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DO PALÁCIO DA “ VACA MIJONA “
À CAMPEÃ DO LEITE SERTANEJA
TÓPICOS:
1) Donald Trump e as prostitutas
2) Um político na Maçonaria
3) Três governadores trocam figurinhas
4) A Forneria número três
DO “ PALÁCIO DA VACA MIJONA “
À CAMPEÃ DO LEITE SERTANEJA
Corria o ano de 1952 quando, em Sergipe, iniciaram-se as obras do Parque de Exposições Agamenon Magalhães. O governador do estado era Arnaldo Rollemberg Garcêz, que vencera a eleição derrotando Leandro Maciel pela escassa cifra de 27 votos. Atravessou, por isso, todo o seu mandato esforçando-se para tornar ainda mais lenta a Justiça, que “ hesitava” em julgar recurso da UDN, o partido do candidato derrotado, solicitando a recontagem dos votos.
Arnaldo, que não completara 35 anos até a data da eleição, conseguiu o registro da candidatura sob a alegação de que antes da posse já teria completada a idade mínima exigida para exercer o cargo, e isso motivou outras ações judiciais.
Assim, o governo do jovem oriundo de uma família tradicional e abastada de senhores de engenho de Itaporanga D` Ajuda, foi marcado pela incerteza e ameaças de cassação brusca do mandato. Como decorrência dessa situação anômala de instabilidade política, as disputas se acirravam, e no “ andar de baixo”, onde a pistola e a faca eram os argumentos finais e resolutivos, o clima se tornava cada vez mais pesado.
Arnaldo, todavia, era um cidadão muito tranquilo, e tentou, aliás com êxito, livrar a ação administrativa dos entreveros partidários . Cercou-se de intelectuais , de técnicos, e fez um quadriênio de bons resultados.
Construiu o primeiro conjunto residencial popular de Aracaju, e ao lado um Parque de Exposições Agropecuária, dando aos dois o nome de Agamenon Magalhães, um destacado político pernambucano, Ministro da Agricultura de Getúlio Vargas, que falecera no ano anterior.
A mordacidade critica de Aracaju, criou em torno de Arnaldo Garcez uma fartura de situações hilariantes. Uma delas, que ele pela sua pouca idade ainda mijava na cama, e o renomado engenheiro Fernando Porto, que aliás fazia parte do governo, criara para o governador um colchão especial, assim evitando seus deslocamentos ao sanitário.
Ao ser inaugurado, o Parque de Exposições logo recebeu o nome jocoso de Palácio das Vacas. O médico e intelectual Garcia Moreno, francófilo, e sempre finamente irônico, sugeriu para o refugio das vacas, um nome “afrancesado e elegante “ e apareceu na sorveteria Chic com a denominação complicada, que ninguém entendeu: Palais des vaches qui pissent. Chegou o poliglota professor Portugal e logo traduziu: Palacio das vacas mijonas . Tornou-se popular o nome Palácio das Vacas, e nele Sergipe começou a mostrar com destaque maior o plantel de zebuínos, formado exclusivamente pelo indú- brasil, aquele gado de “ orelha grande “ que era a moda rendosa entre os pecuaristas sergipanos, começando a ocupar um espaço considerável na nossa capengante economia. Hoje, o nelore tomou todos os espaços. Do indú-brasil só há um selecionador, Roberto Gois, que se dedica aquela raça para manter uma tradição de família.
A pecuária leiteira, antes incipiente, era dependente, atrelada aos descaminhos, às idas e vindas da CSL, a Cooperativa Sergipana de Laticínios, uma estatal depois privatizada e que nunca deu certo, e assim a atividade leiteira foi um tipo de negócio sem perspectivas, enquanto o mercado estadual se tornava dominado pelos produtos vindos de outros estados .
Houve profundas transformações, num processo onde não faltaram esforços, persistência e criatividade. Quase tudo resultante da iniciativa privada, à qual se foi juntando o poder público através do crédito, da infraestrutura, da oferta de tecnologia.
Nesse sábado, primeiro de abril, encerrava-se em Santa Rosa do Ermírio a Festa dos Amigos do Leite. Em instalações improvisadas, sob enormes tendas, aconteceram os torneios de leite, as exposições, o leilão final.
No outrora acanhado povoado que era quase um valhacouto de pistoleiros, desenvolveu-se o negócio que se tornou promissor , e hoje o líder de crescimento em Sergipe. Dalí, num cálculo feito pelo professor e pecuarista Oldair, um dos organizadores do evento, saem diariamente mais de duzentos e cinquenta mil litros de leite. A estrada asfaltada construída pelo governador Marcelo Déda, é o principal marco da presença do governo. Antes, quando chovia , o transito dos caminhões pelos lamaçais era quase impossível.
No governo de Belivaldo foi lançado um programa de melhoramento genético do rebanho, voltado para os pequenos produtores. Deu bons resultados, e foi iniciada a construção de um parque de exposições. Desta vez, não haverá ironias, nem duvidas sobre a necessidade da construção. As vacas sertanejas merecem mesmo um “ palácio , “ onde possam ser expostas, comercializadas, e exibirem sua capacidade produtiva. Algumas, que já vivem em instalações sofisticadas, chegam a bater recordes, tal qual a vencedora da competição a super vaca Olímpia FIV, uma vigorosa Girolanda, filha do reprodutor Teatro, um touro Gir, com o crédito de façanhas comprovadas pelas suas filhas campeãs.
A recordista produziu a impressionante cifra de 84 quilos de leite, média obtida em três ordenhas, diárias.
A Festa dos Amigos do Leite reuniu a nata dos pecuaristas, enriquecidos com a atividade leiteira, o que se pode constatar pelo volume dos lances vencedores. Um destaque a ser observado: entre eles, alguns egressos do MST, que ocuparam e tornaram produtiva as terras da Barra da Onça.
Numa movimentada mesa onde estavam o governador Fábio Mitidieri, o ex- governador Belivaldo Chagas, o ex-deputado Jorge Araujo, o Secretário da Agricultura, Zeca Silva, encontrava-se também Zé do Poço, o maior produtor de leite de Sergipe que ascendeu do nada possuir, até a capacidade de investimento que demonstra, acompanhando a evolução das tecnologias, também o ex-prefeito de Poço Redondo o advogado Junior Chagas, o médico e produtor rural Jose Hamilton Maciel; numa outra mesa, adiante, o ex-deputado André Moura, liderando um grupo de políticos e pecuaristas.
Espalhada por dezenas de mesas muita gente que faz, ou acompanha o negócio do leite em ritmo de rápida expansão, todos, esperando no próximo evento estarem melhor abrigados nas instalações de um bem construído Parque de Exposições.
Entre eles, também, o entusiasmo com a certeza de que será construída a Adutora do Leite, a ter o inicio da obra anunciado ainda neste semestre pelo governador Mitidieri. Um nome lembrado como exemplo de político voltado para projetos efetivamente importantes, foi o do senador Alessandro Vieira, que destinou para a Adutora, uma emenda de pouco mais de quarenta milhões. E entre os produtores em Santa Rosa do Ermírio a disposição de, havendo água, duplicarem a produção atual.
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TÓPICOS:
1) Donald Trump e as prostitutas
Um extremista, Donald Trump , começou nessa terça-feira a frequentar tribunais, sob a acusação de mais de trinta crimes. A conferir, a partir de agora, se, entre a massa igualmente extremista da direita americana Trump ganhará ou perderá força. Quase com certeza na sua turma não perderá nada, resta verificar o que ocorrerá entre a maioria silenciosa, sempre a maior força politica dos Estados Unidos. As acusações são deprimentes, e revelam a mixórdia do ex- presidente, na proximidade com o lenocínio, entre outras cois
2)Um político na Maçonaria
O Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil Múcio Bonifácio veio a Aracaju receber , na Assembleia Legislativa, o título de Cidadão Sergipano. A iniciativa foi do deputado Luciano Pimentel. Todas as Lojas Maçônicas sergipanas estavam representadas, num plenário aliás onde de deputado só havia o próprio autor da propositura, que, inclusive, presidiu os trabalhos.Depois, à noite, houve uma sessão solene na Loja Maçônica Cotinguiba, onde o grão mestre Mucio Bonifacio fez a entrega ao venerável Orlando Mendonça de uma distinção que somente Lojas com a história que tem a Cotinguiba recebem. O deputado Luciano Pimentel foi homenageado pelo mundo maçônico sergipano, pelas atitudes que tem tomado como parlamentar, destacando a atividade maçônica, e criando o Dia Estadual da Maçonaria.Como demonstração pública de reconhecimento, a maçonaria através do Grão mestre do Grande Oriente Sergipano, Clairton de Santana fez, informalmente, ao deputado Pimentel um convite para que viesse a integrar a maçonaria , tendo o venerável Orlando Mendonça sugerido que ele se filiasse à mais antiga Loja de Sergipe.
3)Três ex-governadores trocam figurinhas
Uma oportunidade para uma troca de experiencias e uma passagem pela atualidade politica sergipana e brasileira, foi o almoço que mensalmente o ex-governador do Amapá Gilton Garcia oferece reunindo amigos no Tio Armênio em torno do ex-governador Albano Franco. Belivaldo integrava o trio. Presente o Procurador aposentado Moacyr Mota, lembrou que na condição de Secretário da Justiça e Segurança do Amapá, nas ausências de Gilton assumia o governo transitório, que transformava o Território em Estado da Federação brasileira . Uma preocupação que todos externaram foi sobre o clima de exacerbação extremista que persiste no Brasil, desta vez, revelado pelas agressões verbais e quase físicas, que sofreram num restaurante de Brasília o vice -presidente Geraldo Alckmin e o Ministro do Supremo Tribunal Alexandre de Morais. O respeito à pessoa humana, as noções básicas de democracia e civilidade, parece que estão sendo perdidos, neste clima selvagem de violência e intolerância, inaugurado no Brasil pelo obscurantismo anacrônico de um presidente contaminado pela truculência fascista.
4) A Forneria número três
Com a sua terceira edição inaugurada na Farolândia , a delicatessen Forneria se transforma, efetivamente, numa rede aracajuana de qualidade compatível com as mais modernas e acolhedoras congêneres europeias . Os sócios, Haroldo Souza e Zezinho Faro, como sempre em circuladas pela França, Itália e adjacências, aprimoram e atualizam as artes gastronômicas.Dando o suporte essencial à Rede Forneria os patissiers Silvio, sergipano, e os italianos Genaro e Francesco.