NESTE BLOG:
1) CARMO ENERGY ENTRE PETRÓLEO E A VIGARICE
2) DO LADRÃO DE GALINHA AO 8 DE JANEIRO EM BRASÍLIA
3) O HOSPITAL DO CANCER AMPLIANDO SUA AÇÃO
4) A MUSA DO JAZZ SERGIPANO
CARMO ENERGY ENTRE PETRÓLEO E A VIGARICE
Quais os motivos que levaram a Petrobras a vender os campos maduros?
Fica a pergunta.....
A PETROBRAS vendeu os campos produtores maduros sergipanos, num pacote onde se incluíam as instalações, compreendendo gasodutos, oleodutos, o Terminal Marítimo e a usina de gás natural há muito paralisada. O preço da venda em dólares parece compatível com o imenso patrimônio adquirido, ainda mais levando-se em conta que o grupo adquirente teria de fazer pesados investimentos para reativar os poços, e recuperar equipamentos avariados.
A empresa espanhola que ganhou a concorrência ,criou, para operar em Sergipe a subsidiária CARMO ENERGY, assim, destacando com ênfase o nosso primeiro campo produtor, o de Carmópolis.
No caso, a privatização até revestia-se de alguma lógica, visto que a Petrobrás direcionava suas atenções para os nossos campos marítimos, a chamada bacia Sergipe- Alagoas. Diante da amplitude dos trabalhos e das perspectivas de sucesso, quase fantásticas, principalmente no que se refere às reservas de gás, a retirada de uma atividade que figurava como secundária nos campos terrestres, parecia sinalizar um propósito firme, e que seria mais ainda fortalecido na medida em que novos recursos fossem somados aos investimentos exigidos.
Definitivamente, tudo indica que, naquilo que se refere a petróleo e gás, Sergipe nos últimos anos não tem tido sorte.
A Carmo Energy que chegou por aqui alardeando um vistoso know-how, adquirido na recuperação de campos maduros em outras regiões, com destaque para a Colômbia e Equador, não seria uma empresa qualquer, criada em cima da hora para tratar de problemas com os quais não tinha vivencia.
O começo foi auspicioso. Anunciaram a continuidade das ações da Petrobras, abrangendo setores tais como o meio ambiente, a melhoria das condições de vida nas áreas onde iriam atuar. Foram contratados técnicos aposentados da Petrobras, com larga experiencia, e iniciaram-se as atividades , recuperando poços, e o anuncio entusiasmante de que , em um ano, a produção poderia alcançar 30 mil barris, e assim, causando um aumento considerável dos royalties pagos aos municípios.
Depois, foram pipocando as queixas. A coisa não era bem assim, a reativação dos campos não seria fácil, a compra se deu por um preço elevado , era preciso renegociar valores.
E vieram as demissões, e chegou-se a uma quase paralização.
E a Carmo Energy conseguiu um apelido que não é nada lisonjeiro : as pessoas a denominam “empresa caloteira.” A Carmo estaria atrasando pagamentos, inclusive de salários, lesando fornecedores, não cumprindo o que fora assentado com os municípios.
Décio, o prefeito eleito de Japaratuba, um dos municípios mais afetados pela retirada da Petrobras, diz, que o comportamento da CARMO ENERGY tem sido de absoluta ausência, ou desdém, não atendendo solicitações mínimas, feitas pela coletividade, acostumada que estava a ser tratada com atenção e deferência pela Petrobras.
Enfim, a espanhola Carmo Energy teria sido mais um logro, mais uma decepção que sofremos.
Já faz tempo, a PEROBRAS abandonou Sergipe. E, sejamos realistas, aqueles tempos esperançosos de transformações não voltam mais.
Quando a petroleira estatal nos deixou, simplesmente encerrou-se uma era. A euforia da segunda descoberta de um campo produtor de óleo e gás no Brasil, aconteceu em 1963. Depois, aquela outra mais promissora ainda, o petróleo e o gás jorrando no mar, pela primeira vez no Brasil. E tudo isso aconteceu aqui mesmo , em Sergipe.
E o menor estado da federação brasileira, passava a figurar no mapa como um pontinho para aonde convergiam as atenções dos que traçavam planos para que se alcançasse a sonhada auto -suficiência , que daria ao Brasil fôlego imenso para sustentar a caminhada da industrialização, do pleno desenvolvimento.
Desde o início daqueles tempos de bonança, os governadores que se sucediam, cada vez mais consolidavam a aliança estratégica com a estatal, que, por sua vez, cumulava Sergipe de atenções, e era parceira em tudo que se referia ao desenvolvimento do estado.
Vejamos: Com Seixas Dória, no seu encurtado mandato, comemorou-se a descoberta em Carmópolis, em seguida, a saída do primeiro trem ( tínhamos ainda a rede ferroviária), transportado o óleo sergipano para a refinaria de Mataripe, na Bahia. Com Celso de Carvalho assistiu-se o início dos oleodutos, e do Terminal da Atalaia.
Com Lourival houve a providencia decisiva, que foi a transferência da Região de Produção Nordeste da Petrobras, de Maceió para Aracaju; ainda, a inauguração do Terminal Marítimo da Atalaia. Aqui, chegou o general presidente Costa e Silva, foi precedido por um aparato bélico que incluía aviões T-6 da FAB, sobrevoando a área, contra- torpedeiros da Marinha, ao largo, efetivos do 28º BC de Aracaju e do 14º Regimento de Infantaria do Recife. Entrincheiraram-se com ninhos de metralhadoras contornando as instalações. Nesse cenário de guerra, entraram em operação o sistema de armazenamento, o atracadouro em mar aberto, e o oleoduto submarino, que, aliás, em menos de três meses teve de ser reconstruído, pois grande parte dos canos soltou-se, e veio dar nas nossas praias. E houve a grande , a melhor das noticias: óleo e gás jorrando no mar, numa plataforma bem em frente à praia de Atalaia.
Isso acontecia pela primeira vez no Brasil. Sergipe começou a pisar no acelerador.
Em seguida, nos governos de Paulo Barreto, Jose Leite, Augusto Franco, João Alves,3 vezes, Valadares, Albano , 2 vezes, Deda, houve uma continua sucessão de boas noticias. Aumento constante da produção, obras como a Adutora Propriá – Aracaju, o polo de fertilizantes, o Porto off-shore, sem contar asfaltamento de rodovias, participação em projetos tecnológicos, apoio à pesquisas, descoberta de novos campos marítimos. Tivemos um presidente da Petrobras, sergipano, o ex-senador Jose Eduardo Dutra, e Sergipe cresceu ainda mais na agenda positiva da petroleira, que se considerava “ sergipanizada”. Com Jackson, começou, infelizmente, para ele e para Sergipe, o desmonte da Petrobras. Retalhamento da empresa, paralização de atividades no mar, e tudo seguiu nos governos de Belivaldo. Ele, todavia, buscou aproveitar a perspectiva que se abria com a retomada das operações marítimas e a expectativa de fantástica produção de gás. Sergipe antecipou-se. Elaborou os marcos regulatórios, promoveu simpósios, debates, projetou esperanças. Mas, a Petrobras completou a retirada. Fechou a FAFEN, vendeu os campos maduros em terra.
Com a chegada de Lula, e o fim da ânsia privatista , aguarda-se, até agora, uma reativação das operações no mar, para que entrem em produção as reservas avultadas de
óleo e gás. Nada de fato definido até agora, enquanto anunciam-se fantásticos investimentos na região de Pelotas, Rio Grande do Sul, que seria a nova maravilha em mar aberto, também, na Margem Equatorial, com todas as restrições ambientais existentes. O fato é que na bacia Sergipe- Alagoas, com trabalhos de prospecção já concluídos, reservas avaliadas, tudo continua “como d`antes no Quartel de Abrantes” ( aqui, parafraseando o jornalista Orlando Dantas, que apreciava essa frase oriunda de Portugal, metáfora de uma imobilidade suspeita, diante das tropas de Napoleão que avançavam).
Diante desse clima de desalento, surge o senador petista Rogério Carvalho anunciando um provável reencontro da Petrobrás com Sergipe, e até injetando boas esperanças. Mas, nas ultimas declarações que tem feito, acusa o senador Laércio Oliveira de estar articulando no Senado, um projeto que retiraria da Petrobras a capacidade de comercializar o próprio gás que vier a produzir nos novos campos. Se isso for um fato verdadeiro, seria algo não apenas estranho, mas, sobretudo, deploravelmente contraditório, visto que Laércio foi um parlamentar atuante na questão do gás, e ardoroso defensor do fim do monopólio exercido pela estatal petroleira.
A questão é delicada, e nessas circunstancias a busca de um entendimento entre os senadores seria oportuna, tendo em vista evitar obstáculos à aguardada volta da PETROBRAS, à sua antiga “ província petrolífera “.
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DO LADRÃO DE GALINHA AO 8 DE JANEIRO EM BRASÍLIA
O que fez tanta gente supostamente pacifica, a cometer o crime de depredar os símbolos maiores da república?
A resposta: fanatismo e loucura bolsonarista.
O ladrão de galinha, já foi ,em tempos passados, a imagem do pequeno criminoso, que roubava ou furtava coisas pequenas, objetos de pouca monta, e até cacarejantes penosas desprevenidas, no sossego noturno dos seus poleiros.
Troquemos o galináceo ladrão por algo mais atualizado, de ampla incidência , e em busca de objetos de valor mais expressivo: os ladrões de celulares. No Precaju da semana passada a Policia sergipana prendeu centenas deles, recuperou, também, centenas de celulares que estão sendo devolvidos aos seus donos.
O ladrão de celular é quase sempre um jovem, muitas vezes menor de idade. Os adultos, por tantas vezes reincidentes, tantas vezes já mofaram nas cadeias.
Lembremos, por oportuno: o ladrão de celular, as vezes menino, tem família, tem pai, mãe, irmãos, avós, tios, primos, amigos, e, claro, todos sofrem, sem dúvidas, com a privação da liberdade, com o drama do jovem mofando numa penitenciária com criminosos de muito maior periculosidade.
Então, utilizando-se os mesmos argumentos dos defensores da anistia para os “ patriotas” baderneiros de Brasília, seria lícito aplicá-los, também, aos ladrõezinhos de celulares, que estão povoando as cadeias?
Ah! Mas esses caras soltos vão voltar a roubar, a ameaçar pessoas, já o pessoal em Brasília, apenas fazia um protesto.
Mas aí aparece agora aquele terrorista que se explode, pela frustração de não ter conseguido levar pelos ares o Supremo Tribunal Federal e alguns dos seus ministros.
Este é um cenário que nunca existiu no Brasil, e surpreende o mundo.
Quem, há dez anos passados, poderia imaginar um panorama de terroristas se explodindo na Praça dos 3 Poderes; de gente invadindo os palácios da República após a posse de um presidente, eleito democraticamente pelo voto popular, que desejavam depor, com apoio das Forças Armadas?
Nós éramos um país onde havia divergências políticas, ideológicas, sobre costumes, mas, não havia guerra entre os divergentes. Éramos um país onde a direita sempre governou, mas preferia não dizer o nome, definia-se como centro, ou centro direita. E na década dos anos noventa tivemos a primeira experiencia de um país governado por uma esquerda soft, mas era esquerda, e chegou ao poder com absoluta tranquilidade, sem portas de quarteis, sem badernas, sem ódios inconciliáveis.
Houve, no começo deste século a passagem da esquerda soft, para uma outra mais caracterizada , e até, em algumas vertentes, com o nítido proposito de nos fazer um país socialista. Essa ala era minoritária no PT, que chegou ao poder com Lula, à frente de um leque partidário onde couberam todas as forças. Houve alguns excessos, no caso do MST, por exemplo, que levaram intranquilidade ao campo, aos produtores rurais.
Mas, tanto Fernando Henrique Cardoso como Lula, deixaram legados importantes no que se refere a avanços sociais, ao mesmo tempo econômicos. Não se faz essa afirmação para sugerir uma superioridade do modelo da esquerda, o que não seria verdade, porque um presidente de centro como Juscelino, nos legou um tempo em que o Brasil começou, de fato, a acreditar no Brasil.
Getúlio, um líder que transitou entre o totalitarismo fascista e um liberalismo acanhado, fez as maiores transformações imagináveis para a época, marcadamente no que concerne as relações de trabalho. Sem dúvidas, aconteceram turbulências, rebeliões, prisões, ausência de direitos, mas, recuperamos a democracia sem traumas, sem derramar sangue, o brasileiro não se tornou inimigo figadal do brasileiro. E Getúlio voltou, eleito em 1950 pelo voto popular. Para não ser deposto, em agosto de 1954 suicidou-se, e deixou ao povo brasileiro a histórica Carta. Morto, derrotou os seus adversários. Ainda assim, prevaleceram as alternativas para o entendimento.
Do regime militar que nos tutelou por vinte e um anos, guardamos a memoria triste de mortes, de torturas, sem podermos esconder realizações, até medidas sociais de grande alcance, por fim, do regime autoritário nos livramos, através de consenso entre os vencedores e derrotados. Se fez, sem choro nem vela, sem tiros nem ameaças, a transição pacifica para a democratização. Com o aval de generais.
Quando Bolsonaro assumiu , depois daquele vozerio radicalizado da campanha, daquelas ameaças explicitas à própria democracia, imaginava-se que, tendo a faixa ao peito que lhe foi entregue sem contestações, sem tumultos, e com a convicção democrática de que aquilo não passaria de uma normal alternância no poder, ele, o eleito, desta vez escorado no poder que uma massa enorme de brasileiros lhe conferia, tendo, do outro lado, também, uma massa enorme de brasileiros que dele e dos seus métodos divergia, ele, se tivesse uma visão de estadista, poderia ter sido o maior dos nossos presidentes.
Bastaria, simplesmente, falar em paz, em harmonia, em união de todos em beneficio de projetos que contemplassem as demandas da sociedade brasileira. Bastaria declarar-se o Presidente de todos os brasileiros. E governar normalmente, como sempre temos sido governados, entendendo que o poder não é permanente, nem pode ser mantido pela força. E que perder eleição é uma alternativa, e quem perde deve cumprimentar o vencedor. Tal como fez Biden com Trump, que dele não recebeu o mesmo tratamento antes.
Mas, o que fez o capitão afastado do Exército por ameaçar explodir quarteis ? No dia da posse começou uma guerra, começou a instilar o ódio, criar o medo, e em insistir na ideia de que era preciso esmagar a “ esquerdalha”, e nisso, nela incluiu liberais, incluiu todos aos quais apontava como inimigos. Criou a Globo Lixo, criou o STF inimigo do Brasil, depois, fez ecoar nos espaços do Planalto os gritos de guerra : Selva, Selva, Selva. O que era isso ? A imagem de um presidente que desejava manobrar o Exército para exercer um poder pessoal e autoritário?
Bolsonaro lançou suas hordas contra os Poderes da República, incluiu o Parlamento, mas logo recuou ,quando descobriu que, através do Orçamento Secreto poderia ter maioria, assim, fez a política rasteira, corrupta, que dizia tanto combater.
Enfim, Bolsonaro é a causa maior desse clima tenso de odiosidade e ojerizas intransponíveis que estamos a viver.
Nesse clima, tudo pode aparecer. Homem que se explode, ativista nas redes sociais que ensina como matar ministro do Supremo, e agora também generais, porque passaram a enxergar as Forças Armadas como inimigas, por não terem atendido aos apelos de alguns desatinados à porta dos quarteis, esperando até a interveniência de extra – terrestres, e marchando com cabo de vassoura ao ombro, enquanto aguardavam as armas para consumarem a chacina.
Eram os “ patriotas “ marchando para derramar o sangue de compatriotas.
Agora, Bolsonaro chega ao supremo acinte de dizer-se apoiado por Trump, e que ele irá mudar a situação brasileira, e fazer com que ele, Bolsonaro, seja candidato, e volte a presidência. Como um chefe de Estado estrangeiro se tornaria a autoridade maior em nosso próprio país?
Que Bolsonaro seja tutelado por Trump, agora que não é presidente, pouco importa, mas, fazer-se presidente tutelado pelo chefe de Estado americano, isso se chama traição, atentado à soberania nacional.
Se um ex-presidente fala algo tão absurdo, tão desconexo, tão aviltante para a nossa noção de país independente, o que esperar de um psicopata qualquer, de um frustrado qualquer, que se deixa dominar pelo ódio e se explode, raivoso, por não ter explodido o próprio país?
O esquizofrênico que se explodiu, é apenas um indivíduo, em meio a uma multidão de assemelhados, que se faz, agora, instrumento de uma “ revolução” , um cruel banho de sangue, para eles expiatório, onde seriam levados ao patíbulo, de William Bonner a Alexandre de Morais, e até o pacifico macróbio Jose Sarney.
Difícil entender como chegou a este ponto de perversão política e social um país como o Brasil, antes conhecido como cordial.
No momento, não será com anistia que se poderá vencer o ódio e fazer ressurgir a harmonia, a cordialidade, a convivência pacifica, ou, se possível fraterna, entre os brasileiros.
A anistia poderá vir a tempo e a hora. No momento parecerá covardia, fraqueza, capitulação aos criminosos.
De forma cínica, quem no governo gastou todo seu tempo a fabricar um ambiente de ódio, que atacou de forma rasteira até, políticos, artistas, intelectuais, religiosos, chefes de Estado; que se dedicou a provocar sucessivos tumultos institucionais, agora, divulga uma nota pregando a pacificação, o diálogo. Quem disse que não iria mais obedecer ao Supremo, agora fala em entendimento?
Desfaçatez, e falsa impressão de que os brasileiros têm memória curta.
O “ camaleão “ Bolsonaro tentando mudar de cor...
Se para outra coisa o ex-presidente não revelou serventia, ele pode figurar, como o mais nocivo, entre as lideranças politicas que, ao longo da nossa história , maior capacidade tiveram para envenenar as mentes de milhões de brasileiros com o vírus nefasto da odiosidade, do fanatismo.
Do mal propagado como discurso político surgiu a violência , os vândalos destruidores de Brasília, e agora o homem bomba. Seria por mera coincidência que são todos identificados como bolsonaristas ?
O mal que nos assola é criação dele, do capitão afastado do Exército, por tentativa de um ato terrorista, e definido pelo ex-presidente general Ernesto Geisel, como péssimo militar.
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O HOSPITAL DO CANCER AMPLIANDO SUA AÇÃO
José Carvalho Menezes, Juquinha, vencendo o desafio de gerir um modernissimo hospital do câncer.
Concluído no curto espaço de menos de dois anos, o Hospital do Amor em Lagarto, do sistema Hospital do Câncer de Barretos, a cada mês vai acrescentando novos equipamentos que chegam, e acelerando a obra de um novo pavilhão. Ate agora não há liberação dos recursos do SUS, que exigem uma maratona burocrática a cumprir, mesmo assim, o atendimento diário ambulatorial a pacientes de vários municípios sergipanos e dos estados vizinhos vem aumentando. Já aproxima-se de duzentos por dia.
O sistema criado por Henrique Prata, tornou-se uma referência em avanços tecnológicos, e na forma como são cuidados os pacientes. Dai, o grande interesse das pessoas em buscar os serviços daquela instituição de caráter filantrópico, onde não há diferença entre o rico e o pobre.
Os municípios, inclusive Aracaju, convergem para o Hospital do Amor em Lagarto. Só a vereadora Sheila Galba, já levou para exames cerca de quatrocentas mulheres.
O dirigente do Hospital, José Carvalho de Menezes ressalta a necessidade de apoio do poder público e da sociedade, lembrando que a obra tornou-se possível graças ao apoio recebido de toda a bancada sergipana, há três anos, quando se projetava o inicio da construção. Ele diz que a manutenção do apoio parlamentar se faz mais do que nunca imprescindível.
O prefeito eleito de Canindé do São Francisco, José Machado, com o desafio de por em funcionamento um enorme hospital construído há quase dez anos, e até agora sem funcionar, busca encontrar soluções, como transformá-lo em hospital regional, e viabilizar a ideia de uma parceria federal e estadual. Impressionado com o nível de eficiência que constatou, vai dirigir através do diretor Jose Carvalho de Menezes, de quem recebeu atenção e solicitude, um pedido ao criador do sistema Hospital de Barretos , o filantropo Henrique Prata, para um apoio técnico às
ações a serem adotadas, inclusive, se possível, a instalação de um polo avançado do Hospital do Amor em Canindé do São Francisco, que poderia ter amplitude em áreas contíguas do sertão baiano e alagoano.
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A MUSA DO JAZZ SERGIPANO
Soayan, a musa do jazz em Sergipe.
Soayan, é este o nome dela. Nome de registro ou batismo, e também artístico. Por ai já se vê ,que ela, mulher, é um desses seres humanos talvez, ou, certamente iluminados, que lidam com artes. Os gregos, que elevaram a condição humana, através das artes, entendiam a musica como uma espécie de sopro divino.
Soayan , por certo, concordará plenamente com os gregos antigos, e sempre presentes, exatamente porque cultuaram a Arte, e, por isso, na sua voz flauteada, as vezes rouquenha , porque assim exige o Jazz, se fez intérprete dos “ sopros divinos. “
Ah! Dirão alguns, talvez , excessivamente xenófobos: mas o Jazz não é coisa de americano?
A boa música é planetária, transcende fronteiras. Assim, como fez por exemplo a Bossa Nova, e a sua pérola, Garota de Ipanema, ganhando o mundo por largo espaço de tempo. Até hoje.
O Jazz não tem “ pátria “, tem berço. Não se pode dele afastar o “ Deep South ,“ a New Orleans dos bairros negros, o gemido, que se tornou afirmação .
Blacks Matter, Blacks Matter. E eles ocuparam os espaços brancos, até Frank Sinatra aderiu, mesmo sem o embalo. Era excessivamente branco..
Saoyan, sabe, e como sabe, que o Jazz tem o embalo afro, tem a ginga tropicaliente do samba, da salsa, e, pasmem, nele se encontram réstias de um Mozart, ou Beethoven, e mais longe, até nas Cantatas do austero Mestre de Capela, Johann Sebastian Bach.
Nos cinco anos leves e criativos de Juscelino Kubitschek, os cariocas perderam a capital para Brasília, mas, não perderam a fleugma. Então, surgiu na noite do Rio o Sebastian Bar.
Lá, no inspirador Bar, com a frequência de Tom, Vinicius, Nara, Menescal, Lyra, Elis, João Gilberto......, fazia-se a mistura, ou mimetismo, do Jazz com a Bossa Nova.
E a coisa chegou a Broadway, a Hollywood, também a Paris. Ao mundo.
Por isso, viva Soayan, que, neste quinze de novembro, dia da Republica, e também o seu dia, comemora os 55 de vida, e 37 de cantante, com predileção refinada pelo Jazz.