Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
O bacalhau azedo de Michel Temer
31/03/2018
O bacalhau azedo de Michel Temer

O BACALHAU AZEDO DE MICHEL TEMER

          Azedou, antes mesmo da Páscoa, a bacalhoada do presidente Temer. A prisão dos seus amigos e parceiros, um deles há mais de 50 anos, o advogado José Yunes, é, com certeza, o resultado de provas já encontradas nos extratos das contas bancárias deles e do próprio presidente, que foram todas vasculhadas, minuciosamente, pela Polícia Federal.

          Essas ligações suspeitíssimas de Temer com negócios suspeitíssimos no porto de Santos são coisas antigas, muito bem conhecidas e que circulam tanto nas altas rodas políticas, como nos comentários sestrosos dos botequins frequentados pelo pessoal das docas. A velha estória é bem conhecida, contada e recontada em variadas versões. Chega-se a dizer, até, que a carreira política de Michel Temer é o resultado dos interesses de empresas, que lidam com o negócio rendoso dos armazéns de cargas no porto de Santos. Esses negócios, dizem, estão solidamente na base da carreira política do hoje presidente, antes sempre eleito deputado federal, nunca com votações expressivas.

PORTO DE SANTOS, SEGUNDO UMA DAS COMISSÕES DA ONU, A COMISSÃO ECONÔMICA PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE (CEPAL), É O PRIMEIRO NO RANKING DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGA EM CONTÊINERES DA AMÉRICA LATINA E CARIBE

          Quando Lula foi buscá-lo para que Temer se tornasse o vice de Dilma Roussef, ele conhecia, mais do que ninguém, o exato teor daquelas estórias, sabia, também, que a própria figura de Temer não era atrativa para o eleitor, mas Temer tinha a rara capacidade de juntar as facções do PMDB, o maior partido do Brasil, e de possuir uma das chaves que abrem, para alguns privilegiados, os acessos aos tão disputados dinheiros públicos e, também, às senhas para entrada no labirinto das relações cofres públicos – empresas privadas. Coisas que se configuram perfeitamente nas conversas palacianas noite a dentro ou em banquetes, também palacianos, com empresários como Joesley Batista e Marcelo Odebrecht. Se uma mala só, tendo 500 mil reais dentro, “não é prova de nada” na frase do ex-diretor da Polícia Federal e que lhe assegurou, na desgraça da queda vergonhosa, a compensação de um “dolce far niente” na embaixada romana, agora, o que se enxergaria claramente nos extratos bancários pesquisados pela Federal seria a fotografia sem retoques das “liassons dangereuses”, aqui, apenas parafraseando o romance de Duclos, traduzido ao pé da letra para o nosso português como ligações perigosas. O romance se desenrola em torno de relações amorosas, margeando o crime passional.

         No caso das ligações perigosas estabelecidas em torno dos negócios no porto de Santos, agora, com o coronel Lima preso, o advogado Yunes da mesma forma e, mais ainda, do ex-ministro Wagner Rossi e do empresário Celso Grecco, o dono da indigitada empresa portuária Rodrimar, as consequências estarão efetivamente listadas no texto do Código Penal. Quando elas forem reveladas, Temer poderá ter contra ele uma terceira investigação, que, dessa vez, não conseguirá sustar na Câmara dos Deputados.

          O Fora Temer, agora, não seria apenas um grito de revanchistas, mas uma ponderação sóbria e sensata a ser transmitida ao Presidente, do qual se espera que tenha ouvidos para ouvir o que dele pensam os brasileiros.


A INVESTIGAÇÃO DA OPERAÇÃO SKALA SE APROXIMA DO PRESIDENTE MICHEL TEMER

FOTO: Paulo Whitaker/REUTERS

 

RIO DE JANEIRO  BRASIL E AS ILUSÕES ARMADAS

          O mais abrangente, mais preciso e honesto relato do que foram os 21 anos do golpe-civil-militar de 1964, seus desdobramentos, suas origens e suas consequências não foi obra de um historiador nos moldes acadêmicos, mas de um jornalista que transitou com argúcia e credibilidade pelos dois campos antagônicos, buscando a versão, a verdade ou a farsa dos seus principais protagonistas. O autor da obra, Elio Gaspari, ouviu do lado vencedor desde os generais presidentes Ernesto Geisel e João Figueiredo, aos personagens de menor monta, aqueles que estiveram nos porões do aparelho repressor.    Do lado derrotado foram ouvidos os principais líderes e, ainda, os que remanesceram da fracassada aventura da guerrilha nas cidades e nas selvas, que aliás foram poucos. Aos episódios de confrontos violentos, Elio Gaspari dedicou um volume inteiro, a que deu o nome de As Ilusões Armadas. Era a crença que os dois lados tiveram na eficácia política e social dos gatilhos.

LIVROS DA SÉRIE DO JORNALISTA ELIO GASPARI SOBRE A DITADURA MILITAR, RELANÇADOS PELA EDITORA INTRÍNSECA EM 2014, VERSÃO REVISTA, AMPLIADA E MELHORADA.

          O que teria passado pela cabeça de jovens estudantes, a maior parte, de trabalhadores, uns poucos, de camponeses, menos ainda, de militares, um punhado, apenas; para deixarem as faculdades, as fábricas, os escritórios, a enxada, o quartel e caírem na clandestinidade da guerrilha urbana ou se embrenharem nas selvas, levados pela ilusão de que derrotariam o regime?

          Era o clima da época, consubstanciado na vitória dos guerrilheiros em Cuba, nas barricadas de Paris, aquele levante anárquico-libertário de onde alguns dos seus líderes,  como o alemão Cohn Bendit, saindo do tumulto sem resultados objetivos, começaram a teorizar, nos bistrôs da Rive Gauche, a revolução permanente, centrada na conclamação de Guevara, para que se criassem, pelo mundo, dez, cem, mil Vietnames.

          Acabaram-se as ilusões armadas nas florestas úmidas de Xambioá, onde algumas dezenas de guerrilheiros mal equipados, famintos, sucumbiram diante da força militar do regime, que não era apenas uma ilusão armada. Nas caatingas baianas, Lamarca, um desencaminhado capitão do exército, que se fez guerrilheiro, foi abatido junto com o único camponês que conseguira arregimentar para por em marcha o desatino da “revolução libertadora”


CARTAZ DE PROCURADOS PELA REPRESSÃO COM LAMARCA EM DESTAQUE.

          Dessas ilusões armadas, nos restaram episódios emblemáticos, a traduzir o equívoco dos instantes trágicos em que brasileiros se mataram entre si.

          Simbolizemos toda a insensatez em dois episódios: De um lado, o assassinato do soldado Mário Kozel Filho, um recruta, tinha 18 anos, era sentinela num quartel atacado pelos que, movidos pelas ilusões armadas, deram a si mesmos a missão de enfrentar o regime e, até, mudar o mundo.


         

ATENTADO NO QG DO EXÉRCITO MATA O RECRUTA MÁRIO KOZEL FILHO

          De outro lado, o massacre metódico e cruel do jovem Stuart Angel. Menino rico, estudante, um brasileiro com cidadania americana. Suspeito de atividades subversivas, numa época em que cantar música censurada poderia ser um grave indício de perigosa ameaça ao regime, ele foi levado à uma instalação da Marinha, amarrado numa viatura com o rosto junto ao cano de escape, arrastado pelo pátio do quartel, para confessar o que não sabia. E assim morreu.

REPORTAGEM DE HENRIQUE KOIFMAN NA REVISTA MANCHETE SOBRE A MORTE SUSPEITA DE ZUZU ANGEL, QUE CALOU SEU ANGUSTIADO PROTESTO PELO ASSASSINATO DE SEU FILHO, STUART EDGAR ANGEL JONES

          Tanto quem atirou cruelmente, no menino soldado, por vê-lo como “agente da ditadura”, como quem torturou, bestialmente, o menino “comunista”, acreditaria, certamente, que servia a uma causa justa, lutando contra uma ditadura ou prestando ao Estado brasileiro um indispensável serviço, para salvar a Nação do “perigo comunista”.

          Apertadas entre essas “firmes convicções”, dissolviam-se o humanismo e a razão.

          Há momentos em que é necessário refletir sobre o emprego das armas, e as ilusões decorrentes do seu uso.

          No Rio de Janeiro, com o açodamento como foi feita a intervenção meia-sola,  imaginou o presidente que a exibição de poder determinaria, de imediato, um refluxo da criminalidade. As forças armadas, o exército principalmente, não alimentaram a ilusão de que seria possível apresentar os resultados que Temer esperava exibir rápido para rechear sua pífia empadinha eleitoral.

          O comandante do exército, general Eduardo Vilas Boas, tem sido muito claro ao afirmar que o Rio e o Brasil estão a necessitar muito mais do que armas para vencer a calamidade da insegurança, a marcha ascensional da violência. E o primeiro requisito seria recuperar a dignidade das instituições, quase todas lançadas na lixeira do descrédito.

          Os militares, forçados pelas circunstâncias e pela obediência que demonstram ao preceito constitucional, estão a tocar em frente a missão quase impossível. E fazem isso, porque, com a responsabilidade que têm, não podem revelar à Nação que as forças armadas estão, agora, precariamente armadas. Sucessivos governos esqueceram-se delas, talvez por imaginarem que, se o tanque não tem combustível, os canhões não têm obuses, estariam livres de golpes. E agora se descuidam também da Polícia Federal. É fácil adivinhar porque. Note-se, que os golpes que ocorreram no país, foram sempre com civis batendo às portas dos quartéis.

          Mas o pior disso tudo, o mais contraditório, é que, nesse ambiente de deterioração do Estado, quase refém de um desafio armado que lhe faz o crime, a resposta, pelo menos inicial, terá de ser com o emprego intenso, todavia seletivo, das armas.

          E é preciso que não se sobreponham, outra vez, as ilusões armadas.

QUANTA FALTA NOS FAZ UM LÍDER DIGNO E PACIFICADOR

Sem a imensa força moral de um líder, que surgiu no instante em que a sensatez teria de ser a barreira contra a avalanche de ódio, a África do Sul não teria feito a transição pacífica do regime de supremacia branca, para uma sociedade plurirracial. Quando o obscurantista odiento, Peter Botha, deixou o governo debaixo de uma forte pressão internacional, para que acabasse o regime de segregação, o apartheid, surgiu o nome de um homem justo para comandar o país. Este homem foi Frederick de Klerc. O que ele fez? Mandou buscar, na cadeia onde se encontrava há trinta anos, o líder negro Nelson Mandela e com ele começou o diálogo, que parecia impossível. Os confrontos armados já se espalhavam pelo país e o futuro continha a promessa de um mar de sangue.

O resto da história é bem conhecido e mais conhecida é a associação, que hoje se faz, entre Mandela e o sentimento de paz e tolerância.

Mandela foi um homem providencial, um político que avançou entre obstáculos e circunstâncias adversas.

NELSON MANDELA E O ENTÃO PRESIDENTE DA ÁFRICA DO SUL, FREDERIK WILLEM DE KLERK, RECEBERAM JUNTOS O PRÊMIO NOBEL DA PAZ EM 1993.

FOTO: NTB/AP

          Esse tipo de ser humano não é fácil de achar ali na esquina.

          O Brasil está precisando, quase desesperadamente, de um político que tenha as qualidades humanas que podem ser resumidas no espírito da temperança, nos conceitos de autoridade e justiça, no senso arraigado da honestidade e na força benfazeja da liderança, voltada para pacificar, aglutinar e construir um projeto novo de país.

          Precisamos de uma liderança que se faça respeitada e se mantenha acima dos grupos que se antagonizam e agem como se fossem cães selvagens, preparados para uma carnificina. É preciso fazer com que todos comecem a enxergar o Brasil como uma terra onde poderá ser plantada a árvore simbólica da tolerância. Isso é possível fazer, sem que deteriore o conceito de autoridade, nem a força necessária do Estado tenha de amofinar-se diante dos que insistem em ser violentos.

          Primeiro, mataram a vereadora Marielle, o motorista Anderson. O crime toma conotações mais complexas por sinalizar um desafio às instituições, uma afronta à Nação.  Marielle representava a cidade do Rio de Janeiro na Câmara Municipal. Era uma liderança destacada, defendia ideias que, apesar de contrariarem certos grupos, expressavam o pensamento de uma parcela da população e a democracia não sobrevive sem que haja ideias diferentes e o pleno direito para que todos se manifestem.

          Nem seria preciso insistir nessa sede maior de justiça, porque ela era negra, era lésbica. Não se desenha a essência do ser humano com tintas diferentes que assinalem a sua cor, a sua opção sexual, as suas escolhas políticas.

          Agora, um ministro do Supremo Tribunal, revela que está ameaçado, tanto ele como a sua família. A marcha da insensatez vai ganhando espaços, é estimulada com a fúria espalhada nas redes sociais e a conivência de personagens que assumem a liderança de uma onda de intolerância e exibem fuzis, como instrumentos para a solução dos nossos gravíssimos problemas.

          Contra a caravana eleitoral do ex-presidente Lula são disparados tiros, grupos radicais se postam nas estradas para impedir a passagem dos ônibus e se tornam raivosamente agressivos.

MARCA DE TIRO NA LATARIA DO ÔNIBUS DA CARAVANA DO EX-PRESIDENTE LULA NO PARANÁ

FOTO: Marlene Bergamo/Folhapress

          Dirão muitos: O PT colhe o que plantou, quando separou os brasileiros gritando: “É nóis contra eles” e, assim, estimulou a divisão, alimentou a odiosidade política. Movimentos sociais invadiram propriedades, destruíram laboratórios de pesquisas, arrasaram plantações. Tudo isso é verdade e Lula disse, durante o equivocado episódio do impeachment, que iria recorrer ao “exército de Stédile”, uma frase calamitosamente absurda, ainda mais, sendo proferida por um homem que teve a grave responsabilidade de, duas vezes, governar o Brasil.

          Mas, a única solução para tudo isso somente será encontrada através da política e do protagonismo das instituições. A estrutura do Estado Democrático de Direito, que nos deu tanto trabalho para montar, terá de ser preservada, mesmo que, na presidência, esteja quem lá está. Mesmo que, no Supremo, ministros troquem xingamentos e, um outro, exibindo uma passagem aérea, diga que vai viajar, abandonando uma sessão importante, dando ao país a impressão de que ministros apenas fazem do STF uma espécie de “bico” para exibirem vaidades.

OS MINISTROS LUÍS ROBERTO BARROSO E GILMAR MENDES TROCAM INDIRETAS E ACUSAÇÕES DURANTE SESSÃO NO PLENÁRIO DO STF

          Essas graves patologias sociais que nos contaminam não serão curadas pelos grupos armados de paus e pedras, disparando armas de fogo pelas ruas e estradas. Nem os “médicos” para essas moléstias do nosso tempo seriam esses que conseguem atrair adeptos espalhando ódios e estimulando confrontos violentos entre brasileiros desesperançados.


 

UM PRAZO EXÍGUO PARA A FAFEN NÃO “HIBERNAR”

          De todo esse episódio desastroso da “hibernação” da FAFEN, resta-nos a boa constatação de que toda a classe política se uniu, para reivindicar, em conjunto, uma solução menos desastrosa do que o sucateamento anunciado a partir do mês de junho. Esse foi o prazo exíguo anunciado pela cúpula instalada na PETROBRAS, para que sumissem dos ativos da empresa, tanto a fábrica sergipana, como a baiana, localizada em Camaçari. Seria exatamente o fim de ativos, porque desativadas, sucateadas e lançadas ao lixo, não mais poderiam ser contabilizadas como patrimônio do complexo estatal. Não se contabiliza ferro velho.

          Esse modelo gerencial é algo novo, inteiramente inédito no país, onde todos os desmandos têm ocorrido nas estatais, sempre vulneráveis às interferências políticas e ao assalto dos quadrilheiros. O sucateamento, a transformação em ferro velho de indústrias que produziram, ano passado, quase dois milhões de toneladas de insumos, essenciais para a agricultura ou utilizados, amplamente, na indústria química e que continuam em operação é um procedimento tão calamitoso que chega a parecer algo como se fosse uma “pegadinha” de extremo mau gosto, cujo efeito, assustador, logo seria desfeito. Mas não, foi tudo real, tudo absurdamente verdadeiro.

          Diante dessa realidade nua e crua, a reação dos sergipanos e baianos foi rápida, incisiva e oportuna. Da sugestão conjunta dos governadores Jackson Barreto e Rui Costa, com respaldo pleno das bancadas federais, dos trabalhadores, das empresas e do empresariado dos dois estados, houve uma nova posição da PETROBRAS, agora, estendendo por mais 120 dias o pleno funcionamento da empresa, após a data marcada para a hibernação, o mês de junho. Com isso, haverá tempo para que se tente a negociação das duas com algum grupo ou grupos empresariais, que possam ter interesse pelo negócio.

FAFEN SE

          Dessa forma, melhor se constata, ainda, o equívoco, ou mesmo a intenção criminosa, contidos na forma como a PETROBRAS tratou do caso das FAFENs.

          Qualquer gestor, com um mínimo de competência, recomendaria que as empresas permanecessem funcionando plenamente, até que aparecesse algum comprador. Mas decidiram transformá-la em lixo inservível, certamente, depois, apareceria algum interessado para comprar as duas fábricas a preço de ferro velho.

          Pergunta-se: Por que o Ministério Público Federal não faz uma investigação sobre essa tramoia, quase explicita?

          Na Câmara Federal ou no Senado, algum representante sergipano ou baiano poderia propor a instalação de uma CPI no ramo de fertilizantes da PETROBRAS, embora sabendo-se que essas CPIs quase nunca vão além dos debates exibidos na TV.

 

SERÁ POSSIVEL VENDER AS FAFENs DE SERGIPE E BAHIA?

          Sergipe terá, dentro de no máximo cinco anos, uma produção de gás em grande escala. Teremos gás suficiente para suprir a demanda de muitas indústrias, entre elas a FAFEN. O problema é que o monopólio que a PETROBRAS exerce sobre a venda encarece demasiadamente o produto e torna as nossas fábricas incapazes de competir com o estrangeiro.  A competitividade, todavia, se estabelece com taxações sobre o fertilizante importado, além disso, as indústrias brasileiras não conseguem ir além de trinta por cento da nossa demanda. As misturadoras têm plena capacidade para suprir o mercado, o problema está, exatamente, em alguns dos insumos básicos, como a amônia e ureia, que derivam do gás natural, o produto que a PETROBRAS oferta com exclusividade.  Se a FAFEN da PETROBRAS, se torna pesada, não lucrativa, a culpa reside, exatamente, na própria petroleira estatal, que goza de privilégios inconcebíveis de monopólios, gerando distorções incuráveis no mercado.


URÉIA A GRANEL EM GALPÃO NA FÁBRICA DE FERTILIZANTES NITROGENADOS - FAFEN BA

          Esse seria um obstáculo para a entrada em cena da iniciativa privada. Poderão ser feitos alguns arranjos imediatos, provisórios, como redução de impostos e, nisso, os mais penalizados serão, como sempre, os estados e municípios, no caso específico, Sergipe, Laranjeiras, Bahia, Camaçari. No momento, porém, o essencial a fazer é garantir o funcionamento das empresas, para que outras soluções surjam ao longo do tempo. Há uma boa perspectiva a partir de 2020, quando entra em operação a Central Termoelétrica na Barra dos Coqueiros. A CELSE, Centrais Elétricas de Sergipe, tem um contrato de vinte e cinco anos com o Qatar, para fornecimento de gás. O produto transportado em navios até Sergipe, ficará armazenando num enorme barco, que tem capacidade para suprir com o gás várias outras indústrias. O preço é altamente competitivo e, se a PETROBRAS não criar obstáculos ou um outro marco regulatório for aplicado, então, as FAFENs conseguiriam reduzir, consideravelmente, o seu custo de produção. Logo depois, haverá o gás saído da plataforma marítima sergipana e tudo se facilitaria ainda mais.

          Arranjos podem ser feitos, o essencial é que se concretizem e se transformem em projetos a serem apresentados a possíveis compradores. Tanto os governos de Sergipe como da Bahia já começam a preparar as alternativas para a privatização e os contatos por aqui, mesmo antes, já estavam sendo feitos com um grupo empresarial que teria manifestado interesse na FAFEN.


 

PÃO DE AÇUCAR 50 GRAUS

          O desembargador aposentado Netônio Machado é um dos exemplares cidadãos que o município alagoano de Pão de Açúcar liberou para virem viver em Sergipe. Na mesa de Procurador Geral do Município que agora ocupa, na administração de outro pão-açucarense, Edvaldo Nogueira, Netônio tem no celular e mostra a alguns amigos, a foto de um termômetro na sua terra assinalando 50 graus.

          Com esses picos de temperatura antes não alcançados, o desembargador diz estar convencido de que o aquecimento global não é apenas uma distração de cientistas sem muito o que fazer.

          Se essa alta temperatura foi registrada no local onde existia a exuberante floresta de cedros, a Mata de Tibirí, já se sabe quem foi o culpado. O sergipano Edvan Amorim foi condenado pela Justiça alagoana por ter desmatado, usando tratores, a última reserva florestal na margem direita do São Francisco, formada, na sua maioria, por centenárias árvores de cedros vermelhos, cada vez mais rara, cedrela fissilis, que formava, exatamente,  a mata do Tibirí.

CEDRO VERMELHO (CEDRELA FISSILIS)

 

UFA, POR FIM O DINHEIRO SAI

          Tudo faz crer, se contratempos não ocorrerem logo após a Páscoa, que o governador Jackson Barreto, nos últimos dias do seu mandato, tendo em vista a desincompatibilização no dia 7 para concorrer ao Senado, poderá ir rapidamente à Brasília assinar o contrato com a Caixa Econômica para o financiamento de mais de quinhentos milhões, que Sergipe receberá, basicamente, para ampliar e recuperar o seu sistema viário. Esses recursos crescem de importância porque irão gerar emprego, neste estado, um dos mais duramente atingidos pela crise e, agora, ameaçado de perder uma parte do seu parque industrial a duras penas construído, caso a FAFEN venha a ser fechada, e, em consequência,  ameaçada toda uma cadeia produtiva que depende dos insumos por ela produzidos.

 

CAMBRIDGE DESTACA A UNIT

          O reitor da UNIT, professor Uchoa, tem, sobre sua mesa, um volume em capa dura e primorosa impressão que recebeu de Cambridge, a multissecular e conceituada universidade inglesa. No livro, onde são listadas Universidades regionais bem avaliadas pelos rigorosos critérios de um ícone acadêmico britânico, consta a UNIT. A sergipana é listada entre universidades regionais que geram efeitos inovadores em escala nacional e internacional.

REITOR DA UNIT JOUBERTO UCHÔA DE MENDONÇA

 

A CALÇADA DO AEROPORTO

          É por infindáveis razões que a todos os instantes são expostas, que se formam os argumentos contra as estatais, cada vez mais aceitos pela opinião pública. O descuido da Infraero no aeroporto de Aracaju fica bem evidente pelo desmazelo existente em relação ao muro e a calçada, extensos, que seguem ao longo da avenida Heráclito Rolemberg. Numa extensão aproximada de dois quilômetros, não há calçada e o muro, que faz a segurança da pista de operações, está em lastimável estado. Para cadeirantes não existe a menor possibilidade para transitarem margeando a avenida. De um lado, o do aeroporto, inexiste pavimentação e a calçada é interrompida por enormes postes da rede elétrica nela fincados. Pelo canteiro central, existe a pista dos ciclistas e, no lado oposto, a calçada é irregular. A Infraero, a ANAC, ou seja lá o que for, são entidades que tanto arrecadam e às quais não devem faltar recursos. Construir e adequar uma calçada, não seria algo além das suas possibilidades. Mas, parece ser, sem dúvida, um cuidado que não consta das agendas desmazeladas de estatais deterioradas pelos vícios.

AEROPORTO SANTA MARIA

 

O PROINVEST DE DÉDA E O QUE EXPLICA JACKSON

          Explicando melhor uma declaração feita a respeito do uso de recursos do PROIVEST para pagar salários durante o governo de Marcelo Déda, Jackson diz ter-se referido a uma manobra da Secretaria da Fazenda, num instante em que teriam de ser encontradas fórmulas para o pagamento da folha de pessoal, enquanto a arrecadação caía, em consequência da crise já instalada no país. O que quis pôr em evidência, foram os problemas que se acumulam há algum tempo e que se agravam na medida em que obrigações específicas crescem e acontecem inesperados cortes de recursos federais, no momento exato em que se tenta assegurar o necessário para a folha de pagamentos.

Jackson diz que ninguém mais do que ele tem homenageado a memória de Déda e acaba de inaugurar o Memorial Marcelo Déda, além de ter com ele dividido, de certa forma, a responsabilidade de administrar o estado, como vice, que assumiu tantas vezes durante os períodos de hospitalização do ex-governador. JB diz que lamenta a exploração que foi feita, ainda mais pelos laços de amizade que o ligam à família de Marcelo Déda.


VAI CONTINUAR ASSIM?

 

O BANESE OS DIVIDENDOS E A RESPONSABILIDADE SOCIAL

          Os acionistas devem estar muito agradecidos, os cofres do estado alimentados também, com dividendos pagos pelo BANESE. Foi o resultado lucrativo do ano que passou, mais de noventa milhões de reais. É coisa pequena, sem dúvidas, o BANESE é o Banco do Estado de Sergipe e é pequeno mesmo, mas um dos poucos que sobraram da onda privatista da era FHC. E tem a boa característica de ser rentável, um local seguro onde aplicar e ter a certeza de receber os resultados.  Mas, o melhor de tudo isso, é que o pequeno banco sergipano dá um exemplo de responsabilidade social a tantas empresas estatais grandes, ou enormes, como é o caso da PETROBRAS, que deixou correr a irresponsável decisão de fechar as fábricas de fertilizantes nitrogenados de Sergipe e da Bahia. O BANESE gera lucros, alegra os acionistas e não deixa de investir em projetos sociais.


AGÊNCIA DO BANESE GOVERNADOR MARCELO DÉDA, NO BAIRRO SANTA MARIA

FOTO: André Moreira/Portal da Prefeitura de Aracaju

 

PEDRO BARRETO UM HOMEM DE  FIBRA

          O desembargador Pedro Barreto de Andrade foi um homem que marcou o seu tempo pela firmeza de caráter e a fibra revelada nos instantes mais difíceis. Quando a política sergipana descambava para a violência, na década dos cinquenta, era preciso ter coragem pessoal para enfrentar circunstâncias perigosas. Pedro Barreto, um jurista, advogado conceituado nos foros sergipanos, se punha quase sempre à frente das empreitadas mais difíceis. É bom lembrar que naquele tempo Sergipe era infestado de pistoleiros profissionais e de policiais pistoleiros, que se punham a serviço dos poderosos comandantes da pistolagem. Fazer política tornava-se uma atividade cheia de riscos. Pedro Barreto, sergipano nascido em Simão Dias, voltou a morar na sua terra, fixando residência em Aracaju, pouco depois de formar-se na Universidade do Rio de Janeiro. Logo foi eleito deputado estadual e se fez um líder, uma voz respeitada, tanto quando estava no governo, como, principalmente, na oposição. O Dr. Pedro era sensato, arguto, correto e se fazia conselheiro nos momentos tensos de incertezas, dúvidas e receios, coisas que ele ajudava a dissipar.

          Tornou-se desembargador, ocupando a vaga de advogado e, no Poder Judiciário, sua liderança era inconteste. Aposentou-se e foi nomeado Secretário de Segurança, retornou à política, mas não foi bem sucedido na tentativa de eleger-se, mais uma vez, deputado.

          Pedro casou-se no Rio com Dolinha, ela separada e com dois filhos, Mário, e Roberto, já falecidos. Os dois enteados eram crianças, Pedro os criou como filhos e eles o amavam como a um pai. Com dona Dolinha, Pedro teve três filhos, Pedrito, advogado e jornalista, Hierania e Sérgio.

          Pedro morreu aos 66 anos, em 1984. Nesse mês de março, dia 23, faria cem anos.

          Nessa segunda-feira, dia 2, a Assembleia Legislativa fará a Pedro Barreto uma homenagem. O presidente da Assembleia, Luciano Bispo, e a Academia Sergipana de Letras, pelo seu presidente, Anderson Nascimento, estão convidando para a sessão solene, que será no plenário do Legislativo, às 17 horas.

   

DR. PEDRO BARRETO DE ANDRADE

FOTOS: Arquivos da família

 

A EMBRAER POSTA A VENDA E A BOEING BEM PROTEGIDA

          Aqui no Brasil a EMBRAER está sendo posta à venda e, quase com certeza, será vendida e comprada pela americana Boeing. A empresa, hoje, é privada, mas o governo federal, através de uma ação especial, a “golden share”, detém a última palavra sobre decisões estratégicas. Todavia, existem sérias suspeitas de que a ideia da venda teria partido de um importante gabinete no palácio do Planalto, aquele, ocupado pelo manhosíssimo ministro Moreira Franco. Ele já comandou a aviação civil brasileira, conhece muito bem o negócio, tem a exata noção da importância da EMBRAER e do que ela representaria, neste momento, para a Boeing, concorrente da Air Bus e já enxergando a invasão do mercado aeronáutico, hoje restrito, por um novo e ousado protagonista, o colosso chinês. Moreira teria iniciado as conversas e a Boeing logo entusiasmou-se com a compra, bem recebida pela cúpula da EMBRAER e dos seus acionistas maiores, onde se encontram donos de grandes empresas da mídia nacional. Daí porque a venda recebeu editoriais unânimes de exaltação à ideia. A resistência surgiu no âmbito das forças armadas. A EMBRAER é a única empresa nacional que avança na tecnologia da defesa e toca projetos ligados à segurança, entre eles, os caças suecos Gripen e de componentes essenciais para o submarino atômico, além da capacidade de avanços na tecnologia espacial e produção de mísseis de última geração. A Força Aérea, principalmente, opôs sérias objeções e a coisa refluiu, ou melhor, ganhou tempo.

          Esta semana, no curso das retaliações entre a Inglaterra e a Rússia, por causa do envenenamento de um ex-espião russo em Londres, os Estados Unidos, tendo aderido às sanções contra o país de Putin, anunciou que estava fechando um consulado russo na cidade de Seattle. Motivo: o consulado ficava bem próximo de uma fábrica da Boeing e de uma base da marinha de guerra.

          Lá eles se protegem, aqui, nós entregamos o ouro.

          É a nossa vocação para ser colônia, alimentada por uma parte da elite, sempre disposta a se vender por dez dinheiros.

JATO DA EMBRAER

FOTO: Antônio Milena/Agência Brasil

 

JOÃO FONTES E O TERROR DENTRO DA SUA MORADA

          O ex-deputado João Fontes é um permanente cliente das redes sociais. Alimenta um debate político, externa opiniões, enfim, faz um ativismo cibernético. Com isso, até revela, agora, que é candidato ao Senado. Em consequência desse protagonismo midiático, ele é chamado com frequência pelas mídias tradicionais e, assim, está sempre colocando o seu nome em foco.

          Nessa sexta-feira santa, contudo, ele surgiu na internet para contar o terror que viveu sob a arma de bandidos que invadiram a sua casa na Atalaia para roubar. Ameniza o efeito do trauma, lembrando que nem a sua esposa, nem a sua filha foram desrespeitadas pelos assaltantes. E ele, no bojo do episódio terrível que conta, deixa, como é o seu estilo, uma denúncia, que  deveria ser  preocupação do nosso Judiciário, do próprio Conselho Nacional de Justiça. Narra João Fontes que a PM chegou rápido, em cinco minutos e, em menos de duas horas, localizou o carro roubado da sua garagem. Estava abandonado no bairro América. E aí, ele faz a revelação do que um delegado seu amigo, Abelardo Inácio, um nome respeitado, lhe disse sobre o bandido assaltante, que matou, cruel e covardemente, o jovem empresário Igor, na porta do bar que ele acabara de inaugurar e já era sucesso na Atalaia, pois então, esse indivíduo já está soltinho e cometendo novos crimes nos arredores do mesmo lugar onde, faz pouco mais de um ano, matou para roubar e confessou o que fez. A casa de João Fontes fica naquela região.

          Assim, com essas condescendências (ou seriam licenciosidades judiciais?), fica difícil diminuir a insegurança.

EX-DEPUTADO E CANDIDATO AO SENADO JOÃO FONTES

A LEMBRANÇA DE UM DESATINO FELIZMENTE NÃO CONSUMADO

          Marcélio Bonfim ainda conserva o hábito de telefonar para amigos no dia 31 de março. É para lembrar do desatino que ele e mais quatro jovens quase chegaram a cometer, logo depois que começou a rebelião militar que derrubou o governo João Goulart e deu início ao regime autoritário que duraria 21 anos, ou melhor, apenas uns 15, porque, quando o general Figueiredo assumiu, o Ato Institucional nº 5 já fora revogado pelo general presidente Geisel, veio a anistia, os partidos foram legalizados e quase já existia um clima democrático.

          Marcélio recorda o episódio da tentativa de detonar uma torre de transmissão da CHESF. Seria um ato, hoje, classificado como terrorista, para deixar, na noite de primeiro de abril, a cidade no escuro e facilitar a fuga de militantes, que estavam cercados por tropas do 28 º BC no edifício da estação de trens da finada Leste Brasileiro. Descobriu-se, no instante de provocar a explosão, que ninguém sabia acionar o sistema para fazer detonar a dinamite. E, felizmente, tudo acabou, apenas, com o registro de um assalto armado ao depósito onde estavam os explosivos. Absoluto segredo mantido entre os cinco desajuizados, depois, quase todos presos, mas sem relação com a tentativa frustrada. Passou o tempo, o grupo se foi reduzindo e, hoje, Marcélio telefona apenas para o outro sobrevivente que restou. A conversa transcorre entre dois idosos, sem arrependimentos, mas, conscientes dos equívocos, dos extremos a que chegou o país naquela ocasião, por ausência de um exato entendimento da realidade geopolítica vivida pelo mundo, naquele período tenso da guerra fria. Sobrevive, após os desatinos juvenis, a crença firme de que, fora da democracia, não há solução e que a justiça social não se consegue consolidar com armas, nem revoluções, apenas, com a persistência na ideia de que é possível um mundo menos desigual, um mundo menos desumano, menos destruidor de si mesmo.

          Marcélio, o velho lutador, que andou pela União Soviética estudando na Universidade dos Povos Patrice Lumumba, admite que o socialismo real era um fascismo de esquerda. Em Moscou, não foi treinado para ser guerrilheiro, lá, isso não existia, a União Soviética não estava interessada em fazer revoluções na América Latina. Uma só Cuba já lhe saia muito caro. Marcélio foi vereador valoroso de Aracaju, candidato de protesto ao governo do estado e é hoje um quase ermitão, que vive cercado de netos num sítio que possui em São Cristóvão. Tem preocupações com o meio ambiente, pensa em manter intocadas as matas ainda existentes no município, na conservação de rios e nascentes e se diz entusiasmado com o novo prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana. Vivendo pelos arredores da Jabotiana há mais de dez anos, Marcélio, pela primeira vez, está vendo, agora, estradas vicinais sendo conservadas.  Marcélio pretende conseguir que a casa onde viveu e morreu o prefeito de Aracaju, José Conrado de Araújo, que fica nas proximidades do seu sítio, seja transformada num memorial e, para isso, tem muitas ideias na cabeça.


MARCÉLIO BOMFIM

De 1964 até agora, 2018, já se vão 54 anos. O Muro de Berlim caiu, a União Soviética acabou, a China tornou-se o segundo maior país capitalista do mundo, Fidel Castro já morreu e por aqui ainda se formam grupos de extrema direita, sob o pretexto de que é preciso esmagar os comunistas. Só falta agora aparecerem, nos muros, as frases que o pessoal do MAC, (Movimento Anticomunista) e TFP (Tradição Família e Propriedade) pichava nos muros das cidades: “Salve o Brasil, Mate um Comunista Por Dia”, “Já Matou Seu Comunista Hoje?”.

A estupidez desafia o tempo. Mas para alguns, deve render resultados.

 

CONVITES


 


 

NAS REDES SOCIAIS

POSTADO POR AILTON ROCHA:

XI ENREHSE – ENCONTRO DE RECURSOS HÍDRICOS EM SERGIPE (Soluções Naturais para Água).

 

Com satisfação informo que foi consolidada a programação do XI ENREHSE – ENCONTRO DE RECURSOS HÍDRICOS EM SERGIPE.

02 e 05/04/2018 - Minicursos.

03 a 05/04/2018 - Palestras e Apresentação de Trabalhos.

06/04/2018 - Visita técnica a Barragem do rio Poxim.

Dos 97 trabalhos inscritos, 89 foram aprovados pela comissão técnica-científica, que terão 10 minutos para apresentação sem perguntas e já são cerca de 300 inscritos no evento.

O encontro pretende reunir profissionais e estudantes de várias áreas do conhecimento relacionadas ao estudo da água para apresentar as mais recentes experiências na forma de trabalhos técnicos, minicursos e palestras, como meio de difusão do conhecimento para preservação e conservação desse bem público que é a água.

Sejam Bem Vindos ao XI ENREHSE. 

Para maiores informações consulte:   www.semarh.se.gov.br

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