Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa, é jornalista, escritor, ambientalista, membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Maçônica de Letras e Ciências.
A " INVENÇÃO" DE UM QUILOMBO
12/05/2023
A

NESTE BLOG

 1) A “INVENÇÃO “ DE UM QUILOMBO

 ANTIGO E NO MEIO DA CAATINGA

2) LEMBRANDO DE LIVROS

 E PENSANDO NA EDISE
 

TÓPICOS

1- AS LOTERIAS, UMA TERRA DE NINGUEM

2- UM MODELO A SER IMITADO

3- O MST FAZ A EXPOSIÇÃO DO QUE PRODUZ


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As vacas ameaçadas pela desapropriação.
 

A “INVENÇÃO” DE UM QUILOMBO

ANTIGO E NO MEIO DA CAATINGA

Invenção é palavra chave para entender a evolução humana.  A história destaca e homenageia aqueles que são considerados grandes artífices  da invenção. Nunca se saberá a quem , a qual individuo atribuir a invenção da roda, imagina-se que teriam sido  os primitivos habitantes das terra planas da Mesopotâmia, que utilizaram a roda , e assim, movendo-se com mais facilidade, se tornaram guerreiros  eficientes e, ao mesmo tempo precursores, quase, de uma nova era.

 No campo cientifico as inúmeras invenções são alinhadas como etapas que resultaram em transformações e progresso.

Todavia,  invenção, palavra tão festejada, pode mudar de sentido para transformar-se em malandragem, treta, picaretagem, esbulho,  formando o caldeirão de maldades, ou as “ invenções do diabo “. “Isso ai é invenção do coisa ruim”, tanto se ouve essa frase em meio aos esconjuros .

Alguém, ou alguns, andaram a tirar proveito da idéia , ou melhor, da comprovação histórica de que no Brasil existiram quilombos, os  grupos de proteção e resistência que os negros desumanamente escravizados, formavam, após conseguirem a façanha de escaparem dos  feitores que os subjugavam, enfiando-se pelos espaços desertos do país ,  adiante, um pouco além das praias,  naquele modelo que um historiador definiu como “ civilização de caranguejos.” No nordeste, onde predominavam os engenhos  de açúcar, a proximidade dos portos era essencial.

Não se tem noticia de quilombos formados no semiárido, onde as condições são adversas para os africanos,  provenientes das terras úmidas da África ocidental, bem ao sul da aridez saariana. As roças de mandioca eram fundamentais para a sua sobrevivência, e assim, o máximo de distância da costa onde chegaram, e se fixaram, foi na Serra da Barriga alagoana,  criando o heroico Quilombo dos Palmares. Formaram -se, no semiárido, umas poucas  comunidades de negros, tempos depois de finda a escravatura, mas, de qualquer forma, todos são credores do Estado Brasileiro, secularmente omisso em saldar dívidas sociais e de injustiças cometidas.

A respeito disso tudo, cabe o aprofundamento dos estudos antropológicos, históricos, sociológicos, através dos quais se poderá melhor definir, sem açodamentos oportunísticos-eleitoreiros-patrimoniais, qual o verdadeiro mapa dos quilombos em toda a dimensão brasileira, e quais as suas características diversificadas.

Mas, surpreendentemente, surge agora a “ invenção” de um Quilombo densamente povoado, tanto assim que estava a exigir a devolução aos seus remanescentes das terras  que lhes teriam sido espoliadas, isso, numa dimensão superior a uns dez mil hectares.

A “ denuncia do esbulho “ foi formalizada há uns três anos, em plena pandemia, não exatamente por quilombolas,   ao que se informa, firmada ou vocalizada por um trio de pessoas brancas de Poço Redondo, inconformado com o fato de que, na localidade de Santa Rosa do Ermírio, cidadãos de origem pobre, pequenos criadores de cabras, por ali foram chegando, e ao longo desses últimos quarenta anos, adquirindo terras e formando rebanhos  de vacas leiteiras, conseguiram  transformar a aridez antes totalmente improdutiva e despovoada na maior bacia leiteira de Sergipe. Todos têm, nas gavetas, cuidadosamente guardadas as suas escrituras, comprovando a legalidade da posse.

Produzem hoje algo próximo a 150 mil litros diários de leite. Um litro de leite  custa em média “ no curral “ 2,20. Quem quiser então verificar a soma de dinheiro que circula naquela localidade, basta acionar a calculadora do celular.

 E assim, compreenderá melhor a insanidade de um decreto considerando de utilidade pública para efeito de desapropriação, as terras onde apascentam as vacas, algumas,  produzindo mais de 50 litros diários de leite, e a insanidade maior ainda, esta, saída do INCRA,  considerando as terras como áreas quilombolas, e encaminhando ao Banco Central o pedido para que fossem sustadas todas as operações de crédito. Dessa forma,  afetando a todos os produtores da mais promissora região de Sergipe, aquela, onde existe a economia do “ petróleo branco”, esta real, já acontecendo, sem dependências de poços que ainda terão de ser perfurados,  e de muitas decisões do governo federal e das petroleiras   para que venha a acontecer a tão alardeada era do gás. Mas ali, nas hoje contestadas terras no semiárido já acontece a “ era do leite”, com toda uma estrutura de produção montada, nos “ currais”,  nas grandes , médias e pequenas industrias, e  em toda a logística utilizada,  gerando , no conjunto, algo em torno de 10 mil empregos.

Se essa situação anômala, absurda, de fato criminosa, vier a ser mantida, e o núcleo produtor de Santa Rosa do Ermírio for desmontado, os efeitos sobre toda a cadeia produtiva do leite serão catastróficos.

O prazo para a concessão de créditos para custeio termina agora , no final deste mês de maio.  Há recursos como sempre disponíveis nos bancos estatais, aguardando para a feitura dos contratos.

É coisa estranha, é um fato que ocorre , e parece impossível de acontecer, porque não se imaginaria que órgãos integrantes do Estado, como o INCRA e o Banco Central, se houvessem mancomunado para cometer algo que seria, sem dúvidas evitado por sensatos ocupantes de cargos públicos. Servidores públicos,  que fossem verdadeiramente comprometidos com o interesse público, não se prestariam para consumar uma ação tão absurdamente conflitante com os objetivos do  governo, que é, exatamente, fazer a economia crescer e gerar recursos para que possam ser desenvolvidas em toda sua amplitude as políticas sociais  em curso.

Essa insanidade de desapropriar para criar um Quilombo onde nunca existiram quilombolas, é uma espécie de castigo para quem produz, com o efeito deletério de desestimular tanto o pequeno produtor como aquele que projeta investimentos em maior escala para uma área do sertão sergipano,  onde se multiplicam oportunidades, e se enxergam transformações.

É também uma ausência de sentimento e vergonha diante de jovens que acorrem ao campus de Nossa Senhora da Glória; ou  aguardam os cursos técnicos no IFS de Poço Redondo, sonhando    se tornarem técnicos atualizados com o seu tempo, e logo absorvidos pelo mercado de emprego em expansão.

Serão transformados em quilombolas os que hoje ordenham  vacas, operam   equipamentos de laticínios, plantam forrageiras, dirigem caminhões, pilotam máquinas,  são analistas de sistemas, agrônomos, engenheiros, bromatologistas, zootecnistas, químicos, empreendedores, que lutaram e suaram, tantas vezes à margem de quaisquer benefícios dos poderes públicos,  que, estranhamente, contra eles investem agora, a exemplo do INCRA e do Banco Central ? Esta é a pergunta que se faz necessária.

Ao lado do Quilombo, sem quilombolas, sobre as terras desapropriadas e despovoadas de Santa Rosa do Ermírio, se for consumado o absurdo, estará um outro “ quilombo “, este, formado por negros e brancos,  desenganados, revoltados, indignados, maldizendo políticos e a política, descrentes na democracia, decepcionados com as Instituições,  e engrossando o urrar insano do fascismo, alimentado

pelas traiçoeiras “ invenções do diabo “.   




 
 

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O livro de Amaral Calvacante merecendo ser levado ao Brasil.

LEMBRANDO DE LIVROS

 E PENSANDO NA EDISE

Dizer que aquele livro de Amaral Cavalcanti sua obra seminal e de despedida, não era um livro para Aracaju, seria fazer pouco da nossa cidade, e  desconsiderar  aquela suposta intimidade que temos com a literatura, mas, um livro que se publica aqui , por mais que transborde talento,  ficará restrito ao deleite e à crítica dos que respiram os mesmos ares provincianos, e que nos fazem acanhados, por mais que a genialidade se revele ela acabará amoldada à nossa condição nanica.

O livro A Vida Me Quer Bem, além de uma delícia de leitura é a revelação de que se pode ser um Marcel Proust, vagando por bares fétidos, ao invés de salões refulgentes,  e sem solenidades acadêmicas, sem elucubrações filosóficas tratar da vida em toda a sua efervescência, da libido esmiuçando odores de sovacos, e desprezando sofisticações,   descrever, com elegante sacanagem os trambolhões, até da política. Assim, Amaral revela-se, sem finuras convencionais um Proust gaiato.

Mas, indo tão longe,  Amaral Cavalcanti não escapou de Sergipe.

Sentindo essa desoladora provincialização, o intelectual Jorge Carvalho, lamenta não ter Amaral optado por viver no Rio ou em São Paulo. Lá, muito provavelmente, aquele discurso de posse sísmico -idílico que ele fez ingressando na ASL, o teria proferido pour épater le burgois,

 na Academia Brasileira de Letras.

Um conselho de rápida transmigração rumo aos ares cosmopolitas, foi dado ao poeta, há 36 anos por Joel Silveira,  o maior jornalista do Brasil, quando ele era Secretário de Cultura no governo Valadares, e Amaral um dos seus assessores, ao lado da turbilhonante criativa Lú Spinneli, e da cosmopolita Clara Angélica.  Agora, o destino já  completou  o seu ciclo,  e resta o consolo de que a criação da EDISE, Editora de Sergipe, tenha aberto horizontes para a revelação de tantos escritores sergipanos, que sequer se atreviam a escrever.

O ultimo livro de Amaral, é um, entre dezenas de obras de autores sergipanos publicadas pela EDISE. O livro, por sinal rebuscado , enfeitado com ilustrações coloridas, mereceu do professor e escritor Luciano Correia, Secretário de Cultura de Aracaju, uma observação

 implacável: “ Livro bom não precisa de enfeites”.

Mas, o que fica de fato demonstrado é a marca da presença da EDISE no panorama cultural de Sergipe. A editora foi criada em 2009, no governo de Marcelo Déda, quando era   diretor da SEGRASE, ( a imprensa oficial do estado ) o advogado e escritor Luiz Eduardo Oliva. Coube a Jorge Carvalho, depois, em 2011, substituindo Luiz que se tornara Secretário dos Direitos Humanos, estruturar a EDISE,  e dai em diante aconteceu a bendita  enxurrada de bons livros, até porque  , Jorge, consciencioso, tratou de criar um qualificado Conselho Editorial, formado por ilustrados integrantes. Os livros eram publicados sem ônus para os escritores, e   reservado um número de exemplares para comercialização pela própria editora. Jorge conseguiu levar livros sergipanos a grandes feiras internacionais, a exemplo de Frankfurt, onde uma editora  interessou-se pela publicação em alemão de um livro sobre o cangaço, mas as negociações  se tornaram impossíveis por  questões familiares.

A EDISE permanece em boas mãos, com o ex-deputado Gualberto na presidência , o administrador público Roberto Messias na diretoria de finanças e o jornalista Milton Alves, muito qualificado pelo trabalho desenvolvido

 na diretoria industrial.

Qualquer cobrança que se cogite fazer ao escritor da terra pela publicação dos  seus livros, irá interromper um virtuoso processo     que trouxe a lume obras importantes, revelando talentos até então escondidos.

O conselheiro Carlos Pinna, um protagonista em todos os aspectos da vida cultural sergipana que agora perdemos, alimentava a ideia de criar um status especial para a EDISE, dando-lhe autonomia e capacidade de  se manter através de projetos editoriais, que dariam retorno.

O foco seria principalmente na produção de livros paradidáticos, que seriam adquiridos pelo próprio governo, pelas prefeituras, até por outros estados, e se transformariam, nas escolas, em ferramentas de reforço ao processo pedagógico usual, oferecendo alternativas de conhecimentos maiores e diversificados aos estudantes, e também aos professores. E, sobretudo, espalhando o vício bendito e transformador da leitura.

As ideias existem, é preciso que sejam analisadas, e se possível postas em pratica, até mesmo pra evitar-se que ocorra um colapso nesse processo de criação literária e cientifica na qual tantos se envolveram.

 


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TÓPICOS



Os jogos oficiais que substituiram os de azar.
 

  1. AS LOTERIAS, UMA TERRA DE NINGUEM

As loterias oficiais, geridas pela Caixa Econômica são uma fonte inesgotável de recursos, todavia, pessimamente distribuídos, e sem darem em troco, ao Estado brasileiro e à sociedade em geral, o favor que lhes  é concedido num país onde tão acirradamente se investe contra os chamados “ jogos de azar “,  aqueles,  que “ gerariam o vício e as degradações humanas.”

Um dia, nos idos dos anos quarenta, quando exercia a presidência eleito democraticamente o marechal Eurico Gaspar Dutra, sua esposa, Dona  Santinha, que fazia jus ao nome, ornada daquelas “excelsas virtudes” naquele tempo atribuídas às Primeiras Damas, convenceu o marido a baixar um decreto proibindo o “ jogo de azar “ nos cassinos, que existiam principalmente na então capital da República, o refulgente Rio de Janeiro.

Surpreendido pelo draconiano decreto,  as casas de jogos e diversão tiveram de fechar suas portas. Ninguém pensou na desgraça da miséria e da fome que recairia sobre milhares de trabalhadores, de técnicos, de artistas, que faziam o movimentado show-biz carioca, não raro,  frequentado pelas estrelas mais fulgurantes de Holywood,  e da Europa. Hotéis e restaurantes também fecharam as portas. Mas as bençãos e as preces agradecidas do Cardeal do Rio de Janeiro a Dona Santinha, pareciam aliviar as consciências pelos suicídios de tanta gente desesperada.

Os cassinos continuam proibidos,  mas o carteado e a roleta giram em vários pontos, clandestinamente, sem gerar impostos e empregos formais.

As Loterias da Caixa, com destaque maior para a Mega- Sena,  são os substitutos legais do que se denominava “jogos de azar.”

Essa iniciativa de governo para regulamentar as loterias já deveria ter sido tomada há muitos anos. Agora, como acontece em todo o mundo, os ganhadores  terão de pagar imposto de renda sobre o montante dos prêmios, e os recursos serão direcionados com novos critérios. O governo federal imagina, com isso , adicionar alguns bilhões à receita,  o que é bem melhor do que cogitar no absurdo de aumentar impostos. E se fará, também, a inclusão desses jogos feitos aberta e escancaradamente, alguns estrangeiros e sugando recursos no Brasil, sem regulamentação e à margem do fisco. Todos vão passar a pagar impostos. Por que não pensar em incluir o Jogo do Bicho entre eles? A “ fezinha “ é invenção nossa , popular, e tem capilaridade em todo país, e dela vivem milhares de pessoas.

 



O governador Ratinho inovando nas concessões
 

  1. UM MODELO A SER IMITADO

O governo do Paraná adotou um modelo de concessão de rodovias que está mudando os paradigmas até agora seguidos. O governador Ratinho,  bolsonarista moderado,  já recebeu elogios de setores do governo federal, e o seu modelo está sendo objeto de interesse de outros governadores. Ratinho espera integrar ao seu projeto algo em torno de mil quilômetros de estradas, incluindo as federais, em parceria com Brasília.

Aqui em Sergipe se poderia tentar replicar esse modelo à emperrada BR-101, e tornar viável a duplicação da BR-235 até Itabaiana. O trecho BR-101, até a capital dos caminhões já se tornou um sufoco permanente. Mas há em Itabaiana quem esteja pensando em aplicar recursos num aeroporto sem nenhuma chance de viabilidade econômica, deixando em segundo plano a urgência da duplicação da rodovia  de vital importância.

Se poderia pensar também, da mesma forma, em duplicar a rodovia Lourival Baptista, ligando a BR-101 a Lagarto, também pesadamente congestionada. Em todas essas estradas existiria plena viabilidade de adoção do pedágio, sem o qual não podem vingar as concessões.



O MST mostrando produção e fazendo festa.

  1. O MST FAZ EXPOSIÇÃO DO QUE PRODUZ

Se fizeram uma enquete sobre a imagem do MST entre os brasileiros, se chegará, facilmente, à conclusão que o movimento não é alvo de simpatias. Muito pelo contrário. Para piorar as coisas, anunciaram um abril vermelho, que seria marcado por invasões ou ocupações, como preferem, e isso felizmente não ocorreu, embora João Pedro Stédile , um dos lideres do movimento, tenha dito que Lula está muito tímido em relação ao processo de avanço da reforma agrária, que ele entende deve ocorrer através das ocupações.

Parece que nem enxergam o atual cenário político-ideológico do país, onde a polarização recomenda  andar com as devidas cautelas.

Mas a feira do MST que se realiza no Parque de Agua Branca em São Paulo, onde se fazem grandes eventos do agronegócio, mostra ao país uma face do movimento tido apenas como um “ derrubador de cercas “. É fato que muitas cercas já foram derrubadas, mas isso deve ser coisa do passado, e é fato, também, que para mostrar o cnceito da “ intocabilidade “ de terras extensas e sem uso, era preciso forçar a barra para que surgisse a esquecida concepção da utilidade social. Isso já foi feito.

Na Água Branca esteve  hoje, sexta- feira, 12, o Ministro da Fazenda em exercício  Gabriel Galípolo . Ele estive antes com os agentes financeiros da Faria Lima e foi ver um cenário de trabalho e produção, o resultado concreto daqueles que dormiram até anos a fio em barracos à beira das estradas, e depois ganharam a posse de pedaços de terra. E hoje neles trabalham e produzem. Na Agua Branca, uma feira que há três anos não se realizava estão os frutos da terra, aqueles mais diretamente ligados à agricultura familiar, que são os  presentes em todas as mesas.

Sergipe  se fez presente, foram transportados  em alguns caminhões as amostras do que aqui se produz nos assentamentos, inclusive a nossa  sergipaníssima farinha de mandioca, o produto de maior sucesso, pela qualidade  que o torna especial, entre tantos outros.

Lá acontece uma sucessão de shows com artistas que não se separam das causas populares, e entre eles uma sergipana, Val Santos, professora de arte em Canindé do São Francisco, que deverá ser, em outro gênero de música, um próximo sucesso a ser revelado ao país, tal como agora fazem os irmãos Iguinho e Lulinha. Eles eram meninos pobres, saídos do pobre povoado de Curituba, onde as cantorias dos vaqueiros foram os primeiros sons que ouviram na casa em que ensaiavam   o pai e um tio, a dupla de repentistas, na qual se miraram , aprenderam, e se fizeram artistas.

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