Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa | Jornalista
A FERRUGEM  ENCOBRINDO UMA ESQUERDA ENVELHECIDA
20/04/2023
A FERRUGEM  ENCOBRINDO UMA ESQUERDA ENVELHECIDA

NESTE BLOG :

 1) A FERRUGEM  ENCOBRINDO

    UMA ESQUERDA ENVELHECIDA

 

 2) O GÁS E AQUELA ERA POR

   CONVENIENCIA ANUNCIADA

 

TÓPICOS

-Difícil contornar uma fatalidade

-Os gestos de Fábio e a repercussão deles

-Walmir torna pública a arrogância de Rogério

-João Daniel mostra prestígio

 

Um nazista, o outro comunista, se juntaram para invadir a Polónia

A FERRUGEM   ENCOBRINDO

UMA ESQUERDA  ENVELHECIDA

O fascismo surgiu nos anos vinte como uma reação orgânica contra o avanço do comunismo que tomou o poder na Rússia, instalando, a partir de 1917, a ditadura do proletariado. O novo regime,  com características inéditas ao longo da história humana,  estatizou todos os meios de produção e fez surgir a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a URSS, nome que passaria doravante a ocupar espaços cada vez maiores nos noticiários internacionais.

O mundo começou a viver uma polarização entre o comunismo e o sistema capitalista.

 No lado capitalista  surgiram alguns  espectros de tendencias ideológicas, que assumiram formatos extremamente radicais. O fascismo,  assim batizado pelo seu principal líder Benito Mussolini, tomou o poder na Itália em 1922, após a marcha tumultuária sobre  Roma, onde se encontravam figuras proeminentes da sociedade italiana ao lado da pior escória do submundo do crime.

Em Portugal o fascismo tomou o nome de Corporativismo, com Oliveira Salazar. que manteve o país nas trevas e dessangrando nas guerras coloniais por trinta e seis anos. O Estado Novo do salazarismo foi imitado no Brasil por Getúlio Vargas, com o autogolpe em novembro de 1938. Na Espanha, o “Caudillo por la gracia de Dios “,  assassino abençoado pelos cardeais Francisco Bahamonde Franco, instalou o regime onde a última palavra  era a condenação de opositores ao garrote -vil ,  uma das formas mais cruéis de execução resgatada da Idade Média.

Vagueando entre esses dois extremos do comunismo e do fascismo, com algumas variações amenizadoras ditadas pela sensatez, transitaram em permanentes embates, muitos deles sangrentos, a esquerda e a direita.

De um lado, acreditava-se que o mundo da paz e da justiça estava sendo construído na “ pátria do proletariado no poder” a União Soviética, governada pelo “ guia genial dos povos,  Stalin “; no outro lado, Hitler e Mussolini eram desenhados com modelos de um mundo novo em construção.

Nas ruas das maiores cidades brasileiras desfilavam fardados os integralistas de Plinio Salgado, êmulos obedientes do fascismo, e eram apedrejados pela esquerda que os apelidara de “ galinhas verdes “.

Inimigos figadais,  protagonistas de um conflito que se imaginava levaria ao choque final, quando um exterminaria o outro.  Ideias conflitantes, princípios dogmáticos, ideologias diametralmente opostas, o nojo recíproco que um lado sentia do outro, tudo isso movia multidões, e dava ao panorama global uma característica de polarização cimentada num ódio irremovível.

Apesar de tudo, na noite já indo alta do dia vinte e três de agosto de 1939, em Moscou o ditador Stalin erguia

 diante do chanceler alemão Ribbentrop  um brinde à saúde do ditador  alemão Adolf Hitler, e o adornou com essas palavras : “ Sei quanto a nação alemã ama o seu Führer, e, portanto, gostaria de beber à sua saúde.”

Um dia depois, em Paris, o escritor e poeta russo Ilya Ehrenburg, ao saber da assinatura do Pacto de Não Agressão entre a URSS e a Alemanha, e de uma declaração de Stalin sobre o pacto  dizendo que  era a “ celebração de uma amizade cimentada com sangue “,o intelectual entrou num estado de depressão que revelaria depois ao escrever as suas memórias: “ Embora acreditasse no gênio político de Stalin, sentia o sangue ferver. Era uma blasfêmia . E como esquecer os rios de sangue derramados na Espanha, na Tchecoeslováquia, na Pôlonia, para não mencionar a própria Alemanha”.

No dia 1 de setembro de 39, num ataque conjugado, as forças hitleristas derramavam-se vindas do oeste pela Polonia, exterminando, destruindo, enquanto   do leste avançavam as tropas do Exército Vermelho.  

Assim, nazifascistas e comunistas , juntos, unidos, de mãos dadas e armas apontando para o mesmo alvo deram início à Segunda Grande Guerra.

Ao invés de terem refletido sobre a incoerência de uma crença cega e inabalável, ditadas por ideologias que se colocam a serviço de ambições imperialistas nacionais, a esquerda brasileira  aceitou o Pacto como um fato consumado, uma estratégia do “grande condutor dos povos,” e dos muros sumiram as frases antifascistas.

Depois, vieram outras decepções, outras surpresas imprevisíveis, como a revelação  feita durante o 20º Congresso do Partido Comunista da URSS em fevereiro de 1956 por Nikita Kruschev , o novo senhor de todas as Rússias. Em um discurso de cinco horas , ele revelou para uma plateia atônita, e o mundo assombrado a lista horrenda dos crimes cometidos pelo “ suave e bondoso papai Stalin “.

No Tribunal de Nuremberg após a guerra em 1946, foram expostas ao mundo  as atrocidades do nazifascismo, ficando como imagem mais cruel e emblemática o Holocausto, ou seja, o extermínio sistemático de mais de sete milhões de judeus, ciganos, homossexuais, isso fora dos campos de batalha.

A esquerda diante de tudo isso adotou novas formas, tornou-se rigidamente stalinista ou “ revisionista “, veio o eurocomunismo, mas, muito pouco se fez pela modelagem da ideia de esquerda como transformadora do mundo,  vanguarda do progresso, e, por isso, tolerante,  capaz de retomar caminhos e produzir novas formulações, para que  não viesse a se tornar esclerosada.

O marxismo-leninismo  hoje, é apenas  referencial para  a análise econômica e social, jamais  uma “bíblia sagrada” repleta de dogmas, que se desfizeram na prática e na decadência da  dialética, aquela armadura lógica que pretendeu até incluir os fenômenos da natureza dentro da sua particular e exclusive cosmologia. 

Ah, mas os americanos continuam imperialistas!

Ah, e Putin por acaso é o líder de um país democrático  e solidário ?

Nas atuais circunstancias que atravessa o Brasil, dentro desse tumulto de ódios diversificados ou inominados,  Lula terá de obrigar-se  a não errar, a falar o necessário, e na medida exata para não acirrar a polarização. É preciso  superar as tentações de avanços agora inconvenientes, ou impossíveis, e até mesmo desnecessários.

Conter os ânimos esquerdizantes de certos setores, ainda desconexados  com a realidade politica, daqui, e também do mundo, onde as teses extremistas de uma direita que ressuscita o nazifascismo ganham corpo, preenchendo

exatamente os espaços populares,  que parte da esquerda  não tendo esfregado das mentes suas ferrugens, vem perdendo, ou não consegue ocupá-los.

O papel da esquerda hoje, não é mais destruir o capitalismo, até mesmo porque não existe ainda para ele um sucedâneo com a mínima probabilidade de vir a dar certo. Os exemplos do estatismo absoluto tocado por poderes também absolutistas, são desastrosos. Disso Cuba é a realidade mais próxima. Não adianta fantasiar com o passadismo de uma revolução social feita pelos guerrilheiros da Sierra Maestra, hoje transformada no sacrifício   de três gerações submetidas a um regime  de opressão.

O MST teve um papel preponderante para retirar do meio rural o entrave do feudal-coronelismo ,  mas precisa repensar suas ações, concentrar-se em ´produzir, levar alimentos à mesa dos brasileiros. Invadir áreas da EMBRAPA é absurdo, da mesma forma áreas utilizadas por empresas de celulose, tanto plantadas como a serem usadas no futuro, e até, enquanto isso, poderiam ser usadas sob contrato, provisoriamente, para plantio pelos sem terra de milho ou feijão. Tudo se resolveria com entendimento e diálogo. Também o agronegócio não pode ser visto como inimigo permanente, pelo contrário,  o MST poderia até imaginar uma parceria benéfica aos dois lados.

 O PT terá de entender que as suas ações devem ser afinadas no sentido de não criarem problemas para o governo, principalmente   na sua condução da economia, bem traçada pelo ministro Haddad, com doses  de liberalismo, e admitir que Cuba, Venezuela, Nicarágua são países com quem devemos ter relações diplomáticas e comerciais plenas, mas, sem nenhuma concessão ao caráter ditatorial do trio absolutamente fora do eixo civilizatório.

A esquerda, tanto no poder e mais ainda na oposição, tem de manter acesa a chama da justiça social, do aperfeiçoamento democrático, e isso pode ser feito com a participação de outras correntes de pensamento, da mesma forma como se fez antes, e agora mais recente com as eleições de Lula. O grande erro logo no primeiro governo, foi chamar de herança maldita o legado de FHC.

Há pequenos episódios que geram desgastes desnecessários e fazem esticarem-se as desconfianças. Lula não poderia ter dito agora que na véspera do Dia do Exército, dormiu mal pensando em não comparecer, por causa de mágoas que teve de sufocar. Ele não pode alimentar mágoas,  ele é o comandante supremo das forças armadas brasileiras, as quais tem de tratar sem mágoas, e delas recebendo as continências que lhes são devidas.

Coisas que podem parecer simplórias, como a aquisição de uma cama e de um sofá por uma cifra que para o comum dos mortais   parece astronômica, devem ser evitadas, afinal, o salário herdado dessa herança que de fato é maldita,  mal dá para comprar um catre humilde onde se possa dormir .

Se houve algumas imprecisões nas falas de Lula sobre questões internacionais, pelo menos uma coisa restou positiva: a constatação, pelos Estados Unidos, de que não mais teremos com eles um alinhamento em detrimento dos nossos próprios interesses. Vai longe o tempo em que um improvisado embaixador em Washington, nomeado pelo presidente marechal Castello Branco,o general Juracy Magalhães, que foi político por toda a vida, na primeira entrevista concedida disse: “ O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Mesmo naquela época, início dos governos militares, a frase causou muita indignação, inclusive nas casernas.

As frases, talvez pouco diplomáticas de Lula já revelam os primeiros resultados, Biden, que, diga-se por reconhecimento merecido, foi essencial para deter o ímpeto golpista  que explodiu  no 8 de janeiro,  agora anuncia a liberação para o Brasil de dois bilhões e meio de reais  destinados ao Fundo da Amazônia.

É difícil crer que o governo de Lula  devolvendo  civilidade aos brasileiros, esteja enfrentando dificuldades para explicar-se, para justificar seus atos, enquanto os mais conspícuos integrantes do governo passado estão agora revelando que a sua honra pessoal periclitava diante de um reluzente Rolex, ou mais ainda de brilhantes faiscantes encravados numa joia sedutora.


LEIA MAIS

 


A prioridade da Petrobras agora é aproveitar totalmente o gás

O GÁS E AQUELA ERA POR

CONVENIENCIA   ANUNCIADA

 

O ex-governador Belivaldo Chagas sempre tratou com muita discrição tudo que se referia ao que, descobre-se agora, seria uma fantasiosa era do gás bem próxima de acontecer em Sergipe. O mesmo procedimento tinha o ex- secretário da Indústria e Comércio, o discreto e comedido  professor e engenheiro Jose Augusto Carvalho. Avançou-se muito com a participação de diversos setores, inclusive, com a intermediação feita em Brasília pelo deputado federal bolsonarista  Laércio Oliveira, e Sergipe criou uma legislação para o negócio do gás, que tem servido de parâmetro para outros estados.

Nos antecipamos na legislação, nos preparando para um futuro que não ocorreria no dia seguinte.

Na verdade,  tínhamos problemas gravíssimos a resolver como a reabertura da FAFEN, indústria subsidiária da PETROBRAS há mais de trinta anos localizada em Sergipe, produzindo amônia ureia e outros produtos derivados do gás, e que Temer permitiu que fosse fechada intempestivamente. Alegavam querer privatizá-la, mas para isso nada justificava a paralização. Houve desemprego em massa porque todo o parque de fertilizantes instalado na região da Cotinguiba, sofria  as consequências do encarecimento do insumo, que passou a ser importado.

Veio o tempo tumultuado de Bolsonaro, e a ânsia do negocista Paulo Guedes em acabar, vender, privatizar a PETROBRAS. Não conseguiu, mas fatiou a empresa, e viu, com alegria, a paralização dos campos em terra e mar em Sergipe e Alagoas. Um outro golpe pesado na economia do estado. Belivaldo sequer foi informado da decisão radical tomada pela direção da petroleira. Mas isso era uma característica dos comportamentos usuais do ocupante do governo em Brasília.

Rodando nas suas motociatas, navegando nos jet-skis, cavalgando em meio a multidões que faziam a indecência de pedirem uma ditadura, o ex-presidente tinha, na realidade, pouca dedicação ao trabalho e às tratativas com os assuntos prioritários do governo, mas, Sergipe mereceu a atenção do ex- ministro das minhas e energia o almirante Bento  Albuquerque, aquele que agora trocou a honra, para fazer o contrabando de uma joia , ou propina ,oferecida à primeira dama. Ele foi importante para que se fizesse a transição da FAFEN para a UNIGEL uma empresa privada, que vem melhorando o desempenho da fábrica e tem projetos para a expansão. Passando sempre pela rodovia em frente aquela empresa, o agrônomo Jose Dias, sempre interessado na economia sergipana, diz ter ficado impressionado com a logística da fábrica, que acabou o amontoado de caminhões aguardando carga e perdendo tempo e dinheiro.

Mas, com relação ao gás avançou-se pouco, porque da parte da PETROBRAS não existia maior interesse, e até os trabalhos de prospecção na plataforma que eram essenciais, foram paralisados durante a pandemia, e depois retomados com  inexplicável lentidão.

Agora, finalmente, com a troca de comando da petroleira, ou daquilo que restou da empresa sabotada, chega-se ao X da questão. E a era do gás de fato poderá acontecer num

 horizonte de uns cinco anos. O importante nisso tudo é que  a infraestrutura de gasodutos fique pronta, e o gás finalmente jorre, saindo das entranhas da terra com mais de três quilômetros de água por cima, e as jazidas situadas a uns dois quilômetros no subsolo. Coisa complexa, mas que a PETROBRAS tem toda capacidade técnica para tornar viável. Afinal, foi a PETROBRAS que localizou e hoje explora as imensas jazidas do pré-sal.

O novo presidente da empresa Jean Paul Prates, começando a torna-la mais brasileira e menos servidora do mercado financeiro, p retende adotar uma fórmula essencialmente prática. Hoje, o gás é na sua maioria reinjetado nos poços, por falta de dutos para transportá-lo. A PPSA. Empresa sobre a qual pouco se ouve falar, todavia muito importante, é a Petróleo do Pré-Sal. De todos os lotes concedidos à estatal e às particulares ,ela recebe a parcela do governo representada por   óleo ou gás produzidos. Uma parte desses recursos será destinada a construção dos gasodutos.  Aqui nas águas sergipanas   haverá um navio mãe, que receberá o gás e o transportará até os depósitos em terra. Com a retomada da produção dos antigos poços da  PETROBRÁS em Sergipe, em terra já iniciados, e no mar ainda a ser decidido, a disponibilidade maior de gás acontecerá em breve, mas, com a entrada em operação do sistema oceânico, calcula-se que teremos uma disponibilidade superior a vinte milhões de metros cúbicos diários.

Aí então acontecerá a verdadeira era do gás em Sergipe, que ocorrerá no tempo do atual mandato do governador Fábio Mitidieri. Para isso, foi preciso que acontecessem as ações de um governo voltado para os interesses nacionais, e longe do foco exclusivo em oferecer aos investidores estrangeiros o espólio  de uma gigantesca empresa sendo  dia a dia desmontada.

É preciso começar logo  a tratar  de obter benefícios do projeto de reindustrializar  o país, posto em prática pelo governo federal.

Com gás suficiente poderemos ampliar o nosso polo de fertilizantes, uma meta estratégica diante da dependência internacional , que nos levou a ter graves preocupações  quando iniciou-se a guerra na Ucrânia. Aumentar a oferta nacional de fertilizantes é imprescindível para a estabilidade da agricultura familiar e do agronegócio.

Também é possível imaginar uma siderúrgica em Sergipe. Teremos o gás, quanto ao fornecimento do minério, seria oportuno  analisar a exploração de jazidas em serranias que atravessam Canindé, e ressurgem do outro lado do São Francisco em terras alagoanas. As jazidas existem, foram localizadas e cubadas, no lado sergipano, num dos governos de João Alves, que contratou uma empresa especializada.  Não são exploradas porque não  há a vantagem logística de ter perto uma siderúrgica.

LEIA MAIS



Mitidieri e Felizola, além de aliados, amigos.


QUEM  VAI OCUPAR  NO TC

 A CADEIRA DE CARLOS PINNA

Jose Carlos Felizola, advogado, cidadão  cordial e político por índole e temperamento, já foi indicado por Mitidieri.  Cumprido o ritual da aprovação pela Assembleia Legislativa onde  só não alcançou a unanimidade dos votos porque um deputado não pode comparecer, mas, lhe telefonou dizendo que nele votaria se estivesse presente. Assim, ele já pode marcar o dia da posse como Conselheiro do Tribunal de Contas.

Apenas por este resultado fica revelada a capacidade agregadora de Felizola, uma característica que favorece qualquer indicação , demonstra valor pessoal, e não somente a gratidão que Fábio Mitidieri teve pelo apoio   que recebeu de Belivaldo para a consolidação da sua candidatura. Por outro lado, Fábio e Felizola são amigos, mutuamente se admiram, e trocam ideias sobre governança. Com a experiencia larga adquirida como Secretário da Casa Civil,  nos quase cinco anos de Belivaldo, no curto mandato substituindo Jackson e depois, no segundo, quando foi recordista absoluto de votos. Felizola foi nesse tempo articulador político, coordenador de ações, interagindo com os secretários , e criando sintonia entre as diversas áreas.  Ou seja, teve uma parcela importante pelo sucesso administrativo de Belivaldo.

Com apenas quarenta e um anos, ele terá um tempo alongado como Conselheiro, apenas, trinta e quatro anos.

Ao deixar aposentado o cargo aos setenta e cinco anos, ele e Priscila, serão com certeza bisavós.

Amigos aconselham a Felizola que ele  se reinvente a cada passar de anos, isso para não ser acometido por uma síndrome de fastio do alongado poder. Ele, muito inteligente,  e dinâmico, saberá fazer isso.

Jose Carlos Felizola deverá ter sempre a inspirá-lo a trajetória primorosa do seu antecessor, o sempre lembrado Conselheiro Carlos Pinna de Assis, que, nos anais do Tribunal de Contas e na história de Sergipe, ficará sempre lembrado como um servidor público empenhado em modernizar  a estrutura da administração e dar especial realce aos cargos que ocupou.

 

TÓPICOS

- Difícil contornar uma fatalidade

Na manhã do dia 24 de março houve um grave acidente na avenida Inácio Barbosa, no  ultimo trecho em conclusão ao longo da orla sul da cidade. Ali se encontravam máquinas em operação, mas, tendo as sinalizações que  são exigidas pelas normas de segurança. A atividade de moto-boy talvez se compare, em perigo, ao de um piloto de caça em operação de combate aéreo. A vida é difícil e eles precisam ter pressa para conseguir o sustento da família. Entre eles, infelizmente, acidentes ocorrem com frequência, alguns deles fatais. Foi o que ocorreu no dia 24 de março, quando um moto-boy chocou-se contra uma máquina que estava no canteiro de obras, mas, fora da pista. A obra era executada pela empresa ADPLANT, que tem um histórico de mais de trinta e cinco anos operando no setor de construções.

O acidente, algo extremamente grave, porque todas as vidas importam, e preservá-las deve ser um dever individual e coletivamente assumido, gerou, todavia, algumas interpretações que ocuparam  espaços na mídia. O proprietário da construtora, o administrador de empresa  Edivaldo Dias, assegura que adotou as providencias imediatas no âmbito da lei, e também movidas pela solidariedade humana, e que a empresa está prestando à família todo o apoio necessário.

- Os gestos de Fábio e a repercussão deles

 Quem esteve em Nossa Senhora da Glória na segunda-feira após as festanças do carnaval fora de época, ouviu várias pessoas comentando de forma bastante  favorável a presença do governador Fábio Mitidieri, vestindo um abadá e seguindo um dos blocos. O gesto foi entendido como uma demonstração publica de apoio e adesão a uma festa popular que a cidade realiza todos os anos. E com isso se faz a previsão de que essas atitudes ajudam a tornar popular a imagem de um governador jovem, que não se tranca distante. Aliás, esse é um procedimento que tem sequencia, porque, faz muito tempo  Sergipe não teve nenhum governador distanciado do sentir popular. No governo, Jackson Barreto era carnavalesco por excelência, Albano não perdia uma só festa pública. Belivaldo andava pelas feiras populares, pelos mercados, pelos restaurantes de bairros.

Um outro gesto, este de natureza estritamente política, foi a decisão do governador em viajar aos Estados Unidos, para uma viagem de trabalho levando consigo o vice, Zezinho Sobral. Assim, na linha de sucessão assume o poder o presidente da Assembleia ,o também jovem deputado Jeferson Andrade.

Parece que o poder jovem consolida-se em Sergipe. Para ser bem sucedido o “poder jovem” terá de apresentar bons resultados. E isso, tudo indica, já está acontecendo.
 

-Walmir torna pública a arrogância de Rogério

Francisquinho abre o verbo e Rogério não gosta.


Walmir de Francisquinho, aquele que perdeu a eleição na justiça depois de vencê-la teimosamente no primeiro turno,  numa entrevista, por ingenuidade, despreparo, ou vontade de  revelar uma das facetas do personagem politico Rogério Carvalho , falou sobre um fato  que deixa bem definidas a empáfia e a arrogância do senador.

Segundo Francisquinho, para apoiar a candidatura a governador de Rogério, após derrota-lo no primeiro turno, e ter seus votos anulados, não houve, como se chegou a propalar, aquele  forte atrativo monetarizado; apenas , ele acreditou na  palavra de Rogério, que ter-lhe-ia prometido  interferir na Justiça para evitar a sua inelegibilidade. Ao que tudo indica, Walmir de Francisquinho teria sido esquecido por Rogério, daí,  deixar bem claro  que de agora em diante com ele não tem mais compromisso, e dele não quer mais ouvir promessas.

  Uma over- dose de promessas não cumpridas, e arrogâncias sem resultados, pode ser fatal para carreiras políticas demasiadamente ambiciosas.
 

-João Daniel mostra prestígio


O prestígio do deputado e o filho nomeado.

 

Um dos filhos do deputado federal João Daniel, que integra a liderança nacional do MST , acaba de assumir a direção em Sergipe do Ministério do Desenvolvimento Agrícola. Prestígio do pai, sem dúvidas, mas,  Camilo Daniel o filho nomeado, além de ser um dos integrantes do MST tem sólida formação acadêmica.  Possui mestrado em letras e doutorado em Sociologia.

Tendo esse currículo, com ou sem o prestigio do pai, ele está plenamente qualificado para exercer qualquer cargo público, ainda mais agora, num governo que valoriza a cultura e a ciência.

Voltar