Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa | Jornalista
O BRASIL PEGANDO FOGO DESDE O NORTE ATÉ O SUL
30/08/2024
O BRASIL PEGANDO FOGO DESDE O NORTE ATÉ O SUL

NESTE BLOG

1) O BRASIL PEGANDO FOGO DESDE O NORTE ATÉ O SUL

2) COMO FICA SERGIPE NAS QUESTÕES AMBIENTAIS

3) AS MEDALHAS SERGIPANAS EM DUAS “OLIMPÍADAS” DIFERENTES

4) ELON MUSK UM GANGSTER BOÇAL MAS MUITO PODEROSO

 

 

 

O BRASIL PEGANDO FOGO DESDE O NORTE ATÉ O SUL

A fumaça cobriu Brasilia, talvez seja uma metáfora do cinzento que lá existe.

 

 Faz algum tempo que  se ouvem essas vozes: o Brasil vai pegar fogo, o Brasil vai pegar fogo.......

Seriam vozes premonitórias ou vozes preconcebidas  de uma tragédia em processo de gestação?

Um cara “ terrivelmente” evangélico , ele é o pastor Silas Malafaia,  e vem repetindo isso há mais de um ano.

O que ele estaria exatamente querendo dizer, isso já é outra história.

Difícil fazer um  avaliação isenta, sobretudo asséptica, para não contaminar-se com o vírus devastador das teorias conspiratórias.

O fato, é que o Brasil está virando uma ciclópica fogueira, e tudo ocorre como se   houvesse um meticuloso planejamento.

São Paulo, a capital econômica, Brasília, a capital da Republica,  foram encobertas por uma fumaça escura,  as pessoas respiravam com dificuldade, a fuligem pegajosa cobria tudo.

Queimava a Amazônia, queimava o Pantanal, queimava o  Cerrado, queimavam os canaviais e pastos do oeste paulista.

 

No Acre, a capital, Rio Branco, que há menos de três meses estava inundada, agora, com dois meses sem chuva,  quase fica sem água para beber.

Descobre-se então, com perplexidade até, que a Amazonia não era aquela região com uma floresta imensa, onde uma gigantesca reserva de água seria eterna. Ao contrário, a Amazonia abriga um bioma fantástico, mas é frágil, pode desaparecer, se continuar sendo tão maltratado.

E se esta imensa cobertura florestal desaparecer, o que acontecerá com os bilhões de  toneladas que  os bilhões de árvores lançam na atmosfera e fazem os “rios aéreos” que se despejam sobre o centro- oeste, o sudeste, o sul, chegando até ao Uruguai e Argentina?

 

No norte africano, onde está aquele que é o maior deserto do mundo havia uma floresta tropical, tão gigantesca quanto a Amazônica, e desapareceu  completamente  numa das eras glaciais,  quando as mudanças geológicas levavam milhões de anos, e não havia ainda a interferência do “ bicho homem”.  O “ bicho “ devastador ainda nem colocara os pés na “ casa”  da qual se tornaria o maior inimigo. Tudo começou há uns 300 mil anos, quando o “ bicho” inquieto aprendeu a manipular o fogo. Mas a partir da Revolução Industrial há menos de 300 anos, o “ bicho” então dotado de muito conhecimento, passou a jogar na atmosfera bilhões e  bilhões de toneladas de carbono, o resultado do fogo que ele aprendera a acender, e então, fazia mover as máquinas, todas poluentes.

E isso é extremamente preocupante, porque o conflito ideológico que deteriora a harmonia social, impede  que se forme um mínimo de consenso.

Dessa forma, assistimos um responsável pela politica ambiental dizer numa reunião presidida pelo então presidente da República e com todos os seus ministros presentes, que “ era necessário passar a boiada”.  Ele queria dizer que a legislação ambiental deveria ser desmontada, que os órgãos fiscalizadores precisavam ter sua atuação reduzida. E verificou-se, depois, que ele próprio se envolvia com o contrabando de madeira.

 

 

Esse tipo de comportamento existe em grande parte da população brasileira. Dizer a alguns agricultores que a mata precisa ser conservada, o rio não pode ser  usado como se fosse um esgoto natural,  que a agricultura precisa abandonar o uso do fogo, pode ser entendido, até, como se fosse uma ofensa.

O agronegócio,  setor mais florescente da economia brasileira, vem surpreendendo com a sua adesão às práticas ecológicas.

Aqueles que fazem as fantásticas transformações no campo em vários pontos do país, começam a ser afetados com a mudança climática, e

têm consciência de que algo precisa ser urgentemente feito para  evitar o desastre.

O sistema poderoso do crime organizado  instalou-se também na  Amazonia,  financia o garimpo ilegal que envenena os rios.   Avançam  também sobre terras públicas ou reservas indígenas.  Suspeita-se que haja também   a mão criminosa do gangster Nicolai Maduro, agora ditador absoluto da Venezuela.

A Policia Federal tem destruído balsas de garimpeiros, eles operam clandestinamente para as organizações criminosas. Há poucos dias a PF prendeu um médico que fraudulentamente apossou-se de enormes extensões de terras na Amazonia, e ostentava um patrimônio  superior a meio bilhão de reais.

 

 

Um grupo expressivo de empresários, assina agora uma Carta, onde  é proposta uma ação conjunta, uma mobilização do país, para o enfrentamento das adversidades do clima, o  aquecimento global que a todos ameaça. Reconhecem que a questão não está afeta apenas aos governantes, e deve ser transformada num proposito que una a Nação.

Não é fácil convencer, há muita gente  insatisfeita, revoltada, por ter  sofrido prejuízo na sua atuação criminosa.

E esse tipo de gente também extremista , pode ter aderido  ao comportamento  dos que invadiram os prédios dos Três Poderes e destruíram instalações, obras de arte raras, que faziam parte do Patrimonio da República .

As suspeitas não são infundadas, e ganham mais consistência diante  de outros sinais perturbadores, como o que aconteceu na  quinta-feira, dia 29 de agosto, quando tráfego aéreo no aeroporto de Guarulhos foi interrompido. Havia uma interferência nas comunicações. A Força Aérea entrou em cena e localizou um equipamento nas imediações do aeroporto emitindo ondas que atrapalhavam a comunicação na área onde há as operações  sensíveis de pousos e decolagem. Atrapalha , e exige dos pilotos recorrerem a um sistema substituto. Os responsáveis pelo crime desapareceram com o aparelho clandestino de radiofrequencia, que poderia estar sendo transportado em um veículo.

Sem nenhum alarmismo, isso tudo é  assustador.

E em São Paulo foi preso o décimo bandido que estava pondo fogo nos canaviais. São pessoas pobres. É preciso saber, e também punir, duramente, aqueles que estavam pagando pelo serviço criminoso.

 

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COMO FICA SERGIPE NAS QUESTÕES AMBIENTAIS

Mitidieri preocupado para encontrar a forma de compatibilizar o interesse do meio ambiente com a licença para investimentos.

 

Sergipe, tão miúdo em território, não pode por isso ficar ausente do debate sobre as questões ambientais, que aqui, apesar da área inexpressiva que ocupamos, se agudizam, pelo fato de sermos um potencial produtor de muito gás e muito petróleo, e já termos, aqui, as marcas do período em que intensamente saía óleo e gás das nossas terras, e da plataforma marítima. Também, da Mina de Potássio de Taquari- Vassouras, em ambos os casos, com a existência de um passivo ambiental enorme.     

 O que deveríamos começar a fazer, agora, para nos adequarmos ecologicamente à era do gás e petróleo, que teremos aqui mais cedo ou mais tarde iniciada, com a produção em águas profundas.            

Trata-se de uma ilusão imaginar que os combustíveis fósseis desaparecerão de cena enquanto houver  jazidas a serem exploradas, e gerarem empregos e bilhões de dólares.

 A questão é  delicada e começa a preocupar o governador Mitidieri,  porque a nossa burocracia ambiental será desafiada a analisar novos projetos, e não perder o timing para fazer isso, sem derrapar no zelo com o meio ambiente.

Há um outro problema que diz respeito ao modo de agir dessas agencias ambientais, como é o caso da ADEMA. Concentram-se mais na fiscalização, o que é imprescindível, e deixam em segundo plano, talvez por carência de recursos,  o protagonismo que deveriam assumir, até como exemplo a ser transmitido  à sociedade.

Fazendo-se um retrospecto pelos últimos anos, observa-se que houve  na pauta ambiental   desafios, não na mesma dimensão dos que agora avultam.

Quando Secretários do Meio Ambiente, Márcio Macedo e  Genival Nunes, dois biólogos e ambientalistas, eles tiveram ao seu lado a plenitude do apoio da PETROBRAS, então comandada por Zé Eduardo, e mais disponibilidade de recursos.

Naquele tempo, foram transformadas em Florestas Federais, a Serra de Itabaiana, a  Ibura,  em Socorro, a Mata do Junco, em Capela. Genival criou uma Sala de Situação, moderna, dotada de equipamentos atualizados, e com isso tornou possível o acompanhamento full time, do que ocorria  nos nossos biomas,o  fogo, inclusive.

Foi criada, como resultado do empenho direto de Marcelo Deda a primeira reserva ambiental  no nordeste de grande extensão, a  Grota do Angico, - onde acabou-se o bando de Lampião – em Poço Redondo.

As circunstancias mudam, as vezes as situações até se invertem. Em tempo de vacas magras, de rigorosa contenção de despesas para equilibrar as finanças no governo de Belivaldo, houve a necessidade de ordenar recursos, destinados  ao estado, como compensação  pelo grupo da Termoéletrica  da Barra, cuja licença também foi complicada,  e o advogado Gilvan Dias dos Santos,  demonstrou muita habilidade para contornar obstáculos, e compatibilizar interesses.

É exatamente isso que  está preocupando agora o governador Mitidieri. E tudo se resume em compatibilizar interesses, do meio ambiente, que deve ser preservado, e de quem quer investir, montar empresas diversas, e com elas gerar emprego, pagar impostos, que até poderão ser utilizados como reforço às políticas  ambientais.

 

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AS MEDALHAS SERGIPANAS EM DUAS “OLIMPÍADAS” DIFERENTES

Duda, a sergipana com a medalha de ouro olimpica.

Thiago, sergipano, medalha de bronze no Saber

 

A medalha de ouro de Duda, foi a primeira conseguida por pessoa nascida em Sergipe.

Aconteceu na Olimpíada de Paris,  aquela que teve maior numero de assistentes espalhados pelo mundo, e aqui, fez vibrar intensamente a população de São Cristovão, acompanhando o jogo de vôlei de praia, disputadíssimo com a equipe campeã do Canadá. Era a menina criada naquela cidade histórica – ela nasceu em Aracaju _  que ali começou seus estudos, que ali começou a praticar o esporte que a consagraria mundialmente. Era a menina com a qual conviveram, e viram crescer, e viram subir ao pódio, no mais alto nível.

Existem as Olimpíadas enxergadas no mundo todo e que acontecem  a cada quatro anos. E aqui entre nós, brasileiros,  há outras “ olimpíadas”, da qual participam pessoas, “ atletas” do saber, disputando vagas no serviço público. E que milhares de famílias acompanham com muito interesse. São jovens, quase sempre, filhos, netos, sobrinhos, primos, parentes ou amigos que as acompanham, interessadas nos seus resultados.

Uma família sergipana  acompanhou entre tantas outras a “ olimpíada” patrocinada pela Câmara Federal,  com o objetivo de ampliar ou repor o seu grupo de Consultores  Jurídicos.

A família era a do advogado que se destaca nos foros sergipanos, e professor aposentado de Educação Física, Gustavo Laporte e sua esposa Sílvia, além de irmãos parentes e amigos.

O “ atleta “ do saber, era o filho Thiago.

Ele ocupava o cargo, também obtido através de outra “ olimpíada”, ou Concurso de Auditor Fiscal do Trabalho.

Agora, Thiago Laporte é Consultor Jurídico da Câmara Federal. Ele ganhou “ medalha de bronze”. Foi, entre centenas de concorrentes de todos os estados brasileiros, aprovado em terceiro lugar.

 

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ELON MUSK UM GANGSTER BOÇAL MAS MUITO PODEROSO

Elon Musk o arrogante boçal.   Alexandre de Morães e a necessidade do comedimento 

 

Não há duvidas de que o sujeito mais rico e individualmente também mais poderoso do planeta, Elon Musk, está determinado a humilhar o Brasil e a demolir nossas instituições. Ele é um militante ardoroso e desavergonhado da extrema direita, anárquicas e desumanas.

Homem que não cultiva valores, a não ser os  monetários, ele é frio, insensível , não respeita fronteiras, nem tem compromissos com a decência.

Não respeita sequer os seus próprios funcionários, tratados como se fossem simples  “ material de consumo”.

Mas está totalmente errado o Ministro Alexandre de Morais, quando mede forças, e tenta conter a arrogância de Musk, que se tornou agora o hermeneuta da nossa própria constituição, a brasileira, que ele agora interpreta à sua maneira.

Deveria, no caso, o ministro tão essencial no momento em que a nossa democracia foi afrontada, meditar melhor sobre as consequências, engavetar a vaidade e deixar ao pleno do STF a decisão.

Aliado de Donald Trump, Musk espera tornar-se mais poderoso ainda com a eleição do parceiro , ambos, no clube dos bilionários e ambos, igualmente extremistas e destituídos de conteúdo moral.

Sem dúvidas, os ministros do STF precisavam aplicar um freio em quem tão ostensivamente desrespeita as leis brasileiras.  Não apenas um só ministro do qual  Musk agora faz chacotas. Musk é dono da Starlink, dessa empresa,  dependem nossas comunicações com áreas na Aamazonia ou na ilha de Fernando de Noronha. Suspender a empresa,  caso ela não pague as dividas que o X, a plataforma criminosa de Musk, pode ter sido o inicio de um caminho tortuoso. Alexandre de Morais, precisa conter seus próprios ímpetos.

A extrema direita nacional já erigiu Elon Musk entre os seus ídolos. E aqui mesmo nos falta uma legislação sobre a atividades dessas plataformas bandidas, que o atual Congresso jamais irá produzir.

Musk é inimigo ferrenho de todas as democracias , e acumula problemas não só aqui, também os tem na França, na Inglaterra, na Alemanha, e mesmo nos Estados Unidos, por isso tanto se interessa pelo seu parceiro ou comparsa Donald Trump.

Mas o STF, o governo brasileiro precisam avaliar bem a situação e os problemas que o Musk poderá nos causar.

Talvez, antes, houvesse sido mais pragmático uma tentativa de aproximação com o magnata tão destemperado.

Temos sido tão moderados com outras figuras semelhantes, tais como Maduro, na Venezuela e déspotas arrogantes das arábias, dos quais necessitamos receber investimentos, e a eles vender.

Aqueles mesmos déspotas que costumam subornar, e com  as suas faiscantes pedras, seduziram um presidente e a sua esposa, aliás “terrivelmente” evangélica.

O mesmo  procedimento poderia ter sido adotado bem antes, com o dono do X e da Starlink, esta última que presta serviços a milhares de brasileiros e inclusive às Forças Armadas.

Temos as nossas vulnerabilidades e não podemos ignorá-las ao entrar numa batalha com  grave perigo de ser perdida.

Mesmo engolindo o fel amargo do que pode ser interpretado como omissão ou covardia.

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