Luiz Eduardo Costa
Luiz Eduardo Costa | Jornalista
DÚVIDA EM ARACAJU: CHEFE OU “ AJUDANTE DE ORDENS”?
24/02/2025
 DÚVIDA EM ARACAJU: CHEFE OU “ AJUDANTE DE ORDENS”?

NESTE BLOG

1) DÚVIDA EM ARACAJU: CHEFE OU “ AJUDANTE DE ORDENS” ?

2) SOBRE O GOLPE FRUSTRADO E UM COVARDE BOLSONARO

3) PREFEITO QUE É “VAQUEIRO” E TAMBEM ADMINISTRADOR

 

 

DÚVIDA EM ARACAJU: CHEFE OU “ AJUDANTE DE ORDENS” ?

Quem ordena Emilia? ou, o "comendador" Edivan o ajudante de ordens.

 

O jornalista Jozailto Lima é um cara que sabe muito bem lidar com as palavras. Sendo ainda mais poeta, ele quase sempre  desliza com a sutileza de uma pluma,  e assim,, alivia o texto daquele rispidez  que costuma aflorar  quando  se faz uma denúncia grave ,ou uma  daquelas críticas invariavelmente acompanhadas pelos petardos de estilo.

Num dos seus últimos escritos ele  abordou o inusitado clima criado na Prefeitura de Aracaju desde a posse de Emília Correia, a prefeita que antecipou o carnaval , e surgiu nos seus primeiros dias de mandato com uma vistosa maquiagem colorida, no seu entender,  recorrendo a uma estética canhestra, ou surreal entendimento bíblico, para encarnar a imagem da Leoa de Judá.

E maquiagem derreteu,  e a leoa não rugiu.

 No cenário da estreia dos novos personagens que povoam o palácio municipal ou cercam a burgomestra, segundo Jozailto, aparecem personagens que sugerem uma espécie sui generis de  interveniência,   dessas que não rugem como leão ou leoa, sejam eles de  Judá, ou de circo,    preferindo o estilo  dos  felinos menores,  os gatos,  com todas aquelas sinuosidades e manhas, mas, ostentando a longevidade das suas alegadas sete vidas. O gato é felino individualista, como se sabe, acomoda-se e gosta da Casa, usufrui refestelado dos seus espaços, mas, tem pouco ou nenhum apreço ao dono.

Jozailto referiu-se a Edvan Amorim, o presidente em Sergipe do PL,    e a ele atribuiu um papel nada relevante, o de ajudante de ordens da prefeita Emília, mas, talvez, querendo compara-lo ao Mauro Cid, nos tempos em que o jovem tenente -coronel, era uma das figuras mais poderosas na quase privatizada “ República do pai e  filhos”.

Emília, apesar da bizarrice leonina, tem sinalizados possíveis acertos, como a anunciada tentativa de iniciar a despoluição dos canais podres que empesteiam a cidade. Recebeu um grupo de pessoas identificadas como empresários, especialistas em despoluir cursos d àgua urbanos. Os empresários foram levados à Prefeita pelo vereador  Rodrigo Fontes

Existem recursos negociados pelo ex-prefeito Edvaldo Nogueira, especialmente para dragar e despoluir o rio Poxim, e por ali, naquela cloaca, poderiam começar as ações.

Há boas sinalizações na área da saúde municipal, uma médica jovem, primeira pediatra a ocupar o cargo,  com projetos para priorizar aqueles que são os seus  acariciados clientes.  Por outro lado, com a possível criação da Policia Municipal, já autorizada pelo STF, o delegado André David, comandante da atual Guarda,  com  experiencia,  capacidade e vontade de agir, irá  assumir um protagonismo importante em Aracaju.

Mas, existem indícios preocupantes de um desastre em andamento.  Por trás dele estaria o protagonismo de alguém que não é absolutamente um simples ajudante de ordens.

Nesse cenário, entre “ felinos, “ o gato “ em questão estaria  a fortalecer, amansar, ou emparedar,  a “ leoa”?

Cancelar sumariamente a licitação para escolha de novas empresas de transporte nos municípios da Grande Aracaju,  foi, no mínimo, uma temeridade.

Mexeu-se num angú que já estava no ponto, e agora cada dia que passa a coisa poderá desandar.

Uma das empresas  vencedora já  exibia uma frota  de mais de cem ônubus, novinhos  em folha,  que deveriam  estar circulando na cidade desde o dia primeiro de janeiro.

O imbróglio promete esticar-se, os  que se acham prejudicados vão à Justiça, tentando assegurar direitos  que lhes teriam sido  negados.

Enquanto a população sofre com a permanência das sucatas que continuam  martirizando os seus indefesos usuários,  ampliam-se as suspeitas  de que a nova licitação já teria cartas marcadas, e uma das beneficiadas seria a mesma empresa que há muitos anos  deixou de tratar gente como gente merece.

Uma outra medida relacionada à coleta do lixo foi ainda mais estranha e arriscada.  Deixou-se de renovar o contrato de uma empresa que há mais de quinze anos cuidava de limpar a cidade e reciclar o lixo. Foi tudo muito abrupto, sob a alegação de que os preços estavam inflados. 

 Enquanto isso, com dispensa de licitação contrataram três outras empresas, que vieram de outros estados. O preço teria sido menor, todavia, várias exigências do contrato anterior, como a reciclagem do lixo , foram retiradas.

Talvez, se tenha trocado a eficiência pela precariedade, e a população aracajuana entra nessa história como cobaia de um modelo tido como inovador para o problema do lixo, mas, em vários bairros já aparecem reclamações, enquanto, dos mil e trezentos desempregados da empresa  rejeitada, somente uns oitocentos conseguiram ser contratados pelas novas.

Entre os desempregados, há choro e ranger de dentes.

E persiste a dúvida sobre os “ felinos “. Quais os que dariam ordens, ou entre elas seriam meros intermediários?

 

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SOBRE O GOLPE FRUSTRADO E UM COVARDE BOLSONARO

Um lider pode ser covarde?

 

 

Corria o ano de 1924. Numa prisão assemelhada a um castelo  que se chamava  Landsberg, um condenado a três anos de cadeia por ter tentado um golpe de Estado, acabava de colocar a sua assinatura num trabalho um tanto desconexo, o livro ao qual deu o nome: Mein Kampf, Minha Luta.

Menos de dez anos depois, em 1933, Adolf Hitler, o autor do livro, tornava-se ,aliás pelo voto direto, no sistema parlamentar alemão,   Reichskanzler,  Primeiro Ministro.

Era o triunfo do nazismo, e também a desgraça da Alemanha, a desgraça do mundo.

Hoje, a extrema direita ressuscita o nazifascismo.

Há um tétrico sintoma de  desumanização e selvageria que anda a contaminar o planeta. O mundo se torna uma espécie de arena romana onde os gladiadores se exterminam, e a plateia os aplaude.

Mas a natureza violenta e autocrática desse processo necessita de líderes, de pessoas que em si mesmas ,individualmente, encarnem a essência da paranoia social.

Hitler era de fato um líder que galvanizava as multidões, seu discurso traduzia as frustrações e o desespero dos alemães após  a primeira Grande Guerra. E assim ele ganhou terreno, e assim levou generais a acompanha-lo  na insensatez que foi o chamado Putsch da Cervejaria. A frente de um punhado de extremistas Hitler  desafiou as forças de segurança da Baviera, queria tomar o poder  em Munique e depois chegar a Berlim. Foram dizimados, e presos.

Mas Hitler no depoimento inicial que fez assumiu toda a responsabilidade da tentativa golpista. Não tergiversou, não transferiu para outros o crime que cometera. Hitler era um monstro de crueldade, era um homem egoísta e desumano, mas tinha a noção do que  representa liderar pessoas, era traiçoeiro, mentiroso, vingativo, mas não era covarde.

Essa tentativa de golpe  que Bolsonaro patrocinou, seria uma comédia burlesca, não fossem os seus aspectos repugnantes  de ambições fantasiadas de patriotismo. Uma tragicomédia onde se misturam, ignorância, insensatez, incompetência e pusilanimidade.

Bolsonaro, é hoje um sinônimo de covardia.

Já abandonou os que o seguiram, já se esconde como deslavado fugitivo, já enterrou-se na lama da sua fraqueza moral.

O que ele deveria  ter feito, se não passasse de um reles oportunista?

Diria diante dos seus interrogadores:

Retirem todos da suas listas de acusados, fardados ou civis, eu, Jair Messias Bolsonaro ,sou o único responsável,   fiz tudo de plena consciência, fiz tudo acreditando  no Brasil.

Assim, mesmo ficando bem claro o tamanho do crime cometido, até os mais acirrados adversários ou inimigos do ex-presidente, o tratariam com o respeito devido às pessoas que prezam pela  própria honra.

 

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PREFEITO QUE É “VAQUEIRO” E TAMBEM ADMINISTRADOR

 

Machadinho, junto do povo, ouvindo "valeuu booi" e fazendo projetos.

 

Canindé do São Francisco, saqueado pela rataria ávida, irresponsável e incompetente que o devastou por quatro anos, e acrescentando, ao lado, até o adversário que se tornou sócio, agora, começa a sentir a presença de um prefeito que se dedica a administrar, a ouvir a população, e pensar projetos para os próximos anos. O prefeito Machadinho, vem do meio do povo, acompanhou, com o mesmo desalento e a mesma revolta, os episódios vergonhosos que se sucediam, e foi quase forçado a ser candidato.

Antes de completar dois meses, já fez o que é necessário para merecer confiança. Encontrou cofres saqueados, enfrentou uma campanha desvirtuada pelo abuso de poder e utilização maciça dos recursos públicos. Venceu,  e tem como herança maldita dividas não pagas, serviços essenciais interrompidos, folhas  de servidores em atraso.

Já negociou tudo,  traçou, com os professores e demais servidores um roteiro para saldar as dividas, e já tem em andamento projetos para fomentar o empreendedorismo, dar uma nova estrutura para ampliar o turismo.  Projeta novidades, um Centro Cultural, um Centro de Esportes, quer ser pioneiro em ações ambientais no semiárido, e nesse diapasão, tem sabido convencer investidores a confiarem no novo polo de desenvolvimento que se formará no alto sertão sergipano.

Machadinho, jovem e esportivo, é também um vitorioso em corridas de Mourão, as Vaquejadas, esporte que hoje  atrai multidões. No ultimo domingo participou de uma delas,  ganhou pontos, e anunciou o novo Parque de Vaquejadas que irá construir, e a realização de um grande carnaval, agora, tentando compensar a  decepção de quatro anos sem alegrias para o povo entristecido.

O mais estranho em tudo isso é o TRE agora, começando a punir  com pesadas multas, os que se arriscaram em denunciar erros e falcatruas, diante da completa ausência da Justiça,  enquanto ocorria o festival de crimes, e antes, quando, há mais de um ano a Prefeitura já se transformara em comitê eleitoral.

Dizem que a Justiça tarda, mas não falha, e o que dizer quando ela falha e retarda ?

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