Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
ACONTECEU A GRANDE FESTA E CANINDÉ SEGURA O CHORO
10/08/2023
ACONTECEU A GRANDE FESTA E CANINDÉ SEGURA O CHORO

 ACONTECEU A GRANDE FESTA

 E CANINDÉ SEGURA O CHORO



Iguinho e Lulinha e o povo fazem a grande festa, a revelia de uma prefeitura que não faz nada, mas.....

A festa nessa quarta – feira em Canindé do São Francisco talvez tenha sido um dos maiores eventos realizados no interior de Sergipe. A cidade pequena viu formar-se uma multidão, que não coube nos únicos espaços largos que era possível oferecer.

Veio gente  saída dos municípios vizinhos e também distantes, veio gente de Alagoas, da Bahia, de Pernambuco.

Quase um sonho acreditar que dois irmãos, dois meninos do povoado carente de tudo que é Curituba,  agora artistas famosos, fossem os causadores daquele improvável  fenômeno de massa acontecendo em Canindé do São Francisco, emoldurado por um cenário feérico. A nossa baixa estima sempre provoca nessas ocasiões a frase encabulada: “ Isso é coisa de primeiro mundo “.

A festa teria sido  uma chuva de esperança  na terra adusta e naquele povo tão sofrido. O povo alegre, feliz, até acreditaria que tudo lhe poderia acontecer, como na jornada de sucesso daqueles seus dois filhos tão famosos.

Quando surgem nessas circunstancias um Iguinho e um Lulinha, no povo, a réstea de amor próprio até se refaz, mesmo  vivendo  tempos decepcionantes: os  dois anos e seis meses de desleixo e rapinagem. Mas, esse amor próprio sumiu quando houve a decisão judicial, exatamente no dia da grande festa, reinstalando  no poder  o prefeito , que assim ganha um novo “diploma”,   outra vez conferido pela Justiça,  que nega, na sua essência, o diploma anterior, homologando uma eleição , e  fundado no pressuposto de que, o seu detentor,  cumpriria o juramento que fez ao recebê-lo. Assim, a   Justiça  se  faz em detrimento da própria Justiça.

 

Não se quer aqui imaginar utopias, ou restaurar aquele conceito de honestidade,  apenas um contemporâneo de tempos onde se cultivava a honra, quando honestidade era uma inafastável obrigação. Hoje, tornou-se  rara virtude e a cada vez mais escassa.

Nada de saudosismos nem nostalgias, até porque não há crenças imutáveis nem convicções  ou valores que atravessem  o tempo.  Cada tempo com os seus hábitos, os seus costumes, os seus acertos, os seus erros. Vivemos a era virtual e onde tudo se relativiza.

Mas, relembremos aqui de um político, Adhemar de Barros. Ele nunca aprendeu bem a distinguir o público do privado, por isso, os seus adversários pespegavam após o seu nome o substantivo: LADRÃO.  Adhemar tinha uma qualidade: era um administrador competente. Os seus períodos como governador de São Paulo ou de prefeito da Capital, foram marcados por muito dinamismo, muita aproximação com os sentimentos do povo, inaugurando uma era de populismo  desenvolvimentista. Assim,  nos entreveros políticos os ademaristas defendiam o seu líder  com a frase: Rouba, mas faz.

Não se quer, evidentemente, restaurar tempos passados, mas, apenas e tão somente ter a mínima certeza de que o futuro não estaria sendo roubado.

E hoje é essa a impressão decepcionante que tem a grande maioria da população de Canindé, que assistiu a festa, surpreendida com a decisão judicial  reintegrando ao cargo um prefeito que  fracassou redondamente como administrador público, tendo a receita mensal  espetacular de 17 milhões de reais.   Ao demolidor prefeito que não consegue conjugar o verbo fazer, ninguém poderá compara-lo nem de longe com  Adhemar de Barros. Já em relação ao outro verbo o demolidor revelou-se pródigo.

Rememorando:

O prefeito agora reintegrado, no auge de uma crise, quando os vereadores pressionados pela opinião publica quase com certeza iriam “ impichá-lo”,  pediu uma licença para tratar de assuntos particulares por  180 dias, durante os quais permaneceria sendo remunerado. O salário de prefeito anda próximo dos 30 mil reais. O vice assumiu, mas já havia contra o licenciado uma grave denúncia do Ministério Publico e um relatório preocupante do Tribunal de Contas.

O prefeito em exercício, instado pelo Promotor Público da Comarca, liberou todos os documentos requeridos, e se foram constatando coisas, digamos assim, do  “ arco da velha “.

O licenciado tentou retornar ao cargo, antecipando em mais de sete meses o seu período previsto de licença.  Chegou exibindo força, e ocupando a Secretaria de Finanças, de onde subtraiu equipamentos e papeis. O vice em exercício imediatamente deixou a Prefeitura. Os vereadores  contudo, opuseram alguma resistência, e uma liminar do Tribunal de Justiça determinou que ele fosse reinstalado, porque  os vereadores não teriam condições legais de impedi-lo. Com efeito, o Juiz da Comarca já havia atendido ao pedido do Promotor Público e afastado o Prefeito por 90 dias, determinando que o vice assumisse.

Acossado por tantas acusações e tantas pistas que foi deixando, o afastado solicitou ao Tribunal de Justiça a anulação do que houvera decidido o Juiz da Comarca, que vive, convive, e sofre com os desmandos, e pretendeu, talvez, dar um tempo para  demonstrar que os problemas do município poderiam ser superados.  Não era pequena a dimensão do caos. O vice em exercício, estava agindo nesse sentido, inclusive saldando dividas inconcebíveis deixadas pelo afastado, que implicaram, quase,   na suspensão da mísera merenda escolar que era ofertada. Nesse particular,  com apenas três dias a merenda farta e pontual foi restabelecida.

Essas são coisas graves, que afetam diretamente a população, e que não passaram despercebidas ao Promotor e ao Juiz da Comarca, que lá vivem e assistem a cena. Deveriam ser meros expectadores, ou acomodados omissos?

Mas, o afastado queria voltar. Havia, instigando a sua ânsia, não só o interesse pessoal, também, um buquê vistoso de interesses políticos e econômicos contrariados que lhe davam respaldo.

Por sua vez, um dos “interessados  “ o senador Rogério , já havia declarado que era para ele uma questão de honra a reintegração do prefeito.  Ultimamente, vinha agindo,  entre uma cusparada e outra que trocou com o deputado Feliciano. Revelou-se, nessa deprimente guerra de escarros, o que  de fato são esses dois cusparentos .

 Canindé, pela vistosa receita que tem, deveria ser uma vitrine de êxitos administrativos, mas, é exatamente o contrário.  A decisão da Justiça corre o risco de  ser entendida como um passaporte ao desmando. Canindé permanecerá nas mãos de quem faltou a responsabilidade,  a competência,  o zelo e compostura  para administrar a tentadora verba, pelo menos contendo um pouco a  sede ao pote.

A Juíza Elbe do Prado Franco Carvalho que substitui o desembargador  Diógenes Barreto, ao assumir a grave responsabilidade de reinstalar o prefeito afastado preventivamente pelo Juiz da Comarca, foi, contudo,  cuidadosa,  elencando  uma série de medidas que o  reempossado deverá cumprir pontualmente. É impressionante o volume de erros, de desleixos,  de ausência de responsabilidade, a lista enorme de malfeitos que terão de ser corrigidos, estranhamente, pelo próprio autor das mazelas .  Todavia, alguns itens graves não foram incluídos,  e até sustada a revogação do contrato com o IPS, nebulosa ONG sob investigação do Gaeco. Essa revogação constava no pedido feito pela Promotoria ao Juiz da Comarca, e por ele atendido. Ressalte-se que tudo isso listado pela Magistrada já estava sendo cuidado por iniciativa do vice em exercício, e prestando contas ao Promotor e ao Juiz da Comarca. Teria apenas 90 dias para concluir o trabalho, que sofrerá atrasos em consequência desse vai e vem.

O reinstalado não cumprirá o determinado, até porque se achará muito poderoso e inatingível pela justiça, e mais ainda por ausência de capacidade administrativa, responsabilidade,  e continência em relação ao dinheiro público. Além da total incapacidade para escolher os seus auxiliares.

Agora mesmo bate cabeça para nomear seus secretários, porque lhe falta capacidade    para vencer a pressão dos que o rodeiam, dos familiares, cada um querendo assegurar o seu na naco, no prato onde tanto se fartaram, e continuarão a fazê-lo.

 

Pelo tamanho do caos gerado pelo próprio prefeito afastado, o bom senso recomendaria  que a ele não fosse atribuída a responsabilidade de remendar o  rombo  que tão irresponsavelmente provocou ao longo de dois anos e meio.

Canindé continuará vivendo mais um tempo de insegurança, e de descrédito em relação ao poder municipal, e a outros poderes.  Isso afetará pesadamente a vida das pessoas ;  mais ainda à economia do infelicitado município. A causa das suas desditas: a bela e tentadora receita que ostenta.

Talvez por isso mesmo Canindé, o sempre problemático município, se tenha transformado   numa azeitada  máquina  de moer reputações.

A decisão apenas prolongou a agonia. E haja máquina de moer.


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BOA NOTICIA: EM ARACAJU  POBRE

 JÁ VAI MORAR AO LADO DO RICO

 
Aracaju cidade quase sem favelas, e que acelera na inclusão social.
 

Deyan Sudjic, é  diretor do Design Museum de Londres, e  estudioso dos espaços urbanos que se denominam cidades. No seu livro A Linguagem das Cidades, ele estabelece como exigência primordial para a qualidade de vida nas grandes aglomerações humanas,  o grau de coesão existente entre os locais de trabalho e moradia. Sudjic define a cidade: “ Uma máquina criadora de riqueza que pode, no mínimo, fazer com que os pobres não continuem sendo tão pobres. Uma verdadeira cidade oferece aos cidadãos a liberdade de se tornarem aquilo que desejam”.

O livro  é contemporâneo, escrito em 2016. Já um autor mais antigo e autoridade maior na história e desenvolvimento das cidades,  Lewis Mumford, em meados do século passado, num cartapácio de quase oitocentas páginas que escreveu, A Cidade na História, entende as cidades  que ele profetizava para um futuro próximo, livrando-se da gigantesca conurbação, aproximando-se da natureza,  e sendo polos civilizatórios capazes de mover as transformações da humanidade.

Mas, tanto um como o outro passam à margem de uma anomalia que a maioria das cidades conservam, e que em muitos casos se acentua: a exclusão social, criando nichos para os endinheirados e deixando os pobres à distância.

Longe de assegurar um espécie de micro- áreas  de segurança para os seus habitantes, essa clivagem  alimenta a violência .

Depois das grandes revoluções sociais que tiveram Paris como palco, o imperador Napoleão III entendeu que os clochards, os  vagabundos, como eram classificados os pobres, não deveriam permanecer nos seus tugúrios localizados nos bairros nobres parisienses. Eles eram rebeldes em potencial, e nas suas trincheiras  em que transformavam as vielas da cidade, enfrentavam as forças de segurança em pé de igualdade. O Imperador convocou então o Barão de Haussmann  um arquiteto e planejador urbano,  para fazer a grande obra de remodelação da capital francesa. Haussmann criou então as largas avenidas os boulevares, demoliu quarteirões inteiros, e assegurou a Napoleão que a cidade não teria mais cenas de rebelião nas ruas, porque, nos largos espaços poderia avançar a cavalaria, e a metralha se encarregaria de fazer o resto. Esse aspecto foi quase negligenciado pelos historiadores , preferindo atribuir ao Barão arquiteto a glória de ter transformado e feito de Paris uma cidade moderna, e ainda mais bela. O que é verdade para os olhos.

E chegamos a Aracaju:

 A capital sergipana pode ostentar o titulo de cidade  quase sem favelas. Mas elas ainda existem. Havia uma, desafiadora, no bairro considerado nobre da Atalaia. Ficava ladeando o mangue, entre a Atalaia e a Coroa do Meio. Era a favela das palafitas, quase idêntica aquelas recifenses, onde Josué de Castro descreveu o “ Ciclo dos Caranguejos “ uma epítome da miséria profunda, onde as pessoas comiam os crustáceos, que, por sua vez, alimentavam-se das fezes humanas despejadas do alto das palafitas sobre a lama fétida.

O Palácio de Veraneio  do governo do estado de Sergipe, fica numa colina de onde se avistava  a Favela das Palafitas,  péssimo cartão de visita para as figuras importantes da “ Corte” que ali eram recepcionadas. Hoje, o Palácio, que dava ao governo  uma certa ideia de lassidão, folga, usufruto de vantagens indevidas, foi desativado por Belivaldo,  numa das suas medidas  de contenção e bom senso.

A Favela das Palafitas desapareceu, deu lugar a um bairro, perfeitamente integrado aos seus arredores “ ricos “. E ali vivem, e têm escola, saúde, empregos no próprio lugar, aqueles que faziam parte do Ciclo dos Caranguejos.  Hoje ,muitos se transformaram  em pequenos empreendedores, formando o já expressivo polo de comércio e serviços ali existente.

Foi Marcelo Déda quando prefeito, e em estreita parceria com Lula, que transformou a favela sem retirá-la do local,  deslocando os seus moradores para casas dignas, construídas sobre áreas secas e seguras, de onde agora eles contemplam, na frente, o mangue preservado onde viviam.

Não há noticia de que os moradores de maior renda que são vizinhos, se sintam incomodados pelos ex-favelados. Ao contrário, ali se realiza a coesão, desejada pelo urbanista e escritor Sedjuic.

Mas, chegando enfim à boa notícia: Uma incorporadora  anuncia um complexo residencial incluso no programa reativado Minha Casa Minha Vida.  360 apartamentos à margem da rodovia Melício Machado, o caminho do Mosqueiro, zona VIP. Não serão exatamente ex- favelados que ali irão morar, mas, famílias da classe média  de menor renda, que têm acesso agora a apartamentos  ultrapassando os 300 mil reais. O longo  prazo das prestações diluídas,  permite que famílias com renda a partir de uns dois salários mínimos tenham acesso.

Isso significa que terão junto um Shopping, supermercados, escolas, postos de saúde, e dos seus prédios avistarão as piscinas das mansões ou chácaras em volta. Não ficarão muito distantes dos seus pontos de trabalho, e o transporte não será problema.

Isso chama-se inclusão, e desfaz a imagem de cidade indiferente ao social. Esse projeto de uma Aracaju inclusiva, que se vem consolidando em etapas,   tem encontrado no prefeito Edvaldo Nogueira,  um forte protagonista da transformação.


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ANDRÉ MOURA  DO PROSCÊNIO

AO PALCO COM PLENO DIREITO

André Moura uma volta ao palco principal.
 

O proscênio e a ribalta no teatro são as partes, digamos assim, adjutórias do palco, onde estão os atores ou os mestres da cena.

Sem o proscênio ou ribalta o palco seria prejudicado, ou até impossível.

Essa é uma metáfora teatral que pode, com propriedade, ser aplicada à política.

Os que estão nos espaços que permitem a cena principal são, evidentemente, importantes mas, há aqueles que têm vocação para o palco, e se sentem constrangidos ou irrealizados quando dele estão fora.

André Moura é um importante ator  no  palco da política sergipana e nacional.

Dele foi afastado por uma decisão jurídica um tanto extemporânea e marcada em primeiro lugar pela ausência do que se denomina dosimetria.

Mas, enfim, as coisas foram colocadas no seu devido lugar, e André Moura volta ao palco para ser nele um dos protagonistas principais. Voltar, nem é bem o verbo transitivo e intransitivo apropriado para o que aconteceu. Na verdade, a palavra  apropriada seria reconquista.

A reconquista, no caso, significa o domínio pleno do exercício da politica com a perspectiva de alcançar posições  a partir do voto popular. André, após uma ascensão rápida que o levou a ocupar espaços estratégicos no Congresso, tornou-se, como se costuma dizer, um parlamentar poderoso.  Acrescente-se que ele utilizou-se do  prestigio tendo Sergipe como alvo prioritário das suas ações.

Compulsoriamente sem direito ao mandato, André não cumpriu aquele calvário, que o governador Leandro Maciel apontava para os que não o exerciam: “Politico sem mandato é rolete chupado. “

André, com invulgar capacidade de liderança livrou-se de ser aquele politico assemelhado ao bagaço da cana, que é jogado fora.

Permaneceu requisitado e influente, foi decisivo em determinados momentos, soube conquistar a rara condição de politico cumpridor de promessas, e com isso se manteve vivo e pulsante. A maior prova,  a eleição da sua filha Yandra, que ultrapassou folgadamente a barreira dos cem mil votos. Yandra hoje faz voo solo, e já se firma entre os parlamentares com maior protagonismo no Congresso.

O quadro politico sergipano adquire outros contornos, a partir do instante em que André Moura se faz um candidato em potencial a cargos majoritários, preferentemente.

A legião imensa dos seus amigos e liderados entrou em festa com a chegada dele  ao palco.

 Que saiba interpretar cada vez melhor o seu papel, é o que espera Sergipe.


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 A CONSELHEIRA SUZANA E

 A EDUCAÇÃO SEM POLÍTICA


A conselheira e sua permanente preocupação com a educação.
 

Pela segunda vez, no Tribunal de Contas de Sergipe, realizou-se o Workshop sobre Educação. A Conselheira Suzana Azevedo tomou a si a responsabilidade de tornar  a Educação, naquele Tribunal,  um tema prioritário. Quem julga contas de prefeitos e governador, teria, sem dúvidas, a obrigação de orientar a aplicação de recursos, e nisso a Educação deve ser entendida como necessidade básica.

O workshop ou seminário, ( a palavra inglesa cada vez mais nos invade) reuniu as melhores cabeças pensantes do país e de Sergipe, num plenário que levou dois dias em plena efervescência de conhecimentos, propostas, e ações desenvolvidas, e expostas como exemplos.

A parte mais destacada foram os painéis  de efetividade das boas práticas, e de cooperação e experiencia multilateral em pról da Educação, quando os expositores  demonstravam  o resultado das ações desenvolvidas  nas escolas. Os cases ( lá vem o inglês ) de sucesso.

A Secretária de educação de Goiás Fátima Gavioli,  deu  a informação inusitada: ela não fora indicada por nenhum político, nem mesmo pelo governador do estado. Diante da perplexidade no auditório ela explicou: o governador Ronaldo Caiado publicou um edital convocando professores e técnicos em educação que tivessem formação, experiencia,  e sucesso comprovado em atividades educacionais a se apresentarem para uma seleção, onde o melhor avaliado viria a ser nomeado Secretário em Goiás. Ela, que já fora Secretária da Educação em Roraima  que fez uma revolução de modernidade nas escolas, resolveu enfrentar o desafio, e, após uma seleção previa dos candidatos houve uma entrevista feita pelo próprio governador.  Ao bater o martelo o governador Ronaldo Caiado lhe orientou muito incisivamente: não deixe a politica entrar nas escolas. Receba parlamentares, prefeitos, mas nenhum deles lhe indicará nomes para ocuparem cargos. Você indicará todos, e eu homologarei. Hoje, Goiás avança perto de alcançar o mais alto índice de desempenho nas escolas.

O deputado  federal alagoano Marcelo Beltrão, desfilou números da Educação em Coruripe, durante os dois períodos em que ele foi prefeito.  Coruripe tornou-se um dos municípios alagoanos com melhores índices educacionais.

As mesmas revelações  foram feitas pelo deputado federal Thiago de Joaldo, a respeito dos avanços da Educação no seu município Itabaianinha. O mesmo fizeram o deputado federal alagoano Rafael Brito, o Secretário de Educação de Aracaju Ricardo  Abreu, o prefeito de Campo do Brito Marceli Moades Souza e o Conselheiro do TCE Luiz Alberto Menezes. Estiveram presentes representantes de quase todos os municípios de Sergipe.

O Conselheiro do TCE José Carlos Felizola foi o moderador dos painéis.

A conselheira Suzana Azevedo marca, no Tribunal, a sua preocupação com os problemas educacionais, tal como o fazia quando deputada estadual e Secretária de Estado.

Esse viés forte de protagonismo pela educação da conselheira Suzana, encontra paralelo nas ações culturais que eram empreendidas pelo saudoso Conselheiro Carlos Pinna de Assis, e nelas o TCE ganha uma republicana projeção.

A Secretária da Bolsa família, Eliane Aquino representou os ministros Camilo Santana e Márcio Macedo que não puderam comparecer  . Eliane falou sobre a Educação como fator de inclusão social,  e do que  faz  o Bolsa Familia para assegurar a presença dos beneficiados à escola.

TÓPICOS

- A PETROBRAS VOLTANDO A SERGIPE

Fábio poderá comemorar em seu governo o retorno da Petrobras a Sergipe.

O governador  Fábio Mitidieri tem participado em Brasília das démarches para que a PETROBRAS volte a ocupar em Sergipe a posição que tinha desde os anos sessenta,  quando,  pela forte influencia do governador Lourival Baptista a sede de produção nordeste foi instalada em Aracaju, e logo em seguida houve aqui a primeira descoberta de petróleo no mar.  O governo passado terminou, felizmente,  sem que Paulo Guedes houvesse consumado seu  perverso intento de vender a  estatal petroleira. Todavia, em Sergipe a PETROBRAS encolheu. Junto a esse retorno que certamente reativará as plataformas marítimas,  e  dará mais amplitude às atividades em águas profundas, surge a questão crucial da reabertura da FAFEN. Nesses entendimentos tem sido essencial a presença do ministro sergipano  Márcio Macedo.

 

- UMA ESTÁTUA PARA JOÃO

Garibaldi e a boa ideia do reconhecimento a João Alves. 
 

O deputado Garibaldi apresentou uma moção que logo recebeu o apoio unanime dos seus colegas. Trata-se de homenagear o governador João Alves com uma estátua na Orla da Atalaia, uma das suas mais importantes obras, e onde teve a iniciativa de colocar estátuas dos grandes sergipanos , um ponto de atração turística que só perde para o recordista caranguejo.

Para João deveria haver mais do que uma estátua ou busto, e sim um monumento em linhas modernas e criativas simbolizando a visão futurista e a criatividade do saudoso governador.


- O CRIADOR DO SÃO JOÃO


Zé Franco o inventor do São João grande no interior sergipano.
 

 Com uma missa, o ex-deputado e ex- prefeito de duas cidades Jose Franco, assinalou a passagem dos seus setenta anos, reunindo família e amigos.

Zé Franco foi o inventor do São João  no interior sergipano. O São João como evento de massas, de atração turística e  de geração de empregos. Fez isso em Areia Branca,  de onde foi duas vezes prefeito, transformando uma acanhada comemoração em grande evento com projeção nacional. Foi seguido por Sousa, seu sucessor.  Depois,  Prefeito em Nossa Senhora do Socorro, também em dois mandatos,  Zé Franco criou o portentoso Forró Sirí, que quase se iguala ao Forrocaju  da capital, este, criado com o embrião do Forró do Povo por Jackson Barreto,  e ampliado consideravelmente depois por Marcelo Déda e Edvaldo Nogueira.

 Muitos prefeitos sergipanos aderiram à ideia de Zé Franco, dando dimensão aos festejos juninos, e eles passaram a crescer ano a ano em cada local.

 E ai, Fabiano Oliveira inventou a frase mobilizadora: Sergipe, o País do Forró . E agora Mitidieri espalha o Forró por toda parte. Essa marca dá resultados , enche hotéis, restaurantes e bares, com mais turistas trazendo dinheiro.

E viva o São João......

LEVANDO TÉCNICA ÀS ESCOLAS

Priscila e Zezinho Sobral cursos técnicos nas escolas.

A superintendente do SEBRAE Priscila Felizola, está levando  mais de três mil cursos técnicos às escolas  da rede estadual. O Secretário Zezinho Sobral ao firmar a parceria,  destacou a  iniciativa de Priscila,  para a formação de pessoas qualificadas em diversos setores, como meio de valorizar o ensino técnico e criar alternativas para os estudantes que,  terminado o curso médio, já estariam preparados para ingressar no mercado de empregos.

- UM NOVO SERGIPANO


Ao lado dos deputados Pimental e Garibaldi, Moacir consagra sua sergipanidade. 
 

Manoel Moacir Macedo, já era sergipano de alma, faz algum tempo. Agora, as virtudes e qualidades que aquela alma carrega, o fizeram ter o reconhecimento formal da sergipanidade, através de uma moção do deputado  Luciano Pimentel, aliás muito seletivo nessas homenagens. Nessa quarta -feira a Assembleia aprestou-se  para  receber o grande numero de amigos de Moacir.

O baiano de   Entre Rios, sergipanizando-se de forma institucional, juntou a eloquência de Rui à outra do tribuno sergipano Fausto Cardoso, e produziu uma peça de eloquência oratória que deve ficar registrada com destaque nos Anais da nossa Assembleia.

Constantemente deixando os escritos de lado,  fazia o que mais o deixa à vontade: o improviso, e com a exuberância de gestos e facilidade de  exercitar o verbo.  Assim,  os amigos, os colegas, ali presentes foram, cada um,  brindados com um destaque que traduzia afeto e emoção.

O advogado o agrônomo, o professor, o doutor em sociologia por universidade inglesa, o cidadão, prestante, militante, sempre tem muito a dizer.

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