Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
DIÁLOGOS SEM FUTURO
19/01/2023
DIÁLOGOS SEM FUTURO

Não adianta teorizar sobre a miséria, o essencial é traçar e cumprir metas. Tarefa para o Estado e a Sociedade. Criança nas ruas é prova de fracasso coletivo.

Primeira cena: 
Um automóvel se detém diante de um semáforo exibindo a luz vermelha. Na avenida Paulo Barreto, aquela hora da tarde de um  dia de sexta-feira, o transito é intenso.

Carregando uma criança que aparenta uns dois anos, e tem uma expressão assustada, um homem, ágil nos movimentos, voz artificial, logo seguida de choro, repete que precisa comprar leite para o menino, e é repelido por sucessivos motoristas aos quais faz o apelo. Ele apressa os passos em direção ao último dos veículos. O motorista, que observava a cena, já o recebe de vidro abaixado e com uma nota na mão para atende-lo, apesar de saber que os golpes existem, mas a miséria é inegável. Ao homem que suplica, lhe faz então uma enxurrada de perguntas diante da exiguidade de tempo: Esse menino é seu? Onde você mora? Está desempregado? Solicitou bolsa família? Aquela moça sentada ali sobre o canteiro é a mãe da criança? Você sempre leva a criança assim, exposta, debaixo desse sol forte? Por que  ela não fica junto da mãe?

E o homem que provoca piedade, pela criança que carrega, responde com a mesma celeridade: Estou desempregado, procuro trabalho e não acho. Não consegui o auxílio. Aquela mulher ali é minha esposa, não deixo o menino com ela porque “ele não larga de mim”. 

Recebe a esmola e sai rapidamente, tentando livrar-se dos veículos que já se movimentam. 

Segunda cena:
Um carro chega a um bomba para abastecer, num daqueles postos de gasolina na saída da BR-101, após o posto da Policia Rodoviária Federal. Contrariando o bombeiro que o adverte, um menino, aparentando uns 14 anos, aproxima-se do veículo onde estão dois passageiros. Quase gaguejando, ele pede: “me dê uma nica, quero voltar pra casa”.

Um dos passageiros pergunta: aonde você mora? E vem a resposta: na Terra Dura.

E o diálogo ganha corpo com a mesma bateria de perguntas: Você tem casa, tem pai, mãe? Eles sabem que você está na rua a essa hora? (eram quase 11 horas da noite) você está na Escola?

E saem as respostas, com o menino ainda escandindo as palavras: eu tenho pai e mãe, eles me mandam pedir dinheiro, porque estão desempregados. Nisso, é interrompido: Eles recebem o auxilio do governo? Não moço, eles não recebem nada. E eu tenho três irmãos que estão também com fome.

A pergunta é repetida:
- Você está na escola estudando?
- Em que ano?
- Eu estou no quarto ano.
- Você sabe ler?
- Não.
- Nada?
- Nada
- Sabe fazer conta?
- Só de diminuir.
- Quanto é dois menos dois?
- Sei não.
- Vamos fazer uma soma, assim com os dedos, (e mostra dois dedos em cada mão) quanto é dois mais dois?

O menino pensa, pensa, e responde: cinco. Depois, ao receber algum dinheiro, ele confessa:
-Tem muito tempo que eu não vou na Escola. E vai saindo como se estivesse esgueirando-se, em direção ao outro carro próximo, de onde é logo repelido antes de pedir a esmola.

Esta semana, um enfatuado esnobe, com cara de nojo de tudo em volta, era entrevistado num desses espaços facistoides, que se multiplicam nas redes sociais. Tratava-se de Dom João de Orleans e Bragança, intitulado príncipe herdeiro, da presunção de um Trono brasileiro, que, entende, ter-lhe  sido usurpado pela República.

Ele é deputado federal, eleito pelos círculos mais obscurantistas da sociedade paulista, e faz propaganda de um projeto de nova Constituição que teria apresentado na Câmara.

A sua “Carta Magna” revogaria todas as conquistas sociais, insertas na Constituição de 1988, a qual ele acusa de emparedar o país, e de ter submetido o povo brasileiro a uma tirania, que, segundo acrescentou: “ameaça o nosso bem estar, o conforto que desfrutamos”.

Em suma, a sua “Carta” tem como objetivo eliminar o Estado brasileiro, e deixar nas mãos de uma aristocracia plutocrata o comando completo do país, “sem esse desconforto de eleições, que se repetem de dois em dois anos", ele explica.

Se, por acaso, o entrevistador que parecia domesticado, ou até fascinado com “Sua Alteza, o Príncipe herdeiro", houvesse quebrado a monotonia da fala real e lhe perguntado: Nessa sociedade que o senhor preconiza na sua “Constituição,” o que fazer com crianças abandonadas nas ruas, sem escola, sem comida?

Ele, quase com certeza responderia:
- Isso é problema dos pais deles, que não aproveitam a graça da vida que Deus lhes deu, e se tornaram parasitas e inúteis.

Mesmo à luz da Constituição de 1988, nós, a nossa sociedade, permanecemos indiferentes, ou não conseguimos enxergar o que significa, para o futuro deste país, a existência de pessoas esmolando pelas ruas, ou, o mais grave ainda: meninas e meninos abandonados e esfomeados, fora da Escola.  

Não se imagine que essa calamidade seja um insolúvel problema.

Óbvio, não se poderá eliminar em pouco tempo o profundo fosso da desigualdade brasileira, a maior do mundo, mas, ficar a esperar que ela desapareça, via desenvolvimento econômico (sem dúvida a solução definitiva) seria algo como uma sugestão permanente à indolência, ou  à insensibilidade.

Faz mais de sessenta anos, uma entidade criada pela Diocese de Aracaju, o SAME, Serviço de Assistência à Mendicância, inspirado pelo Bispo Dom Jose Thomaz, fez com que desaparecessem, quase por completo das nossas ruas, os que precisavam esmolar para sobreviver. Aracaju, era uma pobre e acanhada cidade, mas, conseguiu realizar a façanha. Hoje, somos uma metrópole, os problemas sociais mais amplos, todavia, os meios para repetir o que antes fizera o SAME são agora imensamente maiores. 

Quanto aos menores abandonados, e à proteção maior que antes receberam, vale lembrar o trabalho ingente desenvolvido por dois Magistrados. Isso, até não faz tanto tempo, porque o Juiz Jose Rivaldo dos Santos, desfruta da sua aposentadoria, e o Juiz, hoje Desembargador, Ricardo Múcio Santana de Abreu e Lima, deve assumir, em breve, a presidência do Poder Judiciário sergipano. Tanto um como o outro costumavam varar as noites metidos numa Kombi, com uma equipe mínima, e saiam, como se estivessem fazendo uma busca ativa de menores vegetando ao desamparo das ruas.  

Sem uma mobilização de toda a sociedade, operando ao lado dos poderes; sem uma amálgama forte, unindo no mesmo propósito governo central, estados e municípios; sem a participação de todos esses entes, solidários e unidos; pouco adianta esperar que ações isoladas possam acabar a fome, e conferir dignidade ao povo brasileiro. A espera, seria, apenas, uma prorrogação da catástrofe social que nos cerca.

Mas, é preciso alimentar a esperança de que uma grande maioria dos brasileiros seja capaz de exercer, na prática, aquilo que se chama solidariedade, ou o dever imperioso de construir, com ações diversas e criativas um país sem a mancha da miséria imensa, hoje, quase naturalizada, como se fosse inescapável fatalidade. 

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RELÓGIO PARADO, O TUMULTO E O MITO


Este relógio passou, atravessou a História. Um Rei, depois enforcado, o francês Luiz XVI, com ele presenteia uma rainha portuguesa louca, Maria I. Vem ao Brasil, trazido pelo Príncipe Regente, dom João VI. Aqui fica, e é visto por dois Imperadores, Pedro l e Pedro II. Depois, a República o herda, e foi visto por todos os presidentes, até ser jogado ao chão por um bandido, que se diz "patriota".

Presume-se, com muita lógica e razão que a popularidade de um governante aumente, na mesma proporção em que ele concretiza obras, se mostra capaz de enfrentar problemas, demonstra empenho e eficiência, sobretudo, transmite a sensação de que ocupa integralmente o tempo do seu mandato, trabalhando para alcançar importantes objetivos, entre eles, o pleno entendimento entre os Poderes, a “felicidade geral da Nação", como lembrou Dom Pedro I.

Presume-se, também, com lógica e razão que um governante, mostrando-se relapso, desatento, agressivo, desrespeitador, e a todo o momento destilando ódio e gerando conflitos e inquietações, logo viesse a descambar aos níveis mais baixos de aprovação e apoio popular.

No caso brasileiro presumiu-se erradamente que o ex-presidente Bolsonaro não teria a menor possibilidade de manter elevada a sua popularidade, e ser competitivo na disputa pela reeleição.

Não importa a evidência de que Bolsonaro usou desbragadamente a máquina do governo, dissipando recursos, financiando uma virulenta campanha de mentiras, ofensas, promovendo a demolição de reputações, e disseminando o discurso de odiosidades. Nada disso afetou a “adoração ao mito”.  Por muito pouco ele não conquistou um novo mandato.

Mesmo com a irrefutável evidência de que o governo do mito foi um desastre de ineficiência e desleixo, comprovando-se isto pela ausência de ações concretas e positivas, em diversas áreas, ele permaneceu ouvindo os gritos: mito, mito. Vamos nos referir apenas a Sergipe. Qual a obra aqui iniciada e concluída nos quatro anos do “mito"? Qual a obra antes em andamento, que nesses quatro anos foi terminada e inaugurada?

A incúria e a desfaçatez juntas, chegam a ser alarmantes. Passou-se a ideia de que esses últimos quatro anos foram marcados por grandes realizações, obras portentosas, milhares de obras paradas sendo retomadas. 

Onde estão?

Em Sergipe, fizeram menos de vinte quilômetros de asfalto na BR-101, há quase trinta anos sendo duplicada. Veio o presidente, mito, veio ministro, festejando a conclusão próxima da rodovia por onde passa uma boa parte do “sangue” da economia nordestina. Não passaram do limitado trecho, e hoje a buraqueira é imensa. Pintaram a duplicação da ponte sobre o São Francisco - Propriá – Colégio e veio para a “inauguração" da obra o próprio mito.

Não falou uma só palavra sobre a região sanfranciscana, seus problemas, suas agonias, mas, recomendou a compra de armas para a proteção da “família cristã" e da “nossa liberdade”. E ouviu: mito, mito, mito.

Já estava pronto o Terminal de Pesca de Aracaju. Faltava receber algum recurso para os equipamentos. O governo federal nunca os enviou. Toda a atividade pesqueira continua sendo prejudicada, com os barcos aglomerados uns ao lado dos outros, no reduzido espaço do precário cais, que, por sinal, precisa ser ampliado, para nele atracarem os pequenos barcos usados na logística da atividade petroleira no mar.

O diálogo agora possível do governo do estado com Brasília, será a única solução. O governador Mitidieri juntou-se ao Ministro Márcio Macedo, e já se anuncia a chegada de ministros da área para retomar as obras.

Mesmo agora, após os inimagináveis episódios de completa anarquia selvagem, há, quem justifique, e até valorize os atos de completa barbárie.

E surgem as versões fantasiosas sobre a estupidez desvairada. Segundo o núcleo do bolsonarismo extremado, nada aconteceu a não ser provocações de alguns “infiltrados esquerdopatas".

Entre outras explicações, há aquelas que desqualificam as imagens, e apresentam “provas irrefutáveis da mentira”.

Um exemplo: aquele relógio, uma primorosa peça de arte em metal, que estava sobre um móvel no Palácio do Planalto, e foi lançada ao chão por um criminoso meliante, que ostentava na camisa a foto do “mito”, marcava 11 horas e vinte minutos, quando foi arrebentado, e, a depredação começou à tarde, três horas depois. Alguém, já o lançara antes ao chão, quando simulavam o ataque de mentira, concluem os adoradores do mito. Formariam uma interessante confraria de mitômanos.

A peça, uma joia da artesania francesa, foi presenteada ao reino português por Luiz XVI. O monarca que poucos anos depois seria levado ao cadafalso, ao lado da esposa, para o enforcamento público no centro de Paris.

Quem a recebeu foi dona Maria I, a rainha, para uns piedosa, para outros, a louca, contemporânea do enforcado real. Quando a corte portuguesa veio ao Brasil, fugindo das tropas de Napoleão em 1808, Maria I já fora declarada insana, e o seu filho Dom João era o príncipe regente, mas ela, a louca, encaminhando-se com a horda fugitiva ao Cais da Ribeira, admoestava os cortesãos apressados: “não corram tanto, parece até que estamos a fugir”. O regente dom João VI, que se tornaria rei após a morte da rainha louca, retornando anos depois a Lisboa, deixou, no Brasil, o relógio enorme, que permaneceu na Colônia, já alçada à condição de Reino Associado a Portugal e Algarves, depois, pertenceu ao Império Brasileiro, finalmente, pertence à República, naquele 8 de janeiro, ferida e envergonhada.

Transcorreram mais de dois séculos, até quando a relíquia, parte do patrimônio cultural brasileiro foi arremessada ao chão, por um dos “patriotas” em fúria. O relógio, há muito tempo, era só uma peça rara, não servia mais para marcar as horas.

Mas, vá explicar isso a um fanático em surto “patriótico” de vandalismo, ou aos que, ainda, e felizmente em número reduzido, querem erigir, sobre destroços, um impuro altar para o seu mito indecente.

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-TÓPICOS-

1) Marcos Antônio de Queiroz, na Secretaria da Fazenda conseguiu alcançar, plenamente, a principal meta traçada pelo ex-governador Belivaldo: o reequilíbrio das contas públicas, e a recuperação da capacidade de investir.
O governador Fábio Mitidieri, trocou o comando da Secretaria da Fazenda, mas, reservou a Queiroz, que é economiário, uma outra tarefa que não será fácil: reduzir burocracias, e integrar mais ainda o BANESE, tanto ao projeto de reindustrialização de Sergipe, como ao objetivo de fortalecer a sua presença no dinamismo produtivo da nossa agropecuária, gerando polos de desenvolvimento, do litoral ao sertão.

2) Uma distorção na agroindústria canavieira de Sergipe. A oferta de cana de açúcar está sendo muito maior do que a capacidade das nossas usinas, mesmo funcionando a plena carga. Está sobrando cana, e com isso os preços baixam. Tudo indica que havia a esperança de reativação da Usina Campo Lindo. O que ainda não aconteceu. Aquela usina, alcooleira e térmica, resultado do pioneirismo corajoso do empresário Carlos Vasconcelos, que morreu prematuramente, depois, controlada pelos seus herdeiros, foi vendida a um grupo paulista que, na verdade, era um valhacouto de picaretas. Seguiram-se vários episódios, até a decretação da falência. Mas há boas noticias, com a venda a um grupo capaz de gerir o complexo agro-industrial, e assim equilibrar o mercado.
Os plantadores de cana agora no prejuízo, precisarão continuar suas atividades, para isso será indispensável o acesso ao crédito. Para que continuem plantando para a próxima safra  23/24, e haja cana para moer, por usinas com a dimensão da Pinheiro, que processa mais de um milhão de toneladas, e tendo a Campo Lindo em operação.
Percebe-se, no ar, a ameaça de retorno do mesmo grupo que gerou a crise e a insolvência. Ele estaria sendo impulsionado por um influente político sergipano, que tem a ambição de tornar-se usineiro, ainda que sob a capa do alaranjamento.

3) Carlos Melo, depois de seis anos na presidência da DESO, está sendo agora substituído. Um engenheiro experiente, ele enfrentou os mesmos problemas que a empresa hídrica acumula, talvez, uma deformação da sua intocada estrutura operacional. Mas, Carlos Melo conseguiu avançar expressivamente, no que diz respeito ao esgotamento sanitário, com a expansão da rede, criando a perspectiva de um breve desaparecimento da fedentina registrada em vários pontos de Aracaju, e o fim dos esgotos a céu aberto nas periferias. Carlos Melo destacou-se muito, no que se refere à politica ambiental da companhia. No seu período, ele chegou a plantar mais de cem mil mudas, protegendo nascentes, barragens, e recompondo matas ciliares. Essa preocupação foi inaugurada na DESO, isso ainda na década dos setenta, pelo engenheiro-químico Luiz Carlos Rezende.
Carlos Melo trabalhou em parceria com o Instituto Vida Ativa, que não recebe verbas públicas, apenas apoios, como a cessão de colaboradores terceirizados, e insumos essenciais.

4) Retorna ao debate público a construção de uma segunda ponte sobre o baixo São Francisco, além da já existente entre Propriá e Colégio. Existe uma outra próxima, entre Paulo Afonso (BA) e Delmiro Gouveia (AL) mas, geograficamente, já faria parte do trecho médio do Velho Chico. A nova ponte, como já estava a antevê-la Marcelo Deda, daria prosseguimento à linha verde litorânea, situada entre Brejo Grande (SE) e Piassabuçu (AL).
Há quem diga que este projeto seria mais oneroso, exigindo uma obra de maior porte.
Há argumentos de outra ordem, que apontam para a vantagem tanto logística e turística, como também para o impulso na economia provocado pela ponte, numa região que é um persistente bolsão de pobreza, em ambas as margens.
O ex-deputado Jorge Araújo, engajou-se nesse debate há muito tempo, e agora volta a insistir na tese de que, tanto para Sergipe como para Alagoas, a ponte no estuário seria a opção mais adequada.
No debate, entram também com força, Neópolis (SE) e Penedo (AL), ambos, puxando a brasa para a sua sardinha.

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MAIS LIVROS, MENOS ARMAS

A partir de agora, este espaço será reservado todas as semanas para a divulgação de livros. Preferencialmente, para aqueles, de autores sergipanos.

Nesses últimos anos a cultura foi aviltada, por obra nefasta de um governo obscurantista, que desprezou os livros e exaltou as armas.

O resultado dessa insanidade está ai, bem à mostra. O 8 de janeiro foi o clímax da baderna estimulada.

Ao invés do índice nefasto e até aterrador, quase um milhão de brasileiros portando armas e munição, suficientes para uma guerra, melhor teríamos feito se, nesse quadriênio, pelo menos um milhão de brasileiros houvessem adquirido o hábito essencial da leitura de livros.

Nos últimos quatro anos, a média da venda de armas no Brasil, chegou a mais de seiscentas por dia. Uma insanidade, da qual, tiraram proveito os extremistas, e também quadrilhas e milicianos, estes últimos, tendo para eles transferidas grande parte das armas.

Exatamente na data desta publicação, 19 de janeiro, em São Paulo, um advogado acompanhava sua mãe para um exame de ressonância magnética. Ele tinha na cintura uma arma, e assim entrou no hospital. Durante o exame a arma disparou, e o atingiu na barriga. O advogado, ao invés de códigos e livros jurídicos, preferiu as armas. Tinha uma pistola calibre nove milímetros, e mais um estoque de munições. 

Livros, só disparam conhecimentos.


Este livro, O Quinto Constitucional, Uma Odisseia, é o ultimo lançado pelo desembargador e acadêmico Edson Ulisses de Melo, o relato dele, de outros operadores do direito e jornalistas, sobre a luta cívica pela prevalência do Quinto Constitucional.
 


Este livro, mais um do polígrafo e prolifico escritor Gilfrancisco, Lampião, no Diário Oficial, resulta de uma interessante e instigante pesquisa por ele realizada, descobrindo na publicação oficial decretos, leis, ordens de serviço, correspondências entre autoridades, tudo, no rastro de Lampião por Sergipe ou pelos nossos arredores. Engloba, também, artigos de diversos estudiosos sobre o tema.
 

Este livro Antônio Martins de Menezes, o Desbravador, do escritor Pedro Menezes, é a saga de um homem que foi administrador público inventivo e progressista, enquanto, como cidadão, compreendeu melhor o drama social da sua terra, e tornou-se pioneiro na criação de uma Cooperativa Rural, a Colônia do Treze. A primeira experiência em Sergipe, e bem sucedida, de reforma agraria sem conflitos.
 

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