A GRANDE SENZALA BRASIL
Faz 130 anos a princesa Izabel assinou a Lei Áurea, aquela que acabou a escravatura. A filha de Pedro II tentou consolidar de fato a abolição e imaginou a doação de terras férteis a cada família escravizada, o que seria o começo de uma reparação feita pelo Estado.
Mas, aí, a Casa Grande mostrou que a senzala persistia. Tendo perdido os escravos, os senhores não admitiam que eles se tornassem definitivamente livres, podendo cultivar suas terras. O imperador, voltando de mais uma das suas vilegiaturas pelo mundo, arquivou a ideia da filha, demasiadamente ousada, e aquietou os barões.
Mas alguns barões ressentidos juntaram-se aos militares idealistas. Um ano e meio depois que a escravaria negra deixara em festa as senzalas, militares e intelectuais maçons, quase todos, e também barões davam vivas à República e ao marechal Deodoro, que, da sela do seu cavalo, olhava tudo aquilo como republicano de última hora, tendo dúvidas sobre o tropel de avanços que o nascente regime de governo prometia.
Passou o tempo, e a senzala, deixando de ser um degradante espaço físico, transformou-se num subjacente estado de espírito.
A senzala está entre nós, nos acompanha através da História, como se fosse uma mancha invisível que dita comportamentos e gera alguns atos falhos, tal como o produzido pelo general Mourão, que é vice do capitão Bolsonaro, candidato à presidência, e, até agora, liderando nas pesquisas. O general é dado a leituras confusas e interpretações desconexas. Andou vagando por teorias raciais, hoje desacreditadas, e olha o Brasil com algum desalento, diante da mestiçagem que, para ele, seria a causa do nosso atraso. Daí ter dito que negro é malandro e índio indolente.
Da França nos veio um embaixador, intelectual racista, cujas teses seriam depois acolhidas por Hitler, quando desenhou o que seria o Estado alemão, baseado na superioridade da raça ariana, o crème de la crème da brancura.
O Conde Gobineau mantinha frequentes conversações com o Imperador Pedro II e o aconselhou a atrair emigrantes europeus para branquear o país. Para ele, o Brasil degeneraria, em virtude da mestiçagem com os sangues negro e índio contaminando o europeu. País de mestiços, segundo Gobineau, não teria futuro.
A Senzala nos persegue, nos faz racistas, nos faz intolerantes por termos perdido o direito ao chicote.
Semana passada, ganhou espaço nos noticiários locais e nacionais a façanha de um jovem negro, que conseguiu formar-se em Medicina.
Onde estamos? Na Alemanha nazista, onde os cafres (negros dos protetorados alemães do sul da África) que viviam na metrópole odienta eram cidadãos de terceira classe e acabaram sendo exterminados?
A senzala persiste e o poder maléfico que irradia está nos condenando a ser um país das desigualdades, da segregação social.
João Santos Costa, negro, pobre, quilombola, nascido no sertão sergipano, estaria, junto com seus 11 irmãos, condenados ao eito da enxada. Rompeu aquele ciclo da pobreza cumulativa, que Josué de Castro definiu. Depois, o sueco Gunnar Mirdhal dele fez a síntese do subdesenvolvimento. João Santos conseguiu sobreviver, venceu as circunstâncias que o cercavam, adversas à vida, buscou o conhecimento, estudou. Primeiro, numa escola municipal, em Simão Dias, depois, lá mesmo, no colégio estadual Milton Dortas, que é referência; em seguida cursou o Pré-Vestibular gratuito, entrou na UFS, recebeu apoio de programas federais e, hoje, é médico. Começávamos, então, a deixar a senzala para trás.
Aí veio o desastre. Mas isso já é outra história.
Negro, pobre, quilombola, favelado entrando na Universidade e saindo formado, deveria ser a regra, jamais a exceção. Então se reduziria a pobreza, acabariam as cotas raciais, que deveriam ser cotas sociais, e não haveria mais favelados.
Mas, para que isso aconteça, precisamos nos libertar do invisível jugo da senzala.
ZÉ DO SERTÃO E O CRIME DE NÃO SER FILHO DE RICO
José Cláudio dos Anjos é pobre e quase negro, além do mais nasceu longe, lá nos ermos do empobrecido Poço Redondo. Perdeu o pai quando ainda era menino, mas não deixou de ir à escola, enquanto trabalhava na roça, numa terra seca e que pouco produz. Atraído pela comunicação, começou a frequentar emissoras de rádio, a telefonar interagindo com locutores, aí já vivia em Aracaju, onde fez um largo círculo de amizades. Nascia o Zé do Sertão. Pessoa pacífica, cometeu, todavia, uma insanidade, isso há uns dez anos.
Atirou num adolescente e o acertou apenas de raspão. Com ele tivera um relacionamento homoafetivo e que, rompido, o deixou num transe de completo desespero. Essas coisas acontecem, são deploráveis, mas são coisas humanas, ainda que os hipócritas as reneguem, como absurdos. Preso em flagrante, foi enfiado num cubículo insalubre da delegacia de Glória, onde passou dois anos e um mês, nas piores condições sanitárias e sendo violentado por marginais. Purgou assim o erro cometido, a gravidade do ato de desatino. Se perdões existem, todos, ele já os pediu à família da vítima, por sinal vivo e sem traumas.
Zé do Sertão tornou-se radialista. Tem hoje dois horários de muito sucesso em duas emissoras do interior, é pessoa de vida morigerada, não bebe, não fuma, nunca envolveu-se com drogas. É exemplo de superação e de arrependimento. Tem, sob sua responsabilidade, a mãe, que, faz pouco tempo, escapou de um câncer, graças ao desvelo do filho, que para ela buscou o tratamento possível.
O Estado é devedor de Zé do Sertão e perde a autoridade para ser algoz, por não poder ignorar o “equívoco” dos 755 dias de desleixo em relação ao jovem que dormia ao relento da lei, sobre o cimento sujo de uma cela, onde não faltava o medo e a tortura dos criminosos violentos, que o maltrataram e feriram.
ZÉ DO SERTÃO, CREDOR DO ESTADO QUE PODERÁ SER SEU ALGOZ
O EMPRESARIO LAURINHO E O PROJETO DE EDVAN
Edvan Amorim tem na cabeça um projeto que é pura fixação. Ele quer ser o controlador do poder em Sergipe. Junte-se sua inegável habilidade de transitar no meio político com a ousadia empresarial, principalmente no que se refere a empréstimos bancários e as esquivas ao ônus, e se terá, efetivamente desenhada, a imagem da ideia que ele faz do poder.
Teve sucessos e amargou revezes, fez amigos, construiu uma rede de influências, fez, com mestria, a sua trama e houve tempo em que de fato tornou-se, quase, o homem mais poderoso de Sergipe. Controlou a Assembleia, ditou quem deveria ser Conselheiro do Tribunal de Contas e vetou alguns outros, subjugou o governo do Estado e estendeu suas ambições a Minas Gerais, onde se fez senhor de vastos tratos de terra e numerosas boiadas.
Agora, empenha-se naquilo que poderá ser a conquista do seu colimado objetivo: o controle do poder em Sergipe, ou, não o conquistando, o retorno definitivo às veredas mineiras, onde pastam suas numerosas boiadas, perdendo a ilusão de colocar-se ao lado da cadeira mais poderosa da Sergipe.
Edvan volta a ser articulador político nessa nova campanha, quando o irmão, que fez senador, busca, outra vez, tornar-se governador de Sergipe.
A campanha passada lhe causou baixas, que se acrescentaram ao peso da derrota e agora se refletem na reedição do novo projeto, possível, apenas, pelo poderio político, em Brasília, do deputado André Moura.
O empresário Laurinho Menezes foi o esteio principal da campanha em 2010. Primeiro suplente na chapa senatorial de Eduardo Amorim, ele moveu céus e terras para vencer o pleito. A campanha ganhou corpo, visibilidade, movimento. Laurinho, já enfrentando as dificuldades que levaram suas empresas ao colapso, pelo entusiasmo, teria até ultrapassado os limites. Laurinho fez então a caravana da Boa Luz, onde reluziam carros antigos e preciosidades de marcas famosas, dezenas de motos, ônibus e caminhões, trios elétricos conduzindo bandas, belas mulheres, cavalos imponentes.
Abuso de poder econômico?
Sem dúvidas, mas tudo era disfarçado como se fosse propaganda da Boa Luz. Laurinho é inteligente e essa inteligência foi fundamental, além dos bolsos recheados, naturalmente.
Eduardo elegeu-se, cumpriu inicialmente o acordo de permitir o acesso ao Senado do primeiro suplente, Laurinho, e do segundo suplente, o engenheiro Kaká Andrade, irmão do saudoso Orlandinho, então prefeito de Canindé do São Francisco e com muita força política.
Laurinho assumiu 4 meses, Kaká também.
Havia a promessa a um e ao outro de que assumiriam no final do mandato, quando o titular, Eduardo, estaria empenhado na nova tentativa de chegar ao governo.
Ocorreram problemas. Kaká nem esperou, transferiu-se para o grupo de Belivaldo, do qual seu irmão, Orlandinho, fez parte, passando por Marcelo Déda e Jackson Barreto.
Agora, Laurinho segue o mesmo caminho e sai do grupo dos Amorins profundamente magoado, até sentindo-se traído.
Não se sabe exatamente o teor da decepcionante conversa que manteve com o coordenador e tesoureiro da campanha Edvan Amorim.
Laurinho teria dito a Edvan que antes já gastara muito e que, sem ele, o senado para Eduardo teria sido impossível.
Essas mágoas e decepções não são fatos positivos no decorrer de uma campanha, ainda mais, quando se mostra também traído e magoado um outro baluarte da candidatura de Eduardo, o ex-prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Zé Franco, que sabe, como poucos, mobilizar o potencial de votos que lidera.
LAURINHO, SACRIFICADO E TRAÍDO
ENTRE AS ESTRELAS E O CABO DACIOLO
Pelo espaço cósmico andam naves terrestres. Chegam aos anéis de Saturno, aterrissam em asteroides, escapam da orbita solar e ganham o espaço infinito, onde refulgem as galáxias com seus bilhões de sóis.
Rumo ao “astro rei”, desloca-se agora uma nave que por lá estará orbitando daqui a uns cinco anos e vencendo a distância final na vertiginosa velocidade de 700 mil quilômetros por hora, o que lhe permitiria atravessar o Brasil, do Rio Grande ao Amapá, em coisa de uns vinte segundos.
A nanotecnologia permite armazenar uma biblioteca num chip do tamanho da cabeça de um alfinete, a física quântica nos abre possibilidades inimagináveis.
Tudo isso acontecendo lá fora, e nós aqui, em frente a uma TV, vendo um tal de candidato a presidente Cabo Daciolo relinchando sandices.
Vai se transformar, breve, num novo mito. Eles começam a partir da chacota.
DACIOLO, SERÁ O PRÓXIMO MITO?
Foto: Paulo Whitaker/REUTERS
O VAMPIRO DO PLANALTO E O FANTASMA DA ÓPERA
Quando o Vampiro que nos exaure, Michel Temer, chegou ao Planalto, uma das suas primeiras medidas foi extinguir o Ministério da Cultura.
Aquele pessoal contaminado de fascismo, de intolerância e inimizade com a arte (fenômeno só brasileiro, porque na Itália de Mussolini, o festival de operas era permanente) bateu palmas, ululou de tanta satisfação.
“De que serve um Ministério que patrocina indecências, que gasta dinheiro com Caetano, Gilberto Gil, Chico Buarque, que alimenta essa escória com dinheiro da tal Lei Rouanet?”. Era exatamente assim que, bestialmente, comemoravam o “fim da cultura”.
A reação foi enorme, a repercussão pelo mundo péssima. O Vampiro ressuscitou o Ministério e a Lei Rouanet foi mantida.
Cultura, para todas as visões totalitárias do mundo, é substantivo incômodo, porque, sendo a própria síntese de todo o processo evolutivo do homo sapiens, se transforma em obstáculo às tentativas de restringir o espaço da liberdade e impor modelos de sociedade excludentes e corporativistas, onde os fascismos de direita e esquerda são irmãos gêmeos em relação à arte, à literatura, enfim, ao pensamento.
Fogueiras de livros foram incentivadas tanto por Hitler, como por Stalin. Aqui entre nós, o regime de 1964 fez sua estreia apreendendo livros, criminalizando aqueles que os guardavam em suas bibliotecas.
Jair Bolsonaro era menino ainda, mas com as ideias de ódio e preconceito que hoje propala, certamente seria um dos adultos que, naquele tempo, atiçaram o fogo e dançaram em torno das fogueiras.
Vejam no texto conciso e estilo sutil do nosso grande Ancelmo Gois, que reproduzimos, a quantas anda, nesses tempos vampirescos, a Lei Rouanet:
O FANTASMA DA POLÊMICA
Em relação à autorização para a produção de “O Fantasma da Ópera” captar até 26,6 milhões (valor recorde) pela Lei Rouanet, o ministro Sérgio Sá Leitão diz que o orçamento do projeto foi criteriosamente analisado: “Esse valor pode parecer alto, mas é que trata-se de uma superprodução, com centenas de pessoas trabalhando”. (Observação nossa: o redator do Ministério da Cultura deve acumular o cargo de escrivão de polícia).
O Ministério da Cultura conta ainda que apenas 50% dos ingressos são para comercialização em valores a critério da produção. (nessa faixa, há entradas até de R$ 550). A outra metade é para distribuição gratuita a cargo da produção, de patrocinadores, ou para ser vendida a preços mais em conta (até R$ 75).
MAS...
Ainda assim, o ator Paulo Betti acha que R$ 28,6 milhões é muito dinheiro público para uma remontagem estrangeira:
- Quem ganha são os produtores e os americanos. Já o elenco brasileiro ganha merreca.
OUTRO...
O noventão Luiz Carlos Barreto, por pressuposto, não ia ficar longe dessa polêmica:
- A lei foi criada para fomentar a produção artística brasileira e nunca a importação de conteúdos artísticos internacionais.
Segundo ele, entre 2010 e 2018, o MinC liberou R$ 378,6 milhões para a produção no Brasil de dez projetos de musicais importados da Inglaterra e EUA.
DINHEIRO DA LEI ROUANET PARA SUPERPRODUÇÕES ESTRANGEIRAS
Foto: Alexandre Disaro/VejaSP
O AGRADECIMENTO DO QUILOMBOLA DOUTOR
João Santos Costa, o negro quilombola que agora é doutor, escreveu um agradecimento que só valoriza a escola pública.
O texto: “Não poderia deixar de agradecer, porque sou da escola pública, tenho orgulho disso, agradeço aos professores e aos amigos. Fiz o ensino básico no município, passei para o Milton Dortas e foi lá que dei um norte à minha vida. Também fui estudante do Pré-universitário. A repercussão está sendo muito rápida, mas positiva, porque serve para incentivar aqueles que desejem realizar seus sonhos, por mais que pareçam impossíveis”.
O LAR HUMILDE DE ONDE SAIU O MÉDICO
Imagem: AL Notícias
O CORONEL ROCHA QUER ENSAIAR DISCURSO NOVO
O coronel Rocha deixou, faz pouco tempo, a farda e passou à reserva, agora é um R-2 da PM sergipana. Fez uma carreira militar impecável, ao mesmo tempo buscou sempre mais conhecimento e acumula títulos universitários. Foi sempre atraído pela política e tinha em Marcelo Déda o seu melhor exemplo de um homem público. Filiou-se à Rede Sustentabilidade, o partido de Marina Silva, que tem em Sergipe o Dr. Emerson como candidato ao governo do estado.
O coronel Rocha é candidato a deputado federal e faz isso porque diz acreditar na política sem corrupção.
Dia 22 de agosto às 19hs, o coronel Rocha, que é maçon, estará expondo os seus propósitos como candidato na Loja Maçônica Cotinguiba. Será sessão aberta a todos os convidados não maçônicos.
CORONEL ROCHA, O CANDIDATO DA REDE A CÂMARA FEDERAL
ENTRE A MACONHA, O ALCÓOL E O CIGARRO
A cannabis vai sendo transformada num grande negócio, sendo usada para fins medicinais e tendo mais um variado emprego. A Califórnia, o mais rico estado americano, já fatura alguns bilhões de dólares com o novo negócio e há quem preveja a entrada em bolsa de ações das empresas que lidam com a maconha.
Para o chamado uso recreativo, ou seja, para “fazer a cabeça” da moçada e de velhos também, o uso já foi descriminalizado ou legalizado em mais de vinte estados americanos. O Brasil, produtor e exportador de maconha através do tráfico, já está importando remédios com princípios ativos derivados da erva.
Legalizar a maconha, tolerar o seu uso não é coisa simples, envolve certos riscos, em virtude dos espaços já delimitados pelos traficantes. Mas seria bom aprender com a experiência de outros países. No Uruguai, começam a se registrar problemas após cinco anos de legalização. Lá, o estado assumiu o controle da produção, transporte e comercialização da droga, mas só existem 14 pontos de distribuição no país, que é aproximadamente do tamanho do Rio Grande do Sul e tem três e meio milhões de habitantes.
A oferta não suficiente, por parte do Estado, para os trinta e quatro mil usuários cadastrados, faz com que o tráfico permaneça no mercado, ampliando seus espaços. A disputa entre facções aumentou a criminalidade, bastante reduzida no país. Anda em torno dos 200 assassinatos por ano. Coisa irrisória, em relação às apavorantes cifras brasileiras.
Há muitas resistências a superar até que se reconheça que, na batalha perdida contra o tráfico, a exclusão da maconha poderia ajudar no combate às drogas pesadas e a reduzir a criminalidade.
O álcool e o cigarro, legalizados, pagando impostos e engordando muito o faturamento das mídias, levam à morte muito mais brasileiros do que matam as drogas que são combatidas.
É preciso pensar em formas mais eficientes para o efetivo controle das drogas, até porque não se conseguirá tapar os narizes dos cheiradores, que não são poucos.
FARMÁCIA ONDE A MACONHA ESTATAL É VENDIDA EM MONTEVIDÉU, URUGUAI
Foto: Reuters
VC VAHLE, UMA INOVAÇÃO
A Você Vahle é uma só empresa, mas é plural. Lida com várias competências e se envolve em tarefas multidisciplinares. Por isso tem uma equipe de especialistas para cada caso. A Vc Vahle lida com o planejamento de soluções na área da comunicação e isso é o foco de empresas com variados perfis. Trata especificamente da estratégia de comunicação no meio digital, o vasto e surpreendente campo das redes sociais. É uma empresa inovadora, que se sustenta em cérebros criativos. Mas alarga sua atividade incorporando a responsabilidade social e, assim, participando e organizando eventos de interesse público.
A empresa foi a primeira a instalar-se no centro empresarial Neo Office, e, semana passada, completando um ano no seu endereço, o número 1317 no 13º andar, a Vc Vahle fez um encontro de relacionamento com as 47 empresas até agora instaladas no prédio. Entre os convidados o tio da empresária Grace Franco, Albano Franco, e a ex-vereadora Mirian Ribeiro, ocupantes de um dos endereços no Neo Office.
A INOVADORA GRACE COM O TIO ALBANO E MIRIAN RIBEIRO
AS CIFRAS QUE NOS PERSEGUEM
O subdesenvolvimento é cruel e o desenvolvimento não se pode garantir que aconteça sem os ciclos de quedas que o acompanham. Economias menos frágeis suportam esses solavancos, outras entram em colapso. Agora a Turquia é a bola da vez.
No Brasil, por nos faltar um projeto consistente de país, somos vítimas da incompetência que se juntou à roubalheira e nos falta a capacidade crítica, pela pior das deficiências que é a educação capengante. Junte-se tudo isso a duas catástrofes, chamada antes Dilma Rousseff e, agora, a pior ainda que responde pelo nome de Michel Temer, e teremos o quadro trágico de todas as cifras sociais e econômicas em queda livre.
Sergipe foi um dos entes federativos mais afetados pela calamidade e temos, também, os nossos graves erros acumulados. Então, às cifras que caracterizam o nosso atraso, juntou-se a mais contundente: a violência. Chegamos a ser recordistas nacionais em homicídios. Agora, todavia, o quadro começou a ser revertido. Da primeira posição Sergipe chegou hoje à quinta. É péssimo ainda, mas há, sem dúvidas, um alento, uma esperança maior.
Aracaju era a primeira capital mais violenta, agora é a sexta. Vários fatores se juntaram para que a reversão acontecesse, entre eles o aumento nos efetivos das polícias e que vão prosseguir; o uso da inteligência e a participação da sociedade, num processo de construção da cultura da paz, em meio a uma quase barbárie. A polícia não pode estar na casa de cada um, em todos os bares e em todas as festas, nem ser onipresente por todos os lugares. E existe a guerra entre as facções da droga, que responde pela esmagadora maioria dos assassinatos.
João Eloy, o secretário da segurança, recebeu a determinação de reduzir a criminalidade e vem fazendo isso. Ele não aparece, não gosta de entrevistas, mas a delegada-geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, comenta as cifras descendentes e faz uma análise sintética das ações que contribuíram para que isso venha acontecendo desde 2016 e a, partir daí, sendo reforçado com mais abrangência. De lá para hoje, registra-se uma queda nos homicídios de 18% e, segundo ela, com a ampliação dos efetivos da PM e da Civil, através do acesso dos concursados, a queda será mais acentuada.
Em Aracaju, a melhoria, segundo analistas, se deve à cooperação entre as polícias e a Guarda Municipal, agora sob o comando eficiente de um coronel da PM reformado, Luís Fernando Almeida, Secretário da Defesa Social e da Cidadania.
O QUARTETO DA SEGURANÇA, DELEGADOS JOÃO ELOY E KATARINA FEITOZA, CORONEL MARCONY E CORONEL R2 LUIS FERNANDO
ALEXANDRE, UM NOME APARECENDO NO PÁREO
O advogado Alexandre Figueiredo tem veia política, é filho do ex-vice-governador Benedito Figueiredo, nome respeitado, num campo onde respeito anda cada vez mais raro. Da mãe, a Procuradora aposentada Creuza Figueiredo, inspirou-se em outro sentimento, aquele que valoriza a Justiça como instrumento de equalização social. Com tantos exemplos na família, ele decidiu participar da política e candidata-se a uma cadeira na Câmara Federal, onde seu pai já esteve e com passagem muito bem avaliada.
Alexandre fez lançamento da sua candidatura no Cotinguiba Esporte Clube, um espaço largo, desafio para enchê-lo com muita gente. E veio a surpresa: chegaram mais de 700 pessoas, jovens principalmente. Um alento forte para quem faz uma estreia.
ALEXANDRE, UM COMEÇO ANIMADOR
O PILOTO MALUCO NOS EUA E, AQUI, O PAÍS AMALUCANDO
Nos Estados Unidos, um mecânico, que nem era piloto, assumiu o comando de um bimotor de porte médio, decolou e saiu a fazer espetaculares acrobacias. O sistema de defesa americano, o mais eficiente do mundo, acionou seus vetores e, em questão de minutos, os caças já acompanhavam a aeronave, que caiu e deve ter sido abatida. Poderia ser um terrorista. Não iremos nos comparar aos EUA, o país militarmente mais poderoso do mundo, mas podemos fazer alguma reflexão sobre as nossas debilidades como país continental, que necessita ter sistema eficientes de defesa, com a integração das três Forças.
Entre tantos temas que estão sendo tratados nessa campanha eleitoral, apesar de dois militares candidatos, um capitão, outro general, não se ouviu, até agora, uma proposta para melhorar, equipar e tornar operacionais as nossas forças armadas, aliás, todas agora quase desarmadas, e sendo erroneamente utilizadas em operações contra bandidos no Rio, que evidentemente não estão, nem serão bem sucedidas, pelas características específicas de tropas treinadas para a guerra.
O general e o capitão se perdem em frases destituídas de conteúdo e absolutamente incompatíveis com a nossa conjuntura e a realidade mundial. O general ressuscita velhos preconceitos racistas, o capitão se envolve em controvérsias inúteis sobre a sexualidade, promete militarizar a educação e combater o marxismo, frear o comunismo.
Coisas velhas, conflitos já superados. Onde é essa ameaça comunista? O Muro de Berlim caiu, a União Soviética acabou, voltou a ser a Rússia, com Putin liderando a direita mundial ao lado de Trump, com quem fez o bunga-bunga em Moscou, aquela suruba com prostitutas que o ex-ministro italiano, o cafajeste Berlusconi, celebrizou. A China “comunista”, dentro de uns dez anos, será a primeira economia capitalista do planeta. Cuba riscou a palavra comunista e abre-se à iniciativa privada. A Venezuela, que nunca foi comunista nem nada, se dissolve e vai a uma guerra civil, causada pela incompetência e roubalheira do chavismo. Na Nicarágua, Daniel Ortega de líder guerrilheiro de esquerda virou ditador de extrema direita, que mata o povo nas ruas. Resta a Coreia do Norte, que se diz comunista, mas é de fato um fechado museu de todas as excentricidades totalitárias e sem nenhuma importância, a não ser o seu limitado arsenal atômico e seus foguetes erráticos, que vão acabar quando a fome, que consome 40% da sua população, se tornar insuportável até para os generais de Kim Jong-un, o gordinho sinistro.
Estamos aqui em busca de um modelo moderno de social democracia, que nos assegure desenvolvimento e menos desigualdade social e os dois militares vêm falar em racismo e homossexualidade.
Nos Estados Unidos não há só malucos pilotando aviões, há também um “maluco” na Casa Branca, todavia, a economia cresce a 4%, o PIB é 15 vezes maior que o brasileiro e não existem militares envolvidos com a política, nem falando em intervenção, mas dedicando-se à operacionalidade da força de ataque e defesa mais poderosa do mundo.
É por isso que eles são poderosos e nós afundados cada vez mais, por opções erradas nas nossas fragilidades e ignorância.
OS POLICIAIS EFICIENTES E O SERTÃO MENOS INSEGURO
A região sertaneja de Sergipe, que aproxima-se da tríplice divisa entre Bahia, Alagoas e, mais ao lado, Pernambuco é, talvez, a mais vulnerável à ofensiva do crime, dos traficantes principalmente.
A região começou a sentir-se menos insegura desde que o delegado Antônio Francisco lá chegou e cercou-se de uma reduzida, mas eficientíssima equipe, formada principalmente pelos agentes Gregório, Joab Vicente e Aniceto Rabelo. Esses três são extremamente qualificados, têm o terceiro grau, dois deles são professores e Joab é mestre e doutor. Mostram eficiência operacional e capacidade intelectual e, sob o comando de Antônio Francisco, levaram ao máximo a capacidade operacional da delegacia.
Por outro lado, houve a presença, eficaz, rápida, determinante da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Rolemberg, que, promovido a coronel, agora coordena as operações em todo o interior do estado e está baseado em Aracaju.
Antônio Francisco foi transferido para Lagarto e perdeu-se, de certa forma, a experiência que ele acumulou no sertão.
SEGURANÇA NO SERTÃO, O DELEGADO ANTÔNIO FRANCISCO E CORONEL CARLOS ROLEMBERG
EDVALDO ANUNCIA SEUS CANDIDATOS
O prefeito Edvaldo Nogueira gosta de agir de acordo com o tempo do seu próprio relógio e, por isso, entendeu que a hora certa para anunciar suas preferências seria no momento das convenções. Deixou que elas ocorressem, até sentiu-se prejudicado com a formação da “chapinha” que afetará o PC do B, mas, finalmente, falou.
Seus candidatos são Belivaldo Chagas, ao governo, e ao senado, Jackson Barreto e Rogério Carvalho. Retribui, assim, o apoio que recebeu nas suas candidaturas e consolida a integração a um grupo que faz parte da sua carreira política.
Com relação ao deputado André Moura, ele não cansa de reconhecer a importância dele para que a Prefeitura de Aracaju recebesse recursos, mas, desde o início, tanto ele, como André reconheceram que, politicamente, estavam e permaneceriam em campos opostos.
EDVALDO E OS SEUS TRÊS CANDIDATOS