Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
PARA ARREFECER TANTO ÓDIO, UMA ANISTIA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA?
25/05/2023
PARA ARREFECER TANTO ÓDIO, UMA  ANISTIA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA?

NESTE BLOG

 ARTIGOS:

Para arrefecer tanto ódio, uma

Anistia ampla, geral, irrestrita ?

- Quando surge uma CPI o MST

Anuncia os cinturões - verdes

TÓPICOS:

- André, o pai de Yandra

- o impasse e os bilhões perdidos

- podem me chamar de Magá

- A cidade e as palmeiras

- E a UNIGEL cumpre mesmo a ameaça ?

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PARA ARREFECER TANTO ÓDIO, UMA

ANISTIA AMPLA, GERAL E IRRESTRITA ?


Os bárbaros do 8 de Janeiro são apenas a ponta de lança do anarco-fascismo 

A palavra anistia era um totalmente maldita durante a ditadura militar-civil instalada em 1964. A censura, que é algo sempre exercido com muita petulância, e absoluta estupidez , ocupando as redações riscava, com ânimo feroz, qualquer referencia à Anistia Internacional, entendida como sub-reptícia e venenosa organização comunista. Um jornalista aqui de Aracaju,  estava nos  idos de 1974 em Paris;   encantado com os ares de liberdade franceses percorria livrarias pela “  rive gauche ,“ e deparou-se, numa delas, com um relatório da Anistia Internacional sobre os presos políticos em Cuba . Ali, reforçou a convicção de que regimes fortes são incapazes de agir com inteligência, senão, nem seriam ditaduras.

O quarto presidente do ciclo militar    Ernesto Geisel, (aquele que chamou de péssimo militar um tenente  Bolsonaro envolvido em ações terroristas) era um general que cultivava o sentimento de honra,  e nada tinha de burro. Ele imaginou que chegaria  a hora de aceitar o substantivo feminino ANISTIA, mas, estava ciente das imensas dificuldades para “ conjugar “ o verbo ANISTIAR.

Geisel convivera  quando ministro do Superior Tribunal Militar  com um colega, usando, como ele, o  uniforme de gala do generalato durante as sessões de julgamentos. Chamava-se Pery Constant Bevilaqua. Dele, Geisel ouviu pela primeira vez uma referencia à palavra ANISTIA, feita no contexto de uma explanação sobre o que considerava incompetência do STM para julgar crimes políticos praticados por civis.  Por isso, Bevilaqua, um dos mais conceituados generais do Exército brasileiro, acabaria punido por outros nem tanto, quando, sobre o país, pairou a catástrofe  do Ato Institucional nº 5, arenga totalitária  sebosa e orgulho maior dos famosos “ juristas” de arco e tacape, finalmente satisfeitos.

Quando, exilado no Uruguai, morreu o ex-presidente deposto João Goulart -Jango- o traslado do seu corpo para  ser sepultado na sua terra gaúcha, em São Borja, fez, pela primeira vez no Brasil um morto transformar-se em problema de Estado. Depois de marchas e contramarchas decidiu-se que seria permitido o retorno do exilado, desde que fossem adotadas as providencias necessárias de ordem militar. E as tropas foram mobilizadas numa operação  de segurança nacional contra um defunto subversivo. No cemitério, ao lado da sepultura de Getúlio Vargas, padrinho político de Jango, sobre o caixão do ex-presidente deposto, sua filha adolescente Denise, colocou numa faixa vermelha a única palavra : ANISTIA.

O substantivo feminino tão perseguido , ganhou espaço em alguns jornais, mas, como noticia apenas de um adereço fúnebre.

A morte de Juscelino Kubitscheck – JK- causaria um impacto muito maior. O grande brasileiro, presidente conciliador, tolerante, humano, que tocou rapidamente o Brasil para a frente, morreu  em setembro de 1976 num acidente de transito na rodovia Presidente Dutra, quando regressava de São Paulo ao Rio de Janeiro. Seu motorista Geraldo,  que com ele trabalhava há mais de 30 anos também perdeu a vida, e assim,  as causas do acidente com o Opala, um tanto gasto, nunca foram devidamente esclarecidos. Embora já cumpridos os   dez anos de castigo político, JK vivia praticamente recluso na sua pequena fazenda nos arredores de Brasília O presidente Geisel fez valer a sua autoridade para que as honras de estilo, menos as militares, fossem prestadas ao morto ilustre. Ouviu do seu chefe do Gabinete Militar o general paraquedista  Hugo de Abreu a contestação: “ inimigo é inimigo, e assim deve ser tratado “.

 A multidão que cantava o Peixe Vivo, acompanhando o féretro em Brasília ( mais de quatrocentas mil pessoas ) viu,  quando começou a baixar a meio -mastro a bandeira nacional no Palácio do Planalto , acompanhando outras que já haviam descido no Congresso, e  até em prédios de alguns ministérios, também no Palácio  Buriti, sede do governo distrital, antecipando-se, todos, ao decreto da presidência da República, declarando luto oficial, o que causou contrariedades em bolsões militares extremados.

O presidente Geisel fortaleceu a convicção de que era preciso criar condições para que o “verbo fosse conjugado “.

Aquela frase espalhada pelo país,” Brasil Ame-o ou Deixe-o,” além de soar mal aos ouvidos, quase um cacófato, era a insensatez elevada ao quadrado, numa pretensão absurda de submeter o “ amor”  ao julgamento e às imposições do regime. O “ amorômetro” utilizado pela ditadura, valia-se de uma escala ideológica mesquinha, obscurantista e ridícula, tentando justificar o exílio de brasileiros admirados pelo mundo, tais como Josué de Castro e Celso Furtado.

O substantivo ANISTIA espalhou-se, foi sendo articulado por gente de muita expressão,  políticos, empresários, sindicalistas, intelectuais, cardeais, rabinos, pastores, generais, entre eles   Pery Bevilaqua, o precursor.

Nos quarteis, contrastando com a “ paz social que vivia o Brasil “ tão apregoada pelos arautos do regime, o clima era de efervescência.  Entre atos de terrorismo praticados pelos próprios agentes de segurança, chegou-se a providenciar um lança-foguetes para explodir o helicóptero usado pelo presidente Geisel, e com ele dentro. Tal qual a bomba que em janeiro deste ano outros terroristas tentaram explodir no aeroporto em Brasília, o atentado contra o presidente Geisel não se consumou, por não terem, felizmente, sabido manejar  o aparato bélico.

Apesar dos percalços imensos, da resistência forte em núcleos do poder autoritário, a onda pela ANISTIA juntou os brasileiros, e ela veio até  sendo Ampla, Geral e Irrestrita. Teria sido um instrumento perfeito de desarme dos espíritos se não houvessem inventado que os  crimes efetivamente hediondos da tortura, não deixariam seus autores também anistiados. E isso, esse escorregão na indispensável tolerância e sabedoria política, resultou na propagação do clima de ódio, acirrado pela libertinagem nas redes sociais, então, do ovo da serpente houve a eclosão de Bolsonaro.

O clima que agora vivemos, com uma parte radicalizada da sociedade, inclusive transitando pelo Congresso, o simples ato de governar envolve dificuldades e contestações nunca antes registradas no cenário político brasileiro. O episódio da anarquia generalizada do 8 de janeiro, não se restringe aos marginais que atuaram no quebra-quebra insano , um furacão de bárbaros demolindo patrimônio público,  os próprios símbolos icônicos e únicos da República brasileira. O cenário é mais complexo, e não cabe apenas em um episódio deprimente. Há desconexões de natureza intolerante e totalitária espalhadas no sentir e no agir de uma parte considerável da sociedade brasileira. E isso, embora de uma forma doloridamente pensada, terá de ser levado em conta, merecendo  análise objetiva e pragmática, na tentativa de uma superação lenta e gradual da odiosidade, através da prática salutar da democracia. Isso, nas atuais circunstancias, será uma salutar forma de  construir a paz social,  indispensável para que floresçam com mais amplitude os benefícios  do trabalho, da criatividade, das transformações, e das virtudes da tolerância.

Em algum momento teremos de trocar prisões e punições, sem covardias ou esmorecimentos, por algo mais consistente e sintonizado com as circunstancias, algo assim como uma anistia, ampla, geral, e   irrestrita. O que não seria a utopia de um país absolutamente pacificado, apenas, uma tentativa política  generosa de oferecer um caminho ao desarmamento dos corpos,  e do que nos resta de espírito.

 






LEIA MAIS

 

QUANDO SURGE A CPI O  MST

 ANUNCIA O CINTURÃO VERDE


Agora o MST quer mostrar sua face produtiva.

Lá, pelos idos de 1959, lançou-se através da Prefeitura de Aracaju o projeto de implantação de um cinturão- verde. Era Prefeito de Aracaju, Jose Conrado de Araújo, um homem com fama de valente e repleto de impetuosidades, algumas, absolutamente desnecessárias. Mas ele na Prefeitura lançou um olhar sobre a periferia da nossa cidade, então desassistida, miserável, enquanto predominava a ideia de que o essencial era ajardinar  o centro , as áreas onde na cidade acanhada viviam os que tinham algumas posses. Desde então, todos os prefeitos que o sucederam começaram a enxergar os arredores onde se concentravam os pobres, como áreas merecedoras de atenção. Alguns, como Jackson, Déda e Edvaldo, deram prioridade absoluta a essas ações. Por isso, pelo trabalho sucessivo através de gerações e de prefeitos,  Aracaju, é, no nordeste, a capital com menor índice de favelamento e melhor qualidade de vida.

A ideia do cinturão – verde foi apresentada ao prefeito José Conrado pelo Promotor Público e Jornalista, Paulo Costa,  homem que viajava muito , e dos locais por onde passava extraia ideias que ia expondo nos escritos publicados no seu periódico o Sergipe- Jornal. O cinturão – verde, seria uma área nos arredores da cidade, onde fossem plantadas hortas,  num modelo exato ao da agricultura familiar. Paulo vira em torno de cidades  do interior paulista,  no Rio Grande do Sul,  e no Uruguai, projetos em andamento de hortas quase urbanas. Aqui mesmo, em Aracaju, ele costumava visitar uma área de hortas, tocadas por famílias de japoneses, nisseis, que vieram de São Paulo e se fixaram  em terrenos próximos aonde fica hoje a Emdagro,  e havia uma chácara do deputado Jose Onias, que, aliás, enxergava nos japoneses um exemplo para Sergipe.  Em pouco tempo eles  abasteciam o mercado de Aracaju com variados produtos hortícolas,  produziam ovos  e engordavam suínos. Nada perdiam, tudo era aproveitado, regavam  manualmente as hortas, e seus filhos menores  revezavam-se à noite iluminando com uma Petromax a gás as plantas,  e delas retirando um a um os insetos, lagartas, principalmente. Pela manhã a meninada pedalando ia às aulas no Atheneu, um percurso completo de mais de vinte quilômetros.

A ideia do Cinturão – Verde logo acolhida pelo prefeito Conrado Araújo, era adquirir, ou   fazer uma parceria com a Diocese de Aracaju, para que fossem utilizadas as terras de sua propriedade, ao lado da BR-101 , e outras terras da família Cruz onde hoje fica a avenida Tancredo Neves.

Foi formada uma comissão onde estavam pessoas com representatividade social e que exerciam atividades diversas, Jorge Neto, Fernando Porto, Roberto Barros, Aélio Andrade, Viana de Assis, Urbano Neto, Cabral Machado, Pedro Brás , Walter Baptista, e outros. Paulo Costa era o coordenador da equipe. Produziu-se um  relatório técnico importante, mas surgiram dificuldades em relação às terras necessárias ao projeto e a ideia foi arquivada.

 Depois do sucesso enorme que foi a exposição dos seus produtos no parque paulistano de Água Branca, o MST, agora às voltas com a CPI formada por gente que na verdade deseja emparedar  o presidente Lula, o deputado João Daniel, um dos líderes nacionais do movimento, anuncia a nova proposta: criar áreas produtivas em torno das cidades, para reduzir os custos e oferecer produtos que fazem parte da mesa dos brasileiros a preços menores.

É, então, a ideia dos Cinturões – Verdes que estaria renascendo e marcando a virada do MST para a necessidade de ampliar sua capacidade de produzir, e apagar  o estigma que lhe colocaram, de ser um movimento apenas causador de distúrbios sociais.

Obter terras em volta da conurbação das grandes cidades não será tarefa fácil, mas se isso for feito, resultará em qualidade de vida, pelos espaços verdes em surgimento.  E até, possivelmente,  uma nova perspectiva para o mercado imobiliário. Em torno das grandes cidades chinesas, desenvolve-se com intensidade a agricultura familiar, e, por isso, os mercados da China super-povoada estão  abarrotados,  e os preços compatíveis com a renda do povo.

Da China, e também de outros países, o MST poderá assimilar práticas e conhecimentos, coisa impossível e  desnecessária, nessas viagens que fazem à Cuba, onde nada se produz, a não ser a ideia insana de prorrogar cada vez com  mais opressão, o modelo arcaico de uma arcaica ditadura, dita socialista,  na verdade personalista e totalitária.

Enfim,  a ideia dos Cinturões – Verdes, sem invasões, evidentemente é um excelente mote para consolidar a imagem do MST como movimento popular não beligerante, nem desafiador de leis, apenas, um mobilizador social em busca de espaço e justiça aos pobres e por tanto tempo esquecidos nos campos brasileiros.

Os Cinturões – Verdes do MST poderão completar e consolidar pacificamente, o binômio hoje indispensável ao país: a agricultura familiar e o agronegócio .

Um, garante a comida do dia a dia na mesa, o outro abastece mercados internacionais, principalmente, e faz gerar as divisas em dólares, sem as quais a nossa economia não decola para o voo contínuo e sustentável.

Não há porque um ficar permanentemente brigando com o outro.  Enquanto isso acontece,  o governo de Lula se desgasta, e o país perde tempo.

TÓPICOS

- ANDRÉ, O PAI DE YANDRA


Pelo seu desempenho a deputada Yandra está bem acima do baixo-clero.

Os que acompanham a trajetória   da deputada federal Yandra de André, e sua permanente ascensão no cenário da política sergipana e a projeção nacional que começa a ganhar, dizem, que muito em breve o habilidoso e proativo ex-deputado federal e líder político André Moura, estará sendo identificado em Brasília como o pai da deputada Yandra Moura. E com certeza ele ficará muito satisfeito com isso.

               

- O IMPASSE  E OS BILHÕES PERDIDOS

As sondas da Petrobras apenas se movimentarão e vão perfurar na Guiana Francesa 

Nessa disputa entre a visão ambientalista e a possibilidade da PETROBRAS explorar e faturar uma reserva de 14 bilhões de barris de petróleo além do gás, há que se descobrir uma fórmula sensata para que os campos da zona equatorial sejam explorados,  e protegido  o gigantesco bioma do estuário   do rio Amazonas e as áreas contiguas no Pará e Amapá.

O fato de explorarmos o óleo e o gás a uma distancia de centenas de quilômetros da  costa, em frente à Amazonia, não manchará nossa imagem de país líder na preservação ambiental. Se a PETROBRAS permanecer impedida de operar nas costas brasileiras, simplesmente, avançará alguns quilômetros, transferindo-se para os mares da Guiana Francesa. Assim, o nosso bioma permaneceria da mesma forma vulnerável , enquanto os royalties, em cifras de bilhões não ficarão no Amapá, no Pará, ou para os cofres da República, irão para a França, dona da Guiana, que, até por generosidade, poderá nos doar algum trocado para o Fundo da Amazonia. Os europeus, tanto quanto os americanos e canadenses, não terão muitos argumentos para criticar o Brasil. Vão explorar petróleo e gás no sensível bioma do Alasca, voltam a acionar usinas térmicas a carvão, não liberam os cem bilhões de dólares prometidos para a preservação em nível planetário, e querem que o peso da supressão do carbono recaia unicamente sobre nós ?

Paciência, virtuosa lutadora Marina Silva, é preciso entender melhor as circunstancias, sem abdicar da defesa imprescindível do meio ambiente, e não perder a oportunidade de encher os nossos cofres.

- PODEM ME CHAMAR DE MAGÁ


Carlos Magalhães de Melo, o Magá e um microfone.

Carlos Magalhães de Melo, é professor da UFS aposentado, onde ajudou a formar gerações de odontólogos como ele. É também sanitarista, que aplicou muito bem os seus conhecimentos quando Secretário de Saúde de Aracaju,  conseguindo entre outras coisas reduzir a ofensiva devastadora das muriçocas, uma das nossas pragas, entendida até então como coisa inevitável.
Carlos Magalhães foi um deputado federal que exerceu com dignidade e competência o seu mandato.

Trata-se de um cidadão com serviços prestados, alias em grande volume, à sociedade sergipana, exercendo a sua cidadania consciente e proativa em diversos setores, inclusive no Rotary Clube, onde seu protagonismo também se estende.

Mas não é este o Carlos Magalhães,  que todos os sergipanos, especialmente os que   apreciam e  acompanham o futebol, ( a grande maioria ) conhecem.

O popular, o alvo de todas as atenções e do carinho dos sergipanos é mesmo Magá, aquele,  que desde quase a adolescência pegou num microfone e até hoje não o largou, transmitindo dos estádios sergipanos, brasileiros, internacionais. Faz isso, sem interrupções, a quase sessenta anos. No começo ele não gostava muito quando o chamavam de Magá, depois, começava as suas falas e transmissões dizendo : “ Podem me chamar de Magá”. 

Pois então, no programa Giro Sergipe da TV- Sergipe aquela moça tão descobridora de novidades, tão reveladora entusiasmada das coisas de Sergipe, tão fantástica como repórter, aquela moça, comandou a homenagem a Magá.

Sergipe a acompanhou e aplaudiu. Magá merece. Longa vida a Magá, sem largar o microfone, que, aliás, é a sua vida.

-  A CIDADE E AS PALMEIRAS


Jorge Araújo pai de Jorginho e semeador de ideias.

Jorge Araújo, o pai, porque agora se faz famoso o filho do mesmo nome, deputado, secretário de Estado, pois então, Jorge, o pai, se esmera em fazer observações pontuais sobre aspectos da vida sergipana; sobre erros que surgem e as vezes se tornam despercebidos. Ele incorporou essa pratica à sua vida, desde quando iniciou-se na política sendo vereador de Aracaju, depois, foi deputado, secretário de Estado, da agricultura principalmente, e como é técnico no assunto, gosta de dar pitacos sobre plantas e plantações. Agora, ele faz um questionamento a merecer resposta, se for possível. Jorge diz não entender por que aqui, no calor nordestino, na intensidade de um sol que alguns até chamam de inclemente, aqui, nos trópicos, e onde antes havia a grande floresta,  a  que chamavam de mata atlântica, resolveram plantar palmeiras, palmeiras que não fazem sombra, até de origem europeia, e  arborizando cidades ensolaradas e calorentas, onde as pessoas procuram  a sombra que refrigera e diminui o calor.

Ele lembra que por aqui temos um praiano   chamado coqueiro, que não deixa de ser uma palmeira nossa, embora tendo sua origem na Índia,  e pelas margens africanas do oceano Índico.  Mesmo assim, plantamos palmeiras europeias, secas, esguias, compridas,  e sem sombra, tal como as imperiais que dom João VI nos trouxe de Portugal, e com elas adornou os acessos ao Jardim Botânico fantástico,  também por ele criado no Rio de Janeiro. Mas, teve o cuidado e a sabedoria de, com árvores frondosas, brasileiras, e vindas de várias partes do mundo, encher o horto belíssimo que fez surgir.

 Até mesmo na Barra dos Coqueiros, de onde os coqueiros somem, e talvez tenham de ser feitos de plástico, para que as próximas gerações formem  uma ideia de como eram ao natural , por lá,  também, foram plantadas palmeiras, as europeias, longas, e sem projetarem sequer uma manchinha de sombra.


- E A UNIGEL VAI  DEMITIR E FECHAR AS PORTAS?


Neste 31 de maio, a Unigel poderá trair as expectativas dos sergipanos.

A UNIGEL em Laranjeiras, irá cumprir a ameaça de fechar as portas nesse 31 de maio, reclamando do preço do gás, e mesmo  tendo, contratualmente, aceitado funcionar com esses mesmos preços ?

A ideia do senador Alessandro Vieira coordenador da bancada sergipana de uma medida provisória para garantir o funcionamento da fábrica seria exequível ?

Tudo é dúvida, e o desemprego e colapso do parque de fertilizantes estão à vista.

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