantas vidas ceifou e continua ceifando, como MoIoch insaciável.
PENSAMENTO DO MINISTRO BARROSO SOBRE A POLÍCIA JUDICIÁRIA
“Eu penso que o que nós estamos discutindo aqui envolve essa porta de entrada do sistema, que é a polícia, que tradicionalmente é tratada na doutrina e mesmo na legislação com um certo preconceito, como se fosse uma atividade menor. E eu acho que isso gera problemas.
Uma polícia não valorizada, mal treinada, mal equipada, sem reconhecimento de status social, ela tende a ser uma polícia que se torna violenta, porque nem sempre tem os meios nem a capacitação humana e técnica para conduzir investigações, dentro dos parâmetros recomendados e recomendadas de respeito aos direitos humanos.
Portanto, eu sou um defensor da valorização da polícia para considerá-la um ator social, político e jurídico tão relevante quanto são os membros do Ministério Público e os membros do Poder Judiciário. Sem uma polícia valorizada e tecnicamente qualificada nós não conseguimos produzir resultado final desejado.
E aí não adianta dizer não, mas eu sou Poder Judiciário, eu sou Ministério Público. A percepção social nós somos um pacote completo e se funcionar mal uma dessas peças, eu acho que o sistema de Justiça funciona mal. Portanto, eu tenho uma visão de quem considera importante a valorização institucional da polícia. Esta é uma premissa do meu raciocínio”.
TEXTO DO ADVOGADO NILTON VIEIRA LIMA
A respeito da reforma da previdência social, que teve sua implementação iniciada no governo de FHC, continuada no governo petista de Lulla, prosseguida de forma arrasadora com o serviço público de qualidade, no também governo petista de Dillma Roussef, em maio de 2013, quando praticamente acabou, extinguiu, eliminou o futuro da previdência social das carreiras de estado, prosseguida agora com o antes sócio, mas agora inimigo figadal (isto creio, pelo primeiro ter sido apeado pelo atual, perdendo assim, desde a boquinha da militância, até, principalmente, a enorme parte do leão, reservada aos titulares et caterva) governo peemedebista de Mitchell Temer, me trás à lembrança, um episódio que atuei como advogado em meados dos anos 80 do século passado, bem assim uma frase de Leonel Brizola ao regressar do exílio e conhecer alguns militares do exército, entre eles João Batista Figueiredo, então presidente da república. Pois bem, vai a primeira lembrança.
Fui procurado em meu escritório de advocacia, por dois velhinhos com vários papéis com exata idade de 20 anos, entre eles um belo e bem escrito 'diploma', em letras douradas, boa parte delas em um rebuscado manuscrito, assinado por um marechal do exército, de um tal "Instituto União Federal", além de um contrato, este assinado por um civil, já que não tinha patente e dizia ser ele " presidente executivo " daquele Instituto, além de duzentos e quarenta comprovantes de contribuições mensais, já descontadas na fonte. Examinei detidamente todos os papéis e constatei ser o tal diploma, apenas "miss en cene", assim como a participação do marechal, que era apenas presidente de honra. Na hora, lembrei de Deodoro da Fonseca.
Queriam receber a "aposentadoria particular", pela qual pagaram longos 20 anos, com 8% dos seus vencimentos e a filial de Aracaju, souberam, tinha sido transferida " para a Bahia e depois para o Rio de Janeiro". Sabiam que eu viajava muito "para a Guanabara"
Pedi alguns dias para estudar o assunto.
Sucinto agora, descobri que o marechal "presidente de honra", realmente foi usado, era um militar quase da guerra do Paraguai, já broco, um sobrinho esperto, usou o nome do tio a serviço de uns grandes espertalhões do já famosíssimo " mercado financeiro" (assim como agora) e criaram aquela "previdência privada", usando um belo nome, " Instituto União Federal", um marechal do exército como " dirigente principal e garantidor do pagamento" era assim que dizia a propaganda no Rio de Janeiro, depois espalhada por vários estados, e o exército tinha toda a credibilidade.
Bem, no Rio descobri também que chegaram a ter 140.000 (cento e quarenta mil) contribuintes, ficava em um prédio vistoso na avenida Rio Branco, alguns militares das três armas lá trabalharam, quase todos heróis da segunda guerra, mas, não existia mais, muito menos qualquer aposentadoria, alguns tostões sequer havia, assim como aconteceu com vários outros institutos de aposentadoria privada, a maior parte usando militares bem intencionados. Fiquei com muita pena dos dois velhinhos e, por extensão, de todos os milhões Brasil afora.
Segundo, a frase de Brizola após conhecer Figueiredo:
"Os militares seguraram a vaca, para os civis desonestos mamarem"
Então, senhoras e senhores, ninguém irá receber as futuras "aposentadorias privadas" instituída pelo governo petista de Dillma Roussef. Ademais, o que fizeram e faz o atual, será um estímulo aos mais fracos de caráter e de personalidade se corromperem. Imaginem, o cidadão de alto cargo, com salário de valor igual ao que é hoje R$35.000,00 (TRINTA E CINCO MIL REAIS) por mês, vendo sua complementação privada ir para o ralo, prestes a se aposentar com apenas R$5.000,00 (CINCO MIL REAIS), por mês, tendo o poder de decidir, especialmente em assuntos patrimoniais, fiscais, penais, etc, poderá sim, sucumbir às tentações materiais.
Será esta mais uma herança maldita deixada pelo PT e prosseguida pelo atual governo, acrescentando àqueles incautos, que vivem pregando um golpe militar, não ser esta a melhor saída para a crise atual. Será, com certeza, uma pregação para que todos votem validamente, essencialmente nos candidatos que apresentarem um currículo adequado, uma folha corrida isenta de condenação, além de uma ficha de bons antecedentes e, principalmente, uma declaração de renúncia ao mandato, caso deixe de cumprir qualquer dos compromissos assumidos como candidato, que será encaminhado para registro na Justiça Eleitoral e também em cartório de títulos e documentos.
Esta sim, sinteticamente, deverá ser a campanha para este final de ano e o próximo.