Os funcionários da COHIDRO estão incluídos entre aquelas pessoas mais interessadas no sucesso e no bom nome da empresa, são eles, com certeza, os mais preocupados com a imagem pública do local onde trabalham. A COHIDRO presta serviços relevantes à sociedade, e a sua "matéria prima" é exatamente a água, o primeiro dos quatro elementos fundamentais da natureza, ao lado da terra, ar e fogo.
Na vida cotidiana, talvez até as pessoas não se apercebam do quanto essencial é a água. Os habitantes das cidades só adquirem consciência disso quando o fornecimento é interrompido, e o liquido aparentemente tão farto some das torneiras.
Nós, citadinos, e litorâneos, onde o mar embora salgado nos passa a ilusória ideia de infinitude do elemento líquido, e onde as chuvas são regulares, talvez, estejamos necessitando de um curto estágio, não muito longe, por aqui mesmo, relativamente perto, no semiárido sergipano, onde, nos locais mais isolados, quando um caminhão-pipa atrasa, não há banho, não há como dessedentar gente e bichos.
Dessa forma, ao ser anunciada a recuperação de uma barragem que teria água, mesmo de má qualidade para os rebanhos, para o uso doméstico; o banho, a cozinha, o lavar roupa e pratos, a notícia foi recebida quase como se fosse o anuncio de uma vida nova.
Quando nada acontece, e a noticia alvissareira se transforma em frustrante decepção, o sertanejo, por índole já desconfiado, aumenta a sua descrença e se torna mais um desesperançado e desiludido.
Se já andava com um pé atrás em relação à política e aos políticos em geral, algo como o inexplicado caso da barragem da Barra da Onça em Poço Redondo, que permanece da mesma forma, após a farsa de obras não concluídas, e a suspeita do destino incerto dado a oitocentos mil reais, o sertanejo, que ouviu e acreditou na promessa, vai além da descrença e se torna um revoltado, principalmente pela ausência completa de qualquer explicação; ou, de uma justificativa a ser apresentada pela direção da COHIDRO diante da deplorável cena de um canteiro de obras abandonado, e do material que seria utilizado para a vedação dos pontos de vazamento sendo retirado de forma abusiva, mesmo à luz do dia, o que transmite a sensação de irresponsável desleixo.
Enquanto isso, o presidente da empresa permanece quase a sete chaves trancado no seu hermético silêncio, numa demonstração de insensibilidade ou incapacidade gerencial para explicar, de forma clara e convincente o que aconteceu, e aonde foram parar os oitocentos mil reais da obra inconclusa.
Na administração pública há algumas exigências que não podem ser desprezadas, entre elas a publicidade e a transparência.
Deu-se a necessária publicidade à obra, divulgou-se o projeto, explicou-se o que deveria ser feito. Na placa enorme junto ao canteiro de obras, está, como determina a lei, gravado em letra de forma o prazo de conclusão e o valor do investimento aplicado.
O dirigente da COHIDRO assegurou ao então governador Belivaldo que ele no ultimo mês do seu governo poderia, tranquilamente, inaugurar a barragem recuperada, e com certeza quase cheia, em consequência das chuvas caídas no mês de novembro. Belivaldo , um dia antes da programada "inauguração", soube que nada havia sido feito, em consequência, não haveria nada a inaugurar.
Também escasseava o tempo para a abertura de inquérito administrativo, a apuração inicial de responsabilidades. Logo em seguida soube-se que o presidente da empresa iria permanecer no cargo.
Restaria ao diretor- presidente sair do casulo supostamente protetor do seu mutismo, onde enfiou-se, e prestar os esclarecimentos devidos ao governador Fábio Mitidieri, que o renomeou. Quando assinou o ato, confiando na capacidade administrativa do reconduzido, o governador, tanto como o seu antecessor, não tinham conhecimento do que acontecia naquela barragem sertaneja na isolada e distante Barra da Onça. Mas ele, o diretor-presidente, deveria estar acompanhando de perto o desenrolar da obra. Afinal, eram 800 mil reais que estavam sendo gastos.
Para honrar a confiança recebida o diretor-presidente precisa, de início, demonstrar, provar, garantir, que são infundadas e inexistentes as graves denúncias e fortes suspeitas, surgidas em consequência das obras onde já vazou completamente a água, e “ vazaram ,“ também, oitocentos mil reais.
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LULA EM SERGIPE, É BOM TER UM MINISTRO EM BRASÍLIA
Coisa rara, um presidente em Sergipe e anunciando realizações.
No menor dos estados brasileiros, com pequena população, economia acanhada, e representatividade política destituída de expressão, a passagem de presidentes por aqui é coisa rara, ou mesmo inusitada.
Lula, antes de completar dois meses de governo chega a Sergipe nessa quarta-feira, 15. E não será uma simples visita. Ele virá anunciar o destravamento da obra de duplicação da BR 101, que se arrasta há quase trinta anos, e transformou-se em motivo de promessas e farsas.
Desta vez, seria imperdoável que a promessa viesse a se transformar em nova desilusão, em mais uma encenação para efeito político.
Lula vai anunciar também a duplicação da Br-235, inicialmente no trecho Aracaju- Itabaiana.
O presidente anunciará ainda a prioridade para o Canal de Xingó.
Esse canal com mais de 300 quilometros, começa no sertão baiano às margens do São Francisco e, na melhor das hipóteses, quando ultrapassar a divisa com Sergipe já terão transcorridos quatro anos. Se um dia vier a ser concluído , ótimo. Lembrando que um canal semelhante com dimensão menor em Alagoas, se arrasta há mais de vinte e cinco anos.
Precisamos, com urgência, produzir mais leite para atender ao polo industrial aqui já funcionando, e com perspectivas de ser ampliado. Não podemos ficar esperando pelo anunciado e caríssimo Canal de Xingó, quando poderíamos começar, pontualmente, a levar água para as bacias leiteiras que só dependem dela para que possam aumentar a produção. Exatamente o que acontece em Santa Rosa do Ermírio, que dorme e acorda sonhando com a construção da Adutora do Leite, levando água do São Francisco até aqueles currais ou moderníssimas instalações de onde saem mais de 150 mil litros de leite diariamente.
Sem duvidas a vinda de Lula a Sergipe é algo a ser festejado pelo governador Fábio Mitidieri, que estabeleceu a indispensável ligação com Brasília, diretamente com Lula, e nisso tem a participação pressurosa do Ministro Márcio Macedo.
Um analista da politica sergipana com a tarimba e o quilate de Diógenes Brayner já antecipa uma aliança formal entre o PSD e o PT, tendo em vista resultados práticos no campo administrativo, e outros muito esperançosos para 2026, com a reeleição de Mitidieri, e o Senado federal tendo dois postulantes: Edvaldo Nogueira e Márcio Macedo.
O que fica bem claro é a vantagem de ter um sergipano ao pé do ouvido do presidente, como vem a ser o caso de Márcio Macedo junto a Lula no Planalto.
Márcio Macedo não desperdiça a proximidade com o presidente, e a utiliza para dar atenção e realce aos nossos pleitos. Mitidieri, ágil, não perde a oportunidade.
UM RESUMO DA VINDA DE PRESIDENTES A SERGIPE:
Sempre foram raras as vindas de presidentes da República a Sergipe. Comecemos por Getúlio Vargas, o que permaneceu por mais tempo no poder.
Getúlio, nos 15 anos de seu tempo autoritário esteve em Aracaju uma única vez. Hospedou-se no Olímpio Campos recepcionado pelo amigo e leal seguidor o Interventor coronel Maynard Gomes. Jantou na casa do genro de Maynard, o empresário Jose Garcez Vieira, que era também um bom Prefeito nomeado de Aracaju. Sua esposa, Lígia, transmitiu à filha Liginha,na época criança, e agora viúva do excepcional cidadão que foi Matias Paulino, todos os detalhes daquela coisa raríssima de um presidente numa residência aracajuana.
Juscelino Kubitschek no seu mandato de cinco anos veio só uma vez a Sergipe. Em 1958 desembarcou de um Convair da VARIG em Aracaju para inaugurar o aeroporto Santa Maria, e depois a ponte da Atalaia, à qual seu adversário o governador udenista Leandro Maciel que a construiu com verbas federais, homenageou o presidente, dando-lhe o nome. JK chegou sorridente, conversando com aliados e adversários, e muito tranquilo não revelou que o avião da Presidência da República, um quadrimotor turbo - hélice Viscount, fora sabotado e ele correra risco de vida. Mostraram-se eficazes as miudezas radicalizadas da politica sergipana, e JK retornou da ponte ao aeroporto, desculpando-se com o governador Leandro Maciel por não comparecer ao almoço em palácio que seria realizado em sua homenagem. Ficaram todos os importantes convidados, quase insultados com o forfait presidencial.
Tempos depois Albano receberia em sua casa de praia o amigo presidente Fernando Henrique Cardoso, que passava férias, e não chegou a dois dias, tendo de viajar em desabalada carreira em meio à crise financeira que explodira, indo aos Estados Unidos em busca de dólares para evitar o colapso brasileiro.
Em campanha eleitoral, Luiz Garcia recebeu em Palácio Jânio Quadros, que ficou hospedado por algumas horas no Olímpio Campos, aguardando o comício que faria à noite na Praça Fausto Cardoso. Jânio cometeu a deselegância de enfiar-se num quarto com três assessores, e juntos consumiram 3 garrafas de uísque.
Bêbado, fez um impressionante discurso, sintetizando todos os principais problemas de Sergipe. Falou até sobre uma imensa jazida de mármore em Porto da Folha que pretendia explorar. Quando presidente, e sem largar a garrafa, ele não cumpriu nenhuma das promessas. Em meio a um porre monumental renunciou, antes de completar um ano de mandato.
O presidente Castello Branco veio uma vez a Sergipe para visitar o campo da Petrobras em Carmópolis, e assistir manobras militares.
Na vigência plena dos rigores do Ato Institucional nº 5, um vistoso aparato militar das três Forças acompanhou o presidente Costa e Silva durante a visita que fez a Sergipe para inaugurar um provisório terminal marítimo da Atalaia.
Lourival Baptista era do chamado “ Grupo Castelista”, foi a Paris secretamente levar uma ata da ARENA para o embaixador Bilac Pinto assinar, e tornar-se o candidato de Castello à sucessão. Não houve uma avaliação do clima de insubordinação nos quarteis contaminados pela pregação da “ Linha Dura”, que acabou num acordo: Castello não seria derrubado, mas Costa e Silva seria o candidato. Lourival era amigo dileto de Luiz Viana Filho, Chefe da Casa Civil de Castello, e tirou vantagem de tudo isso, beneficiando Sergipe, entre outras coisas ampliando a presença decisiva da Petrobras. Quando Costa e Silva assumiu, alguns civis e militares em Sergipe começaram a conspirar para depor Lourival. Na vinda de Costa e Silva a Aracaju, Lourival preparou minucioso discurso, enumerando uma a uma as realizações do governo em Sergipe. O presidente ouviu calado. Depois, numa reunião de governadores em Porto Alegre, discursando, o marechal, (sem ter participado de nenhuma batalha) referiu-se a Lourival citando a figura bíblica de um homem entre tantos leprosos, e o único que veio agradecer a Jesus a cura recebida. A referencia a leprosos foi grosseira, mas a conspiração em Aracaju acabou no mesmo dia.
Geisel, esteve duas vezes em Sergipe. Discreto, de fato um Estadista, limitou-se aos aspectos técnicos, relacionados à indústria do óleo, gás e fertilizantes. Médici veio a Aracaju uma vez. No Hotel Pálace, fez reunião e concedeu audiências, tudo com extremo formalismo, e enorme aparato de segurança. E restaram os comentários sobre muita gente importante barrada à porta.
Figueiredo, veio duas vezes para inaugurar instalações da PETROMISA e do porto off-shore, incluiu numa das visitas a inauguração em Aracaju das operações da Vaca Mecânica. Era um aparelho que produzia leite de soja para ser distribuído com as crianças nas escolas. Formou-se uma fila com o general-presidente à frente, tendo ao lado o governador Augusto Franco e o vice o general Djenal Tavares Queiroz, que era amigo de Figueiredo, de quem fora colega de turma. Ofereceram um copo com o leite de soja para ele experimentar; Figueiredo fez uma careta, quase cospe fora o leite e perguntou com rispidez: É essa coisa horrível que vocês querem dar aos meninos?
Na mesma hora aposentaram a inditosa Vaca Mecânica, e com ela o natimorto programa do leite de soja.
Lula veio algumas vezes a Sergipe nos seus dois mandatos. Muito ligado a Déda, tinha imenso carinho pelo jovem militante petista que conheceu muito cedo, nos primórdios do PT, e os dois tiveram juntos um trajeto vitorioso de ascensão política. Dilma, veio uma vez para inaugurar conjunto residencial do Minha Casa Minha Vida. Temer aqui nunca esteve. A Belivaldo coube o sacrifício de cumprir formalidades e receber e acompanhar o ex-presidente Bolsonaro, em duas das três vezes em que passou rapidamente por Sergipe. Belivaldo foi, por sinal, o único governador nordestino que o ex-presidente não ofendeu nem destratou. Mas as vindas dele a Sergipe poucos resultados nos trouxeram , até porque ele preocupava-se somente em fazer ataques, e falar impropriedades.
Sarney foi o presidente que mais esteve em Sergipe. Aqui tinha Lourival e Seixas Dória como grandes amigos. Visitando Sergipe a convite do governador João Alves que concluía o mandato foi sobrevoar o iniciante Perímetro Irrigado Califórnia. No helicóptero, estavam além de Sarney, o governador eleito Valadares, e o senador Lourival Baptista.
Daquela viagem resultou a indicação de João para tornar-se Ministro do Interior. Dali em diante, João não perdia oportunidade de trazer Sarney a Sergipe para inaugurar obras federais.
Ao lado desses aspectos até grotescos das passagens de presidentes por Sergipe e da relação dos nossos governadores com eles, registre-se o episódio que revela a necessidade absoluta de governar Sergipe, tendo o presidente como aliado.
Após a queda de Dilma, as baterias petistas começaram a disparar contra Temer, acusado de golpista. Jackson Barreto, então governador , sendo do MDB, o mesmo partido do novo presidente, mesmo assim engrossou o coro petista, classificando o companheiro de partido e líder como golpista.
Em Canindé do São Francisco, após ouvir na casa do então prefeito Heleno Silva, ponderações de Benedito Figueiredo e outros sobre a necessidade de reaproximar-se a Temer, e tendo designado Benedito para fazer as primeiras démarches pacificadoras, Jackson viu-se, logo depois, diante de uma plateia enorme de bonés vermelhos na inauguração de um Posto de Saúde construído por Heleno. A presença do MST o entusiasmou , e JB começou a disparar uma pesada saraivada de criticas . De golpista abaixo, valia tudo, naquele entusiasmo renascido, dos tempos de jovem acadêmico de direito.
Na mesma hora o vídeo chegou às mãos de Temer, e o resto da história é bem conhecido.
Assim, para evitar contratempos e dar folego forte e oxigênio farto a Sergipe, que Fábio Mitidieri mais e mais se junte ao Ministro Márcio Macedo, por consequência a Lula, e que a nossa bancada, com oportuna urgência, se encaminhe para a base de apoio do presidente Lula.
Sergipe, tão pobre, tão fraquinho economicamente que até festeja como grande evento um simplório embarque de alguns milhares de toneladas de milho para o exterior, não pode dar-se ao luxo de fazer oposição.
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O MÊS DE FEVEREIRO RARO E CABALÍSTICO
Um outro fevereiro deste só daqui a oito séculos.
Na Loja Maçônica Cotinguiba, ainda no Salão dos Passos Perdidos o professor e especialista em ritos maçônicos, Renivaldo Benigno, conversava sobre as características raras deste mês de fevereiro, o que dá margem a digressões esotéricas, passando pelos espaços de templários, pedreiros livres , rosa -cruzes, e tantos outros.
Neste fevereiro, existe a curiosa coincidência que somente se repetirá daqui a 832 anos. Haverá a repetição quatro vezes de todos os sete dias da semana.
Assim, além de lançar aqui, para alunos da rede pública nos níveis superior e médio o desafio de fazer o cálculo matemático e sua demonstração, para determinar a efeméride, ao longo de milênios, vale também lembrar alguns aniversariantes neste mês tão peculiar.
A lista dessa gente de um fevereiro que não é só carnaval: Carlos Pinna de Assis, Conselheiro do Tribunal de Contas, escritor, acadêmico e propagador da cultura, no seu último ano como integrante do TC, e programando o retorno às atividades na sua bem sucedida banca de advocacia iniciada em Salvador.
Heráclito Guimarães Rolemberg, ex-prefeito de Aracaju, ex-deputado, ex-senador, ex- Conselheiro do TC. Aposentado, faz mais de dez anos, Heráclito não demonstra, mas teve o desgosto de ver retirado de uma longa avenida o seu nome, dado pelos vereadores, como homenagem ao construtor da imensa artéria. Sem duvidas o engenheiro Jose Carlos Silva, um empresário que contribuiu para a modernização da nossa cidade, mereceria ter o seu nome em qualquer logradouro publico aracajuano, mas o estranho é a retirada de um nome, sabendo-se que a avenida enorme poderia muito bem ser repartida em duas. A alegação era a proibição de nomes de pessoas vivas e que tivessem atividades públicas A denominação da avenida aconteceu antes da lei, que, pelo corriqueiro e sabido não tem força retroativa. Mas, enfim, a deselegância já foi praticada, da mesma forma como uma outra que retirou o nome de Albano Franco do Mercado Central de Aracaju, que ele tornou possível como governador, e João Gama, então Prefeito construiu, e resolveu fazer-lhe a homenagem .
Voltemos às pessoas deste fevereiro incomum:
Isabel DÀvila Nabuco, professora, pianista, Conselheira aposentada do Tribunal de Contas, viúva do sempre lembrado desembargador Pascoal Nabuco. É bom lembrar das pessoas que fazem coisas, que inovam. Isabel, quando Secretária de Administração no Governo Albano Franco, criou os CEACS, os Centro de Atendimento ao Cidadão. São eles, hoje, a melhor prova de que o Poder Público, quando adequadamente acionado pode prestar bons e relevantes serviços à sociedade.
Eliane de Moura Morais, professora, advogada, Assistente Social, servidora pública aposentada, Integrou a equipe jurídica do Tribunal de Contas, foi Secretaria da Cultura de Aracaju, na curta e movimentada gestão de Viana de Assis; Secretária da Educação em Canindé do São Francisco quando conseguiu zerar a evasão escolar, nas gestões de Heleno Silva e Orlandinho Andrade.
Ana Virginia Costa Menezes, geógrafa, professora doutora da UFS, onde foi vice-reitora. Hoje aposentada, dedica-se a um instituto para formação de constelação sistêmica, uma terapia para resolução de problemas existenciais. Ela é esposa do agrônomo Sérgio Santana de Menezes e mãe da médica infectologista Ana Izabel, que trabalha no hospital das Forças Armadas em Brasília e nunca se deixou levar pela mistificação da cloroquina.
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O PERSONAGEM E O ALMOÇO
O gesto do senador foi comovente.
Gilton Garcia, ex-governador do Amapá, costuma dizer que política só se faz cultivando afinidades. E ele vai além, construindo amizades que nascem do convívio familiar, da trajetória dos pais e se prolongam por toda a vida. Ele foi secretario de quase tudo nos governos de Albano, e retornou à vida pública pelas mãos do ex-governador Augusto Franco, após os dissabores de uma prisão no auge da radicalização autoritária.
Cercado de amigos, alguns octogenários como ele, Gilton aprecia vez por outra reuni-los em almoços, sempre caracterizados como homenagem prestada a Albano Franco, o convidado central, e sempre, em torno dele, movimentam-se as mesas do restaurante, a que ocupam, e outras em torno, com pessoas convergindo para onde está o cidadão, sempre alvo de todas as atenções.
Nessa terça-feira, 14, o almoço teve a presença do desembargador presidente do Judiciário, Ricardo Múcio, do Procurador Moacyr Motta, da advogada Mirian Ribeiro, e do escrevinhador. Belivaldo, convidado, não pode comparecer, teve de ir participar em Simão Dias do sepultamento de uma amiga e vizinha.
Ricardo Mucio, um operador do direito que quebra paradigmas um tanto embolorados, no afã de modernizar e agilizar a Justiça, acompanhou, atento, um desfile de memorias, enquanto o uísque e o vinho de boa cepa avivam a conversa e reativavam as lembranças.
Uma cena recebida com admiração e respeito: Aproxima-se o senador Laércio Oliveira, a todos cumprimentando, e dirige-se especialmente a Albano, lhe beija a face, e comovidamente ajoelha-se aos pés do hoje tão acarinhado personagem político empresarial sergipano, e diz : Eu sou uma espécie de criatura que homenageia o criador, ele aqui está, Albano Franco.
Quem fazia algumas restrições a Laércio, naquele instante quase as desfez.
-TÓPICOS-
1) Tudo começando em Sergipe
Lula em Sergipe disse que o programa de recuperação e retomada de obras rodoviárias começava aqui , com o retorno da inconclusa duplicação da BR-101. O Ministro Renan Filho disse que o Brasil começava a andar, e que não vai parar mais. Feliz, o governador Fábio Mitidieri não esqueceu de fazer a outra importante reivindicação: duplicar a BR-235 de Aracaju a Itabaiana, o primeiro trecho.
2) Terremoto político em Canindé
O TSE cassa mandato de dois vereadores de Canindé do São Francisco e mais três estão na corda bamba, com julgamentos previstos para depois do carnaval. O Tribunal Eleitoral reconta votos, após a anulação de tantos, e define quais os suplentes que irão assumir as vagas. Os mais cotados: o radialista da Xingó – Fm Roberto Silva e o ex- vereador Tutucha.
3) João Daniel agora tranquilo
O deputado federal João Daniel, agora tranquilo em relação à permanência do seu mandato, traz também, com isso, a garantia de que os movimentos sociais estarão com a presença dele, reforçados em Brasília.
MAIS LIVROS MENOS ARMAS
O desembargador federal Vladimir Souza Carvalho, escritor comx projeção nacional, publica agora o livro Euclides Paes Mendonça – Um Politico do Passado.
Uma valiosa obra de pesquisa e analise sociológica sobre o caso especifico do coronelismo, na trepidante Itabaiana. Essencial para a compreensão de um período da história politica sergipana, pontilhado pela violência.
Juntaram-se dois escritores sergipanos consagrados, Ana Maria Fonseca Medina e Claudefranklin Monteiro e publicam um livro que destaca o humanismo exemplar de um médico, o Doutor Hugo Gurgel, e a sua passagem pela modernização da obstetrícia e ginecologia em Sergipe.
O livro: Pela Luz dos Olhos Teus – Ensaio Biográfico.
Humberto Eco, um dos maiores pensadores e escritores italianos, transformou em livreto uma palestra que ele proferiu na primavera de 1995 para celebrar a libertação da Europa do nazifascismo ocorrida em maio de 1945, com o fim da Segunda Grande Guerra.
O “livrinho" Fascismo Eterno, é imprescindível para a compreensão do que significa o fascismo, uma pestilência política resiliente, e que nos andou e anda ameaçando com barbaridades, tais como o quebra- quebra realizado por fanáticos criminosos no oito de janeiro em Brasília.