Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
A FAFEN FECHA, O DESASTRE COMEÇA A ACONTECER AGORA
01/02/2019
A FAFEN FECHA, O DESASTRE COMEÇA A ACONTECER AGORA

Chegou, nas primeiras horas da noite de 31 de janeiro, tal como estava escrito na agenda exdrúxula da cúpula da PETROBRAS, a determinação para que os gestores da Fábrica de Fertilizantes Nirtogenados de Sergipe, a FAFEN, fechem as suas portas e comecem aquela ¨hibernação¨, anunciada pelo mal-sucedido ex-dirigente da estatal, Pedro Parente.

Fechou-se, com a contundente decisão uma página da historia de Sergipe. Essa página começou com a exploração econômica dos nossos minérios, iniciada no governo do presidente general Ernesto Geisel e seguida pelo presidente general João Baptista Figueiredo.

Não estão mais vivos para assistirem o fim de uma lúcida e generosa esperança, políticos, intelectuais, jornalistas, professores, economistas, tais como: Aloísio de Campos, Augusto Franco, Lourival Baptista, Jaime Santiago, Paulo Barbosa de Araújo, Juarez Alves Costa, Jaime Santiago, Orlando Dantas, Chico Rosa, Jose Rosa de Oliveira Neto, Walter Baptista, Passos Porto, Seixas Dória, Paulo Barreto de Menezes, Celso de Carvalho, e tantos outros.

Fechada a FAFEN, inviabiliza-se o funcionamento de todo o parque de fertilizantes de Sergipe, (a Hering anunciou uma parcial desativação) inviabilizam-se empreendimentos diversos que se multiplicaram na área, fecha-se um ciclo de atividades seguras para dezenas de transportadores, caminhoneiros principalmente. Enfim: surge o fantasma assustador das falências e do desemprego em massa.

Resumindo as proporções da tempestade, um cidadão nascido quando sua terra, Laranjeiras, já vivia o clima de progresso gerado pela FAFEN recém instalada disse: “ Aqui, do cabaré até as igrejas, tudo vai fechar as portas".

E explicava a frase, estranha e aparentemente desrespeitosa: “De agora em diante ninguém vai ter dinheiro, nem para gastar na farra noturna , nem para ajudar o pastor ou o padre a manterem as suas igrejas".

É o retrato mais contundentemente realista da realidade.

Na Bahia, a Justiça Federal acatou pedido de liminar formulado pelo Sindicato dos Trabalhadores da FAFEN baiana. Aqui, o sindicato similar tomou uma iniciativa semelhante, mas, a Justiça Federal não atendeu o pedido até a hora limite para a desastrosa ¨hibernação".

O governador Belivaldo Chagas vai fazer um apelo direto ao presidente Bolsonaro para que ele interfira, e evite a calamidade, permitindo que a FAFEN permaneça em funcionamento até que surja um grupo empresarial interessado em arrendá-la, como está proposto no edital já publicado.

Consumatum est?

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