Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
A “ESQUERDA ENFERRUJADA” FAZ MESURAS A UM DITADOR
01/06/2023
A “ESQUERDA ENFERRUJADA” FAZ MESURAS A UM DITADOR

NESTE BLOG

ARTIGOS:

- A “ESQUERDA ENFERRUJADA”
 FAZ MESURAS A UM DITADOR
- QUANDO VALEM OS 14 BILHÕES  
  DE  BARRÍS DE PETRÓLEO?
-O GRANDE CASSINO BRASIL 
  A TERRA DO JOGO DO BICHO

TÓPICOS:

- A ANISTIA E O DEBATE
- UMA HOMENAGEM A ALBANO
- CAMILO E O SEU LIVRO EM ITALIANO
- CIGARRO, UM VÍCIO EM EXTINÇÃO
- A UNIGEL, QUE COISA ESTRANHA
- O GENERAL HELENO E A COMPOSTURA


A “ESQUERDA ENFERRUJADA”
FAZ MESURAS A UM DITADOR 
    
   
O ditador venezuelano chega ao Brasil e agride jornalista brasileira.

O terceiro mandato agora exercido pelo presidente Lula é, exatamente, o resultado da frente ampla formada pelos setores democráticos não acovardados, e enojados com os arreganhos autoritários do capitão fascinado por joias. Eleito Lula, um político experiente e com tradição conciliadora, o que se esperava dele?
Em primeiro lugar,  o entendimento claro sobre um terceiro mandato totalmente diverso dos dois  que exercera antes. Não só pela atual correlação de forças que é adversa, como também pela conjuntura internacional, muito mais complexa hoje.
Lula teria de ser essencialmente um pacificador, mas, isso não se faz apenas com palavras, e de forma esporádica, teria de ser um exercício diário de tolerância e esforço harmonizador. E isso requer sabedoria, discernimento para avaliar os avanços possíveis, e os campos minados que, por uma questão de prudência devem ser evitados, ou postergados.
Lula,  é  nome que merece respeito internacional, tem transito fácil,  até festejado na maioria dos países, e possui importantes relacionamentos. Por outro lado, o Brasil, embora tenha sofrido a debacle econômica dos últimos anos, e uma perda civilizatória ao longo dos trambolhões desconexos do ex- presidente transtornado , é um país que já conquistou a importância geopolítica que o diferencia, e o faz ouvido pelo mundo.
Lula fez retornar o protagonismo internacional do Brasil, que, ao contrário do energúmeno ex- chanceler Ernesto Araújo, não tem a vocação suicida de ser um pária no mundo. Reabriu diálogos, tomou iniciativas, restabeleceu pontes. Teria feito muito mais com a simpatia e carisma que o envolve, se o seu discurso transitasse numa linha reta de coerência com aquilo que exatamente pretende ser: um internacionalista pacificador,  e um brasileiro em busca de mercados.
Para essa missão lustrou os seus ternos, refez o visual, tornou mais cativante os sorrisos e os abraços, mas, deixou que envelhecesse ou caducasse o verbo. E a palavra mais do que tudo é o grande móvel da diplomacia. E Lula, nas atuais circunstancias estaria necessitando de um verbo enxuto, e, sobretudo, em sintonia fina com as suas anunciadas e corretas pretensões. Pretensões apoiadas pelos brasileiros sensatos, que não  se sentiriam confortáveis em um país isolado, ou em permanente atrito com o mundo,  aguardadas também pelo mundo, que   nos enxerga como um país capacitado a expandir  benéfica influência nas questões  cruciais do planeta.
Lula, sem exagerar, enxergou-se entre os mediadores deste desastre de  uma guerra outra vez assolando a Europa,  colocando em campos opostos os dois grandes blocos detentores das chaves sinistras que abrem as portas do Armagedon . Mas, acabou falhando no verbo. E verbo refeito ou reinterpretado, não restabelece confiança. Tinha tudo para efetivamente ser um dos mediadores com trânsito livre. 
Agora, o tratamento especial conferido a Maduro, foi muito além de uma esperada cortesia diplomática, que marcaria o reingresso da Venezuela entre os países com os quais mantemos relações. O rompimento foi um ato  de mera truculência e voluntarismo de um presidente que nunca acreditou em diplomacia, muito menos  nas vantagens que a boa convivência pode gerar para ambos os lados.
Tínhamos um comércio com a Venezuela superior a seis bilhões de dólares que desabou para menos de um bilhão.
Mas, quem é um produto da democracia e da própria resistência democrática, como é o caso de Lula, e do seu governo, não pode substituir o nojo devidamente contido por conveniência e circunstância , pela revelação descabida  de simpatia, por mais recôndita que seja, com um regime cuja imagem real não pode ser ocultada com a dubiedade de qualquer palavra que não seja, simplesmente, ditadura.
A foto  de Lula ao lado do Maduro, o aperto de mão, e o diálogo reencetado marcaria, sem dúvidas, um novo passo na diplomacia brasileira, um protagonismo essencial   girando, exclusivamente, em torno dos nossos interesses maiores, com um vizinho do qual nos separa uma fronteira seca de mais de dois mil quilômetros, e onde permeiam gravíssimos problemas de segurança, inclusive a hipótese de narcotraficantes  operando junto com parcelas das forças  armadas bolivarianas. Mas, a Venezuela, onde estão as maiores jazidas do planeta, recomeça a vender petróleo aos Estados Unidos,  e a sua população de quase 30 milhões de habitantes certamente terá um acréscimo de renda,  voltando a ser um mercado atrativo para os nossos produtos. E é preciso também estabelecer o calendário das parcelas dos bilhões que nos deve  o até agora caloteiro e despreocupado Maduro. Pagar  o que nos deve fornecendo ao estado de Roraiama a energia excedente de uma  usina venezuelana, parece piada.  Com a reduzida capacidade de consumo daquele estado, chegar aos dois ou mais bilhões de dólares, vai exigir tempo.

Lula, poderia ser uma ponte confiável, mediando interesses americanos e venezuelanos e semeando a paz, agregando valor à nossa democracia, ampliando a projeção no mundo de um Lula Estadista. Mas, que pena, sobre a  latinoamérica,  imenso e sofrido palco onde mais espinhosamente transcorre o drama humano,  ele preferiu o ensebado discurso que transforma em heróis quaisquer aventureiros,  bastando que atribuam todas as nossas desditas ao imperialismo americano, mesmo que, à frente de suas hordas armadas, se transformem em autocratas assassinos,  e levem  bilhões de dólares para a proteção dos paraísos fiscais.
Com as mesuras que fez a Maduro, Lula gerou descontentamento entre a maioria dos governantes sul- americanos, dois deles, o chileno Boric, de esquerda, e o uruguaio Lacalle  de centro direita, externaram publicamente  o desagrado, e para o jantar oferecido no Itamaraty, só cinco compareceram.
Ou seja, dessa forma se vão as pretensões internacionalistas de Lula, enquanto aqui, ou se faz uma troca de percurso, ou os caminhos estarão fechados ,e não haverá Pai de Santo que dê jeito. E não estaremos livres de chantagens e sustos como o que aconteceu na noite dessa quinta -feira dia 31, quando, sem a aprovação de uma MP, o governo acordaria dissolvido.
É lamentável que isso ocorra, porque Lula, com a experiencia de dois mandatos, com a visão social que poucos como ele possuem, e a enorme capacidade de agregar e  conciliar dialogando, poderia ter exercitado ao máximo essas suas raras qualificações, sem vaidades nem revanchismos, para que possa retirar o Brasil desse atoleiro de ódio e insensatez onde estagnamos.
É preciso acreditar que uma mudança benéfica ainda poderá acontecer, apesar da tormenta que nos ameaça.



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QUANDO VALEM OS 14 BILHÕES  
   DE  BARRÍS DE PETRÓLEO  ?


O Brasil não pode desperdiçar uma jazida de 14 Bilhões de petróleo.

 As reservas de petróleo em águas profundas do Atlântico a 540 quilômetros do estuário do rio Amazonas são preliminarmente avaliadas em torno de 14 bilhões de barrís. Se considerarmos apenas as jazidas de óleo e estimarmos o preço médio em 60 dólares o barril, chegaremos a uma cifra de 840 bilhões de dólares. Levando-se em conta que haverá também a produção do gás, a cifra ultrapassaria em muito a casa do trilhão de dólar. O PIB brasileiro anda costeando em torno de um trilhão e seiscentos bilhões de dólares, a exploração desse potencial erroneamente chamado de amazônico, se feita ao longo de vinte anos daria um expressivo acréscimo ao nosso produto.   Se os royalties pagos  ao governo federal pela agora vetada exploração revertessem em benefício  da Amazônia, os mais de vinte milhões de brasileiros que ali vivem ganhariam um patamar razoável de qualidade de vida, e haveria recursos para combater o desmatamento, o garimpo ilegal, onde aparecem as digitais de narcotraficantes.
No Brasil explora-se petróleo no mar desde que em 1968 começou a produzir uma plataforma da PETROBRAS, quase em frente ao estuário do Rio Sergipe. Desde então, dezenas de plataformas operaram, até começar o desmonte da estatal no governo Temer e continuar no período de Bolsonaro. Em Sergipe a exploração sempre foi em águas rasas, nunca superiores a trinta metros de profundidade em locais de onde se avistavam as praias.  Exceto no campo Guaricema, mais recente, que operava em distancia e profundidades maiores. Agora, os novos poços surgirão a distancias entre 80 e 90 quilômetros da costa, em profundidades superiores a três mil metros. Não se tem conhecimento nesse mais de meio século de produção no mar de algum acidente de grandes proporções que viesse a ameaçar gravemente nossos ecossistemas. No início, quanto tudo era novidade, ocorreram alguns esporádicos e pequenos vazamentos no sistema de oleodutos, inclusive os que faziam operar o Terminal onde se abasteciam os petroleiros. Frequentemente apareciam manchas de óleo que eram retiradas das praias.
Nada porém com a intensidade do ainda hoje misterioso derrame de óleo que em 2019 contaminou as praias do nordeste do Ceará até a Bahia, , e Sergipe foi duramente afetado. Mas as equipes de resgate impediram que o óleo atingisse os manguezais.
Teria sido um petroleiro grego clandestino que provocou a calamidade. Existem campos de exploração de óleo e gás em águas profundas no Brasil na bacia de Santos, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, Bahia, em Sergipe ,  Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte. Não há registros de acidentes com grandes derramamentos de óleo. 
No Golfo do México, nos Estados Unidos, também há mais de um século existem centenas de plataformas produzindo petróleo, ali já houve três ou quatro vazamentos de grandes proporções, nenhum deles nos últimos vinte  anos, quando as técnicas se sofisticaram. No hemisfério norte, ao largo das costas da Noruega, da Inglaterra, da Islândia, há portentosas instalações de exploração de óleo e gás no mar.  Sabe-se do cuidado, do zelo extremo que os noruegueses têm com o meio ambiente, mas, com a exploração no mar a Noruega tornou-se um dos países mais ricos do planeta, e os pouco mais de quatro milhões de noruegueses conseguiram formar um fundo soberano superior a um trilhão de dólares, que os fazem detentores de elevadíssima renda per capita.
Para que houvesse absoluta segurança em relação a vazamentos de óleo seria preciso proibir em todos os oceanos e mares a passagem dos petroleiros, inclusive mastodontes carregando mais de quatrocentas mil toneladas. Um deles, que há uns quarenta anos afundou no Alasca, causou o maior desastre ecológico já registrado no Ártico, e nos biomas especiais daquele estado americano, onde agora também alí, que é um santuário ecológico vai haver produção de petróleo autorizada por Biden, que se define como ambientalista e defensor planetário da causa.
O que se deve exigir da PETROBRAS é a apresentação de um documento completo e consistente sobre os protocolos de segurança que serão adotados na franja oceânica equatorial, nome mais pertinente do que foz do Amazonas.
As populações da Amazonia devem receber do petróleo e gás da área equatorial benefícios comparáveis aos que recebem os noruegueses com a exploração no Mar do Norte. 
Lula não irá perder essa oportunidade de oferecer um grande futuro aos amazônidas, agora envenenados pelo mercúrio que escorre pelos rios onde fazem o garimpo ilegal de ouro.

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O GRANDE CASSINO BRASIL 
A TERRA DO JOGO DO BICHO


No cassino Brasil, jogo do bicho é contravenção

Ao contrário de muitos países que sofreram pesadamente com a Segunda Guerra Mundial ( 1939 – 1945) para o Brasil que dela participou em reduzida escala, e teve relativamente poucas perdas a lamentar ( as maiores delas aqui em Sergipe ) na verdade, o conflito planetário nos trouxe inéditas vantagens. Recebemos muitos dólares pelas vendas de matérias primas, no início, de ambos os lados. Começamos a nossa industrialização, modernizamos nossas Forças Armadas que eram totalmente  sucateadas. O Rio De Janeiro tornou-se uma capital florescente , virou destino preferido de figuras Vips. Orson Wells  e Walt Disney famosos cineastas vieram filmar no Brasil. Fred Astaire aqui veio dançar com Ginger Rogers nos salões do Copacabana Pálace. O Rio tornou-se uma festa, e os cassinos regurgitavam,  o pano verde e as roletas faziam movimentar fortunas e geravam milhares de empregos. As poderosas preeminentes  figuras do Estado Novo eram adeptas do carteado. O Rio  ofuscava Buenos Aires, antes a “capital” da América do Sul.
Finda a guerra, a alegria aumentou, e as apostas triplicaram. Então, durante o enfarruscado  governo Dutra o piedosíssimo Cardeal Dom Jaime Câmara, que nunca fora ver de perto uma favela, acercou-se da primeira dama a piedosa Dona Santinha, pedindo-lhe que salvasse o Brasil da degenerescência moral começando pelo fechamento dos cassinos, e tornando o jogo de azar uma atividade para sempre proscrita. Dutra obedeceu. O Rio de Janeiro faliu, tornou-se um túmulo erigido ao moralismo tacanho. Houve fome, desespero e ranger de dentes, e muitos suicídios.  Sobre a fome que foi ampliada nas favelas, e até na classe média decaída, ninguém comentava.
Banidos a roleta e o carteado, o modesto Jogo do Bicho foi sobrevivendo, pagando aqui e ali um pedágio à polícia. Em Aracaju, um conhecido e muito bem relacionado banqueiro do jogo do bicho, homem alto e corpulento, era visto durante os fins da tarde subindo as escadas da Secretaria da Segurança sobraçando uma pasta onde transportava “para uso da polícia “ o “ dízimo” do “ barato” auferido.
Os cassinos ressurgiram “ ocultos “ nos balneários luxuosos, e quem não os frequentava o fazia na tranquilidade do Uruguai, onde também celebravam casamentos legais os aqui desquitados, sem o divórcio que o Cardeal também não permitia, por nele enxergar a família cristã chafurdando no pecado.
No período militar, não muito afeito a conselhos cardinalícios, os jogos de azar permaneceram proscritos, mas, sem tornar-se legal foi disseminado pelas loterias estatais a cargo da Caixa Econômica , e permanecem até hoje, gerando empregos e renda.  A massa, que não quer mais rebeliões, prefere mesmo fazer suas  “fezinhas” semanais,  ou diárias, e sem esquecer os números da bicharada, acalenta a esperança de que um dia alcançará a riqueza, e assim, a vida continua mansa e menos desesperançada.
Mas agora nos invadem jogos variados e vindos de nacionalidades diversas. Aqui, encontraram parceiros, e embora não paguem impostos criam empregos, e vez por outra levam a ilusão da riqueza a algum lar empobrecido. O governo Lula vai criar para todos eles algum imposto, e é justo que assim proceda. Mas a ideia da legalização do jogo cognominado de azar, como se houvesse algum da sorte, e por sinal todos agora assim se autodenominam, permanece em discussão, e se por ele o centrão se interessar, vencendo a resistência das chamadas igrejas pentecostais, é possível que retornem os cassinos a acenderem sem restrições as suas luzes, em áreas especificas. Mas, a “ resistencia “ dessas denominações político-religiosas anda agora mais fraca, depois da espetacular falência do pastor Valdomiro, que para completar levou um golpe de oitocentos milhões de reais, aplicado pela própria filha. O que só faz confirmar o dito popular sobre ladrão que rouba ladrão. E tem mais ainda, aquela cocaína, 300 quilos, transportada por um avião de uma igreja. Igreja ? Pertencente aliás a ninguém mais ninguém menos do que um tio da senadora por Brasília,   Damaris Alves, a que viu Jesus, trepado numa goiabeira, dileta amiga da pastora agora enjaulada,  Flor de Liz, por ela apontada como um exemplo para a mulher brasileira, e por ela levada à intimidade do palácio Alvorada, quando nele residia a senhora Michele, fervorosa defensora de “pastores”, como aquele que levou a sua quadrilha ao Ministério da Educação.

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TÓPICOS

A ANISTIA E O DEBATE
A respeito do comentário que fizemos aqui sob o título, Para arrefecer Tanto Ódio Uma Anistia Ampla Geral e Irrestrita, surgiram comentários diversos postados por políticos, juristas, jornalistas, pessoas interessadas no tema, quase todas, todavia, entendendo que em algum momento deverá ser assinado pelo  presidente Lula  um decreto de anistia, mas, fazendo ressalvas sobre  a abrangência irrestrita, considerando que os autores do vandalismo de 8 de janeiro não podem merecer o generoso indulto.



UMA HOMENAGEM A ALBANO

Albano ao lado de duas grandes amizades, Mirian Ribeiro e Fabiano Oliveira 

Da Câmara de Vereadores de Aracaju o ex-governador Albano Franco recebeu a maior homenagem configurada na Medalha do Mérito Parlamentar Ordem Gran- Cruz. Homenagem a Albano é sempre uma oportunidade para que em torno dele se junte uma grande quantidade de amigos, e foi o que aconteceu. O autor da propositura o vereador Fabiano Oliveira,  que foi Secretario de Turismo no governo de Albano, e é um dos que fazem parte da sua roda mais próxima de amigos. O irmão de Albano o industrial Osvaldo Franco, falou em nome da família, que estava toda ela presente.

CAMILO E O SEU LIVRO EM ITALIANO

O escritor Antônio Camilo vai a Roma para o lançamento do seu livro em italiano 

O advogado Antônio Camilo é também escritor, poeta, hoje, um dos mais prolíficos biógrafos de Sergipe, é também teólogo e militante católico, um Leigo Consagrado da Família do Imaculado Coração de Maria. Ele escreveu um livro sobre a Congregação religiosa à qual pertence. E este livro traduzido para o Italiano sob o título , La Famiglia del Cuore Imacolato di Maria in Brasile, será lançado na Europa com eventos em Roma e Lisboa  nos meses de junho e julho, dias 25 e 17. A um desses lançamentos Camilo estará presente ao lado da sua família.
 Ele está concluindo agora uma biografia do ex-governador Antônio Carlos Valadares, com lançamento previsto para o final deste ano.
ANDRE, O PAI DE YANDRA

CIGARRO, UM VÍCIO EM EXTINÇÃO

A sensualidade e o cigarro

No Brasil, principalmente, o vicio do cigarro caminha para a completa extinção. Em 1972, quando o senador sergipano Lourival Baptista iniciou uma campanha contra o fumo ( cigarro ) principalmente, o hábito de fumar alcançava quase sessenta por cento da população masculina, e avançava muito entre as mulheres. Era até glamouroso ,  poético, e havia a maviosidade da música, smoke gets in yours eyes. Quem, no êxtase de um encontro, sorvendo um Cuba Libre, não sentiria o enlevo do rosto ansiado, emoldurado pela fumaça translúcida, sugerida com a languidez  feminina da tentação ? 
Evidente, nesses momentos ninguém iria pensar que existiam pulmões.
As mulheres deliciavam-se com as  baforadas de Humphrey Bogart, Ava Gardner, sugava e acariciava na boca um cigarro, como se estivesse.......
Desconstruir essa mística,  dando lugar à realidade do câncer, corroendo corpos, era uma empreitada quase impossível. E por trás de tudo havia o poderio de uma multinacional, que, ao contrario do que o nome sugeria, não era de seu Souza nem de seu Cruz, mas, do grande conglomerado  fumajeiro da British Tobacco Company. Quando Lourival começou sua campanha seus próprios assessores não acreditavam  que poderia dar resultados. E deu. Houve avanços progressivos, até que um Ministro da Saúde hoje pouco lembrado, o senador Jose Serra, tomou as medidas mais duras de  restrição, e fumar hoje é até deselegante, para não dizer deseducado . Lourival Baptista em vida,  ainda teve a  satisfação de constatar que a sua teimosa e inicialmente desacreditada campanha, deu resultados, e foi reduzida a enorme mortalidade resultante do habito generalizado de fumar.
Comemorou-se, semana passada, o Dia Sem Cigarro, um alerta que continua, até que o último cigarro de tabaco venha a ser apagado.

A UNIGEL, QUE COISA ESTRANHA

A unigel parece mesmo que quebrou 

Há alguma coisa de estranho com essa empresa UNIGEL que assumiu o controle da extinta  FAFEN subsidiária da PETROBRAS em Laranjeiras, SE. Um grupo industrial de grandes proporções arrendou a fábrica que havia sido extemporaneamente paralisada,  entre os descaminhos do governo Temer e a sanha avassaladora de por fim à petroleira estatal. Começou muito bem, ampliou a produção, resolveu antigos problemas de logística , e fez tudo isso dentro de um planejamento que fixava o preço do seu principal insumo na base em que fechou o negócio. O preço não aumentou, foi até reduzido e a UNIGEL fecha as portas sob a alegação fajuta de que não é mais competitivo operar com o preço atual do gás.
Se não houver uma rápida solução  para o impasse, sem a participação  agora suspeita da UNIGEL, o prejuízo não será apenas de Sergipe, mas alcançará também o florescente agronegócio brasileiro, agora mesmo, responsável pelo crescimento anunciado para o PIB deste ano. O agronegócio , da mesma forma que a agricultura familiar, precisam ter a segurança do fornecimento de fertilizantes nacionais ser ampliado. E assiste-se, no momento em que o governo Lula anuncia um projeto de reindustrialização tocado pelo vice -presidente e Ministro Geraldo Alckmin , uma indústria estratégica cerrar as suas portas usando argumentos absolutamente inconsistentes, e até ofensivos, pelo menos à inteligência dos sergipanos.

O GENERAL HELENO E A COMPOSTURA

O General Heleno e os males que Bolsonaro causa 

O general Augusto Heleno sempre foi um oficial respeitado e com elevado conceito no Exército. A convivência estreita que teve com Bolsonaro o fez, lamentavelmente, adotar alguns procedimentos incompatíveis com a sua formação, e até mesmo dissonantes dos seus conceitos de compostura.
Agora, prestando depoimento à Polícia Federal , ele afirmou que o ex-presidente Bolsonaro fez apenas uma “ brincadeira “ quando investiu contra as instituições e ameaçou o Supremo Tribunal Federal.
Desde quando,  um  Chefe da Nação e Comandante Supremo das Forças Armadas, pode tratar sobre assuntos institucionais sérios e relevantes, em tom de brincadeira, ou de pura molecagem ? 
O general Heleno, na ânsia de demonstrar uma lealdade, aliás indevida, ao ex-presidente, cujos filhos o insultaram por diversas vezes, parece que está  “brincando” com a sua própria e honrada biografia.
Não há  dúvida , Bolsonaro é um demolidor de princípios, coerências, e reputações.

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