EM BUSCA DA LEI QUE A PRINCESA IZABEL ASSINOU
Já se foram tantos anos desde aquela lei que acabou a ignomínia da escravatura no Brasil. O Imperador Pedro II estava em mais uma das suas vilegiaturas pelo mundo e a filha, Princesa Izabel, o substituía no trono.
Ao assinar a Lei Áurea, a princesa regente do Império do Brasil ignorou as caras enfezadas da maioria dos ministros e do baronato que frequentava a Corte. Os barões do café já sabiam o que significava produtividade e haviam descoberto a vantagem da mão de obra assalariada. Antes que os negros cativos debandassem após a abolição, já importavam os braços livres de trabalhadores empobrecidos, vindos, principalmente, de pequenos principados, ducados, repúblicas e reinos, que formavam a colcha de retalhos do que seriam depois a Alemanha e Itália unificadas.
Os europeus emigrados traziam dos seus países de origem, apesar de famintos, a tradição de séculos cultivando a terra, a experiência, a técnica que foram adquirindo e transformaram em conhecimento que utilizavam na nova pátria que os acolhia. Eram disciplinados e também industriosos e aí começou a crescer aquele sentimento discriminatório voltado contra os africanos, que vieram amontoados nos porões fétidos dos navios negreiros e, aqui, nas senzalas, dormiam acorrentados.
Até hoje há quem veja a raça negra como um bando de preguiçosos e indolentes, ou, até, quem avalie o peso de negros gordos em arrobas, medida que se usa para animais. Isso, espantosamente, foi dito por um candidato à presidência da república de um país como o nosso, de maioria afrodescendente, e o seu vice seguiu o mesmo discurso.
Tanto o capitão, como o general que o acompanha na chapa, que se define como “profissional da violência” e o filho do capitão o chama de “faca na caveira”, foram desrespeitosos, demonstraram preconceito e sentimentos racistas.
Essa aversão a raça negra, essa inconformidade com a nossa população majoritariamente mestiça, que é sentimento predominante numa pequena, todavia poderosa, parcela da elite branca, irrigou o disfarçado racismo, que sempre teve como modelo ideal de gente aqueles tipos humanos de cabelos lisos e olhos azuis.
Vivemos tempos difíceis e complexos, onde a sociedade frustrada por tantos desenganos, sem conseguir visualizar com precisão as causas fundamentais das nossas desditas, deixa escorrer, como se fossem gritos de salvação, as cargas dos preconceitos, até agora contidos por vergonha, ou obediência à algumas normas de convivência seguidas com visível desgosto.
É preciso, urgentemente, que afixemos a Lei Áurea em todos os prédios públicos, que se distribua essa lei nas escolas, para que se saiba, definitivamente, ter sido abolida a escravidão no Brasil e, então, passemos a entender que não há mais espaço para a senzala. Se quisermos ser vistos aos olhos do mundo como um povo civilizado, teremos de deter essa onda de nazismo que percorre o país.
A cena de uma juíza branca mandando prender e algemar uma advogada negra nos leva a suspeitar que, na cabeça de magistrados assim, andam tendo aceitação as ideias daquele infame personagem de bigodinho e rosto feroz, que chamava de untermensch (criatura sub - humana) a todos os que não pertencessem à raça superior de brancos puros, os arianos, um privilégio exclusivo dos alemães.
E o que teria feito a advogada de pele escura?
Nada mais do que defender as prerrogativas dos advogados, que devem ter trânsito livre nos tribunais, também completo no exercício da sua profissão e não podem ser barrados por juízes ou promotores.
Se uma advogada branca, loira, houvesse feito o mesmo que fez a digna, corajosa e altiva advogada negra, a juíza teria adotado o mesmo procedimento, bárbaro, absurdo indigno e repugnante?
Somos um país onde quase setenta por cento da população é formada por negros e mulatos, mas no judiciário só 18% dos juízes são negros ou mulatos.
Faz seis meses, foi assassinada, estupidamente, a vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro. Era negra, lésbica e lutava pela cidadania, pelo respeito aos favelados, aos pobres, às minorias, fazia também, paralelamente, campanhas pelas famílias dos policiais assassinados. No Rio, sob intervenção militar na segurança, até agora não foram localizados os autores e mandantes do crime e há um silêncio decepcionante pairando entre as autoridades. Marielle foi vítima de uma suja campanha de desqualificação moral, como se ela fosse a assassina, ou merecesse ser assassinada.
Essa, infelizmente, desgraçadamente, é a lógica de um tempo de desatinos, quando a razão some e a arrogância autoritária se exibe como modelo de salvação.
A GASOLINA JÁ PASSOU DOS CINCO, DÓLAR CHEGA PERTO
Enquanto a autoridade de Temer se dissolve numa nova investigação da PF, que comprova a sua condição de quadrilheiro chefe, a economia dá preocupantes sinais de que a frágil recuperação perde força no clima de incertezas e o país pode afundar mais, chegando à recessão.
Com 13 milhões de desempregados, mais de sessenta milhões de insolventes, com os nomes no SPC e mais de 15 milhões vivendo de bicos, entre eles os que “trabalham” para o tráfico, chegamos quase à metade da população brasileira vegetando à margem do mercado de trabalho. E a gasolina vai competindo com o dólar nessa disparada de efeitos colaterais, enquanto as panelas permanecem vazias e silenciosas.
Nesse clima estranho, opressivo e até amedrontador, alguma coisa acontece. E, assim, o dólar e a gasolina nesses patamares assustadores, terminarão com seus efeitos minimizados pelos desvios que o povo brasileiro sempre encontra para driblar crises.
Só mesmo um país com tanta potencialidade como o Brasil; só mesmo um povo engenhoso, resistente, como são os brasileiros, poderia afastar a ideia de um apocalipse próximo, situação extrema que nos vaticinou o influente jornal francês Le Monde. Essa previsão não se transformará em realidade, desde que saibamos também nos livrar dos contágios das soluções extremistas, estas sim, os mais curtos caminhos para o apocalipse da razão, que só acontece quando o diálogo se torna inútil e, sem ele, se perdem as possibilidades do presente e as alternativas para o futuro.
Pedro Malan, o ex-ministro da fazenda de Fernando Henrique, gestor bem sucedido do Plano Real, escreveu no seu último livro: “A História se faz com o infindável diálogo entre o presente e o futuro”.
Na disparada do dólar e dos combustíveis surge o resultado do diálogo interrompido entre o governo arrogante e a Nação anestesiada, sem diálogo com o presente, muito menos com o futuro.
Foi essa desmontagem da interação governo-povo, que tornou possível a um Pedro Parente reduzir a capacidade produtiva da PETROBRÁS, paradoxalmente transformando-a numa empresa geradora de atrativos dividendos. Não há segredos. Parente, com a dolarização dos preços, fez da PETROBRÁS uma máquina de sugar dinheiro, empobrecendo o país e engordando o seu caixa, em benefício dos acionistas, clientes do próprio Parente. E essa extorsão permanece.
O CANDIDATO VALADARES FILHO E ALGUNS DESATINOS
Na Academia Sergipana de Letras repercutiu, pessimamente, a atitude do candidato Valadares Filho, recorrendo à justiça eleitoral, com a denúncia de que se armara, entre a Academia e o governador Belivaldo, um cenário, aproveitado pelo governo, para auferir benefícios eleitorais.
Querer envolver a Academia na disputa que travam os Valadares candidatos com o governador também candidato, pareceu um despropósito que denotava ausência de apreço à Academia e à intelectualidade sergipana, ao mesmo tempo, um gesto de nervosa imaturidade.
O presidente da ASL, Anderson Nascimento, formou um grupo de acadêmicos para uma visita ao governador Belivaldo, a fim de tratar de assuntos do interesse da Academia, como a prometida construção de um elevador no prédio pertencente à Secretaria da Educação, que a Academia ocupa. Tratou-se disso e somente disso, além de algumas amenidades, sem nenhum teor político, até porque a comitiva era numerosa (9 academicos) e, entre eles, deveria haver alguns propensos a votar no filho e. talvez até. no pai.
Explicar-se-ia essa sofreguidão do candidato Valadares Filho como resultante da síndrome de duas derrotas sucessivas quando candidato a prefeito de Aracaju, a última com apoio dos Amorim e do deputado André Moura, quando foi vencido por Edvaldo; da vez anterior com apoio de Déda, Jackson, Belivaldo e Edvaldo, quando perdeu para João Alves.
Isso talvez ajude a compreender essa preocupação exagerada com inimagináveis episódios que possam causar-lhe a perda de votos, como acreditou, absurdamente, ter acontecido naquele diálogo dos acadêmicos com o governador Belivaldo. Da mesma forma se explicaria a promessa que está fazendo, entre tantas outras, de que, no primeiro mês de governo, se vier a ser eleito, janeiro de 2019, pagará, dentro do mês, os salários de todos os servidores.
Valadares Filho tem a radiografia completa das finanças de Sergipe, sabe que nas datas de 30 ou 31 dos meses sai o pagamento de quem ganha até três mil reais, mais de setenta por cento dos servidores, e no dia 12 são pagos os que ganham maiores salários e que isso é resultante do cronograma dos repasses que o governo federal realiza, as transferências constitucionais, sempre com a preocupação de manter reservas, porque há inesperadas variações no valor dos repasses.
Ele não desconhece o tamanho da crise ampliada neste governo Temer, que ele fez surgir, junto com o pai, desde que votaram a favor do impeachment, sendo, até meses antes, aliados de Lula e Dilma, e receberam, em troca do apoio ao impeachment, importantes postos federais, entre eles a disputada CODEVASF, cuja diretoria indicaram, bem como todos os outros cargos disponíveis.
Mas desistiram de Temer, em virtude da disputa que perderam para o deputado André Moura em relação ao prestígio junto ao ocupante do Planalto. André, como se sabe, é líder de Temer no Congresso e não facilitaria as coisas para os Valadares pai e filho.
Nessa sofreguidão de candidato, depois de duas derrotas, o que agora mais preocupa Valadares Filho é juntarem o seu nome ao do presidente Temer. Na Justiça eleitoral, já venceu a primeira batalha, com a proibição nas inserções de Belivaldo, onde havia a alusão ao pai e filho como sendo “a turma de Temer”. É a pura verdade, eles não são mais da turma de Temer. Já foram.
E então, preventivamente, o senador Valadares já posta nas redes sociais a advertência de que irão começar as mentiras contra eles e culpa o “bruxo do mal”, o competentíssimo marqueteiro Carlos Cauê, que, segundo o senador, vai começar a exercitar as suas artes diabólicas.
É a primeira vez numa campanha em Sergipe que um candidato resolve brigar, diretamente, com o marqueteiro do outro.
Assim, quem poderia ameaçar a candidatura do jovem, que se apresenta como novidade, mudança e transformação, seria a sua própria biografia política, suas próprias circunstâncias, jamais a Academia Sergipana de Letras.
VALADARES FILHO EM OUTROS TEMPOS
TIA RUTH E SUA OBRA SOLIDÁRIA
Quando no futuro for registrado como se cuidava dos pacientes oncológicos em Sergipe, das crianças com câncer, dos pobres afetados pelo câncer, surgirá o nome da Tia Ruth como a pessoa que foi muito além do que fazem os que simplesmente reclamam e procuram identificar culpados.
Tia Ruth tinha a consciência límpida de que a responsabilidade diante de fatos que constrangem, que causam dor e sofrimento, deve sempre ser compartilhada com toda a sociedade. Entendia que a falta de ação, a ausência de protagonismo de indivíduos ou grupos sociais, eram omissões intoleráveis, que deveriam ser combatidas através de exemplos, capazes de demonstrar que a solidariedade é possível e é sentimento que existe, precisando ser despertado.
E o que ela fez durante quase toda a sua vida foi uma cruzada em busca da solidariedade. Sacrificou-se nesse intento que a dominava, às vezes até abatia, mas encontrava uma inspiração para não se deixar dominar pelo desanimo. Tia Ruth conseguiu fazer da sua existência um permanente exemplo de que é possível sentir o sofrimento de cada individuo como se fosse uma dor coletiva, que coletivamente teria de ser amenizada e vencida.
Para fazer o que imaginava, ela criou uma instituição, que cedo se tornou referência: a AVOSOS, que cuida de quem tem câncer, principalmente crianças. Criou um ambiente propício, para se contrapor à desesperança e gerar a resistência psicológica ao mal, e fez uma rede de interação com as clínicas estatais e particulares especializadas.
Tia Rute morreu de câncer aos 89 anos e deu exemplos de como a ele se pode resistir, ou chegar ao fim com dignidade. A AVOSOS tem mais de 150 voluntários, tornou-se uma iniciativa coletiva, sob o comando, agora, de um devotado ao que faz, Wilson Melo. Nela, Tia Rute permanecerá como inspiração intensa de coragem, denodo e virtudes.
TIA RUTH, UM EXEMPLO DE VIDA
QUE BELEZA DE DIREITA E QUE PAÍS EXEMPLAR
TORONTO, CIDADE DO CANADÁ, EXEMPLO DE CIVILIZAÇÃO
Direita que se comporta como direita, sem extremismos e efetivamente civilizada, pode ser encontrada na província de Ontário, no enorme, gelado e civilizadíssimo Canadá. Num país assim, os extremismos não proliferam.
Uma população de apenas 36 milhões de pessoas está espalhada pelas partes menos geladas do gigantesco território. Não há pobreza, todos vivem muito bem, desfrutam do perfeito Welfare State, o sonho social de um governo que, através de impostos bem direcionados, oriundos de uma economia de mercado, faz a melhor distribuição possível da riqueza, atendendo às necessidades fundamentais da população: educação e saúde de alta qualidade, segurança quase perfeita e emprego assegurado, com o Estado também exercendo uma supervisão disciplinadora sobre o andar da economia, que não se limita ao papel de um Banco Central, vai mais longe, traçando prioridades, evitando excessos, cuidando do meio ambiente e formatando uma política indutora do pleno emprego.
O Canadá seria um paraíso nesse planeta tumultuado? Não exatamente, mas é um bom lugar para se viver.
E num país com essas características, o extremismo não ganha espaço, não conturba as mentes, não desperta ódios. É fato, no Canadá existem pequenos grupos de neonazistas. São agressivos, xenófobos, racistas, também homofóbicos. Mas a enorme maioria não está nem aí para eles. São vistos como um pessoal inadaptado à civilização, excêntricos perigosos, mas que a democracia os tolera e, até, os protege, para que digam o que quiserem, desde que respeitem as leis.
Assim, no Canadá há um modelo de sociedade que deveria ser o ideal em todos os países do mundo, com o convívio, sem violências nem intolerâncias, de todas as tendências político-ideológicas, esquerda, centro e direita. E no poder se faz o rodízio sem tumúltos, sem riscos institucionais, com a eleição tranquila de qualquer um dos representantes dessas tendências.
No Ontário, uma das dez enormes províncias em que se divide o país, foi eleito um Premier (governador) de direita, é do Partido Conservador. Os liberais, de centro-esquerda foram derrotados depois de 15 anos no poder. A direita assumiu civilizada, a esquerda civilizada lhe transmitiu o poder, mas Doug Ford, o vitorioso, não chegou exibindo fuzis, levando ao lado “um profissional da violência”, nem falou em autoritarismos, intervenções militares, não ofendeu minorias, nem fez apologia da tortura como instrumento do Estado.
Doug Ford é um populista, uma das suas primeiras medidas foi revogar o decreto de 2008 do ex-Premier, que estabelecia o preço mínimo para a cerveja em um dólar e vinte e cinco centavos, isso, para conter os excessos alcóolicos, um dos problemas sociais do país. Com a cerveja a um dólar, Doug Ford rapidamente tornou-se um ídolo dos pinguços.
Uma curiosidade: Doug é irmão do ex-prefeito de Toronto, Rob Ford, do mesmo partido conservador de direita, mas foi flagrado fumando crack. Rob instituiu na cidade o dia de Bob Marley, 6 de fevereiro, aniversário do jamaicano famoso, e apareceu num vídeo que correu mundo, dançando, meio doidão, um dos sucessos da música caribenha de Marley.
Esse cenário, de um país que poderíamos ter como exemplo a seguir, é pintado com encanto e realismo por um sergipano, Atus Martins. Aliás, um baiano, mas que aqui formou-se em jornalismo na UNIT e foi fazer mestrado na terra vasta, que fez parte, como colônia, do global império britânico e, hoje, integra a Commonwealth, tendo Elizabeth como rainha, decorativa, é verdade.
Atus, casado com a professora sergipana Ana Silvia Moreira Costa, forma um dos inúmeros casais de estrangeiros bem próximos de receber a cidadania canadense. Ele é destacado funcionário do Centenium College, uma universidade estatal da Província de Ontário, com sede em Toronto. Ela faz parte da equipe de direção de um, entre centenas de bancos que existem no Canadá, onde não se permite o cartel financeiro.
Atus tornou-se um globe-troter, viaja pelo mundo “vendendo” a Universidade para os interessados num dos cursos de graduação e pós-graduação que o Centenium College oferece com um selo de excelência. Esteve em Aracaju, vindo de países africanos, e lá fez bons contatos.
Por aqui, só nos resta a esperança de que, com um novo governo comandado por um líder qualificado que se faça estadista para governar para todos e formatar um projeto de Brasil moderno, democrático e sem ódios, possamos, com o potencial que temos, imitar o virtuoso Canadá.
ATUS E SILVIA, O JOVEM CASAL DE BRASILEIROS QUASE CANADENSES
POLÊMICO EX-PREFEITO DE TORONTO, ROB FORD, DANÇANDO “ONE LOVE” DE BOB MARLEY
TUDO AQUILO QUE SE PODE FAZER COM O COCO VERDE
Aqui, temos insistido na ideia de que o coco verde terá de ser integralmente aproveitado, sem o enorme e ambientalmente nocivo desperdício do principal do coco, que é a estrutura fibrosa do fruto, o que resta após o aproveitamento único da água ou, ocasionalmente, da polpa deliciosa, e vai gerar as quase duzentas toneladas de bagaço, que a Prefeitura coleta todas as semanas, num sacrificado trabalho dos garis, que recolhem o que está acumulado em pesados tonéis, nas centenas de pontos de venda espalhados pela cidade.
Muito do que resta é jogado também nos nossos canais, no sistema de esgotos. A ideia seria, a partir do trabalho já elaborado na EMSURB por iniciativa do presidente, advogado Luiz Roberto Santana, despertar, em algum empresário, o interesse de montar uma fábrica para triturar a casca e produzir adubo ou componente para rações animais.
Temos recebido diversas manifestações sobre o tema aqui tratado e uma delas chegou de um ex-aluno da escola Técnica Agrícola Benjamin Constant. O técnico agrícola Felino Bomfim, de uma numerosa família que vive em Canindé, filho do tabelião Bomfim, figura sempre lembrada na região, é agora também professor de História e lembra do que se fazia naquela escola modelo, quando lá estudou na década dos anos oitenta.
Ele aprendia como plantar uma horta e usava-se, naquele tempo, exatamente a fibra do coco, adubo e matéria orgânica para conservar a umidade da terra. Bomfinzinho recorda que o adubo do coco fazia as verduras viçosas e era usado intensamente.
Ele concorda com a ideia de dar um melhor aproveitamento ao coco desperdiçado.
Aqui, insinuamos um novo aproveitamento que poderia agregar mais valor ainda ao produto. Seria o uso da polpa pra fazer cocada branca e, sobretudo a baba-de-moça, uma iguaria rara, que poderia, sendo industrializada, alcançar um preço atraente. Seria preciso uma boa organização para recolher o coco nos postos de venda, cuja água for utilizada para o engarrafamento. Excluindo-se aqueles em que as pessoas beberam a água com canudinhos, por uma questão de higiene, evidentemente. Tudo dependeria de organização.
DO COCO TUDO SE PRODUZ E TUDO SE GANHA
ANDRÉ E ROGÉRIO EM CAMPANHAS PRÓPRIAS
Os candidatos ao Senado que se opõem, André Moura e Rogério Carvalho se identificam em um comportamento. Estão, os dois, fazendo campanhas próprias, descolados tanto dos outros candidatos dos seus partidos, no caso de André, Heleno Silva, no caso de Rogério, Jackson Barreto, e também dos seus candidatos a governador, André de Eduardo Amorim e Rogerio de Belivaldo Chagas.
Fazem as suas próprias carreatas, os seus comícios, as suas manifestações públicas e, raramente, são vistos juntos com os cabeças de chapa e os outros companheiros em disputa pelo Senado.
Na sexta-feira à tarde, André montou um espetaculoso ato de campanha na AEASE. Vieram do interior mais de cinquenta ônibus e houve farta distribuição de camisas. Em tudo, só aparecia o candidato André, nada de Amorim, muito menos de Heleno, que já trata do seu próprio caminho, longe de André, sem muita proximidade com Amorim.
Ou seja, é o salve-se quem puder e quem tiver meios suficientes para correr em faixa própria.
Já o senador Valadares, candidato à reeleição, e o deputado Valadares candidato ao governo, estes dois não se separam. Afinal, são pai e filho.
ANDRÉ MOURA E ROGÉRIO CARVALHO CORRENDO EM FAIXA PRÓPRIA
Foto: César de Oliveira