Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
O MODELO DE LULA E O ALMOÇO DE MITIDIERI 
23/02/2023
O MODELO DE LULA E O ALMOÇO DE MITIDIERI 

Na foto em Aracaju o modelo que Lula desejava para a campanha e Rogério não permitiu.

Antes de tornar-se candidato Lula já tinha na cabeça a imagem do seu palanque. Teria de ser um espaço aberto para convergências, amplo o suficiente para acolher todas as correntes político–ideológicas, identificadas com o propósito comum de defesa da democracia. 

A ala mais extremada do grupo que ocupava o poder identificava-se com a ressurreição do nazifascismo, um fenômeno que percorre o mundo, corroendo democracias sólidas, e tendo seu epicentro no supremacismo branco dos Estados Unidos, e encontrando no autocrata russo, Vladimir Putin, seu exemplar mais perfeito de aliado, ou seja, o que invade, mata, desrespeita a autonomia de países vulneráveis, exerce poder quase absoluto, e dá mão forte a todos os seus assemelhados.
 
A extrema direita atual é algo muito mais perigoso para a civilização do que foram o fascismo, o nazismo e o comunismo, porque o seu projeto totalitário recolhe de todas essas ideologias do passado a essência populista que as transformou em fenômenos de massas, subjugado mentes e corações, de tal forma que os alemães cultos, instalaram milhares de campos onde exterminaram os “inimigos do estado". Foram milhões de mortos, e o povo judeu tornou-se o mais sacrificado.
 
Os italianos, que tanto apreciam a boa musica, a ópera, as artes em geral, que estiveram na vanguarda das luzes do Renascimento, marcharam, como autômatos, movidos pela oratória belicosa de Mussolini e em nome da “Glória das Águias de Roma”, foram exterminar os negros abissínios.

Hoje, a pregação nazifascista se amplia sem limites no terreno da licenciosidade absoluta da internet, onde o jornalismo se prostitui, mas atrai adeptos equivocados, aos milhões. 

A tragédia da Segunda Grande Guerra, aconteceu quando se aliaram os "mitos”, Hitler, Stalin e Mussolini. 

A chegada dessa extrema-direita nazifascista ao Brasil, embora não tenha conseguido subjugar as instituições, deixou, espalhado pelo país o germe contagioso da intolerância e do fanatismo, que nos fez perder o que sempre tivemos de melhor entre as nossas qualidades como povo tropical: a alegria de viver, a solidariedade, a sensualidade, a paz como objetivo de vida.

Por quatro anos ouvimos o relinchar dos cavalos onde montava belicoso o presidente, assistimos as passeatas ameaçadoras, de gente esvurmando odiosidade e malquerenças; as motociatas, onde o seu inspirador antegozava algo assim parecido com o poder autocrático absoluto.
 
Por fim, comprovando a sua identidade fascista, onde tudo vale em nome da causa pela qual se empenham, entendendo que pelo voto haviam perdido, recorreram, desembestados, ao império da força. E assistimos estupefatos, tristes, envergonhados, a baderna, o quebra-quebra selvagem insano e estupido do 8 de janeiro.
  
Mais uma vez revelava-se o alinhamento dessas forças obscurantistas e totalitárias, na coincidência dos janeiros em Washington e em Brasília.

A eleição do ano passado foi o momento crucial, onde, na encruzilhada entre barbárie e civilização o povo brasileiro faria a escolha.

Lula, como dissemos antes, entendeu que muito mais do que uma escolha de candidatos, ter-se-ia um momento de alto risco para a permanência dos nossos valores democráticos, e era preciso formar, de fato, uma Frente Ampla, até “despetizando-se” a campanha, e prevalecendo o discurso de união, civilidade, tolerância, enfim, que sobrevivesse o Brasil, tal como a sensatez a inteligência e a tolerância, o moldaram ao longo da história.  

A própria chapa abrigando Geraldo Alckmin era o melhor dos sinais. 

Em Aracaju, num almoço oferecido ao Presidente pelo governador Fábio Mitidieri, Lula, entre os convidados, enxergaria o próprio modelo de somação imaginado para todo o país, e aqui não pode ser concretizado. Lula transformou a frustração da campanha passada no presente de uma foto, ocorrida por iniciativa do governador Mitidieri. 

Em Sergipe, o senador petista não entendeu, ou não quis entender o momento de grave insegurança institucional que o país atravessava, e era preciso renunciar às vaidades pessoais, em função de um objetivo bem maior do que qualquer ambição.

Assim, não se manteve a aliança democrática de centro, direita e esquerda, que era esperada acontecer em Sergipe, isolando-se a extrema direita no espaço que ocupou no estado, em  consequência do processo de radicalização surgido na primeira campanha de Bolsonaro, e atingindo níveis jamais imaginados. 

Na foto em Aracaju, estavam, entre outros, o presidente, o governador, os senadores Alessandro Vieira e Laércio Oliveira, o prefeito de Aracaju, o ex-governador o ministro sergipano Márcio Macedo, o ex-governador Jackson Barreto, a quem Lula dedica especial atenção, porque Jackson esteve sempre ao seu lado nos bons e maus momentos.  Sendo do MDB, foi um dos primeiros a chamar de golpista o seu correligionário e líder Michel Temer. 

O senador Rogério esteve no almoço mas não apareceu na foto. Depois, teria reclamado da preferencia revelada pelo presidente Lula em atender ao convite do governador Mitidieri, que, aliás, votou nele. 

Não fossem essas miudezas, essas mesquinharias e esses  personalismos do senador Rogério, aflorando até nos mais graves instantes, Eliane Aquino estaria eleita senadora, nem teria havido o segundo turno,  Laércio permaneceria deputado federal, e seria possível até que Valmir de Francisquinho não fosse candidato, houvesse se conformado com a inelegibilidade, desde que a ele fosse reconhecido o imenso potencial de votos que possui. E o PT não precisaria passar pelo constrangimento de romper com o governador Belivaldo Chagas, embora o deputado João Daniel tenha engolido a contragosto a dose imposta ao partido pelo “trator" Rogério. 

Lula quer fotos cada vez mais ampliadas, onde fiquem evidentes os sinais de entendimento e união. Se há discrepâncias em Sergipe a culpa não será dele, nem do governador Mitidieri, que deseja juntar-se cada vez mais a

Lula, e ter no Ministro Márcio Macedo um forte intermediário em Brasília. 


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O NATVILLE INVESTE ALTO EM ALAGOAS, QUAL A ESTRANHEZA? 


O governador de Alagoas em reunião com a empresária Janea Dantas, quando foi definido o investimento de meio bilhão de reais.

Sergipe ficou pequeno para o Grupo Natville ou o Grupo Natville tornou-se grande demais para Sergipe? 

Nem uma coisa nem outra. 

Não é exagerado dizer-se que a empresária Janea Dantas, criadora do Natville, foi também quem deu vida e dinamismo ao negócio do leite em Sergipe. 

Oriunda de uma família de pequenos produtores de leite em Nossa Senhora da Gloria, ela deixou o cargo de gerente de agência no BANESE para criar um pequeno laticínio que se foi ampliando, enquanto se formava uma rede cada vez maior de fornecedores, estimulados pela perspectiva de expansão do mercado.

Jânia, apesar da escala agora alcançada pelo seu grupo, conhece e mantem contato pessoal com quase todos os fornecedores, criando uma rede de interesses, onde preponderam a confiança mutua e a amizade. Isso é um diferencial raro que humaniza a relação negocial.

O Grupo Natville, cresceu exponencialmente, expandiu-se em Sergipe, confirmou a vocação do semiárido para a atividade leiteira, e por uma questão de estratégia empresarial, ampliou seus investimentos pela Bahia e Alagoas, onde agora investe meio bilhão de reais em um novo laticínio na bacia leiteira de Batalha, um fato celebrado pelo governador alagoano João Dantas, e visto com satisfação, também, pelo governador Mitidieri de Sergipe, porque, como assinala muito bem o ex-governador Belivaldo Chagas, na questão do leite como em tantas outras, Sergipe e Alagoas são parceiros multiplicando e dividindo vantagens.
 
O deputado alagoano, com raízes sergipanas, Inácio de Loiola é um dos entusiasmados com as potencialidades abertas para o semiárido dos dois estados, e nisso ele enxerga uma série de parcerias promissoras que podem ser ampliadas.

O empresário sergipano Orlando Mendonça de Carvalho, industrial e pecuarista, entusiasmado com o horizonte do negócio do leite, estuda retomar a produção na sua fazenda em Salgado, mas, tem vistas voltadas ao semiárido, recordando que há uns trinta anos atravessava Poço Redondo em demanda da Serra Negra, e pelo caminho topou com um incipiente grupo de casebres, que tinha o nome de Santa Rosa do Ermírio, hoje, a nossa maior bacia leiteira. Um polo de produção e inovações. 

Ao lado da expansão das industrias de transformação do leite, existe em Sergipe, e da mesma forma em Alagoas, a urgência para o crescimento do rebanho de leiteiras, e a ampliação da produtividade.

Para isso, duas coisas são essenciais: a água e o volumoso, ou forragem, base da alimentação das vacas, que se complementa com os nutrientes. Estes, poderemos tê-los em quantidades crescentes, com a fartura do gás que se avizinha e a consequente ampliação do nosso polo de fertilizantes e rações. 

Tudo deverá iniciar-se com a adutora do leite, aquela que tanto aqui insistimos, e já está inclusa no plano de governo de Mitidieri. Levará água do São Francisco até Santa Rosa do Ermírio e vizinhanças, sem tratamento, só para a vaca beber seus 60 litros por dia. Depois viriam outras, como por exemplo para os confins de Canindé do São Francisco, onde o engenheiro elétrico Paulo de Deus aposentou-se da CHESF, e foi dedicar-se, tempo integral, à produção do leite nas suas extensas terras, com mais de cinco mil tarefas ocupadas pela palma forrageira. Sem ter água fácil, Paulo de Deus alcança recordes de produção e produtividade. Tendo a água farta, tanto ele como muitos outros disparam.  

Será preciso mais e mais forragem. Isso já é outro desafio: transformar as várzeas e terras baixas à margem do Velho Chico em áreas produtoras de forragem, milho, capim, ou até a soja. Nisso, podem ser parceiros centenas de assentados do MST, como também investimentos maiores de agropecuaristas de porte, interessados na questão. Há uma longa extensão de terra em  Canindé, a Quixabeira, onde um sonho de João Alves não chegou a ser concretizado, mas, em outro formato poderá ser realidade agora, associando-se a produção às necessidades da pecuária leiteira, principalmente. Tudo isso exigirá energia para movimentar bombas, irrigação, e complexos industriais, e energia é cara. Então, por que não cogitar sobre uma central fotovoltaica de porte médio, financiada a longuíssimo prazo, e vendendo energia à ENERGISA para ser “revendida“ aos agricultores, pecuaristas e industriais da cadeia do leite, à preços competitivos, desde que formem uma bem sucedida Cooperativa? Tudo a depender de muita vontade política e empresarial, e de uma concertação engenhosa, que exigiria criatividade e audácia. 

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ASSUNTO CHATO: AINDA A COHIDRO E OS “VAZAMENTOS"
 

Tudo o que traçamos acima como boas perspectivas para o semiárido, dependerá, logicamente, da eficiência que demonstrarem os órgãos do governo com responsabilidade na execução de projetos em parcerias, por isso mais complexos. A COHIDRO, que hoje leva um novo nome, ainda mais associando-a aos recursos hídricos, seria um dos órgãos certamente mais requisitados. Para isso, terá de ser demonstrado que não ocorrerão erros, falhas calamitosas como esta da malsinada barragem na localidade sertaneja de Barra da Onça.  

A extinta COHIDRO renasceu com nome novo, mas a herança não extinta permanece, na manutenção de um dirigente sob suspeita de inépcia. 

A propósito dos comentários que aqui fizemos, um jornalista da Secretaria da Agricultura, Edmilson, por sinal competente e autor de um texto bem sincronizado nos enviou por zap a nota à guisa de resposta. Apesar do bom desempenho do jornalista o embate entre fatos e argumentos, é sempre desigual. Faltou todavia alguém que assumisse a autoria da nota, que se fez apócrifa, razão pela qual não a publicamos, mas a comentaremos pontualmente. 

Segundo o referido texto a ordem de serviço para as obras da barragem foi emitida no dia sete de dezembro de 2021, fixando-se o prazo de 60 dias para a conclusão, e o valor de R$ 864.387,92 após o aditivo. O prazo todavia foi ampliado, “haja vista a ocorrência de fortes chuvas que atingiram a região por diversas vezes, o que prejudicou não só o andamento da obra, mas também a destruição de serviços já executados e paralisados por seis vezes.” 

Seria indispensável para a comprovação desses fatos que fosse apresentada a planilha e as notas fiscais emitidas em cada período que antecederam as “ enchentes “, demonstrando assim, as efetivas perdas  materiais. Isso não ocorreu. 

O mapa pluviométrico elaborado pela própria finada COHIDRO, demonstra que no mês de dezembro de 2021, houve 27 dias sem chuva, mas ocorreram de fato duas volumosas precipitações, uma de 72,4 mm, no dia 6, véspera da ordem de serviço, presumindo-se, daí, que nos dias subsequentes o canteiro de obras estaria em preparação; e no dia 26 o volume maior de 92.40. Em janeiro do ano seguinte 2022, houve 29 dias favoráveis, ou seja sem nenhuma chuva relevante. No mês de fevereiro, houve 26 dias favoráveis, ou seja sem chuvas, havendo duas pequenas precipitações de 5,7 no dia 13, e de 11.60 no dia 20. Em março ocorreram efetivamente chuvas fortes, no dia 4 foram 72, 60 e no dia seguinte uma outra de 33.20. O mês teve 21 dias sem chuvas, apenas no dia 28, a precipitação foi de 13.50. Em abril foram sete dias de chuvas leves e os restantes 23, com média abaixo de 2 milímetros. Em maio houve duas precipitações maiores, uma de 22.30 no dia 5, e outra 32,60 no dia 21, e nos restantes chuvas leves, apenas chuviscos, e três precipitações de 13.20 no dia 23, e de 15.50 no dia 31. Em junho o mês mais chuvoso no semiárido e em todo o estado, houve apenas  duas precipitações maiores, uma de 18.30 no dia 1, e outra de 13. 30 no dia 15. Nos demais dias a média esteve abaixo de 5 milimetros. Em agosto houve duas precipitações maiores, uma de 19.50 no dia 15, outra de 12.60 no dia 16. No total a média  do mês ficou abaixo dos 10 milímetros. Nos restantes meses, setembro, outubro, novembro e dezembro, houve seca quase extrema. Ressalte-se que a obra, depois de tantos meses de atraso havia sido programada para a inauguração em dezembro, quando então o governador Belivaldo foi informado de que nada haveria a ser inaugurado. 

Não diremos aqui parafraseando Hamlet: “Há algo de podre no Reino da Dinamarca". 

Mas, que existe algo de desconexo pelos nossos sertões áridos por onde, sob a mesma direção transitou a empresa aguadeira-vazadeira, isso, os vídeos que aqui reproduzimos cruamente revelam: 


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AINDA OS DESTE FEVEREIRO QUE SE REPETIRÁ EM 2800 


 

Desde a edição passada registramos aqueles que aniversariam neste fevereiro estranho e único no calendário, neste ano de 2023, repetindo, todos os dias da semana quatro vezes, algo que, segundo astrônomos e também astrólogos, mais interessados na cabala do que na ciência, levará mais de 800 anos até repetir o mesmo formato. O atuante ex-reitor da UFS e ex-Secretário de Estado da Educação, o físico e matemático professor doutor Jose Lima, fica convocado junto com o professor doutor em matemáticas Valdenberg Araujo Silva a explicarem qual a fórmula  para se chegar a resultado em tempo tão alongado. O empresário que é também engenheiro Antônio Mendonça, assegura que eles, com facilidade, usarão os cálculos de analise combinatória utilizados para tal manejo de números.

Os aniversariantes deste fevereiro incomum: Patrícia Verônica Sobral de Souza, professora doutora, autora de vários livros sobre direito e administração pública, esposa de Carlos Alberto Sobral de Souza, um, entre os conselheiros do Tribunal de Contas de Sergipe que mais se destacaram pela competência e espirito público. 

O governador Fábio Mitidieri, chegando aos 46 anos neste fevereiro. Jovem e repleto de entusiasmo, de vontade para realizar e de habilidade política, tem tudo para fazer do seu mandato um tempo para acelerar Sergipe. 


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-TÓPICOS- 

1) A distância entre o Saco e Mangue Seco 

As duas praias do Saco e Mangue Seco, são fronteiriças, uma do lado direito do estuário do Vaza Barris, no lado baiano, outra na margem esquerda , o lado sergipano. A distancia física entre os dois polos turísticos não é grande, mas a distancia em desenvolvimento salta aos olhos. Do lado baiano, existem as mesmas exigências ambientais, mas o turismo cresce e se ampliam os equipamentos turísticos. 

Do lado sergipano, tudo continua proibido. Por força de exigências ditas legais, quem ali possuir uma casa e quiser mudar a fechadura, poderá ser alvo de processo, por transgressão às normas ambientais. 

Já foi feita a chamada regularização territorial, o que faltaria agora para reintroduzir a Praia do Saco no roteiro da modernidade adequada ao modelo ecológico? 

2) A bandeira de Sergipe na Itália 

Uma cena das comemorações neste fevereiro da vitória das tropas brasileiras em Monte Castello. O piloto de linhas internacionais da LATAM, o sergipano André Cabral, um dos integrantes mais destacados do grupo que se dedica a estudar a presença brasileira na Segunda Guerra,  foi juntar-se este ano, levando uma placa, aos prefeitos de duas cidades que sempre homenageiam os brasileiros que ali perderam a vida na luta contra a peste fascista. Havia na solenidade militares brasileiros representantes das três Forças. 


3) A desimpedida rota do sertão 

Se depender do representante do MP em Poço Redondo  o atento Promotor de Justiça Paulo Jose, em breve estará desimpedida a Rota do Sertão, o tormento para os turistas que saem de Aracaju em direção aos cânions de Xingó, e à Grota do Angico, em Canindé e Poço Redondo, e a Piranhas, na vizinha Alagoas. A retirada dos quebra-molas e instalação dos radares ficou inconclusa, e o problema permanece. 

4) O transbordo do lixo e a praia 

A Torre é uma empresa que tem cuidado bem da limpeza de Aracaju. Isso é um fato reconhecido pela população. Mas, recolher lixo de uma cidade e transportá-lo até os locais de triagem e reciclagem não é tarefa simples.  O transbordo, por uma questão de logística se faz necessário, mas o local escolhido para isso deve ser apropriado e fora de áreas residências, quando possível. 

Convenhamos, a Orla da Atalaia não seria local conveniente para o transbordo. Sempre ocorre derramamento de lixo e o local  é onde muitos passeiam até de pés descalços. Ali é uma praia. E isso é contaminante, da mesma forma o mau cheiro que exala, espalhando-se por áreas residenciais e frequentadas por turistas. Quando dirigente da EMSURB, o advogado Luiz Roberto, hoje Secretário de Estado dos Transportes, determinou que o transbordo fosse realizado em outro local, mas agora tudo retornou.


MAIS LIVROS MENOS ARMAS 



Lampião voltou a ficar na moda, desta vez transpondo o nordeste e ganhando notoriedade nacional com a vitória da escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, que exaltou seus feitos, tendo como figurante viva num dos carros alegóricos a filha dele  Expedita Ferreira, com mais de 90 anos.  

Este livro escrito pelo delegado aposentado e pesquisador do cangaço, Archimedes Marques é uma resposta em tom ríspido a um outro livro sobre aventuras jagunças, embora extremamente jocoso, escrito pelo juiz aposentado, advogado e pesquisador, Pedro Morais, que acaba de publicar também, um outro livro fruto de muitas pesquisas sobre Antônio Conselheiro, o líder do reduto resistente de Canudos, como disse Euclides a nossa Vendeia. O debate sobre Lampião partiu da “descoberta” feita por Pedro Morais de que Lampião era gay. Archimedes, neste livro, o contesta até raivoso, e proclama a macheza do cangaceiro.  E assim,  trava-se um duelo desimportante sobre a sexualidade de Lampião,  se era gay ou machão, coisa igualmente, sem a menor importância. 


Este livro, Os Partidos Políticos em Sergipe ( 1889 – 19640) é um dos frutos das extensas pesquisas históricas realizadas pelo escritor, professor , historiador e cientista politico Ibarê Dantas. Um pesquisador que relata com circunspecção os fatos, Ibarê se destaca pela seriedade absoluta nesse transito complexo pelas coisas sutis da politica sergipana. 


Este livro, Lourival Baptista – Pacificação e Desenvolvimento é uma biografia e homenagem feita pelo Tribunal de Contas de Sergipe na passagem dos seus cinquenta anos ao governador, Lourival Baptista, que o criou.  Uma iniciativa do conselheiro Carlos Pinna de Assis que na época presidia o TC. 

Lourival, uma figura icónica da politica sergipana, foi governador num dos mais tensos instantes do regime militar os anos iniciais do fero Ato Institucional nº 5. 

Governando por decreto, com a Assembleia Legislativa fechada, Lourival não perdeu as suas características de homem do diálogo e da pacificação. 

Em 1985 ele estaria ao lado dos que defendiam o retorno à plenitude democrática e apoiou Tancredo Neves. Neste livro, os seus autores contam  a vida de um homem, politico e cidadão, que  faz parte da história contemporânea  do nosso estado. 

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